E de repente... escrita por Amanda


Capítulo 7
Capítulo seis




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Hermione despertou, mas não abriu os olhos. Sua cabeça latejava e não tinha noção do que acontecera, mas fragmentos começaram a se unir e então se lembrou do balaço voando desgovernado. Ainda entregue à escuridão começou a ouvir vozes e distingui-las lentamente.

—... ela está?

— Eu preciso vê-la!

—... quero saber, a culpa...

As vozes misturavam-se, deixando algumas das frases sem sentido e fragmentadas, mas o silêncio retornou quando uma última se fez autoritária.

— Por favor, aviso assim que ela acordar!

A porta se fechando foi a última coisa que Hermione ouviu, iniciando então a guerra para abrir os olhos e acostumar-se com a claridade. Piscou algumas vezes e remexeu-se inquieta.

A voz autoritária se fez presente novamente:

— Foi uma bela pancada! — Virando a cabeça lentamente notou Draco ao lado da porta, os braços cruzados sobre o peito demonstrando a seriedade Malfoy. A gravata verde acinzentada destacava-se por trás do jaleco branco. — Como se sente?

Hermione levantou a mão para tocar o ferimento, mas Draco foi mais rápido e a impediu.

— Achei que a cicatriz no pulso seria a última, mas você vive correndo perigo. — Debochou, destacando os papéis e entregando a prancheta de metal para que Hermione pudesse ver seu reflexo. — Não está tão ruim.

Draco tinha razão, fora apenas um corte acima da sobrancelha que subia um pouco para a testa. Com sorte, se tornaria uma linha fina e quase imperceptível.

— Que horas são? — Perguntou assustada, com pressa na voz, lembrando-se do motivo de estar ali.

Draco sentou-se na beirada da cama.

— Vai dar tempo de jantar com os Weasley, não se preocupe. Ficou desacordada mais ou menos duas horas. — Disse tranquilamente.

Hermione arrastou a mão pelo lençol até tocar os dedos gélidos de Draco.

— Desculpe por atrapalhar sua véspera de Natal, aposto que estava com a sua família! — E imediatamente começou a se levantar, jogando as pernas para fora da cama, mas Draco segurou-a pelos ombros.

— Pode relaxar, avisei minha mãe que tinha uma emergência e depois vi o Potter te carregando. — Disse com um ar de diversão. — Além do mais, odeio aquela casa. Enquanto menos tempo eu ficar melhor!

Hermione sorriu e esticou as costas, ficando frente à frente com Draco.

— Uma hora no três vassouras?

— Adorei a sugestão, mas fiquei curioso... — Respirou fundo, e seguiu com a frase: — Por que não quer ficar com os Weasley?

Encolhendo os ombros e pensando numa boa resposta, começou:

— Bem, eu...

Mas Harry interrompeu quando entrou no quarto, fechando a porta sem batê-la.

— Como está se sentindo? — Perguntou, sendo extremamente direto.

Draco afastou-se, dando espaço para Hermione se movimentar.

— Estou bem, já posso ir para casa, não é? — Virou o rosto para Draco, distraído com o prontuário aos pés da cama.

— Claro, assim posso voltar para casa também. — Usou o tom arrogante para disfarçar a infelicidade que sentia ao pensar em voltar para a Mansão Malfoy. Harry deixou-os à sós, mas Hermione antes de sair desejou-lhe boa sorte silenciosamente. — Nos vemos mais tarde, Granger!

***

Hermione chegou escoltada por Harry e Gui, na Toca todos lhe perguntavam se estava bem e se não preferia se deitar, insistentemente, negou.

— Estou bem, juro. — Repetiu enquanto todos sentavam-se à mesa.

Fred puxou a cadeira ao lado de Hermione, mas foi impedido.

— Fred, deixe o Rony sentar ao lado da Hermione! — Molly pediu, mas seu olhar demonstrava que se o não fizesse haveria discussão.

Sorriu para Hermione, como se tentasse dizer algo e então trocou de lugar com o irmão mais novo. Rony aproximou-se com as orelhas extremamente avermelhadas, e o silencio da mesa tornou tudo mais constrangedor.

— Vamos, vamos, sirvam-se!

Molly adorava ver a casa e principalmente a mesa cheia, o tilintar e as vozes altas tentando sobressair-se uma por cima da outra enchia seu coração de alegria. Precisava apenas daquela bagunça para sentir-se feliz.

— Como é na França, Hermione? — Arthur perguntou, provavelmente querendo saber sobre o Ministério Francês.

A matriarca que observava atenta a conversa cheia de risadinhas entre Rony e Hermione, intrometeu-se:

— Ora Arthur, querido, não os atrapalhe. Estavam conversando.

Hermione sacudiu a mão, tentando negar.

— Não se preocupe, não atrapalhou. — Sorriu. — Estava comentando com Rony agora sobre isso, na França parece ser tudo muito organizado. No átrio do Ministério há muitas estátuas em mármore, e as cores claras são predominantes!

— Non achou as estátuas bonites? — Fleur até então quieta comentou. Havia pompa e orgulho na sua fala que estava quase sem o sotaque.

— Realmente! — Respondeu. — Tive a oportunidade de conversar com a Ministra da Magia, recebi honrarias e um convite para me tornar Auror. Convidou Harry e Rony para uma visita quando puderem, é claro.

— Podemos ir com você quando voltar, estamos mesmo buscando uma união com outros países. — Harry disse, desempenhando seu papel como Auror.

— Espero ganhar honrarias, também! — Rony comentou, fazendo a mesa inteira rir.

Quando o relógio bateu, indicando que já era meia noite, todos se abraçaram e sentaram-se na sala. Apertados ao lado da árvore, sendo sobre o sofá ou no tapete, todos aguardavam ansiosos pela troca de presentes.

— Hermione! — Virou-se para olhar quem lhe chamava, e foi bombardeada por diversas caixas coloridas. — Seus presentes.

— Ah, o-obrigada. — Espantou-se com a quantidade de presentes que recebera.

Equilibrando a pilha, sentou-se no sofá e começou a abrir um por um. A maioria eram livros, de tamanhos e cores diferentes. Exemplares sobre Magia, história do mundo bruxo e outros romances mágicos.

— Já abriu o meu? — Gina aproximou-se, segurava uma taça do que parecia ser vinho.

Hermione analisou os embrulhos intocados.

— Ainda não e eu prometo que vou abri-lo, mas vai ter que ser em casa. — Olhou para o relógio, apreensiva. — Preciso ir!

— Vai aonde? — Rony questionou, enquanto aproximava-se.

A bolsa de Hermione já aconchegava os presentes perfeitamente, e ainda assim, tinha muito espaço sobrando.

— Eu tenho um...

Molly chegou perto dos filhos.

— Você tem o que, querida?

— Eu combinei de encontrar um amigo. — Despejou já abrindo a porta da sala.

— Que amigo? Disse que não tinha trazido ninguém com você! — Molly reclamou, e deixou-se parecer chateada não por causa da ausência de Hermione, mas pelo amigo citado.

— Vai dormir em casa? — Gina ainda perguntou, esquecendo-se de que estava num jantar familiar.

Hermione extremamente corada, apenas respondeu:

— Ele já deve estar me esperando, feliz natal!

Todos acenaram de longe, e mesmo assim, Hermione pôde ouvir Gina dizer alguma coisa, mas preferiu ignorar e quando já estava um pouco mais longe da casa, aparatou.


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Notas finais do capítulo

Olá, por conta da demora irei postar um capítulo extra ainda hoje à noite!!
Até breve



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