E de repente... escrita por Amanda


Capítulo 6
Capítulo cinco




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/630273/chapter/6

Na manhã seguinte, véspera de Natal, aparatou com Harry e Gina para a Toca. E foi quando seus pés afundaram na neve que seus olhos brilharam em nostalgia. A casa dos Weasley estava exatamente igual, tirando a nova pintura que era diferente para cada andar.

Fumaça saía pela chaminé, mostrando que o interior da casa estava quente. E provavelmente aconchegante o bastante para se passar o natal. Sorriu e observou Gina e Harry de mãos dadas mais à frente. Equilibrou-se sobre a neve e correu até os amigos que já entravam na nuvem de calor que era o interior da casa.

— Mãe? — Gina chamou e logo, Molly saiu da cozinha.

Molly abriu ainda mais o sorriso quando percebeu a presença de Hermione, ignorou a ruiva e passou diretamente até poder abraçar a garota.

— Como está crescida e magra. — Disse com certa curiosidade quando afastou-se pra olhá-la. — Você tem se alimentado bem Hermione?

— Três refeições ao dia, posso garantir! — Riu.

Molly então passou a procurar por algo atrás de Hermione, e parecia curiosa por não haver mais nada ali.

— Só vocês três?

Gina assentiu e puxou Harry para a sala.

— O que a sua mãe...

Harry riu e Gina virou-se, mordendo os lábios, medindo as palavras.

— Bem, ela acha que por eu estar casada você também estaria, ou, pelo o menos em algum tipo de relacionamento! — Explicou. — Mamãe não anda muito certa das ideias, acredita que ela perguntou quando Harry pretendia lhe dar netos?

— E quando pretendem? — Perguntou, deixando um sorriso escapar.

Harry ficou corado enquanto Gina dava de ombros, como se não tivesse pressa e na verdade, não tinha. Ter filhos é muita responsabilidade e tanto Gina quanto Harry ainda eram muito jovens, estavam construindo suas carreiras e podiam esperar mais alguns anos para começar. Hermione sabia que também tinha tempo, talvez não tanto quanto os amigos que já estavam casados, mas ter filhos ainda não estava em seus planos.

— Chegaram cedo! — Ronald disse em meio a um longo bocejo, descia as escadas ainda com o pijama de flanelas.

— Ou talvez você que tenha acordado tarde... — Hermione deixou escapar, alfinetando o amigo.

Antes que qualquer resposta viesse, dois “clicks” vieram da cozinha, Fred e George entraram na sala rindo de alguma piada interna, mas assim que viram Hermione pararam abruptamente e olharam para Harry e Gina, pelas suas expressões pareciam querer saber quem era a garota.

— Essa é mais uma das armadilhas da mamãe para arranjar uma namorada para o Rony? — Gina negou e Fred aproximou-se com um sorriso galanteador nos lábios. — Nesse caso, como se chama?

Hermione olhou para os ruivos, George e Fred continuavam os mesmos. Sempre com aquele traço de humor inconfundível e característico dos gêmeos Weasley.

— Esqueceu o nome da pessoa que salvou sua vida? — Disse, enquanto mantinha os braços cruzados sobre o peito e um sorriso presunçoso nos lábios. — Seu mal agradecido!

Fred sorriu.

— Então Hermione Granger está de volta! — Puxou-a para um abraço forte e demorado.

— Paris fez bem a você! — George comentou. — Aposto que a nossa poção do amor tem a ver com essa mudança toda, Fred!

Rony aproximou-se e falou por Hermione:

— Se tivesse funcionado ela teria trazido um namorado, não acham?

Fred e George se olharam, os cantinhos dos lábios levantados, sorrindo marotamente.

— Hermione — Fred Chamou-a. — Não acha que o Rony ficou mais inteligente depois de entrar para ao Departamento de Aurores?

— Está até mesmo juntando os fatos em poucos minutos! — George completou.

Tão rápido quanto Rony produziu uma careta, Hermione segurou-se para não rir. Falhando miseravelmente.

Após o almoço, a casa se tornou barulhenta. Molly gritava ordens a todo o momento, e de repente, Hermione já não sabia mais se cortava as batatas ou buscava os ingredientes para rechear o peru.

— A massa da torta, Hermione! — Molly disse com a voz um pouco mais alta do que o normal. — Precisa de mais farinha, estou vendo daqui. Farinha, querida!

Hermione correu para a bancada, jogando farinha na massa e voltando para as batatas, tentando cortá-las com precisão sem corta a si. Molly insistira para não usar magia, erguera o dedo indicador mais de uma vez recitando impiedosamente o quanto poderia modificar o sabor da sua ceia de Natal, e que jamais quebrara a tradição. Hermione pôde apenas concordar e seguir as regras.

— Gina, corte os... — Começou, mas notou que a filha não estava mais ali. — Onde ela está?

— Disse que precisava de um tempo, Rony também saiu e Harry foi arrastado pela Gina! — Respondeu, mexendo a massa da torta.

— Ah, certo. — Não parecia feliz. — Você pode cortar...

— Posso sim!

Molly sorriu orgulhosa de Hermione, que estava agora sozinha com as tarefas de todos os amigos. E esta atordoada com tantos ingredientes acabou por encher a torta de maça com as batatas, e precisou tirar os pedaços antes que Molly notasse. Precisava ser rápida e silenciosa. Depois de terminada as tarefas, enfim deu-se por vencida e jogou-se na poltrona.

— Onde está Gina? — Perguntou a Arthur, que lia o Profeta Diário em frente à lareira.

O senhor abaixou o jornal e olhou para a porta rapidamente, voltando para Hermione.

— Jogando Quadribol, perto do galpão! — Respondeu com a tranquilidade costumeira. — Vá lá, se Molly precisar de ajuda com certeza vai ouvi-la.

Hermione sorriu complacente e marchou para o jardim, afundando a cada passo até o galpão onde Arthur Weasley guardava os artigos trouxas para analisa-los. No céu, seus amigos voavam rapidamente por cima da sua cabeça, passando uns para os outros a goles, enquanto Harry e Gina pairavam acima de todos, muito provavelmente buscando pelo pomo de ouro. Havia também apenas um balaço, que voava com força cada vez que recebia um golpe.

Todos se divertiam, até mesmo Gui — que chegara fazia poucos minutos — participava. Rony que sempre fora goleiro, intercalava as jogadas entre artilheiro e batedor.

— Ei, Hermione, venha jogar! — Gui gritou, parando momentaneamente.

Hermione olhou para o homem e sorriu, negando com a cabeça. Nunca fora uma eximia jogadora, principalmente quando havia certo receito quanto à altura e a periculosidade do esporte.

Olhava distraída para a camada de neve, quando um grito ecoou na sua direção:

— Cuidado!

Levantou a cabeça tão rápido quanto pôde, mas era preferível que apenas se protegesse, pois um balaço errante atingiu-a brutalmente. E instantaneamente, a ultima coisa que viu foi a bola dura e maciça aproximando-se. Depois disso, tudo se tornou escuro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá, espero que gostem do capítulo. E por favor, quero opiniões sobre a fanfic. O que posso melhorar?
Até



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "E de repente..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.