– Arf, arf....

Rocinante corria o mais rápido que podia. Estava com o mapa aberto e tentava correr ao mesmo tempo que verificava onde estava. Não er aum boa ideia se tratando dele, mas era necessario.
Mais dois passos e BAM! O loiro estava no chão. A pose que ele cai era no minimo engraçada.

– Maldito azar...- ele se levanta resmungando - Vamos Rocinante, precisa ser rápido, Bell-chan conta com você.

Ele analisa o mapa, dessa vez parado atrás de uma pequena moita e depois retorna para sua corrida.

"Preciso atravessar a ponte, quando chegar nela, finalmente verei a base. Por que precisavam se enfiar tão no mato assim?"

• • •

– BRYAN NÃO! - A rosada assiste enquanto um dos homens feridos, tenta se usar de escudo para proteger outros dois que retiravam um dos marinheiros caídos do meio do tiroteio.

– AH QUALÉ, TODO MUNDO QUER SER ESCUDO AGORA? RAIOS! - ela se vira automaticamente e acerta um tapa no marinheiro ao lado.

– Contra-Almirante, estamos apenas com 3 homens em pé...Isso, me incluindo...

– Droga! deveríamos ter trazido mais homens! Já chamaram por reforços?

– Bem...os dois últimos que tentaram ir até nosso navio, foram abatidos...

–ABATIDOS? Maldição. Estamos muito além do navio e longe o sufciente da base daqui. Maldita base que se encontra bem no meio dessa porcaria de ilha! Já buscaram ligar para o navio?

– Sem resposta. Parece que nossos den den mushis estão sofrendo algum bloqueio...

– Bloqueio?

Ele retira um den den mushi do bolso e mostra a Belle-mère: o pequeno den den mushi parecia extremamente cansado e arfava.

– Eles estavam prontos para nós! Estavam nos esperando aqui...

– Será?

– Sim, temos um traidor, que nos entregou. O que quer dizer que Rocinante está em GRAVE PERIGO!

O coração dela corresponde a seus pensamentos acelerados: Eles foram sendo guiados para aquela emboscada e depois para aquele lugar, onde havia a passagem, muito propicia para ocasião. Provavelmente em algum momento eles cercaram o Capitão. Isso era péssimo, não apenas por que o conteúdo do pergaminho era de imenso valor, mas também por Roci, aqueles piratas acabariam com ele de maneira cruel.

– Não adianta permanecermos aqui. Precisamos retornar ao navio imediatamente! - Ela se levanta e faz sinal para os outros homens para que a sigam.

– Está certa disso Contra-almirante?

Ao escutar a voz dele, ela para no mesmo instante. A cena se foca em ambos, ele apontando uma arma em direção a nuca dela e ela com o cigarro sorrindo.

– Bela estratégia, Pierce. Pena que está lutando com a pessoa errada.

– Não "Bell-chan", não há lutas aqui. Eu atiro e você morre.

– Você que se engana, Pierce: Quem saca uma arma para matar, não proclama isso, apenas atira. Você está relutando, e isso te custou a vitória.

– Huh...

Ele destrava a arma para atirar, mas a rosada é mais rápida. Se vira rapidamente acertando um chute em cheio nele, o derrubando no chão, com ela por cima. A contra almirante o desarma exibindo um sorriso de vitória.

– Lamento que você tenha feito isso Pierce. Você era promissor.

– A marinha é podre e você sabe disso.

Ela o encara seriamente após as palavras dele, e com a arma acerta uma coronhada na cabeça o desmaiando.

– A Marinha é feita por cada um de nós Pierce. - Ela se levanta e indica para que um dos homens algeme e o carregue. - Em todo o lugar há podridão, basta cada um de nós lutar por aquilo que acredita até o fim.

Ela auxilia os dois marinheiros que ainda estavam de pé na volt apara o navio carregando os marinheiros feridos. Ao chegarem na metade do caminho num lugar mais seguro, ela os deixa explicando a situação.

– Sigam por dentro da mata, evitando a rota que pegamos inicialmente. Ao chegarem no navio armem todos e sigam pela encosta até aqui. - ela aponta no mapa - Pelo mapa deve ser o lugar mais próximo da ponte. Estarei ali com Rocinante para embarcarmos. Sejam rápidos e fiquem atentos!

– E o Pierce, Bell-chan?

– Joguem ele na sela mais mofada do navio e fiquem de olho nele. E não deem ouvidos a ele.

– Entendido!

Ela pega mais armas e munições, algumas granadas para levar consigo. Acende um cigarro e da um grande trago, soltando-o para cima. Um sorriso aparece em seu rosto.

– Eh..que confusão...Caímos direitinho, e agora temos que limpar essa bagunça. Roci, fique bem.

Ela devolve o cigarro a boca e corre rumo aquela pequena passagem.

• • •

O loiro corria sem rumo. Estava cansado e naquele momento preocupado, mas não consigo, mas com a rosada que tinha ficado para trás.

– Merda. Será que eles a pegaram? Não, Ela é durona o suficiente...Mas de onde eles surgiram...?

POW! POW!

Os tiros mau cessam. Uma bala passa de raspam em seu rosto, queimando sua pele e abrindo uma ferida. Ele se esconde atrás de uma árvore. leva a mão ao rosto e certifica-se que está mesmo sangrando.

– Porcaria! Esse caminho parecia fácil demais mesmo..

• • •

Belle-mère chega até as rochas onde estavam abrigados antes.. O lugar está silencioso, mas ela podia sentir a presença dos piratas ali. Ela se esgueira entre as árvores até próximo da entrada. Havia um grande descampado até ela pelo caminho que estava seguindo, o que era um problema. A rosada se agacha pensativa e conferindo o que tinha.

– Okey, três granadas, uma pistola com munição suficiente e dois rifles com poucas balas. É vai ter que ser o Kabom.

Fica um momento em silêncio, sem se mover prestando atenção ao seu redor: conseguia sentir a presença deles, mas o que a ajuda é o barulho deles, alguém era barulhento demais entre eles.

Sem perder tempo ela corre e arremessa a granada na direção deles. Ela vai rumo a passagem, mas no mesmo instante uma bala de canhão vai rumo sua direção.

– DROGA!

– HAHAHAHAHAHAH UMA MARINHEIRA A MENOS!

– SÓ POR CIMA DO CADÁVER DA HINA BABACA!

Um vulto passa por Belle-mère entrando na frente e arremessando a bola de canhão de volta para os piratas com auxilio de barras pretas.

– HINA!

–Hey, Belle! Com problemas por aqui é?

– Nada que não pudesse dar conta!

– Aham...

A rosada corre para a passagem e Hina a segue de perto deixando os piratas com seus marinheiros.

– E então cadê o bonitão?

– Metido em uma encrenca das grandes..

– Hum, Hina conversou com o pessoal de seu navio, eles me informaram a situação..

– Ótimo, quer dizer que eles conseguiram. Bom precisamos encontrar Rocinante. Pelo tempo, ele deve estar em alguma emboscada, ou até mesmo pior...

– Possivelmente. Mas você não deve ser tão descuidada assim!

– Agora ganhei uma mãe é?

– HAHAHAHAHA! Não, Hina esta mais para irmã... Mas fique tranquila, você é a mais velha, então Hina não pode nem dar broncas!

– hum.. Hina.

– Sim.

Elas param no mesmo instante e se escondem entre a mata. Algumas vozes e depois passa um pequeno grupo por eles.entre o grupo, Rocinante estava preso.

– HAHAHA Quem poderia imaginar que esse cara caira espontaneamente da ponte! HAHAHAHA

– Pra mim pareceu que ele tropeçou...

– Não importa! O que importa é que pegamos o portador do pergaminho!

– Falando nisso chefe, onde está o pergaminho?

– Hum... revistem-no!

– Aqui está Chefe! O pergaminho com a fita amarela!

Belle-mère encara Hina e sussura.

– Por que imaginei que isso aconteceria?

– Por que ele é homem?

– Não..ele se expôs de propósito... e temos pouco tempo para dar continuidade a seu plano, antes que descubram...

– Hina não está entendendo..Ele foi pego, junto com o pergaminho, precisamos ir atrás dele...

Belle-mère já estava indo na direção de onde eles sairam, rumo a ponte.

– Não. O pergaminho que está com eles é um falso. No plano original, eu ficaria com o pergaminho original e ele com o falso. ele estava fechado por uma fita amarela para sabermos a diferença. Se encontraram apenas esse com ele, o original deve estar em algum lugar perto da ponte.

– Oh, esperto...muito esperto.

– Sim e precisamos aproveitar isso!

– Certo, Hina vai atrás deles para descobrir onde vão levar o bonitão. Você vai atrás do pergaminho. Possivelmente não virão atrás de você.

– Boa sorte, Hina.

– Hina deseja o mesmo para você.

– E Hina...

– Hina já sabe. Hina vai traze-lo inteiro para você.

Belle-mère sorri para Hina, que retribui, ajeitando suas luvas e entrando mais na mata atrás dos piratas. A COntra-almirante, segue para a ponte, pensativa.

"Roci, não vou deixar que seja em vão. Terminarei a missão."