Je T'aime escrita por Bia Red


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oie amores. Não sei se perceberam, mas, mudei a Sinopse e o Prólogo, se puderem ir lá no começo e lerem o novo Prólogo eu agradeço. Desculpa por essa reviravolta, mas, acho que a segunda ideia ficara melhor que a primeira, eu prometo. Bom, é isso. Beijão



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/630018/chapter/8

Pov. Narradora

Antes mesmo que algum deles pudessem dizer mais alguma coisa foram acompanhados por Bianca, que acordou no momento quem o sol ainda saia das montanhas.

— Olha que lindo né gente.— Ela sentou-se entre eles.— O sol sempre me faz ficar revigorada.— Continuou falando sem ser correspondida.
— Bom pra você, porque o meu nasceu quadrado.— Karina levantou-se, deixando o local completamente arrasada.
— O que aconteceu?— Bianca perguntou assustada.
— Se dormindo ela já é difícil imagina quando fica sem dormir né.— Pedro tento disfarçar.
— Voltou a implicar com ela? Esse é o Pedro que eu conheço. — Brincou.
— Ela vai se arrepender de ter me conhecido.— Ele disse divertido, mas, com totais verdades nas palavras.

{············♥}

Ao entrar em seu quarto Karina não aguentou mais segurar, chorou como uma criança, sentiu falta de seu pai, que apesar de ser durão sempre a confortava, mas, teve de se virar sozinha. Não sabia o que estava acontecendo, jamais chorou por garotos, ainda mais um como o Pedro.

— Ele é um idiota, e você nunca se preocupou, não vai ser agora que se preocupara.— Ela dizia para si mesma enquanto secava as lagrimas que teimavam em cair.— Mas, eu não vou deixar ele me rebaixar desse jeito.— A decepção foi tomada pelo ódio, ela decidiu que não ficaria alí chorando pelos cantos. Então, levantou-se, lavou o rosto, e ao se recompor voltou para o jardim. Devido a claridade todos já haviam acordado.

— Passou o ataque?— Bianca perguntou ao nota-la.
— Acho que foi só o sono, mas, já lavei o rosto e estou bem melhor. — Disse meio envergonhada com os olhares encima dela.
— Não disse.— Pedro se intrometeu na conversa.
— Fica na sua que ninguém falou com você.— Foi grossa.
— Eita quanta delicadeza— Foi irônico.— Isso tudo é amor?— Provocou.
— Só se for amor da minha mão na sua cara.— Fez menção de dar socos nele.
— Prefiro suas mãos trabalhando em outra coisa.— Sorriu malicioso na tentativa de deixa-la ainda mais irritada.
— Acho melhor você tomar cuidado com o que diz, moleque. — Disse completamente corada, saindo de perto dele.
— É meu caro, essa esta difícil de laçar. — João não perdeu a chance de comentar.
— Dessa daí eu só quero distância.- Falou suspirando.
— Vai entender esse povo, depois dizem que eu é que sou o esquisito.

====== Horas mais tarde ======

Depois da fracassada tarde tentando deixar Pedro de lado, Karina estava sozinha em seu quarto escutando música, com os pensamentos vagos e sem rumo.

—Karina.— Bianca chegou gritando, batendo a porta, enquanto se jogava em cima de Karina.
— Quê doida, quer matar de susto?— Karina disse se levantando, como sempre, mal humorada.
— Isso. — Ele disse mostrando com entusiasmo um cartaz colorido.
— Tá, e o que é?— Karina perguntou sem interesse.
— É uma festa que eles vão fazer hoje a noite, e adivinha qual vai ser o tema?... — Foi deixada no vácuo.— Máscaras.— Continou animada enquanto a irmã mais nova a olhava com cara de tédio.
— E eu com isso?— Perguntou levantando uma das sobrancelhas.
— Ai K, se anima, você sabe que amanhã já é o dia de voltarmos para casa, vamos aproveitar a ultima noite.— Tentou ser convincente.
— Prefiro ficar dormindo. — Deitou-se novamente, colocando os fones.
— Não esquece que você esta me devendo uma.— Puxou o fone da lutadora.
— Esta me ameaçando?— Perguntou ela sarcástica.
— Se eu ligar pro pai e dizer que você estava presa numa delegacia com o Pedro, já sabe o que acontece né. — Disse pegando o celular ameaçadoramente.
— Se ele souber que eu fui presa, vai saber que você esta aqui com seu namoradinho João. — Karina entrou no jogo de ameaças.
— Eu falo pra ele que você passou a noite com o Pedro. — Ela disse acabando com a discussão.
— O que? Como você...? Pedro, claro, eu mato aquele moleque.— Ela disse abrindo a porta com força, mas, foi puxada por Bianca.
— Então é verdade. — Bianca estava boquiaberta.
— Você... Estava jogando verde.— Karina ficou ainda mais brava.
— Na verdade eu estava conversando com o João e percebemos que vocês ficaram estranhos de repente, ele viu a bagunça no quarto deles, vocês estavam se evitando e hoje quando vocês estavam conversando eu ouvi um pedaço da conversa... Não foi minha intenção eu juro. Não tinha certeza, mas, agora ficou claro.— Tentou se explicar.
— Bianca, se a gente não falar sobre isso eu agradeço.— Suas bochechas estavam vermelhas e ela ainda tentava acalmar sua ira.
— Olha K, eu posso ate respeitar a questão de vocês terem ficado juntos. Mas, você vai deixar ele sair assim?— Ela agora falava sério.
— Por mim ele pode sumir da face da terra. — Tentou permanecer firme
— Para de se fazer de durona, ele já fez tanta coisa por você quando eramos pequenos. — Bianca sorriu com as lembranças.
— Coisas de criança.— Permaneceu firme.
— Podia até ser no começo, mas, acho que acabou ficando mais forte do que vocês imaginavam, todos percebem isso.
— Bianca para de pensar caramiolas.
— Se eu estou falando é porque eu sei, e sou prova que aquele garoto não esta para brincadeira quando se trata de você. Olha, faz algumas tentativas se não der certo ai você segue sua vida, mas, não faz isso com vocês, não desiste logo de cara. Isso é coisa de perdedor. É como se estivesse no ringue, você tenta ate o ultimo, se não der certo pelo menos você não sai tão machucada poque você já aprendeu a se defender.— Bianca falava sorrindo para ela, tentando transparecer conforto.
— Bi...— Tentou falar mas suas palavras não saíram.
— Pensa no que eu disse. Bom, agora vou dar uma passada no shopping, e você vai sim, é uma ordem.— Beijou o topo da cabeça da irmã enquanto saia do quarto.

{············♥}

Após passar a tarde pensando Karina foi tomar o seu banho, e enquanto secava seus cabelos ouviu movimentação no quarto.

— Bianca? — Perguntou atenta.
— Oi K, vem aqui. — Ela saiu do banheiro e encontro as meninas espalhadas pelo quarto.
— Festinha do pijama?— Revirou os olhos.
— Não, vamos nos arrumar para a festa. — Ela disse remexendo em alguns sacolas.
— Você comprou o shopping todo?— Perguntou ela inconformada.
— Ai Karina, deixa de reclamar e toma — Entregou uma sacola para ela.— Vai se trocar que eu vou te produzir.
— Bianca que já disse que ... — Foi interrompida.
— Você vai, e ainda vai tentar aquilo que conversamos.
— Não sei não, ele é um idiota. — Disse olhando disfarçadamente para Tainá, que assim como as outras, estava empolgada com as roupas.
— Você sabe que isso é só pra te fazer ciúmes, esse garoto é louco por você. Passou a vida toda te provocando, mas, nunca perdeu a oportunidade de te agradar. Já compôs ate música pra você. — Karina sorriu, mas, logo disfarçou.
— Ainda acho que ele só quer brincar coma minha cara. — Continuou discordando.
— Mas que teimosia, que coisa, confia em mim. — Empurrou a sacola nas mãos dela.
— E você é uma chata. — Disse enquanto entrava no banheiro.

Karina demorou um pouco para colocar a roupa, se olhou no espelho e apesar de ter gostado do resultado não se sentia confortável naquele estilo.

— Ai Bi, essas roupas não combinam comigo.— Reclamou saindo do banheiro.
— Coube como uma luva, essa roupa não era pra ser de mais ninguém. Ficou perfeito. — Elogiou Sol.
— Eu não gostei. — Rebateu.
— Vem ca, que agora vou passar a maquiagem.— Jade puxou-a pelo braço.
Enquanto as garotas trocavam as roupas e se maquiavam, Karina tinha uma atenção especial.
— Prontinho. — Jade disse virando Karina para as outras poderem olhar.
— Vai lacrar — Sol, juntamente com as outras já estava arrumada.
— Só falta mais um detalhe.— Disse Bianca chegando com sapatos.
— Bianca, isso não serve pra andar.— Olhou bufando para o salto agulha à sua frente.
— Você se acostuma com o tempo, agora por favor, colabora.— Tentou ser paciente.
— E claro, não pode faltar a mascara.— Guta foi distribuindo entre elas.
— Vamos?— Perguntou Joaquina abrindo a porta.

E assim saíram, combinaram de encontrar os meninos no salão, que provavelmente já deveriam estarem esperando por elas. Karina andava um pouco atrás tentando se equilibrar no salto fino, mas, seus esforços não foram suficientes e quando estava prestes a cair sentiu duas mãos segura-lá e tampar a sua boca, enquanto a levava para longe das meninas. A garota se debatia e só foi solta ao dar um golpe no meio das pernas do sujeito.

— Ai Karina. — Felipe se contorcia na tentativa de diminuir a dor.
— Felipe?— Ela estava chocada. — Por que fez isso?
— Era pra ser divertido. — Ele estava sentando com as mãos entre as pernas.
— Me assustar desse jeito é divertido? Pensei que fosse algum atrevido.— Sentou-se ao lado dele.
— Ai. — Ele ainda gemia de dor.
— Desculpa.— Se sentiu culpada. — Mas a culpa foi sua. — Tentou se defender.
— Você esta linda sabia. — Ele passou a admira-la.
— Vo-Você não esta de todo mau.— Disse com a pele ruborizada.
— Se eu não tivesse visto você saindo com as meninas, não te reconheceria. A máscara esconde bem seu rosto.
— Coisa da Jade e da Bianca.— Revirou os olhos.
— Imaginei. — Ele levantou ainda sentindo um pouco de dor.— Me daria essa honra? — Levantou o braço para que ela pudesse colocar o dela por dentro do dele.

Com as meninas

Quando chegaram na porta do salão encontraram os meninos sentados na grama.

— Caramba que demora. — Reclamou Wallace.
— Vai dizer que não valeu apena.— Sol falou dando uma viradinha.
— Ô se valeu.— Cobra falou abraçando Jade.
— Bianca, Bianca. A sorte de vocês é que eu não sou x9, se o pai fica sabendo que você ta saindo com esse pedaço de pano.— Falou dando um beijo no rosto da irmã.
— Você só não fala irmãozinho, porque vai se ferrar também se ele ficar sabendo. — Rebateu.
— Essa parte a gente pula.— Brincou. — Cadê a baixinha. — Se referia a Karina.
— Ela estava junto com a gente. — Guta disse, olhando para trás tentando acha-la.
— Ela fica tão lenta com aqueles sapatos que acho que ficou pra trás. — Zombou Tainá.
— A Karina de salto? Sério?— Zé perguntou descrente.
— É sério, ela ficou deslumbrante. — Bianca se sentia orgulhosa pelo seu trabalho.
— To pagando pra ver. — Marcão também estava descrente.
— Eu quero aproveitar a festa, então, esperem a louca ai que eu vou curtir.— Pedro disse puxando Tainá pelo braço.
— Não é melhor entrarmos todos juntos. — Bianca falou um pouco desesperada tentando segurar Pedro lá fora.
— III Bianca, desde quando nasci grudado com vocês? — Falou virando as costas para ela e entrando.
— Ai que droga. — Bianca sussurrou para si mesma.
— E ai gente, vamos entrar ou esta difícil? — João já estava impaciente.
—Olha ela alí. — Bianca se animou ao ver Karina.
— A Karina esta parecendo uma menina. — Lírio não perdeu a oportunidade de caçoar.
— Para Lírio, senão ela não vai querer entrar. — Ruiva reclamou da implicância do garoto.
— Boa noite. — Karina falou num fio de voz, e agradeceu mentalmente pela mascara que cobria suas bochechas coradas.
— I rapaz, vai ter que tirar zerinho ou um pra ver quem entra com a gata. — Zé falou pra Felipe olhando abobalhado para a lutadora.
— Se quiser bater pode meter a porrada. — Marcão estava admirado, assim como os outros.
— Senhorita. — Lírio disse beijando a mão da loira e logo em seguida piscando para ela.
— Karina Duarte, cuidado com os caras sem vergonha, ou já sabe. — Cobra falava como Gael.
— Chega né. — Karina já estava roxa de vergonha.
— Vamos.— Bianca entrou antes que a irmã desistisse.— Tente.— Sussurrou para Karina que assentiu.

Assim que entraram seguiram cada um para um lado, Felipe arrastou Karina para pegarem bebidas, ele por ser maior de idade pegou bebida com álcool já ela preferiu refrigerante.

— Agora estou aquecido. — Disse ele após virar o copo de uma só vez.— Vamos dançar. — Puxou-a
— Mas eu não sei dançar. — Tentou livrar seu braço.
— A K, deixa seu corpo fluir. — Foi rodando ela pela pista.
— É serio Fê, não é minha praia.— Ela fez cara de tédio.— Você pode ficar ai dançando que eu vou ali no banheiro.— Ela se soltou e deixou-o por lá.

Seguiu para o banheiro, tirou a mascara e se olhou no espelho, achou estranho ver a sua imagem tão diferente do que via no seu dia a dia. Seus pés estavam cansando daquele sapato, entrou em uma das cabines, fechou a tapa do vaso sanitário e se sentou tirando-os.

— Que alívio. — Fechou os olhos por um tempo.

Passados 20 minutos Karina se lembrou que tinha de volta, colocou os sapatos, a máscara e saiu do banheiro. Foi a procura de Felipe e encontrou o garoto sentado em uma banco perto do bar.

— Karina minha deusa. — Ele já demonstrava alteração.
— Vai com calma ai. — Ela disse olhando os copos vazios na frente dele.
— Você é linda. — Ele falava alto.
— Eu não te deixo nem trinta minutos sozinho e você já esta bêbado. — Estava incrédula.
— Não tô bêbado, só tomei uns copinho. — Se levantou cambaleando.— Gostosa. — Disse puxando-a para perto dele enquanto passava a mão pelo corpo dela.
— Me solta. — Ela já estava irritada.
— Nada disso. — Ele segurou mais forte em seus braço.
— Esta machucando. — Disse entre dentes.
— Vem cá, me da um beijinho.— tentou beija-la.
— Você quem pediu. — Falou antes de segurar sua cabeça e dar uma joelhada em sei rosto.

Ele estava caido no chão e por um noneto ela pensou que estivesse morto, mas, ele começou a se mexer, e antes que ele se levantasse ela foi andando rápido pelo salão, tentado fugir dele.

— Atenção. — Disse um homem no microfone. — Vamos aproveitar as mascaras e fazer uma brincadeira.— Ele disse estalando os dedos e quando Karina procurava a porta da saída tudo ficou escuro. — Aproveitem que não estão vendo nada e peguem qualquer pessoa a sua volta, seja homem ou mulher. — Passou um tempo em silencio, e logo Karina sentiu alguém pegar na sua mão, gelou, pensando ser Felipe.— Pronto?— Ele pergunto e logo as luzes ascenderam.— Agora aproveitem para conversarem uma pouco, se conhecer e dançarem. — Começou uma música lenta.

Karina ainda estava de olhos fechados, com medo do que veria se virasse, mas, foi puxada e não acreditou no que viu.

Oi— Pedro disse. — Me daria a honra?- Perguntou e ela assentiu, e assim começaram uma dança com paços simples.
— Meu nome é Pedro e o seu?— Então Karina percebeu que ele não sabia que era ela. — Gosta de música?— Continuou fazendo perguntar, ela apenas assentiu.— Essa é das minhas, toca algum instrumento?— Ela negou. — Ai.— Reclamou ele quando ela pisou em seu pé.
— Desculpa. — Ela falou tentando disfarçar a voz.
— Você não é de falar muito né.— Ela concordou. — Percebi.— Ele sorriu sem graça.

A música chegou ao fim, e Karina tinha que tomar uma iniciativa, então olhou para os lados e viu que todos estavam entretidos e sem pensar duas vezes puxou Pedro pela nunca e olhou em seus olhos antes de colar seus lábios. Durante o beijo Pedro puxou suavemente a máscara de Karina na tentativa de saber quem era, quando finalmente se separaram ela ficou desesperada pelo seu rosto descoberto e ele logo abriu os olhos, mas, as luzes estava apagadas de novo.

— Quem é você? — Ele tentava olhar através do breu, mas, foi respondido com silêncio.

Depois do homem ter falado novamente as luzes se ascenderam e todos estavam dançando novamente e não tinha mais nada na sua frente, procurou, atordoado, por todos os lados, mas, não encontrou ninguém com o rosto descoberto.

— A mulher mascarada. — Ele disse sorrindo, olhando para a máscara em sua mão, ainda confuso.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada pelos comentários, digam o que estão achando, O.K? Beijão