Víctimas Del Pecado escrita por Miss Addams


Capítulo 9
Poncho - 5




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Poncho

Senti falta da sua antiga casa, ás vezes me pergunto como é passar anos numa prisão deve ser torturante, não sente vontade de voltar?

Caçador.

Mais um bilhete recebi no café da manhã no hotel que mexeu numa ferida minha. Não sente vontade de voltar, era muita provocação, ousadia. A cada bilhete que recebia “anonimamente” ou misteriosamente me dava mais vontade de descobrir toda a verdade.

E mais uma vez rasguei o papel e voltei a me concentrar no meu trabalho, eu tinha um projeto para uma marca de cerveja, faríamos um comercial e eu estava pensando como faríamos isso. Eu já estava trabalhando na minha a agencia. H&R, Herrera Rodriguez.

:- Poncho? – escutei Lúcia encarregada do Marketing, bater na porta e colocar apenas a cabeça para que eu a visse.

:- Sim, Lúcia. – olhei por um instante para ela para voltar a analisar os vários textos que eu tinha na minha frente.

:- Vim te entregar o meu projeto pronto. Vai te ajudar. – ela piscou.

:- Obrigado Lúcia está dispensada. – eu peguei assim que ela entrou e me entregou os papéis.

:- Obrigada, eu já estou indo mesmo. Poncho tem um homem querendo falar com você, esperando na porta. – ela me informou.

:- E por que não pediu para que entrasse?

:- Por que não o conhecemos, não é nenhum de nossos parceiros e fornecedores, e além do mais agora conversando com ele, me diz ser seu irmão.

Eu deixei de lado todos os papéis, tablet, documentos para encará-la surpreso, e da porta pude ver ele entrando, comprovando que era verdade. Gonzalo entrou na sala sério, observador.

:- Bom eu vou indo, até amanhã Poncho. – Lúcia de certa forma percebeu o clima tenso que se formou e foi embora.

‘●’

Hoje era o seu aniversário e ele não tinha motivos para comemorar, fazia duas semanas que os pais tinham indo definitivamente embora, e não voltariam nunca mais.

Se os pais fossem vivos provavelmente estariam numa festa de seus quinze anos, dançando e imaginando como os pais fariam algo para envergonhá-lo.

Porém, nada disso aconteceria.

Escutou o barulho da porta sendo aberta e já sabia quem era, seu irmão mais velho, e teve a esperança de escutar pelo menos um Feliz Aniversário pessoalmente, de alguém. Só então ele escutou risos, não só do irmão mais outro de uma garota. E a esperança desapareceu tão depressa como surgiu.

E pela forma torta dos dois que entraram em casa estavam bêbados. O que o fez revirar os olhos. Isso era comum, Gonzalo trazer suas garotas para casa, só que agora que os pais morreram ele fazia isso frequentemente. E o garoto resolveu falar senão nem seria notado.

:- Gonzalo?

Demorou para que ele escutasse o irmão mais novo, mas escutou, só que estava mais preocupado em beijar a garota do que qualquer outra coisa.

:- Poncho. – ele falou beijando o pescoço da garota que parecia mais bêbada que ele.

:- Eu fiz o jantar se quiser comer. – falou isso por que não encontrou nenhuma outra desculpa, na verdade ele queria falar que queria o apoio do irmão que eles precisavam de união para enfrentar a barra pesada que estava por vir. Só que ele sabia que não conseguiria falar, Gonzalo nunca foi tão próximo dele, e ele estava enganado ao pensar que agora isso seria diferente.

:- Não quero comer. Minha fome é outra. – olhou para a garota e sorriu malicioso. E foram aos amassos na direção do quarto do jovem.

Poncho esperou ouvir a porta bater para subir e só aí subiu para ir no seu quarto, pegou o necessário para dormir, e voltou para sala. Ele tinha certeza que de se ficasse no seu quarto não conseguiria dormir com barulho do irmão e ruído da garota.

Deixou a coberta e o travesseiro no sofá e foi para a cozinha, acendeu a luz e pegou o isqueiro que tinha no bolso acendendo a vela de seu bolo de aniversário, ele mesmo tinha feito, viu a vela derreter um pouco para assoprá-la, fez um pedido singelo pediu para vencer na vida.

Cortou o primeiro pedaço e dedicou para os pais aonde quer que eles estejam.

‘●’

Engoli a saliva, e pude sentir o gosto da solidão que aquele bolo tinha, se eu soubesse que aquela não seria primeira vez que ele me abandonaria, eu teria me preparado para ser solitário o quanto antes.

:- O que faz aqui, Gonzalo? – o encarei sério assim como ele.

:- Eu vim te ver.

:- É algum tipo de piada? – encarei ele duro, sentindo toda a mágoa por ele de anos e anos, pulsar nas minhas veias. – Só pode ser.

:- Não é piada, eu vim aqui ver como conseguiu, quer dizer você sempre consegue não é Poncho? Impressionante.

:- Do que fala?

:- Sempre conseguiu chamar atenção para você.

Eu não entendia do que ele falava, não nenhum sentido e nem lógica para mim.

:- Além de me ver o que veio fazer aqui? Por que se prestou a isso? Afinal de contas nem mesmo quando estava preso foi me ver.

Gonzalo não falou nada, deixou de me olhar e voltou a olhar minha sala, sabia que isso não tinha desculpa não importava o que ele sentia por mim.

:- Poncho me deixa ficar um tempo aqui estou fugindo de... – Dulce entrou na sala nos surpreendendo e logo parou de falar quando viu Gonzalo. – Me desculpe eu não sabia que estava ocupado. – Olhou para Gonzalo assim como ele.

Tentei me controlar, conhecia tanto o olhar de Gonzalo quanto de Dulce, era interesse mútuo. E aquilo me incomodou sem precedentes, isso eu não admitiria presenciar.

:- Sou Dulce Maria e você quem é? – ela olhou para ele com uma das sobrancelhas arqueada.

:- Gonzalo. – respondeu pegando a mão dela e beijando galanteador.

:- Gonzalo. – ela repetiu saboreando o nome retribuiu o sorriso para logo fazer uma expressão confusa e quando tudo pareceu clarear em sua mente, ela me viu na mesa incomodado com a cena e sério, sobretudo. – Irmão de Poncho? - Olhou para ele. – Só pode ser, os olhos claros os cabelos grandes você são parecidos demais.

:- Infelizmente. – Os dois disseram ao mesmo tempo compartilhando o desgosto.

:- O que traz você aqui Gonzalo? – Dulce perguntou e eu agradeci quando eles se separaram não só as mãos como o olhar.

:- Vim ver Poncho saber se os boatos são verdadeiros.

:- Que boatos? – eu perguntei encostando minhas costas na minha poltrona.

:- De que você saiu da prisão e vai se vingar de seus ex-colegas, sei lá, nem me lembro nomes deles. – Claro, nunca se interessou por algo que vinha de mim. Eu pensei. – Acho isso pura ignorância tua, Poncho, talvez cara de pau.

:- Por que diz isso?

:- Você cometeu seu crime e pagou por ele, agora vem dar essa pinta de bom moço, aliás sempre deu, dizendo que é inocente. E querer arruinar a vida de pessoas realmente inocentes, só poderia esperar algo assim de você.

Antes que eu tivesse qualquer reação, Dulce falou com ele.

:- Você não acredita na inocência de seu irmão? – Olhei para ela e a vi séria, desafiadora, totalmente diferente de há pouco tempo que estava interessada nele, diria que se ele não fosse meu irmão e não tivesse dito todas as mentiras que acabou de falar sobre o assassinato, ela sairia com ele.

:- Não. – Disse firme a olhando sorrindo, ele não se dava conta que Dulce, também pagou o mesmo preço que eu.

:- Então você não acredita na minha também? – manteve o desafio.

E ele ficou confuso e depois surpreso para logo entender.

:- Você é a colega que foi presa cúmplice dele?!

:- Sabe Dulce, Gonzalo sequer sabe seu nome, ou melhor, sabia o nome dos meus colegas, ele só sabia de Angelique por que foi minha namorada e a levei poucas vezes para casa. – Disse para ela.

:- Estou vendo.

:- Olha Dulce, eu não a conheço e talvez você possa ser inocente, mas Poncho eu não duvido nada do que tenha feito. Ele não é uma boa pessoa nunca o foi.

:- Desde quando você me conhece, Gonzalo? Nunca quis me conhecer, não sabe nada de minha vida, e ainda não entendo o que faz aqui.

:- Vim dizer isso. Acho que você não deveria ter saído da prisão, lá é o seu lugar. – a forma calma era uma farsa eu sabia que ele estava se contendo, ao contrário de Gonzalo eu o conhecia e parece que não mudou muito. Ele estava sendo sincero. – Bem longe de mim.

:- Eu não corri atrás de ninguém, Gonzalo, você que está aqui. – disse cruzando meus braços.

:- E vim para dizer que o odeio. – Ignorou o que eu disse e eu via a verdade nos seus olhos e sentia pela primeira vez ele estava sendo sincero comigo, finalmente. – O odiei desde o instante que mamãe disse que estava grávida, e quando nasceu tomou meus pais de mim. Eu nunca quis você como irmão, eu tinha que dizer isso para você.

:- Enfim a verdade apareceu, eu sempre soube disso eu tentei entender o por que de você me odiar, me rejeitar e descobri. – Dei os ombros o encarando. – Você já não me importa a muito tempo Gonzalo, desde que fui preso, você é indiferente para mim. É como se você não existisse, e assim como você essa é minha verdade também.

:- Ótimo. Então até nunca mais, Poncho. – Ele deu uma última olhada para mim. E eu sabia que aquilo era um adeus – Você deveria andar com pessoas melhores. – aconselhou Dulce.

Que estava em silêncio escutando apenas a conversa, sentada no sofá negro que eu tinha, ela se levantou e andou até onde eu estava.

:- Está enganado Gonzalo, estou com a pessoa certa. – ela me olhou e me abraçou pela cintura mesmo eu ainda sentado dando a impressão errada da nossa relação, vi que ela estava fazendo de propósito. – Conheço o tipo de pessoas como você, fácil de encontrar nas prisões sabe? Toma cuidado com suas ações. Você é como meu pai, e de familiares como vocês é melhor ser órfão. E quando sair encosta bem a porta eu quero ficar sozinha com seu irmão.

Ele até abriu a boca para falar alguma coisa, mas desistiu ao ver Dulce me abraçando mais, parecendo que estamos juntos.

:- Gonzalo? – O chamei por que tinha que dizer isso, antes que não o visse nunca mais. Ele me olhou já da porta esperando que eu falasse. – Eu não sou um filho bastardo.

E eu vi ódio passar por seus olhos claros, os mesmos de papai, os mesmo meus. E ele saiu sem dizer nada, sabia que eu nunca mais o veria na vida, não por vontade de nós dois.

Suspirei alto e forte sentindo meu peito queimar.

:- Nossa. – Dulce comentou se separando de mim. – Não sabia que você tinha contato com ele? Quer dizer, você tinha?

:- Não. Foi a primeira vez que nos vimos em anos. – Dei a volta na minha mesa e voltei a sentar na minha poltrona, não me sentindo bem, abaixei minha cabeça na mesa e fechei meus olhos.

:- Uma vez você disse que somos parecidos e eu não tinha acreditado, mas tenho que dar o braço a torcer agora temos muito em comum, seu irmão e meu pai parecem saírem do mesmo esgoto. O que ele te falou, eu via meu pai aqui presente me falando, sei como se sente agora Poncho, aliás, mais uma vez sei pelo que está passando.

Eu apenas escutava sua voz, e forcei meus olhos me reprimindo, minha vontade era de ir atrás de Gonzalo e bater até vê-lo sangrar. Eu tentei tanto quando era criança, tanto ser amigo dele e só recebia desprezo. Raiva era pouco para o que eu sentia agora. Eu tinha uma mão em cima da mesa e a fechei forte imaginando como seria um soco certeiro no olho de Gonzalo.

:- Poncho? Você está bem? – escutei Dulce perguntando e ela sentando na cadeira a minha frente, sua voz estava próxima.

E eu levantei a cabeça para olhá-la, vi seu rosto preocupado se transformar em expressões suaves, ela tomou minha mão e colocou entre a sua.

:- Somos aliados. Não tenha vergonha de demonstrar o que sente, eu não vou te julgar. – Me olhou e era a primeira vez que a via assim, pelo menos comigo, mesmo assim estava confuso do que ela estava falando?

:- Do que fala?

:- Seus olhos. Está tão vermelho, você pode chorar se quiser Poncho. – ela me olhou calma.

Só depois que ela falou eu realmente entendi o que eu sentia incomodo nos meus olhos, uma ardência e vontade de chorar só que não era de pesar, nem nada do tipo, era raiva. Eu não me importava com Gonzalo, eu sentia por papai e mamãe e foi isso que sua presença me lembrou deles. Uma lágrima quente escorreu pelo meu rosto enquanto eu a encarava e eu forcei meus dentes um no outro os trancando, me condenando por ceder.

:- Meus pais. Ele me lembrou meus pais. – eu disse e ela balançou a cabeça dizendo que estava tudo bem. – Ele não me importa.

:- Eu sei, foi assim comigo também, com meu pai. – ela revirou os olhos por se referir a ele assim.

E ficamos um tempo em silêncio.

:- Se você não tivesse me contado que era seu irmão, quer dizer que eu tivesse o conhecido antes eu teria o telefone dele agora. – eu soltei das suas mãos voltando com meu incomodo. – Poncho é sério, como é que você tem um irmão tão gostoso assim? – ela sorriu e sabia que estava fazendo isso para ignoramos a cena anterior.

:- Da mesma forma que a sua também é. – forcei um sorriso, fazendo ela rir. – E caso você não tenha percebido, eu e ele somos parecidos, mas eu sou muito mais bonito.

:- Se você diz. – ela deu os ombros. – Ele é mais velho que você?

:- Sim.

:- Adoro homens mais velhos. – ela arqueou a sobrancelha. Mas, eu tinha certeza que ela não se envolveria com Gonzalo, mesmo que ele tentasse procura-la, não depois do que ele disse sobre a nossa prisão.

:- Eu sou mais velho que você. – Me aproximei sendo eu mesmo.

:- Você não desiste, não é? Eu cansei de brigar com você sobre esse assunto.

:- Não podemos nos envolver, bla bla bla, não podemos transar, bla bla bla, não quero atrapalhar nossa vingança, bla bla bla. – eu disse algumas de suas falas de cor. – Sabe de uma coisa Dulce? Acho que você tem medo.

:- Eu? – riso irônico típico dela. – Medo do que?

:- Medo de gostar mais do que devia. De se render ao meu charme e ficar tão viciada em mim. Que não vai desejar mais nada. – Ela riu, não era a primeira vez que eu olhava propositalmente para seu decote, seu corpo.

:- Você conta muita vantagem, usou essa cantada ridícula para fazer a mulher ficar curiosa com mais quantas além de mim?

:- Algumas. – dei os ombros falando a verdade. – Acha que eu não tenho algo a mais que as mulheres querem?

:- Alguma coisa você deve ter para fazer com que tantas ficam te seguindo, no hotel. Deve fazer seu serviço direito, apenas isso. Talvez elas não tenham encontrado homens certos.

:- Não fica curiosa em saber o que eu faço? Eu posso dizer que nenhuma nunca reclamou das minhas performances, eu faço o que elas querem depois da conquista é claro, assim eu tenho sexo, ou eu posso pagar para isso. Porém, poucas vezes eu tive o que eu realmente quero numa mulher.

:- O que você quer numa mulher?

:- Desafio, eu quero uma mulher que não seja totalmente submissa ou mandona, eu quero equilíbrio, intensidade, prazer mútuo. – olhava em seus olhos. – E as poucas em que eu encontrei isso, foram minhas namoradas.

:- Você só me quer por que eu lhe disse não. Está com seu ego de macho, balançado, apenas isso.

Eu sorri por que ela estava certa, mas com Dulce ia além de uma transa qualquer eu não poderia dispensá-la depois temos algo juntos, algo por realizar. Um compromisso. Mesmo assim eu a desejava, cada vez mais e a cada não que eu levava. Eu sabia que Dulce representava a mulher que eu queria no sexo, por cada beijo que dávamos, que eu roubava. Um querendo controlar o outro.

:- Vou te fazer uma proposta, vamos sair depois daqui, algum bar ou boate. Vamos nos divertir antes de voltar para o hotel, vamos fazer o que nos privaram de fazer quando estávamos nas gaiolas, eu pago tudo que você consumir. Porém, eu quero algo seu.

:- Tudo o que eu consumir? Todas as bebidas e o meu jantar? – eu confirmei com a cabeça. – O que você quer?

:- Eu te desafio a superar seu medo e provar do fruto proibido. – sorri mordendo os lábios, eu sabia que ela negaria, mas como ela disse eu não desistiria. – Quero que você me beije por vontade própria.

:- Apenas um beijo?

:- Sim.

:- Eu aceito. E você se compromete a pagar tudo hoje por sua conta. – Ela me mostrou a palma da mão e eu ainda fiquei surpreso por ela aceitar peguei sua mão apertando firme selando minha palavra. – Se arrume que você já vai colocar a mão no bolso quero jantar e daí vamos para alguma boate ou bar.

Eu fiz o que ela mandou, separei todos os meus trabalhos, guardei para amanhã continuar com eles.

Uma ansiedade tomou conta de mim. Era a primeira vez que ela cedia ao meu desafio, era o primeiro beijo que ela me daria e eu não via a hora. Dei a volta na minha mesa e parei na sua frente, impressionante como o mundo poderia dar voltas e tornar tudo bipolar.

Num instante estou irritado pela presença do meu irmão nessa sala, na outra estou ansioso para que Dulce me beijasse.

:- Certo, vou cumprir com minha parte. – ela se levantou da cadeira se aproximando até colar nossos corpos e eu já abria minha boca. Ela passou os braços pelo meu pescoço jogando comigo, me olhando nos olhos, para adiantar eu abaixei minha cabeça e ela se afastou. – O trato é que eu tenho que beija-lo, apressado.

Ela ficou um tempo no seu jogo de sedução, até eu coloquei minhas mãos na sua cintura e ela me beijou decidida, sabendo que estava fazendo, o beijo dela tinha um sabor único. Que eu só pensava naquele instante era corresponder e respirar, mas tinha aquela coisa entre nós dois personalidade e intensidade, aquilo de um querer superar e dominar o outro. Até nesse beijo tínhamos isso eu felizmente pude comprovar.

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