A Nossa Historia escrita por Lilly Belmount


Capítulo 24
Capítulo 24




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Era sábado à noite e a paz e a tranqüilidade reinavam na mansão dos Lancaster. Estella e Hilbert se aprontavam em seu quarto. Teriam uma noite longa, cheia de conversas e reencontros. Para eles era uma noite muito importante.

Marcus estava no quarto de jogos com Evie. O volume estava bem alto, mas a sala foi projetada para à prova de som. Juntos, eles se divertiam, pois Evie não sabia como matar os zumbis com facilidade. Mesmo que não fosse a sua intenção ela fazia com que Marcus risse sem parar. Ela movia o controle como se o mesmo possuísse sensor de movimento e sempre o personagem a atacava, gritava e deixava o controle cair no chão.

— Marcus, esse jogo é horrivel — reclamou Evie batendo o pé com força.

—O jogo não é ruim. Não se você souber usar as estratégias.

Evie fuzilava o irmão através do olhar.

— Está me chamando de burra? Marcus Lancaster, eu não te dei essa ousadia.

Evie avançou no irmão enchendo-lhe de cócegas. Ele se debatia tentando impedir que a irmã continuasse com a brincadeira.

Logo Estella foi até o quarto, bateu na porta, mas não obteve resultados. Decidida, ela entrou e ficou chocada ao encontrar os seus filhos em meio a risadas e cócegas.

— Por que não estão vestidos adequadamente? — questionou Estella cruzando os braços ao entrar no quarto.

Imediatamente a brincadeira cessou e o clima ficou tenso.

— Vestidos para quê? — indagou Evie arrumando os cabelos bagunçados — Não lembro nem o que comi ontem no jantar.

Estella se controlou para não rir.

— Nos temos um jantar na casa dos Palladini.

— Palladini — murmurou Marcus para si — Não gosto das festas e qualquer evento que criam de última hora. É sempre tão chato e a filha dele me sufoca.

Hilbert entrou no quarto.

— Nós sabemos o quanto a família é sufocante, mas eles sempre estão prontos para ajudar quando precisamos. São eles quem vão me ajudar a resolver o caso do pai da Amy. — ponderou Hilbert — É por isso que todos nós devemos ir.

— Isso é tão chato, pai — reclamou Evie — Por que todos nós temos que ir?

— Porque vocês são amigos da Amy e querem ajudá-la. Às vezes temos que sacrificar aquilo que nos faz bem para ajuar o próximo. — explicou Estella.

— Vou me arrumar — Marcus se deu por vencido. Se era para trazer felicidade para Amy, assim ele faria.

Não demorou para que todos estivessem prontos para irem até a casa dos Palladini. Marcus e Evie não se sentiam bem, mas tinham que obedecer ao pedido dos pais. Tony os aguardava do lado de fora.

**********

O caminho até a mansão dos Palladini foi completamente silencioso. Ninfuém ousou dizer uma única palavra. Infelizmente não era fácil ter que ir para eventos que os jovens não gostavam. Ao chegarem na mansão a família Lancaster foi muito bem recebido pelos Palladini. Evie não gostava de Isabella e no entanto, se retirou junto com Marcus para algum outro comodo onde a jovem não pudesse os atrapalhar.

Caminhavam juntos observando toda a decoração do jardim. Todas aquelas luzes era um pouco exagerado.

Os Palladini eram sócios da família Lancaster e sempre os convidavam para um jantar com o máximo de requinte e luxuria. Ficar no meio de todas aquelas pessoas fúteis não o agradava. As conversas não faziam sentido. Acompanhou os pais apenas por educação, mas a sua vontade era a de ir para casa.

Ele estava distraído no jardim. Ficar dentro dos cômodos movimentados o deixava louco. Não percebeu que alguém se aproximava.

— O que está achando do nosso jantar, Marcus? — quis saber Isabella.

Marcus revirou os olhos. Era disso que ele havia falado anteriormente.

— Nada mal.

— Só isso?

— Desculpa te desapontar boneca, mas não estou num ótimo dia. Estou cansado.

Ela sorriu.

— Compreendo. — mudou de assunto — Você conhece essa tal de Amy Jones? Meus pais não paravam de falar dela.

— Claro que conheço.

Isabella notou o quanto a voz de Marcus soou mais alegre ao falar de Amy.

— O pai disse que vai fazer o que for possivel para ajudá-la. Descobriu que ela é uma aluna da Margareth Grahan. Confesso que fiquei chocada, pois teria de haver um motivo mais que especial para o meu pai ajudar. — disse ela em desdem.

— Seu pai é uma ótima pessoa e sabe o que é certo. Se ele tem a capacidade de ajudar os amigos, assim ele irá fazer.

Ele saiu do jardim a passos largos deixado-a chocada com o seu comportamento.

O que Marcus poderia fazer naquele jantar irritante? Sentia-se mal por não ter a sua companheira para alegrar sua noite. Algumas garotas tentavam chamar a atenção de Marcus, mas ele não dava atenção. Não queria saber de nada.

Todas as músicas que ouvia revelava o que ele tanto desejava contar a tanto tempo. Já haviam se passados meses e desde então a amizade se fortalecera. Já não estava sendo fácil manter todo aquele sentimento escondido de tudo e todos. Quanto mais passava o dia ao lado dela, queria tê-la em seus braços, contar-lhe sobre os seus sonhos e fazer planos para um futuro muito distante.

Despediu-se deles e foi para casa. Já não aguentava mais. Não foi uma boa noite como acreditava que fosse.

Assim que chegou à mansão já foi tirando a gravata que o sufocava. Gostava de se sentir livre. Colocou o paletó sobre a cama e desabotoou a camisa branca. Aquele visual não era um dos seus favoritos, mas estava feliz por estar livre de tanta chatice.

Ela mandou mensagem assim que o viu online.

Amy: Como foi a festa?

Marcus: Um saco.

Amy: Hahaha.

Marcus: Como você é sem graça, Amy.

Amy: Por que a festa foi um saco?

Marcus: Porque as pessoas só conseguiam falar do quantoas suas contas bancárias estavam cheias. Havia tanto assunto a ser discutido e nada acontecia. Preferi ficar longe deles.

Amy: Havia alguém da sua idade para conversar?

Marcus: Sim, mas não me senti à vontade. Todas aquelas conversas me desanimou.

Amy: Podemos nos encontrar amanhã à tarde? Preciso conversar...

Marcus: Podemos sim.

Amy: Ótimo! Boa noite.

Antes que ele pudesse lhe enviar outra mensagem Amy já se encontrava offline. Não importava o assunto a ser tratado, Amy conseguiu deixá-lo preocupado. Ela não poderia ter feito esse suspense todo. Como é que iria dormir tranquilamente?

**********

No dia seguinte Amy acordou um pouco mais tarde do que de costume. Sentia-se cansada dos ensaios e estudos que realizara intensamente naquela semana. Só queria descansar e nada mais. Tirar um dia para simplesmente ficar à toa, sem preocupações, sem lições de casa seria bem proveitoso. Olhou para a luz que invadia o quarto e sorriu. Tivera um sonho tão perfeito que ainda não conseguia discerni-lo da sua realidade.

A batida na porta a fez se sentar.

— Filha?

— Pode entrar.

— Chegou essa carta para você. — disse Ingrid entregando-lhe a correspondência.

— Obrigado.

Ingrid se virou para sair do quarto, mas a voz da filha a fez parar imediatamente.

— Alguma noticia do Bernard?

— Não! Espero não ter nenhuma noticia. Estou gostando dessa tranquilidade. — admitiu Ingrid sem olhar para a filha.

— Eu também.

— O café está pronto.

— Só vou me trocar e irei.

A mãe logo se retirou.

A curiosidade tomava conta da jovem. Logo abriu a correspondência e notou que era o convite de casamento de Angelique e Craig. Era óbvio que ela iria comparecer, mas teria que levar alguém como companhia. Sozinha não era uma boa opção já que haveria outras pessoas desconhecidas e suas primas estariam completamente ocupadas.

Depois do café, Amy foi até a casa de Demetria. Talvez ela aceitasse o seu convite. Poderia ser a sua alternativa.

Tocou a campainha e esperou ser atendida. A porta ao ser aberta revelou uma Demetria mais agitada que o normal.

— Amiga, como é bom te ver!

— Que animação é essa? — perguntou Amy entrando na casa.

— Tenho noticias maravilhosaS.

— Demi, eu recebi o convite da minha prima para o casamento. — apressou Amy em contar.

Demi arqueou a sobrancelha.

— Amiga, eu sei o quanto gostaria que eu fosse com você, mas eu recebi uma proposta. Queria ter te contado antes, mas é a grande oportunidade da minha vida. Farei participação no musical “Fantasma da Opera”.

Amy sorria animada. Era uma noticia maravilhosa.

— Você tem que ir, é sério. A sua oportunidade chegou e sei que fará sucesso por onde quer que passe. — Felicitou Amy abraçando calorosamente.

— E o casamento? Não quero que vá sozinha.

— E quem disse que irei sozinha?

Ela sorria divertida.

— Eu conheço esse olhar, pode me contar.

— Vou falar com o Marcus. Pode ser que ele aceite.

Demetria se lembrou de algo.

— E o Donnie nunca mais te procurou?

— Ainda não. Acho bom que ele esteja bem longe. Eu tive um sonho com o Marcus.

Demetria arregalou os olhos chocada.

— Isso só pode ser um sinal. Você finalmente está gostando de alguém! — exclamou Demetria.

— Para com isso. — repreendeu Amy — Foi apenas um sonho e nada mais. Foi bom, mas não significa nada.

— Me conte a verdade, se ele não estivesse namorando com a Bryana você aceitaria ter um relacionamento com ele?

— Não! — respondeu ela prontamente — A nossa amizade é muito bonita, ele sempre tem me ajudado, mas não o vejo desta forma. A confiança que tenho nele é por pura amizade.

— Entendo, mas pense na hipotese de um dia isso acontecer. Nada é impossivel.

— Tudo bem, preciso ir. Não quero te atrapalhar a arrumar suas coisas. Te dejo toda a sorte do mundo.

— Sorte? Qual é a palavrinha mágica que usamos no teatro?

— Merda! Quebre a perna.

**********

Já era quase quatro horas da tarde. Estava frio e ventava bastante. As folhas das árvores caiam com a força do vento. Amy estava confortável e bem protegida do vento. Ela se deliciava com chá naquela tarde fria. A cafeteria foi uma boa escolha. Não havia nada que a preocupasse naquele dia, só queria desfrutar a tranqüilidade.

Ela o viu entrar correndo na cafeteria.

— Eu sei que estou atrasado, mas foi por culpa da Evie. — começou ele apressado já se sentando.

Sua respiração ficou acelerada ao vê-lo sorrindo. Tinha que manter o foco da conversa. Os sonhos que estava tendo com Marcus mexiam com suas emoções.

— Tudo bem... A tarde está agradável para aproiveitar um bom chá.

Marcus manteve o olhar preso ao dela por algum tempo. Percebeu que ela ficou nervosa e logo desviou a atenção.

— Qual é o assunto tão importante que me trouxe até aqui? — quis saber ele empolgado cruzando as mãos à sua frente.

— Recebi o convite de uma data muito importante para alguém da minha família. — ele a ouvia atentamente — É o casamento da minha prima. Gostaria que fosse comigo.

Marcus ficou em silêncio pensativo, mas logo continuou:

— Por que você quer que eu vá nesse casamento contigo? — perguntou Marcus curioso.

Amy se sentia perdida em seus pensamentos. Havia tantos motivos pelo qual ela desejava a sua companhia, infelizmente não teria coragem para lhe contar. Seria expor demais o que vinha guardando dentro de si. Algum dia, em um momento agradável lutaria contra esse medo que sempre a atrapalhava.

— E preciso do meu amigo ao meu lado... — começou Amy devagar — Preciso de alguém de confiança ao meu lado para garantir que não farei nenhuma maluquice.

Marcus sorriu docemente.

—Tudo bem... Eu irei contigo. Desde que você não me abandone por nada nesse mundo durante o casório ou sequer na festa.

— Combinado.

— Quero confiar que será desse jeito. Uma noite onde apenas você e eu possamos nos divertir como nunca. — desejou Marcus sonhador.

— Você vai amar conhecer a minha prima. — disse ela animada.

Marcus não conseguia disfarçar o quanto estava feliz pelo convite de Amy. Ela poderia ter convidado qualquer outra pessoa, mas ela lhe dera oportunidade muito boa. Por um momento ficariam longe de todos os seus amigos, longe de todas as confusões que poderiam se meter. Com outras garotas tudo sempre foi tão mais fácil qualquer tipo de envolvimento, mas com Amy não havia pressa. Desejava conquistá-la a cada dia. Quanto mais pudesse aproveitar cada minuto, cada momento ao lado dela valeria a pena, mostraria o quanto era diferente de todos os rapazes que ela conhecera um dia. Só queria ter a oportunidade de fazê-la feliz, mesmo na amizade.

— Cadê a Demetria? Pensei que ela também iria contigo para o casamento.

Amy sorriu desconcertada.

— Ela vai viajar durante uma semana, depende de como será a apresentação dela para que ela possa voltar ou não. Era a oportunidade que ela esperava.

— E você? Realmente quer fazer da arte a sua profissão para viver durante anos?

Amy o olhava fixamente.

— Marcus, durante toda a minha infância eu quis ser artista. Estar nos palcos me mantém viva, me permite esquecer todos os meus problemas por um momento, er quem eu jamais imaginaria. Um sonho que se realiza a cada dia.

Marcus a contemplava maravilhado. Sua forma de falar à respeito de sua carreira era apaixonante.

— Amy Jones será uma honra ser o seu par.

Não podendo se controlar ela se jogou nos braços do amigo. Infelizmente a mesa os atrapalhava.

— A Bryanna ainda continua agindo estranho?

— Sim, fico preocupado a cada dia que se passa. Ela emagreceu de uns tempos para cá.

— Marcus nós temos que ajudá-la o quanto antes. Temo que algo de ruim possa acontecer.

Ele bagunçou o cabelo nervoso.

— Também temo por ela.

Marcus logo se levantou e pediu um café.

A tarde estava sendo proveitosa. Precisavam de algo para mantê-los tranquilos e sempre que estavam juntos a sintonia era envolvente.

**********

O casamento de Angelique se aproximava. Amy e Marcus decidiram que seria apropriado viajar no fim da tarde, assim chegariam quase no fim da noite e teriam uma parte do dia seguinte para desfrutarem as belas paisagens e pontos turísticos. Seus pertences estavam arrumados numa pequena mala. Levaria apenas o básico para se preparar para o casório.

Ele a esperava do lado de fora.

— Amy, está na hora de irmos. — chamou Marcus.

— Já vou.

Antes de sair de casa Amy quis certificar que a sua mãe não lhe faria perguntas à respeito de quem a acompanharia. Era melhor que assim fosse. Não demorou para que deixassem a cidade grande.

**********

O tão aguardado dia chegou. Amy acordou cedo e cuidou do café da manhã. Arrumou tudo o que precisava e logo se pôs a cuidar do seu visual. Marcus não ousou interferir. Quando se tratava do visual ela gostava de caprichar.

Marcus já estava arrumado apenas aguardando Amy. Andava de um lado para o outro ansioso. Não entendia o fato das mulheres demorarem tanto a se aprontarem. A porta logo foi destrancada e a atenção de Marcus voltou-se completamente para a figura feminina.

— Você está linda! — exclamou ele encantado.

— Obrigada.

— Azul combina com você.

Ele apontou em direção à saida. Estar com Amy era gratificante. A ajudou a entrar sem amassar o vestido longo. O perfume doce o deixava extasiado. Ocupou o seu lugar e começou a dirigir. Não se lembrava quando foi a última vez que ficara tão nervoso por estar ao lado de uma garota. Não uma garota qualquer, masuma por quem seu coração batia aceleradamente.

Quando o carro foi se aproximando da igreja os olhos de Amy começaram a brilhar com intensidade. Parecia um sonho. Marcus estaccionou o carro e a ajudou a sair.

A entrada da igreja estava linda e encantadora. Todos os convidados de Angelique sorriam sinceros ao verem o casal se encaminhando para se sentarem. Aquele era o momento mais importante na vida de sua prima. Ao vê-los de braços dados sorriram encantados. Conseguiam notar a energia que os envolvia. A igreja não estava cheia, mas queriam ter um bom lugar para melhor apreciar a cerimônia.

Sentaram-se na segunda fileira. Craig os

Durante toda a cerimônia Marcus segurou a mão de Amy com carinho. Havia intensidade. Seu coração batia aceleradamente. Não conseguia entender o que acontecia com ela. Tinha que controlar os seus sentimentos. A calma e a paciência de Marcus lhe fazia bem.

A marcha nupcial começou a ser tocada e Angelique entrava a passos lentos distribuindo sorriso para os seus convidados. Lágrimas rolavam pelo seu rosto tanto que não percebera a presença de Amy à primeiro momento. Seu vestido era deslumbrante. Angelique não conseguia conter a emoção.

“Eu os declaro marido e mulher”

Foi como sair de um sonho. Finalmente Angelique estava casada e seria feliz com o grande amor de sua vida.

— Foi linda a cerimônia — murmurou ela.

— Tudo é lindo quando estou com você! — elogiou Marcus.

**********

No fim da tarde todos os convidados se encontravam na chácara. Dançavam e comemoravam o grande evento. Um grande agito tomou conta do lugar ao notarem que Angelique jogaria o buquê. A maioria das mulheres estavam reunidas com um único propósito. Angelique ficou de costas e contou até três.

Jolie foi a sortuda. O buquê era dela.

— Aposto que você queria pegar o buquê — brincou Marcus após ver a garota correndo em direção à Joana.

— Claro que não. — ela riu — Um dia eu irei casar. Não vi a necessidade de entrar na brincadeira.

Craig e Angelique se aproximaram de Amy e Marcus.

— Agradeço por terem vindo. Não sabe o quanto fiquei feliz por ter vindo Amy.

— Eu disse que viria.

Angelique fez um gesto para que Amy a acompanhasse.

— Com licença rapazes. Conversa de mulher.

Angelique usava um vestido mais curto para a festa. De um jeito simples ele se tornava elegante para a noite.

— E ai?

— O que? — indagou Amy sem entender.

— Eu achei o Marcus muito fofo desde a cerimônia. Ele é tão protetor contigo. Rola algo entre vocês?

— Não. Somos amigos bem próximos. Ele tem me ajudado tanto nessa fase tão maluca da minha vida. — Explicou Amy — Sabe Angelique, quando estou com ele me sinto diferente demais. No começo era mais fácil passar o tempo com o Marcus, mas agora fico nervosa, sinto borboletas no estomago. Não sei como te explicar.

— Isso se chama encantamento. É desse encantamento que o mais belo sentimento floresce e se transforma em amor.

Amy sorriu fraco.

— Não impeça que esse sentimento te domine minha prima. Você pode aprender muito com novas pessoas, com novos sentimentos que florescem nesse seu coração gigante. Está na hora de você ser feliz e não só pela sua carreira. Aproveite enquanto ainda é nova e sinta as borboletas fazerem festa em seu estômago ao ser tocada e admirada pelo Marcus. O olhar dele não engana.

— Mas ele é disputado por tantas meninas! Chego a ter medo de ser amiga dele, pois elas não compreendem.

— Ele é o tipo de pessoa que daria a vida para te ver feliz. Marcus é único no seu jeito doce.

— Eu sei, me sinto tão bem quando estou com ele. Marcus é bom demais para mim, só consigo vê-lo como um bom amigo. Nada demais. Meu coração já foi machucado tantas vezes que acabo não confiando mais nas pessoas.

— Não é o que eu vejo. Desde que chegaram aqui vejo como o olha. Há um brilho intenso no seu olhar que corresponde ao dele. Você sente algo por ele, só não está pronta para assumir. Não tenha pressa.

— Talvez eu sinta algo por ele, mas não é o momento para isso. Tenho muitas coisas para resolver, preciso do meu pai e da minha paz. Não acho que um relacionamento seja o que eu preciso no momento.

Elas olharam na direção dos rapazes que conversavam animadamente. Amy não estava pronta para ter um relacionamento mesmo que o seu encantamento por Marcus crescesse a cada dia. Já não era fácil esconder o que estava sentindo.

Eles caminhavam até elas.

— Atrapalhamos a conversa, meninas?

— Claro que não — respondeu Amy.

— Preciso da minha mulher por um tempo, com licença. — disse Craig puxando sua esposa para si.

A festa estava ficando calma, música lenta tocando ao fundo deixava tudo mais leve. As conversas se tornaram amistosas e tranquilas. Era a oportunidade que Amy precisava para levá-lo a um lugar especial.

— Vem Marcus, precisa conhecer a casa da árvore.

Marcus ficou encantado ao ver o tamanho da casa. Ficou pensando no quanto ela tinha se divertido, criado mundos perfeitos quando criança.

— Então aqui é um dos lugares onde a magia acontecia?

— Às vezes acontecia. Sempre gostei de ficar aqui refletindo.

— São duas vistas maravilhosas... — sussurrou ele.

— Duas? — indagou ela confusa.

— A chácara da sua tia e você.

Ela riu.

— Como você é bobo, Marcus.

Marcus a puxou para si. Tocava o seu rosto com delicadeza. Sem pressa, Marcus encostou os seus lábios aos dela. Ela se rendia a aquele momento. Os toques de sua mão em seu corpo eram fortes e a fazia se arrepiar. Beijos eram espalhados por todo o pescoço, seus pensamentos desordenados.

Amy conseguiu se afastar de Marcus com dificuldade.

— Não aconteceu nada entre nós, por favor. Não lembre nada disso. — pediu Amy — Aontteceu pelo calor do momento.

— Como quiser. Foi apenas um beijo, todo esse clima de festa e amor nos contagiou, mas não significou nada.


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