Então e se... Perdesse as memórias? escrita por Any the Fox


Capítulo 2
Uma única falha.


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!
Bem, demorei mais tempo do que pensava em postar, mas um dia tinha de vir, né?
Ok, eu fiz isto pequenino porque quem me segue sabe que estou um pouco ocupada com a fic "Amor Intemporal" que tenho de a acabar o quanto antes, então espero que gostem e que não vos desiluda.
Enjoy!



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Fomos andando até minha casa, surpreendeu-me o facto de ele saber onde esta se situava, depois pediu-me as chaves e abriu a porta de minha casa, levando-me para a sala, onde me sentou no sofá.

– Muito bem, White, você vai ficar aqui enquanto eu faço o seu jantar, tente se lembrar das coisas que aconteciam aqui. – Ele pediu depois de afagar os meus cabelos e se dirigir para a cozinha.

Eu o vi se afastar, ele estava a mostrar-se tão útil e prestável… Um amor… Eu sabia que ele era simpático, mas não tinha a noção que ele poderia mostrar tanta preocupação comigo… O tempo foi passando, o cheiro a comida já se acentuava no ar e não havia meio de Black aparecer… Então, como parecia ainda demorado, peguei de minha Nintendo e joguei um pouco o cartucho que estava na ranhura, Pokémon White, e assim fiquei uns minutos até Black voltar à sala.

– Ok, White, agora é só um tempo até –olhou para mim- Oh! Se lembrou como se joga Nintendo?

– Quê? – Perguntei-lhe um pouco confusa.

– Isso que você está jogando. Sabe, ainda é um jogo complexo. – Black sorriu, via melhoras em mim.

– É? É que… Como isto estava aqui, eu pensei que eu usasse isto para alguma coisa… Então joguei isto… O que é? – Disse fingindo não entender e mostrando-lhe o console aberto.

Black olhou a minha face confusa e sorriu.

– Isso é uma Nintendo e você está jogando Pokémon White. – Black explicou se sentando do meu lado no sofá.

– É? E… Que mais posso fazer? Só consigo lutar com estes bichos dos matinhos? – Eu perguntei como se não percebesse como se jogava.

– Não, você pode fazer muito mais. Olhe, está vendo isto aqui na minha mão? – Black sorriu de novo tirando seu Nintendo preto do bolso e o agitando no ar.

– Você também tem um? – Questionei, mas eu sabia muito bem que ele amava esse tipo de jogos.

– Tenho e estou acabando Pokémon Black. Nós podemos fazer uma batalha os dois. – Ele sugeriu.

– Ah… Mas como isso se faz? – Perguntei fingindo procurar algo para ligar os dois consoles.

– Muito fácil, vamos, eu digo-lhe. – Black começou a sua explicação.

E assim, dentro de pouco tempo, estávamos batalhando um contra o outro, já tínhamos jogado antes, em algumas festas, e eu sempre usava a mesma estratégia, era infalível contra Black, e claro, ganhei de todas as vezes que combatemos.

– Puxa, você é forte mesmo! – Black disse no fim da última batalha.

– Eheheh, isto é giro! – Coloquei um sorriso inocente, como se não soubesse como tinha ganho.

– Bem, agora guarde o console, vamos jantar, tá bom? – Black disse voltando a colocar o dele no bolso e estendendo-me a mão para eu me levantar.

– Ah… Está bom… - Fechei o Nintendo e segurei a mão dele.

Assim ele levou-me para a cozinha, sentou-me numa cadeira e deu-me de comer, sim, exato, teve a dar-me comida à boca, ele disse que é perigoso uma pessoa sem memória mexer em talheres… Eu estava com imensa vergonha, Black estava a dar-me de comer à boca! Causava-me muito constrangimento, aquilo era tão íntimo e vergonhoso… Ele me tratava como se eu fosse um bebê…

– Pronto, menina White, á papou tudo. – Ele riu da situação enquanto me limpava a boc com o guardanapo.

– Eheheh. – Fingi um sorriso divertido.

–Bem, já é tarde, você vai ter e ir dormir. – Black disse natural se levantando e começando a arrumar os pratos e talheres.

– Dormir? Já? Mas eu não tenho sono! – Eu não queria ir dormir, queria aproveitar aquele dia com Black…

– Você tem de descansar, White. Vá para o seu quarto, é aquele ao fundo do corredor, bote o pijama que eu coloquei em cima de sua cama que eu já lá vou te ajudar. – Ele explicou.

– Mas… Você vai ficar cá a dormir hoje? – Perguntei um pouco nervosa.

– Sim. Eu te coloquei nesse estado, então tenho de te vigiar o mais que posso. – Black explicou se afastando para arrumar a loiça na máquina.

Eu me levantei e me dirigi ao quarto, fazendo o que ele mandou, depois sentei-me na cama e comecei a pensar se aquela brincadeira não tinha sido muito má ideia… Black ia passar ali a noite e estava a perder o seu tempo comigo por uma razão que nem era real… Eu estava a começar a me sentir um pouco ml com aquilo tudo…

– White? Posso entrar? – Black bateu na porta.

– Hum? Oh! Sim, sim! – Eu disse depois do rapaz interromper a minha linha de raciocínio.

– Oh, vejo que conseguiu vestir o pijama, estamos a ver progressos. – Black sorriu para mim.

– Yey! – Eu festejei com um jeito inocente.

Black ficou a olhar para mim com um ar terno.

– Bem, vamos la deitar-te. – O rapaz disse após sair do seu transe e foi abrir-me a cama.

Após esta estar aberta e ele ter ajeitado as almofadas eu entrei, ele ficou a olhar para mim com o seu ar doce.

– Vai ficar aí até eu adormecer? – Perguntei ligeiramente esperançosa com a resposta.

– Não. – Ele respondeu com um sorriso deslumbrante no rosto.

Eu fiquei um pouco desgostosa ao ouvir aquilo, pensei que era agora que nos íamos separar, mas a sua seguinte fala me arrepiou:

– Eu vou dormir com você.

Após ele dizer isso eu estremeci, ele me empurrou amavelmente para a parede e retirou os sapatos e o casaco, eu corei com o pequeno Streep que ele estava fazendo na minha frente, escondendo parte do rosto para que ele não me visse.

– Oh, que foi, White? – Ele questionou olhando para mim e vendo que eu estava incomodada.

Eu não respondi, apenas desviei o olhar.

– Lamento, White, eu não trouxe pijama, então vai ter de ser assim. – Disse o moreno descartando o boné e despindo a t-shirt.

Eu estava bastante envergonhada, o que estava acontecendo?! Porque Black, o rapaz de quem eu gostava, estava se despindo no meu quarto? Voltei a olhá-lo, ele estava tirando o cinto e despindo as calças, depois ajeitou o seu cabelo com a mão e se dirigiu para a cama.

– Posso entrar, White? – Ele perguntou se inclinando e piscando um olho.

Eu revirei os olhos e me cheguei para o lado, dando-lhe espaço para se deitar. Black deitou-se do meu lado e se tapou, colocando os braços atrás da nuca e encarando o teto.

– Ficou com vergonha, White? – Black provocou um pouco olhando de lado.

– N-não… - Eu me fiz de inocente.

Ele riu e voltou a encarar o teto. Foi estranho, uns minutos em que nem um nem o outro disse algo, eu achava que já estava indo longe demais… Eu só queria passar algum tempo com Black, mas aquilo estava a ser demais! Ele estava só de boxers deitado na minha cama do meu lado! Eu tinha visto o seu corpo… Era tão perfeito… Ele era magro, mas não em demasia, os seus abdominais viam-se mas não era, extremamente definidos, o seu peito estava bem dentro dos parâmetros e tudo combinava com o seu estilo simples e descontraído… Como é que ele conseguia esconder aquilo tudo por baixo de uma t-shirt? Ah… Que mistério tão irresistível…

– Sabe, White, me diverti muito hoje com você. – Black disse fechando os olhos com uma voz muito doce.

– Foi, Black? – Eu me impressionei.

– Sim… Tratar de você, jogar com você… Sabe, assim nem me importava de sacrificar o meu tempo para tratar de uma pessoa doente todo dia. – Ele riu, fazendo-me sentir um pouco culpada.

– Sacrificar? – Perguntei um pouco pensativa.

– É. Eu hoje era para passar a tarde a ver anime, sabe, costumo dedicar a tarde de hoje a mim, mas como coloquei você assim tive de a dedicar a você. – Ele declarou sem qualquer arrependimento na voz.

Eu estremeci, ele abdicou de seu tempo para tratar de mim… Isso era bom, mas… A doença não existia… Era tudo a fingir! Eu estava a sentir-me tão mal, tão miserável, tão egoísta… Eu nunca devia ter concordado com Rosa!

– Ehehe, tem piada, graças a isto não vou ter o meu dia esta semana… - Black sorriu.

Agora eu estava super mal, eu não queria aquilo! Eu tinha de acabar com aquela farsa naquele exato momento!

– Black, desculpe, eu não estou mesmo doente! – Eu berrei sentando-me na cama.

Black não disse nada, apenas me olhou, com o mesmo ar doce e continuando deitado.

– Desculpe, Black, eu não perdi mesmo as memórias, eu lembro de tudo! Eu só fiz isto porque… Porque queria passar tempo com você e não via outra forma de o fazer, mas eu não queria que você abdicasse do seu tempo! Desculpe, Black, eu menti para você! Você deve odiar-me! – Eu confessei limpando as lágrimas que me queriam sair dos olhos.

Ele não respondeu na altura, antes sentou-se também, mas falou como se eu não tivesse dito nada.

– White, essa roupa não a está incomodando? Não se quer pôr mais à vontade? – Ele disse num tom demasiado atrevido e irresistível, assustando-me, mas eu tinha um assunto para esclarecer.

– Black, não me ouviu?! Eu enganei você! – Eu exclamei o afastando um pouco.

– Eu sei. – Ele respondeu calmo, não parecia chateado.

– C-como sabe? – Eu estremeci, afinal… Ele sabia de tudo.

– White, eu percebi que você estava fingindo depois de a gente jogar Nintendo, a sua técnica era a mesma da outra vez e demasiado trabalhada para ser feita na hora, para se lembrar de algo tão complexo você não podia ter perdido as memórias. – Black explicou segurando a minha mão e a acariciando.

– Então… Você sabia… - Eu fiquei pasma.

– É. Foi denunciada pelas suas capacidades de ganhar. – Black sorriu.

– Então… Se você sabia… Porque não disse nada e continuo tratando de mim? – Eu questionei-o curiosa.

– Ora, White… - Ele me puxou contra ele e colocou a minha cara no seu ombro, pondo os seus braços em volta de meu tronco e segurando levemente as minhas costas, apoiando o seu queixo no meu ombro – Eu não disse nada, porque também eu queria aproveitar para estar com você e cuidar de você.

Após a declaração dele, eu fiquei sem palavras… Afinal, Black notava em mim na escola, ele sabia que eu existia… Eu estava tão emocionada que também o abracei ternamente.

– White, se você foi egoísta, eu também fui, então deixa para lá. – Black sorriu afastando um pouco os nossos corpos.

– Black… Eu pensei que você não reparava em mim… - Eu tinha os olhos em lágrimas de emoção, não conseguia acreditar que aquilo era real.

– Eu reparava, White, eu reparava mesmo muito em você, eu apenas… Era tímido e pensava que era normal de mais para ti… - Ele confessou.

E assim, os nossos olhares trocaram-se entre si profundamente, os nossos rostos aproximaram-se e o melhor beijo das nossas vidas foi trocado…


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Notas finais do capítulo

Oi de novo!
Aviso já que a letra "a" do meu portátil por vezes não escreve, então se faltar alguma no texto é por isso, desculpem o incómodo.
Espero que tenham gostado do acompanhar!
Deixe seu comentário, favorite e se amou mais que tudo no mundo recomende também!
Até mais!



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