Então e se... Perdesse as memórias? escrita por Any the Fox


Capítulo 1
Um plano infalível!


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!
Bem, esta fic era para ser apenas uma one-shot, mas ia ficar muito grande... Então, vai ser uma two-shot Agencyshipping! Eu espero que gostem, foi assim uma coisinha que me deu fazer porque achei esta imagem de capa linda e fofa^^
Enjoy!



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Isto passou-se no tempo em que eu andava no ensino colegial, quando eu tinha aproximadamente uns dezasseis anos e era loucamente apaixonada por um garoto de um ano acima do meu… Ele era um gato! Olhos castanhos, cabelo de cor igual e bagunçado… Ele, com certeza era o rapaz mais gato da escola! Eu amava ficar olhando para ele nos intervalos, ele gostava de ficar na cafeteria, convivendo com seus colegas, eu me sentava numa mesa do lado conversando com Bianca e Rosa, elas costumavam fazer-me companhia nesse tempo.

— Oh, Zekrom , que beldade… - Rosa disse espiando discretamente Hugh pelo espelho.

— Oh, você se está mirando no espelho de novo? – Bianca perguntou num tom inocente.

— De jeito nenhum! Eu estou vendo aquele gatinho de cabelo azul na mesa ao lado. – Rosa disse no seu tom meio sensual.

— Quê? Porque você está olhando meu Cheren? – Bianca se sentiu um pouco traída, mas a sua inocência por vezes tinha destas coisas.

— Eu não estou olhando para esse nerdinho! Eu gosto é daquele emo ali, o Hugh. – Rosa o voltou a mirar no espelho.

— Oh, agora está fazendo sentido… - Bianca suspirou de alívio.

Isto era assim quase todos os dias, eu Rosa e Bianca ficávamos mirando os garotos da mesa do lado, eles eram um grupo de cinco, sendo eles N, Black, Cheren, Nate e Hugh, mas apenas três deles prendiam a atenção do nosso trio, Cheren era provavelmente o príncipe encantado de Bianca, e bem que eles combinavam, Cheren era um rapaz inteligente e sério, mas era bastante atrapalhado, o que combinava com Bianca que tinha o mesmo jeito. Rosa era a mais atrevida do grupo, ela tinha uma paixão platónica pelo emo da escola, o Hugh, também tenho de dizer que eles tinham pontos em comum e para além de estarem todo o tempo se provocando faziam um casal bem fofinho. E, por fim, tem eu... O que dizer a cerca de mim? Bem… Eu estou gostando do rapaz mais simples dali, o Black, ele é o que sobressai menos no grupo, dá para ver do jeito em que eles se sentam na mesa:

N, o “bad boy”, se senta de um jeito como se estivesse escorregando da cadeira, o que lhe dá um ar de desengonçado e, como ele diz, “fora da lei”, Cheren se senta super direito, dando um ar intelectual e maduro, Hugh fica de braços cruzados olhando o seu peito, sempre que possível de olhos fechados, emanando uma aura de mistério, Nate, o palhaço do grupo, ficava apoiado nas duas pernas de trás da cadeira, se balançando, o que lhe dá um ar descontraído e despreocupado, como dá para ver, já caiu diversas vezes, mas sempre faz o mesmo, por fim, Black, ele nem fica demasiado direito nem demasiado torto, não tem uma aura nem demasiado misteriosa nem demasiado despreocupada, ele parece ser o rapaz que fica no grupo sem arranjar qualquer tipo de conflito, uma pessoa extremamente normal e adaptável.

— Oh, garotas! Tenho de vos contar! Sabem quem conseguiu um encontro com o Hugh? – Rosa se vangloriava meio vaidosa.

— Ah… A Yanci? – Bianca mencionou o nome de uma de suas rivais.

— É claro que não sua idiota! Se quer que lhe diga, prefiro muito mais que essa mancha rosa continue dando em cima do Nate! – Rosa se enervou – Está na cara que fui eu que consegui um encontro com Hugh!

— Oh! Parabéns, Rosa! – Bianca meio que gritou.

— Não precisa dar os parabéns, eu consigo tudo o que quero! – Rosa ajeitou o cabelo com um ar vaidoso.

— Como conseguiu? – Perguntei curiosa.

— Bem, eu fui provocando, provocando… Até que o Hugh decidiu, finalmente, me convidar para sair. – Rosa explicou.

— Estou vendo… E você, Bianca, teve progressos com o Cheren? – Eu perguntei só pra meter conversa.

— Bem, hum… Ele me vai levar em casa depois da classe! – Bianca logo ficou entusiasmada.

— Ena, que legal. – Eu sorri para ela, todas se estavam dando bem com seus garotos… Menos eu…

— E você, White, como se está saindo com o Black? – Rosa perguntou, sem saber que não havia progressos.

— Eu? Bem… Nada… - Eu disse um pouco desmotivada.

— Como assim nada, White? – Rosa ficou surpreendida.

— Bem, Black não me liga nenhuma… Sempre que falo com ele é como se ele me despachasse… Eu acho que ele está nem aí para mim… - Esclareci.

— Ah, isso é bobagem, White! Não é que ele esteja nem aí para você, apenas ainda não olhou bem para você… - Rosa fez aquela cara de quem tem um plano.

— O que quer dizer com isso? – Sempre que ela faz aquela cara, não é coisa boa.

— White, minha querida, você tem a certeza de que já fez tudo o que está no seu alcance? – Rosa questionou-me com um ar de caso.

— Sim, tentei tudo. – Respondi convicta.

— Bem, então não tem escolha, você tem de usar com Black o “plano amnésia”… - Ela disse colocando um sorriso de lado.

— “Plano amnésia”? O que é isso? – Fiquei meio confusa.

— O, minha amiga, é algo bem simples. Está vendo a carinha do Black? Está na cara que ele é uma pessoa preocupada, claro que se ele te causasse algum problema, iria ajudar-te até resolver! E o que seria mais romântico que um rapaz que coloca uma garota com amnésia e a ajuda enquanto ela não se lembra de nada? – Rosa explicou com um ar de quem está a adorar a ideia.

— Como assim?! Eu não quero ficar com amnésia! – Eu estava convicta de que iria recusar a proposta.

— Sua boba! Você não tem de ficar mesmo com amnésia, apenas tem de fingir. – Rosa explicou.

— Ué? Como assim? E como é que quer que ele me “ponha amnésia”? – Questionei.

— Bem, isso é bem simples…

Então Rosa foi explicando cada processo que eu devia fazer para que tudo parecesse real, me disse, mais ou menos, como age uma pessoa com amnésia e ainda como devia fazer para que Black pensasse que ele me tinha colocado assim, então, após a aula, eu me dirigi na biblioteca, onde ele costumava estar nessa hora, e me coloquei por trás da porta, e logo que ele abriu a porta eu me atirei contra ela e me atirei para o chão em seguida, eu ainda não estava acreditando que eu tinha concordado com o plano de Rosa.

— Oh, Kyuren, você está bem? – Black perguntou preocupado e se colocando de joelhos no meio do chão.

— O que… O que aconteceu? – Massageei a cabeça enquanto me sentava com um ar de zonza.

— Você bateu com a cabeça aqui na porta, devia ter mais cuidado por onde anda, White. – Black disse se levantando vendo-se pronto a me ajudar a levantar e seguir o seu caminho.

—White? Quem é a White? – Eu perguntei, com um pouco de medo que ele percebesse que eu estava apenas fingindo.

Nesse momento, vi o corpo de Black paralisar, parecia que um arrepio o tinha corrido da cabeça aos pés, os seus olhos arregalaram e a sua face rodou para mim, muito lentamente.

— É… É seu nome… Você sabe isso, não fique brincando assim… Isso não tem piada, ok? Eheheh… - Black forçou um sorriso nervoso, parecia que ele já imaginava o que estava acontecendo.

— É mesmo? Então… Como você sabe isso? Eu te conheço? – Eu questionei tentando fazer a cara mais zonza e confusa que podia.

— Como assim não sabe?! Sou eu, Black! Nós nos conhecemos por causa de Rosa, não lembra?! Ela é a ponte entre seu grupo e o meu! Nós somos os garotos que ficam toda a hora na mesa do lado! Como não lembra?! – A reação de Black foi meio inesperada para mim, ele ficou assim tão nervoso por eu “não lembrar” dele?

No entanto, mesmo com a reação inesperada, fiz como Rosa me aconselhou “Nunca saia da personagem”.

— Mesa do lado? – Voltei a mostrar-me confusa.

Aí Black pareceu extremamente desesperado e, como se um interruptor fosse acionado, saiu correndo puxando-me pelo braço até ao consultório da enfermeira Joy.

…………

— Que se passa com ela, enfermeira? – Black perguntou após a rosada ver a minha pancada.

— Ena… Ainda foi uma pancada forte… Mas não é grave. – A senhora sossegou.

— Mas, enfermeira, ela perdeu a memória! – O rapaz disse um pouco nervoso e assustado.

— Oh, não se preocupe, foi uma pancada forte, mas não houve efeitos profundos, de certeza, ela há pouco se lembrou de coisas simples como os pais, a turma, as pessoas mais próximas… E até um pouquinho de si, Black! – A enfermeira explicou terminando com uma piscadela atrevida.

— F-foi? En-então ela vai recuperar suas memórias? – Black perguntou com a face um pouco rubra.

— Sim, ela só deve precisar de uma boa noite de sono e amanhã já lembra de tudo, isto é temporário, não deve tardar a passar e esta voltar a ser a White que todos conhecemos. - A enfermeira sossegou se dirigindo para o telefone do consultório.

— Então… É preciso algo mais? – Black perguntou preparando-se para seguir para a saída.

— Oh, nada de mais… Vou apenas ligar para o Centro Pokémon a ver se arranjam uma cama para esta garota, os pais dela estão fora e não podemos deixar uma pessoa com amnésia ficar sozinha em casa, pode ser perigoso. – A Joy explicou começando a ligar os números.

— Espere! Eu fui o responsável por esta situação, eu mesmo cuidarei da White enquanto ela não tiver memória. – Black fez-se ouvir entre as rosadas paredes do consultório, parecia firme e decidido.

— Black… Não que eu duvide de seu potencial… Mas tratar de uma pessoa com amnésia é como tratar de uma criança… Você acha que consegue? – A senhora avisou o rapaz antes de lhe dar uma resposta.

— Eu já tomei conta da irmãzinha do Hugh muitas vezes, com certeza conseguirei cuidar da White também. – O moreno disse numa voz calma e doce, olhando para mim com um olhar equivalente, eu corei…

—Bem… Se White não se importar… Está bom… - A enfermeira olhou para mim para ver se concordava.

Eu acenei que sim com a cabeça.

— Ok, tudo bem então. Black, lembre-se, tente mantela próximo do clima normal dela para esta se lembrar de suas memórias, ok? – Joy disse como se estivesse confiando algo muito importante e que exigisse muito dele.

— Não se preocupe, Joy, – segurou minha mão- eu cuidarei muito bem de White… Vai ver, ela vai estar como nova amanhã!

O seu ar era decidido e dedicado, eu nunca pensei que ele se viesse a preocupar tanto comigo… Ele ligava assim tanto para mim para querer me curar? Bem… Isso era fantástico… Mas aquela brincadeira não podia passar da manhã seguinte! Era impensável!

— Então, lembra onde é sua casa? – Black perguntou começando a andar de mão dada comigo.

— Minha casa? Sim, claro! Quer dizer… Mais ou menos… - Eu disse querendo manter a personagem o melhor possível.

— Não se preocupe tanto então. Eu sei onde fica, eu te levarei lá, então apenas note o caminho para casa. – Ele aconselhou.

Mas, é claro, a última coisa que notei foi no caminho para casa, afinal, eu estava de mão dada com Black…


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Notas finais do capítulo

Oi de novo!
Espero que tenham gostado, o segundo capítulo não deve tardar nada mesmo, eu era para postar junto, mas meio que fiquei sem tempo e postei já esta parte...
Até mais!



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