A Esposa do Século escrita por Yas


Capítulo 35
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Me descuuulpem pela demora, de verdade. Estou dois dias atrasada na postagem e sem desculpas haha
Hoje não tenho nada de importante para falar aqui, mas por favor LEIAM AS NOTAS FINAIS!
Boa leituraa!!



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Capítulo 34

Porque você sabe, você sabe, você sabe
Que eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu sinto sua falta
Estive tão longe por muito tempo
Eu continuo sonhando que você estará comigo
E você nunca irá embora
Paro de respirar se eu não te ver mais

Nickelback - Far Away

A voz fria que ele usou lhe lembrou das primeiras vezes em que ela o viu e pensou que ele fosse arrogante, principalmente quando usava a pose de senhor do mundo. Se fosse em outro momento, ela riria, e se tivessem outro destino, eles ririam juntos de suas primeiras impressões, mas como sempre, o destino era cruel.

Suas mãos tremiam desejando toca-lo. Lembrou-se então da última vez em que seus dedos passearam por sua pele pálida enquanto suas lágrimas caiam, naquela época ela imaginou que nunca mais o veria, mas agora, ele estava em sua frente, olhando-a cheio de ódio e rancor. Tudo bem, Elena podia entende-lo, ela entendia sua raiva, ele foi enganado, traído. Estava tudo bem, de verdade!

– Elena! – Os olhos castanhos se desviaram da imensidão azul e encararam Jeremy que acenava atrás de Damon, sem perceber a tensão. Ele se aproximou, notando o quanto a irmã encarava o homem de terno, ele tocou seu ombro, chamando sua atenção – Está tudo bem?

– Quem é ele? Mais um enganado por sua mente ardilosa? – Damon perguntou sorrindo cínico, venenoso. Seu coração doía, ele se sentia como o mais injustiçado da história toda. Enganado, sem saber de nada, inocente, ele se apaixonou por uma qualquer.

– Do que ele está falando, Elena? – Jeremy perguntou sem entender, sem associar esse homem ao homem gentil e amoroso que Elena lhe falara sobre.

– Ela não te contou? Ahh, então você caiu direitinho nessa também? – Damon deu de ombros, colocando as mãos nos bolsos, o olhar frio fitando as mãos de Jeremy que segurava Elena pelos ombros – Sinto lhe dizer, mas ela não passa de uma vadia enganadora.

– Quem você pensa que é para falar dela assim?

Jeremy soltou Elena, e antes que ela pudesse o impedir, ele foi até Damon em passos rápidos e lhe socou o rosto, assustando tanto Damon quando Elena. Damon o olhou chocado, retribuindo o soco em Jeremy, e logo estavam brigando no meio do corredor do hospital.

– Você não tem o direito de falar assim dela? – Disse Jeremy segurando Damon pelo colarinho.

– Não tenho? Não tenho? – A voz de Damon era incrédula, seu lábio inferior sangrava e os dentes estavam sujos do vermelho – Ela que não tinha o direito de fazer o que ela fez. Te incomoda saber o que ela é?

– Me incomoda ver alguém como você, que não enxerga um palmo em frente ao seu nariz, egoísta, arrogante, ignorante, você não passa de um verme.

As palavras desferidas por Jeremy cheias de nojo afetaram Damon, que com raiva lhe socou de volta no estomago, iniciando mais uma vez a briga.

– Parem! Jeremy... – Elena tentava a todo custo fazer eles pararem, mas ambos estavam possessos demais para a escutar – Damon! Parem já!

Quando a plateia já estava grande, quatro homens finalmente resolveram tentar segurarem os dois que brigavam. Com dificuldade eles conseguiram apartar a briga, mesmo que Jeremy e Damon ainda xingassem um ao outro cheios de ódio e os rostos machucados, inchados e sangrando.

Elena suspirou aliviada, sentindo sua mente e corpo fraco, para logo em seguida perder o controle de si mesma e cair desmaiada, só não caiu no chão pois uma mulher próxima a ela a segurou, pedindo ajuda para algum enfermeiro que assistia a cena.

O que se seguiu foi o caos.

Jeremy e Damon foram separados e levados a enfermaria para cuidarem dos machucados e acabaram levando bronca da médica que os atenderam que não era ninguém menos que Jo, esposa do melhor amigo de Damon, Alaric.

– Você tem quantos anos, Damon? Treze? – Ela perguntou incrédula, limpando seus machucados – Uau, aquele garoto tem o punho forte.

– Ele não está melhor que eu – Ele respondeu de olhos fechados, lutando para não chiar de dor.

– E isso é algo para se orgulhar? Você já está na casa dos trinta, acha que ainda é um garotinho? – Jo terminou os curativos, cruzando os braços em frente ao peito.

– Ele que começou – Damon deu de ombros.

– Aposto que sua língua afiada ajudou – Jo respondeu, lembrando-se de algo logo em seguida – Ah, Katherine está bem.

– Katherine? – Damon pareceu confuso, logo se lembrando que Jo não sabia da verdade, então Katherine era na verdade Elena – E por que ela não estaria?

– Você é cego, por acaso? Ela desmaiou logo quando separaram vocês. Eu estou indo dar uma olhada nela.

– Não precisa – Damon respondeu – Você não tem que se sentir na obrigação. Não estou mais noivo dela, terminamos tudo.

– Sério? Vocês pareciam tão apaixonados.

– Uma relação não é verdadeira quando se é construída em mentiras, certo?

Damon suspirou, se levantando da maca. Seu corpo todo doía, e ele tinha hematomas. Sim, Jeremy tinha um punho forte, como Jo dissera, mas Damon sabia que ele também não estava diferente de si, o que o deixava um pouco melhor.

Ele saiu da sala em que estava e começou a caminhar para sair da enfermaria, foi quando ele parou em uma sala onde notou Jeremy sentado em um banco segurando a mão de alguém com lágrimas nos olhos. Damon franziu o cenho e entrou na sala cheia de macas, sem se deixar ser notado, só então percebeu que era Elena que também chorava abraçando o próprio corpo.

– Me desculpe, Elena – Ele ouviu Jeremy dizer.

– Está tudo bem – Ela respondeu de volta fungando. Damon sentiu vontade de ir até ela, a abraçar e dizer que tudo ficaria bem, mas então se lembrou de todas as mentiras e recuou o passo que tinha avançado em sua direção – Você está bem?

– Ele está em forma para quem é bem velho – Jeremy respondeu soltando uma risada, e fez uma careta em seguida pela dor que sentiu.

– Ele não está velho – Damon sabia que era sobre ele que eles falavam – Queira chegar na idade dele tão bem quanto ele, pirralho.

– Quando vai parar de me chamar assim? – Jeremy perguntou parecendo emburrado.

– Você não está chateado? Por saber de tudo?

– Bom, sua mãe tem razão, é melhor deixar o passado no passado e viver o presente. Eu sei que nossos pais foram bons como pais e isso é o suficiente, e eu sei que independente do nosso sangue, somos irmãos, isso é o suficiente para mim.

– Isso mesmo, você vai ser para sempre meu irmãozinho, por isso não tome partido dos meus assuntos nunca mais – Elena murmurou, segurando o rosto machucado de Jeremy com cuidado.

Damon saiu da sala sentindo-se estranho. Eles eram irmãos? Não... Eles foram criados como irmãos. Ele precisava saber de tudo, mas parecia que ninguém estava com vontade de contar a ele o que estava acontecendo. Ele também sabia que estava sendo egoísta, como Jeremy lhe disse, e que chegava a parecer um verme pelas suas ações, mas ele não sabia como agir, essa era a verdade, estava assustado, com medo de dar um passo, como se fosse uma pessoa que acabara de ficar cega.

Foi com pesar que ele percebeu que mesmo que ela não merecesse, Elena era tudo que ele precisava, como disse antes, ela era seu tudo. Mas agora, nada mais fazia sentido, não importava mais, porque não haviam chances para eles.

Ele respirou fundo e seguiu seu caminho para fora da sala, se encostando na parede. Seu coração estava acelerado.

Passou-se alguns minutos e então Jeremy saiu da sala, deixando Elena descansando sobre a maca hospitalar, foi quando ele notou Damon que não estava em um estado diferente do seu, mas possuía os olhos fechados e as mãos nos bolsos.

– Veio brigar de novo? Você, nessa idade, aguenta mais? – Jeremy debochou, cruzando os braços.

– Eu aguentaria – Damon abriu os olhos, encarando o mais jovem que era tão alto quanto si mesmo – Mas não quero!

– Então o que é?

– Me conte tudo, eu preciso saber.

– Você precisa saber? – Jeremy o olhou incrédulo, sem deixar o deboche de lado – Tudo que você fez nos últimos dias foi acusar, humilhar e diminuir Elena. Agora você quer a verdade? Quando souber a verdade você vai voltar para ela? Não! Sabe por que você quer a verdade? Porque saber diminuiria a sua dor, como um típico egoísta, isso te faria sentir-se melhor, mais humano. Correto? Quando você quiser a verdade porque quer entender Elena, me procure.

E sem dizer mais nada, Jeremy lhe deu as costas, sumindo no corredor.

Damon suspirou, tentando conter sua raiva. Ele segurou a porta por vários segundos, respirando fundo várias vezes até finalmente abri-la. Ele viu várias macas com cortinas brancas ao seu redor para darem mais privacidade aos pacientes, ele sabia que Elena estava na última, então caminhou até lá, abrindo a cortina com um único puxão.

Elena não dormia, ela estava deitada de lado com um semblante sereno. Ela estava calma em uma situação daquelas?

– Eu deveria te chamar de Elena, certo? – Ele indagou, sua voz fria chamando sua atenção. Elena pulou de susto e se sentou, encarando ele de olhos arregalados.

– O que faz aqui?

– Eu não posso estar aqui?

– Se não temos nenhum parentesco, você não tem motivos para vir me ver aqui, senhor.

– Senhor?

– Foi o senhor que me proibiu de chama-lo pelo nome, estou apenas fazendo o que pediu – Ela respondeu, disposta a deixar a dor em seu coração de lado e falar com ele a sua altura. Elena não continuaria a demonstrar sua dor à Damon, ela o superaria independente do tempo que levasse.

– Como se você obedecesse às regras – Ele riu de escarnio, se sentando no banco em que Jeremy estava antes – Não temos por que manter um relacionamento, certo?

– Você irá se casar com Katherine logo e...

– Você realmente acha que eu me casarei com ela? – Damon interrompeu Elena, franzindo o cenho – Eu não pretendo e não irei, agora você pode brincar de casinha com eles.

– Você realmente não vê, certo? – Elena desviou o olhar, prestes a chorar, apesar de tudo que prometeu a si mesma – Vá embora, como você mesmo disse, não temos porque manter um relacionamento.

– É assim que você resolve as coisas?

– Não, mas é assim que você as resolve, aprendi com você.

Damon assentiu, se levantando do banco, e após uma última olhada, ele saiu da sala.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, eu sinto muito, mas não sei quando voltarei a postar.
Eu estava escrevendo hoje e do nada o Word começou a travar, aí o Chrome travou também e fechou sozinho, quando eu tentei abri-lo, não consegui, o pc disse que o atalho não era compatível e tals. Tentei reiniciar, atualizar e formatar o pc, nada funcionou. Eu acho que é vírus, mas não estou conseguindo formatar, então não sei.
Independentemente, continuarei escrevendo até quando meu pc deixar e postarei pelo pc da minha irmã - que é por onde estou postando agora - ou do meu pai.
Só estou avisando caso eu demore muito a atualizar, mas espero que isso não atrapalhe as postagens.
Enfim, espero que tenham gostado.
Até o próximo
Bjs S2