– Marian! Abra essa porta agora!– berrava minha mãe, do lado de fora.

– NÃO!

– MARIAN! - Mamãe não parava de esmurrar a porta, fazendo a madeira quase rachar.

– ME DEIXA EM PAZ!

– ABRE! EU QUERO FALAR COM VOCÊ, FILHA!

– NÃO É NADA, MÃE! VOU ESTUDAR! SAI DAQUI!

Senti minha mãe soltar um forte suspiro, como se estivesse desistindo.

– Está bem, Marian. Mas quando você sair daí, vamos ter uma conversa.

"Aaarrghh! Por que ela não me deixa em paz?" pensei, apertando meus dedos com força.

Desde que entrei na minha atual escola, no início deste ano, as pessoas não me deixam em paz. Os garotos só têm 13 anos, mas agem como se fossem bem mais velhos e se dão o direito de perturbar os outros.

As garotas? Boa parte é tão fútil que até dá dó. Ou não... acho que só tem a Gabriella e a Ana Clara de legais. O resto é resto.

Peguei meus cadernos e um livro e sentei-me na cama para estudar. Quem sabe, assim, poderia me distrair.