Perdidos escrita por strangeland


Capítulo 2
O infortunado roubo


Notas iniciais do capítulo

Então, esse capítulo aqui vai explicar um pouco como o Nate e o Sully viajaram no tempo., minutos antes do capítulo inicial :)
E desculpem-me a demora desse capítulo novo.



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Cap. 2 – O infortunado roubo

(Castelo de Asger, século XXI)

Nate, Cuttler e Sully estavam na Dinamarca. Mais um trabalho, mais uma aventura. Quando eles conseguiram acesso ao castelo de Asger no interior do país, sentiram que chegariam na reta final do trabalho. Todo aquele esforço para roubar uma ampulheta de bronze. É claro, no começo, ir atrás de uma ampulheta seria algo desmotivador como quando foi ser pedido pra roubar a lanterna à óleo do Marco Polo, mas há sempre mais do que se aparenta e por isso Nate decidiu fazer o que fez.

– Minha nossa... – disse Sully ao colocar seus pés no interior do castelo enquanto contemplava cada detalhe do chão ao teto.

– Finalmente. – disse Cuttler, também olhando para o teto. Muito mais bonito que Buckland Abbey... e mais gótico também.

– Não podemos perder tempo aqui. Temos que pegar a ampulheta e ir embora – Nate disse convicto. Os outros dois apenas concordaram com aquela ordem.

Seguiram para o segundo andar do castelo. Entraram numa sala que aparentava ser algum tipo de antigo salão de dança, mas que por algum tempo depois havia virado depósito de caixas, móveis... Cuttler ficou impaciente com a demora de achar o tal objeto e então preferiu vigiar os corredores do castelo.

– Nate, chegamos – Sully disse sussurrando enquanto puxava Nate para dentro e fechou a porta.

Eles se entreolharam e começaram a procurar freneticamente, retirando lençóis de cima dos móveis, subindo por caixas que bloqueavam o caminho, etc. E então, Nate retirou um lençol branco que cobria algumas tábuas de madeira reclinadas sobre um pedestal branco. Lá estava a ampulheta de bronze. Entretanto, era um pouco maior que o esperado, tendo em média 25cm.

– Então é isso? Achamos? – Nate disse devagar, completamente parado analisando aquilo.

– Garoto, não temos tempo para isso! Vamos jogar isso na mochila e sairmos daqui o mais rápido possível! Cuttler está nos esperando.

– Um minuto, Sully – ele disse daquela forma quando ele precisa de um tempo para analisar algo. – Tem algo errado. Não tem areia dentro.

Sully olhou rapidamente para a ampulheta e olhou para a porta. Estava certo de que havia ouvido vozes; alguma pessoa falando em dinamarquês.

– Nate! Nós temos que sair daqui agora! – disse nervoso.

Então Nate tentou puxar a ampulheta, mas foi surpreendido com o peso do objeto. Ou aquilo era pesado demais ou estava fortemente preso no pedestal. Ou os dois.

– Merda! Sully, me ajuda. Eu não estou conseguindo pegar! – Nate puxou o objeto de todas as formas. Pelo meio, pelas alças, pela tampa do vidro com as duas mãos, mas o objeto não se mexeu. – Arrgh merda – disse com a voz falhando enquanto fazia força.

– Mas que merda! Era só o que faltava.

Nate apertava os dedos nos detalhes da ampulheta para puxá-la, enquanto Sully tentava segurar as alças da ampulheta pela base. Os dois estavam despreocupados com qualquer fragilidade do objeto. Se aquele bronze estava pesando daquele jeito, estavam quase seguros de que o vidro deveria ser do tipo blindado, numa forma cômica e irônica de pensar. Começaram a discutir a melhor forma de desprender aquela ampulheta dali enquanto ouviam vozes ecoando pelo castelo.

Quando Nate pensou em dizer para Sully que eles precisariam de um maçarico para aquele serviço, de alguma forma, a ampulheta girou para a esquerda, dentro da pequena depressão que se encontrava no pedestal.

– Mas o quê...? – Nate se perguntou assustado, ainda se segurando no objeto.

De repente, aquilo começou a emanar uma luz branca na parte do vidro de baixo, onde supostamente era para ter areia. Sully e Nate sentiram a gravidade ficar a zero e depois ficar oposta lentamente. Parecia que seus corpos estavam sendo puxados para cima. Sully começou a gritar o nome de Nate enquanto percebia que suas pernas estavam longe do chão, e o corpo estava alternando entre ficar em linha reta horizontal ou se inclinar mais para cima.

A luz ficou mais forte, piscou de forma cegante e Nate e Sully desapareceram do castelo de Asger na Dinamarca. Sentiram-se como se estivessem sendo sugados e viajando numa imensa escuridão de forma tão rápida que era impossível não pensar que talvez era essa a sensação do Thor viajando pela Bifrost, ou o Superman voando. E o pouco de iluminação que viram eram como se fosse um círculo de realidade. A “luz no fim do túnel” mostrava um chão marrom de algum lugar iluminado e Nate e Sully caíram de cabeça para baixo no chão.


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