Just So You Know escrita por AlinyR


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oin... Pessoinhas que estão acompanhando, Não sejam fantasmas.. Deêm um Oi



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Gabryella não dizia nada. Estava com o olhar fixo no nada. Do nada ela levantou e foi em direção ao jardim onde estive mais cedo.

–Gabryella-
Como eles podiam ficar tão calmos nesse momento? Eu acabei de me casar com apenas 17 anos, com um menino que eu nem gosto. Eu até tive que dizer coisas bonitas pra ele na frente daquela repórter, eu tive que fingir estar apaixonada por alguém que me odeia.
Mas o pior foi minha mãe dizendo que sonhava em me ver casando, que se emocionou com a minha entrada. Os Smith’s me elogiando como se eu fosse a nora ideal pra eles, como se o filho deles me amasse e como se fossemos uma família feliz. Eu também já sonhei em me casar, em atravessar um tapete vermelho junto com meu pai, em ser entregue á alguém que me amasse. Tudo bem que eu só sonhava com isso quando era criança...mas mesmo assim....é como um sonho que nunca vai acontecer. A Carmen e o Ricardo são pessoas ótimas, e eu adoraria ter eles como sogro e sogra, mas não sendo casada com o Nicohlas. A minha vida está acabada!
Eu não consegui ficar ali. O nó na minha garganta ia se transformando em lágrimas, e eu não queria chorar perto deles. Me levantei e fui até o jardim. Me sentei na grama e chorei, chorei como uma criança que perdeu os pais. Meu olhar pousou em uma garra de uísque quase vazia, jogada no gramado. Porque não?...Dizem que alivia a dor!...Peguei a garrafa e virei na boca. Nunca bebi algo tão forte assim. O liquido desceu queimando. Dei mais um gole, esse desceu mais fraco. Mais dois goles e já me acostumei a queimação. Olhei para a lateral da garrafa, só daria mais dois goles pequenos. Virei o gargalho... mas não senti o liquido na boca. Foi então que percebi: alguém me tomou a garrafa. Levantei os olhos e vi Nicohlas parado ali.


Eu: -Devolve essa garrafa agora !!
Nicohlas: -Eu não posso te deixar beber!
Eu: -VOCÊ NÃO MANDA EM MIM!! DEVOLVE ESSA GARRAFA...AGORA!! –Meu corpo estava fraco, me sentia sonolenta e com dificuldade pra falar sem tropeçar a língua.
Nicohlas: -Eu não tô me importando pra sua vida e pra sege lá oque você quer fazer dela. Praticamente me obrigaram a vir atrás de você, eu fiquei responsável por isso...Não posso te deixar ficar bêbada!
Eu: -ME DÊ A GARRAFA!!
Ele virou a garrafa na boca e acabou com todo o uísque. Depois jogou ela na grama perto de mim e saiu.
Droga! Minha cabeça ta latejando! Eu tinha vontade de gritar!
Como ele pode beber e não ficar bêbado. Ele nem se quer altera um pouquinho os sentidos.
Papai me pegou e me arrastou de volta pra mesa que estávamos.
Todos me olhando como se eu tivesse matado alguém. Menos o meu maridinho, que estava encostado em um pilar focado em qualquer coisa.
Bebi vários copos d’agua e vomitei duas vezes. Agora meus sentidos já estão retornando.
Mamãe: -Você nunca bebeu assim, filha. Porque fez isso?
Eu: -A garrafa estava na minha frente! Eu só bebi.
Carmen: -Mas de onde veio esse uísque? Nós não encomendamos essa bebida.
Ficaram todos em silêncio. Até que a voz grave de Nicohlas foi ouvida:
Nicohlas: -Um velho que se sentou do lado do Jacob trouxe uma garrafa. Não sei se é a mesma.
Ricardo: Acho que não vai dar pra eles irem hoje!
Mamãe: -Que pena! Eu já até arrumei as malas.
Troquei um curto olhar interrogativo com Nicohlas.
Eu: -Vocês por acaso estão falando de nós?
Nicohlas: -Ir pra onde? Oque vocês arranjaram dessa vez?
Carmen: -Vocês vão para Paris em lua-de-mel.
Eu: -OQUE??
Enquanto eu mantinha minha expressão surpresa o idiota só ria. Oque era tão engraçado para ele? Nós dois vamos pra Paris, isso não é engraçado.
Nicohlas: -Haha Vão sonhando que eu vou sair em lua-de-mel com minha querida esposa.
Pai: -Mas é claro que vocês não vão em ‘lua-de-mel’, é só uma viajem qualquer.
Eu: -E se eu me negar a viajar com esse...
Carmen: -Não adianta! Nós contamos a todos os convidados que vocês vão para Paris. E aquela jornalista provavelmente vai postar na página dela que vocês estão em Paris.
Nicohlas: -MAS QUE INFERNO!! VOCÊS NÃO PODEM TOMAR UMA DECISÃO SEM FALAR COMIGO! COMO DECIDEM QUE VAMOS PARA PARIS ASSIM....
Eu: -Baixa a bola querido! Eles tinham que ter falado com nós dois, eu estou nessa tanto quanto você.

No dia seguinte, em pleno domingo, embarcamos pra Paris. Eu questionei meus pais sobre como compraram passagens pra Paris com hotel incluído, se estamos na falência. Eles disseram que o Sr.Smith tem um amigo em uma agência que deu as passagens pra ele, como presente de casamento.
Antes de subir no avião eu estava calma. Mas minha calma se foi assim que eu sentei na minha poltrona, eu queria ficar na janela mas meu adorado esposo ficou com ela. Eu morro de medo de andar de avião. Olhei para Nicohlas e ele parecia calmo com seu fone de ouvido. Ele já deve ter viajado várias vezes de avião, eu nunca. Eu já vi na TV muitos aviões que caíram. Eu não quero morrer!
Uma aeromoça me deu um saquinho de amendoins doces seguido de um sorriso simpático. Retribui o sorriso. Uma voz veio do alto-falante: -Senhoras e senhores, vamos decolar. Por Favor desliguem seus aparelhos eletrônicos e usem os cintos de segurança. Coloquei o cinto enquanto Nicohlas fazia o mesmo e guardava seu celular. Olhei para meu lado direito e um sujeito me encarou, ele aparentava ter uns 20 e poucos anos, usava uma regata preta que deixava a mostra seus braços musculosos e uma pequena tatuagem de caveira. Seus cabelos eram pretos e penteados pra cima, como um enorme topete. Mascava chiclete de uma forma convencida, deixando mostrar que tinha piercing na língua.
Depois de me encarar por alguns segundos, ele deu um sorrisinho e piscou o olho esquerdo. Eu virei imediatamente para o outro lado, encontrando os olhos de Nicohlas que logo se desviaram para a janela do avião. Olhei de canto para o cara na poltrona ao lado e pude vê-lo me olhando.
Que maravilha! Eu estou em uma grande caixa de metal a metros do chão, com um cara que eu nunca vi, me encarando. Ele pode ser um assassino fugindo da policia, um daqueles Serial Killer que eu vejo nos filmes que meu pai assiste. Talvez ele me siga até o hotel e quando Nicohlas for tomar banho ele entre no quarto e...
Me dei conta que estava com os olhos arregalados e segurando a poltrona como se ela fosse sair do chão. Olhei para a esquerda e ele me olhava com ar divertido e com um sorrisinho debochado. Como eu vou viver com um cara assim? Eu não suporto uma simples expressão dele.
Nicohlas: -Medo de avião? –perguntou ainda com aquele sorrisinho no rosto.
Gabryella: -Claro que não!
Nicohlas: -Tem certeza? Pelo que eu sei você nunca tinha viajado de avião.
Gabryella: -Tenho!
Nesse momento o avião deu um tremor e eu quase pulei da poltrona.


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Notas finais do capítulo

até amanhã... :)



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