–Crianças desçam para o recreio – diz a professora Lia.

Logan olha para mim. Eu coro.

–Você quer sentar... comigo?

Ai meu Deus. O quê eu respondo. Lembre-se Kakumei, seja corajosa.

–Sim.

Ele pega a sua lancheira e nós descemos para o pátio.

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Ele senta em uma mesa para varias pessoas. Sento do lado dele.

Ele abre sua lancheira. Acho que sua mãe se preocupa com sua saúde, há 2 maçãs em sua lancheira. Ele me oferece uma, estou com fome, então pego.

–Obrigada.

–Dena... – alguém o interrompe.

–Olha dois esquisitos – reconheço essa voz. É Flávia Valentona. As suas amigas riem.

Logan olha para mim, e diz:

–Suas amigas? – ele fala como se estivesse confuso.

–Não – sussurro.

–Por que está sentado com essa estranha? Seu burro.

–Estranha é você, ela é linda.

Começo a tremer, ele me elogiou. Me sinto especial; será que ele gosta de mim? Não Kakumei, ele só me chamou de linda, não é por isso que ele talvez goste de mim.

Percebo que Flávia está muito irritada. Ela da um soco em Logan e vai embora. Sua maçã cai de sua mão e sai rolando pelo chão. Deixo a minha em cima da mesa.

Olho para Logan, seu nariz está sangrando.

–Você está bem? – digo para ele. Kakumei sua burra, o nariz dele está sangrando, claro que ele não está bem.

Apoio ele em mim, e o levo para a enfermaria.

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Ao chegar lá, uma moça loira nos vê e senta Logan em uma cadeira. O mais impressionante é que ele não chorou. Ele é forte. Queria ser como ele.

–O quê aconteceu? – ela diz sem empolgação.

–Uma menina o socou, porque ele me defendeu.

–Vou adivinhar... Flávia? – diz ela passando um papel com água para tirar o sangue do nariz de Logan.

–Como você sabe?

–Eu não gosto daquela garota. Ela machucou muitas crianças, e a diretora protege. – ela fica séria e volta a limpar o sangue.

–Ele está bem? – pergunto para a moça.

–Não foi nada grave, o sangramento já parou. – ela da um gelo para Logan.

–Coloque no nariz, ainda deve estar doendo.

Ele pega o gelo e põem no nariz. Ele solta o ar, parece estar bem.

–Voltem para a classe. E não se metam com a Flávia, ela não presta. – eu começo a pensar, talvez ela possa ser nossa amiga, temos a mesma “inimiga”.

–Obrigada – olho seu crachá. – Ana.

–Obrigado – diz Logan.

–Se cuidem! – diz ela.

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Voltamos para a nossa classe atrasados. Lia levanta e vem até Logan, ela diz:

–Você está bem? – ela fala em um tom preocupante.

–Estou. – ele diz.

–Quem foi? – ela olha para mim. Ela acha que fui eu! Jamais seria capaz de machucar Logan.

Ele percebe que ela olhou para mim e ele diz:

–Não foi a Mei, foi a Flávia. – A professora fica desconcertada ao ouvir o nome de Flávia.

–Certo, Logan venha comigo, vamos contar para a diretora. Flávia está muito encrencada.

Fico preocupada, a diretora protege demais Flávia. Tomara que Logan não se meta em encrencas.

Sento em minha mesa e penso primeiro ele me defende, e agora me põem um apelido carinhoso, acho que ele gosta de mim. Tenho quase certeza.

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25 minutos depois Logan e a professora voltam. Logan está sorrindo, acho que Flávia não se deu muito bem. Ele senta do meu lado.

–Você não sabe!

–O quê? – digo curiosa.

–Flávia talvez seja expulsa!

Eu fico muito feliz. Sinto vontade de pular de alegria.

–Que noticia boa! – digo finalmente.

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Faltam 05 minutos para acabar a aula.

Peço para ir ao banheiro. Estou apertada. A professora deixa.

Ao chegar no banheiro olho para mim no espelho. Meu cabelo está bagunçado. Eu o arrumo e vou usar o banheiro.

O sinal da saída bate, Logan antes de sair me diz:

–Te espero lá em baixo.

–Tudo bem.

Percebo que meu caderno está aberto em uma página, há letras nessa pagina. Começo a ler, é uma música.

“E eu acho que eu gosto mesmo de você!!!

Bem do jeito que você é!!

Eu vou equalizar você
Numa frequência que só a gente sabe
Eu te transformei nessa canção
Pra poder te gravar em mim.”

É uma musica da Pitty! Tem mais uma coisa escrita em baixo da música.

“Estou apaixonado por você, não há como negar; Mei você quer namorar comigo?”

Eu sabia! Claro que eu aceito, eu também sou apaixonada por você. Desço para falar com ele. Me sinto a pessoa mais feliz do mundo.

Ele está me esperando no portão da escola. Dou um papel para ele, no papel está escrito:

“Claro que eu aceito.”

Ele sorri para mim. Eu sorrio para ele.