Trouble. escrita por FantasyJuli


Capítulo 9
Capítulo 9 parte 1




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–Tridy, acorda! –a Maia gritou pela segunda vez, continuei deitada e em silêncio na esperança que ela desistisse e me deixasse dormir. –Tridy.

Ela não desistiu. Me levantei e rastejei até a porta, ao destrancá-la encontrei o sorriso animado da Maia me esperando. Seus sorrisos animados nunca vem acompanhado de boas idéias, o que me fez pensar mil vezes antes de perguntá-la o por que de estar lá.

–bom dia, Maia. –disse sem esforço nenhum para sorrir.

–bom dia! –ela invadiu o quarto e se jogou na cama sem nem mesmo pedir licença. –nossa, pensei que tinha morrido! Passei o dia todo ontem tentando te ligar.

–eu sei. Tava afim de ficar em casa.

–bom hoje você não vai ter escolha. Nós vamos a um churrasco no lago. –ela fez uma pausa esperando qualquer sinal de animação em mim.

–desculpe, eu realmente não quero ir. –sair com a Maia era a mesma coisa de sair com o Cam e eu não estava nem um pouco afim de vê-lo.

–lembra do que eu te falei? Você não tem escolha.

Ela se levantou e andou até o meu guarda-roupa, pegou um jeans, uma regata branca soltinha e colocou nas minhas mãos. Ela já estava vestida, com um jeans cigarette e uma camiseta escrito “fuck u”, bem típico.

–Maia eu não vou.

–para com isso, vai ser divertido. Todo mundo do colégio vai, você não os conhece ainda, mas são bem legais. Tem música, bebida, comida e pessoas bonitas. –Cameron, foi a primeira coisa que me passou pela cabeça.

–eu acho que você deveria ir mesmo. –para completar, o meu pai apareceu na porta com seu olhar “eu sei de tudo”.

–ta vendo? Vai colocar a roupa.

Andei até o meu banheiro e tranquei a porta. Não queria parecer um incômodo para o meu pai e nem queria parecer depressiva e lutar contra a depressão era uma das coisas que eu mais fazia nesses últimos dias, mesmo que isso envolva sair com a Maia para fazer as suas loucuras.

Prendi meu cabelo num rabo de cavalo simples e passei um pouco de delineador e rímel e até blush, minha aparência estava pedindo por um pouco de maquiagem e passei um pouco de perfume. Acabei gostando da combinação da regata e o jeans, sai do quarto e coloquei as minhas botas.

–está pronta? O Cam está vindo buscar a gente. –a minha meia irmã se levantou da cama e me entregou minha bolsa.

–garotas não bebam, por favor! –que ingênuo o meu pai, se soubesse as filhas que tem.

A buzina do carro do Cam nos tirou de casa, estava dirigindo o mesmo carro do dia da praia e ainda a mesma cara séria do último dia. Não deu para vê-lo por completo, mas usava uma touca cinza prendendo os cabelos, que ficou muito boa nele.

–oi meninos. –a Maia se esgueirou entre o banco de trás e o da frente para beijar o Ash, ele estava com os cabelos soltos e molhados.

–oi. –falei fechando a porta do carro.

–oi, Tridy. –o Ash respondeu acenando.

–oi. –o Cameron falou como se fosse obrigação me responder e uma obrigação muito ruim por sinal.

Ele deu partida no carro e nos seguimos a caminho do lago enquanto a Maia tagarelava sobre como gostava dessa festa e em como não queria voltar para o colégio e esse tipo de coisa. O Cam continuou em silêncio, sem aquele sarcasmo que estava começando a me fazer falta, imaginei se seria assim o resto do dia.

Chegamos a tal festa, vários adolescente bebiam em seus copos vermelhos ao redor de uma lago. Uma música desconhecida tocava alto e várias pessoas dançavam, alguns sem camisa e outros já molhados. O nível de embriaguez alto estava presente em praticamente todos da festa.

Nos descemos do carro e caminhamos, várias pessoas pararam para cumprimentar o Cam, o Ash e a Maia, mas ninguém pareceu notar a minha presença. Em menos de cinco minutos o Cam já estava com uma garrafa de cerveja nas mãos e um meio sorriso nos lábios.

–Ai Ash, eu amo essa música. –a Maia puxou o namorado pelos braços e o levou para o lugar onde as pessoas dançavam,( não sei se poderia chamar aquilo de pista de dança) e me deixou sozinha com o Cameron, sério.

–eu vou pegar alguma coisa pra beber. –eu disse tentando ir para longe daquele clima chato o mais rápido possível.

–eu vou com você. –ótimo.Andamos em silencio até um barril de cerveja, ele pegou um copinho e encheu pra mim.

–obrigada.

–Tridy, -ele respirou fundo e abriu a boca para falar alguma coisa quando alguém o interrompeu.

–Astryd! Oi. –o garçom loiro e sorridente agora estava parado na minha frente, sem o seu avental, mas com uma camiseta dos Rolling Stones. –lembra de mim?

–Claro, Theo não é?

–isso. Não sabia que vinha, você...

–ela veio comigo. –o Cameron me puxou pela cintura me deixando completamente sem palavras assim como o Theo.

–sério? –ele esboçou um sorriso.

–é loirinho, desculpe. Pode ir agora.

–tchau, Astryd. –o garoto se virou e saiu andando, já eu fiquei parada boquiaberta.

–você tem algum distúrbio? –eu o empurrei derrubando seu copo no chão.

–desculpe, não entendi. –ele pegou o copo do chão mantendo a calma.

–não entendeu? Deixa que eu te explico! Você foi super mal educado comigo ontem e agora age assim? –dei mais um empurrão nele, porém ele continuou imóvel.

–eu não gosto daquele garoto. Só isso.

–só isso? E se eu quisesse falar com ele?

–você realmente queria falar com ele?

–não te interessa!

–você tem que relaxar mais, vai manchar esse seu rostinho lindo com rugas. –seu tom arrogante voltou à tona. Ele se aproximou chegando perto o suficiente para que eu sentisse o cheiro único do seu perfume. –isso seria uma lástima. –ele sussurrou bem perto do meu ouvido.

–você é maluco. –eu falei tentando sair de perto dele.

–ah, todos nós somos, Lady. –ele desceu a mão pelo meu cabelo, braço e cintura...

Continua...


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