Trouble. escrita por FantasyJuli


Capítulo 10
Capitulo 9-parte 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, mas esta aiii



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Continua...

–então Bonnie, para onde quer ir? –ele perguntou abrindo a porta do carro para mim.

–Bonnie? Já até esqueceu meu nome. –respondi relutante, seria o certo entrar nesse carro agora?

–não mesmo, mas é que hoje nós dois seremos como Bonnie e Clyde.

–e estaremos fugindo de que exatamente Mrt. Clyde?

–dessa merda de cidade, hoje meu bem será a noite da qual nunca se esquecerá. Agora entre no carro. –entrei sem relutar dessa vez. O cheiro de couro, perfume e cigarros que era característico dele me encheu o pulmão e fez o estomago dançar dentro de mim.

Ele entrou em seguida, colocou o cinto de segurança e deu partida no carro que respondeu imediatamente. Uma grande parte de mim queria voltar para a zona de conforto em casa, mas a outra parte sabia que a zona de conforto estava muito distante e que isso seria muito mais interessante.

–bom, nós estamos à alguns quilômetros de Los Angeles, estava pensando em ir lá. O que acha?

–pode ser. –ele ligou o som do carro e colocou um tipo de música de batida forte e o carro ganhava cada vez mais velocidade, ele tirou uma das mãos do volante e colocou sobre a minha perna.

–é mais seguro se deixar as duas mãos no volante, todo mundo sabe disso.

–eu não faço o seguro, Lady, todo mundo sabe disso.

–porque eu to com a sensação de que estou uma grande merda? –falei tentando controlar um sorriso que nascia no canto dos meus lábios, foi essa minha vontade de fazer merda que me rendeu uma expulsão de casa, mas naquele momento eu me sentia bem e fazia muito tempo que não me sentia assim.

–esse é o sentimento que vem quando estamos prestes a fazer algo inesquecível.

–conseguiu me convencer. –inconscientemente deixei o sorriso vazar.

–agora relaxa, Lady, chegamos em alguns minutos.

Logo passamos pelas famosas palmeiras que sempre via pela televisão, era tudo lindo. As ruas estavam cheia de pessoas do tipo que com certeza não encontraríamos naquela festinha em que estávamos.

–bem vinda à cidade dos anjos perdidos. –ele estacionou o carro e antes de descermos ele segurou meu rosto entre as suas mãos. –queria que visse como está linda agora.

Inconscientemente meus lábios procuraram pelos dele como se estivessem esperando por aquilo a viagem inteira, o sabor da sua boca e nervoso no fundo do estomago me diziam que aquela noite seria longa o suficiente para ser inesquecível .

–antes de sair do carro, eu tenho uma coisa. –ele tirou do bolso um saquinho com algumas pílulas coloridas. –para deixar tudo melhor.

Abri a boca e cuidadosamente ele colocou uma das pílulas na minha língua, ele fez o mesmo e me beijou em seguida. Ele desceu do carro e abriu a porta para mim, seus olhos brilhavam e estava tão bonito.

–vamos, Lady, Los Angeles nos espera.

Sua mão encontrou a minha e eu senti naquele momento que algo grande estava começando a acontecer, as luzes brilhavam, os prédios se erguiam ao nosso redor e tudo parecia tão lindo, as pessoas passavam por nós com roupas extravagantes. Um Elvis nos abordou cantando uma das suas músicas e logo a nossa frente havia um Michael Jackson.

–sabe o que dizem sobre Los Angeles?

–é a cidade dos sonhos, da fama, dos fantasmas e do amor.

–pensava que a cidade do amor era Paris.

–mas não qualquer amor –ele me girou e voltou a me segurar. –o amor entre os anjos e nós somos anjos.

–nos somos?

–mas é claro que somos!–ele ergueu os braços e gritou. –nos somos anjos!

–nos somos anjos! –eu fiz o mesmo, sentindo o vento bater contra os meus cabelos.

Pela primeira vez eu estava me sentindo tão livre e tão poderosa, como se eu pudesse fazer o que eu quisesse, talvez por causa do doce, mas não era só isso ele me fazia sentir assim e eu amava essa sensação cada vez mais.

–vem.

CAM.

Seus olhos brilhavam e estava tão linda que tudo o que eu queria era nunca esquecer essa noite e nem dessa expressão em seu rosto. Eu estava para ela e ela para mim e foi como se o tempo tivesse parado e só existíssemos nós dois e mais ninguém, como se Los Angeles fosse só nossa por essa noite e nós pudéssemos fazer o que quiséssemos, nunca tinha me sentido assim.

Paramos em um pequeno mercado e compramos uma garrafa de champanhe e duas taças de plástico, e saímos em seguida sem destino pela cidade. Eu e ela, como Bonnie e Clyde, como a dama e o vagabundo.

Passamos pelo décimo Elvis na rua, mas esse tinha uma caixa de som que tocava uma música que nunca havia ouvido antes, mas que a partir de hoje ouviria todos os duas só para lembrar.

–espera um pouco. –ela colocou a garrafa no chão e me puxou para mais perto. –vamos dançar.

–acho que vai descobrir mais uma coisa na qual sou ótimo. –coloquei minha mão na sua cintura e a outra eu seguei sua mão, ela repousou seu rosto no meu ombro e nós dançamos.

O Elvis aumentou a música só para nós dançássemos, podia ver as pessoas olhando e sorrindo ao passarem por nós, era o momento perfeito. Nós riamos juntos enquanto meio tontos trocávamos os pés.

Minha mão soltou a sua e procurou pelo seu pescoço, as pessoas ao nosso redor, a música e as luzes sumiram quando nossos lábios voltaram a se encontrar, sentia a pele por debaixo dos meus dedos se eriçarem. Nossos olhos voltaram a se ver e nós corremos.

Corremos a cidade inteira sem cansar, parávamos apenas para nos beijar, a cada esquina e a cada curva. Terminamos com duas garrafas de álcool e o efeito da droga só fazia ficar mais forte, sentia a vontade de arrancar sua roupa fora, mas La no fundo sabia que ela não era como as outras. Essa noite não foi como as outras, não ia acabar em sexo, mas foi a melhor noite que tive em anos.

–daqui pra frente essa será a nossa cidade. –ela falou, por fim, bem baixinho no meu ouvido.

Continua...


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