Trouble. escrita por FantasyJuli


Capítulo 2
Capitulo 2.




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Eu fiquei parada por uns trinta minutos rodeada de malas enquanto esperava o meu pai que estava atrasado, é algumas coisas realmente não mudam. "cheguei no inferno" mandei a mensagem para a Cassie.

–Asthrid, minha filha. -o meu pai cutucou o meu braço.

–pai! Que saudade. -fingi animação enquanto o abraçava.

–nossa como você cresceu, está tão bonita. Disse a Taylor para não vim, queria buscá-la sozinho. -disse me dando outro abraço apertado e não fiz nada a não ser abraça-lo de volta.

Ele usava camisas de xadrez velha ,seus olhos castanhos pareciam o oposto dos meus. Parecia alegre como nunca antes e até mais novo, havia cortado o cabelo e feito a barba. Meu pai agora parecia George Clooney.

–vai gostar da sua nova casa a cidade é pequena, mas é bem convidativa. Logo vai conhecer todo mundo. -seus olhos estavam cheios de felicidade e esperança, mal sabia ele que eu tinha sido expulsa de casa e vindo parar aqui.

–com certeza, pai. -finja Asthrid, finja.

–vamos colocar isso no carro e vamos pra casa. Está com fome? A Taylor está preparando um jantar para você.

–sim, estou. -minha barriga roncava tão alto que era quase impossível não escutá-la.

O calor maçante da cidade me atingiu em cheio quando saímos do aeroporto. O meu pai falava sobre como eu ia gostar da cidade e sobre a escola que estudaria no final das férias de verão, o que seria daqui a um tempo então eu não precisava pensar nisso agora. Eu só concordava quando tinha que concordar e ria quando tinha que rir.

O nervosismo estava fazendo as minhas mãos tremerem, e se elas não gostarem de mim e se eu não me encaixar nessa cidade? As mesmas inseguranças voltavam a tona todos os instantes até chegarmos em casa.

A casa era grande, tinha as paredes pintadas de branco, um balanço e um jardim muito bem cuidado. Parecia a casa da Barbie versão subúrbio e a Taylor parecia a Barbie, nem um pouco menos charmosa ou arrumada. Tinha cabelos louros enormes e olhos bem azuis, a filha parecia um clone da mãe.Quando entramos a Taylor foi nos receber, ela usava um vestido branco rodado e um avental de morangos.

–ouvi falar muito sobre você, Asthrid. -disse me envolvendo em um abraço caloroso.

–espero que só coisas boas. -realmente esperava que sim.

–claro, seu pai é bem coruja. -ela sorriu. -vou colocar o jantar na mesa, porque não vai dar uma olhada no seu quarto novo?

Subi as escadas e procurei o meu quarto sozinha até encontrar uma plaquinha pendurada na porta "Asthrid", entrei no quarto e joguei todas as malas no chão. O quarto era bem confortável, tinha uma cama de solteiro com lençóis cor de rosa, um guarda-roupa branco médio e uma suite. Era um pouco menor do que o meu na Austrália, mas era bom. Me deitei e coloquei os braços sobre os olhos.

–oi, eu sou a Maia. -a minha "irmã" entrou no quarto exibindo um lindo sorriso. -tomara que goste, eu que escolhi a roupa de cama.

–é ótima obrigada. -falei tentando abrir um sorriso tão grande quanto o dela.

–o jantar está na mesa. Vamos? -eu me levantei e a segui até a sala de jantar onde jantaríamos.

A comida cheirava maravilhosamente bem e a fome que eu estava sentindo ajudava, comi como uma condenada. Durante o jantar conversamos sobre as férias e sobre o que a Maia me levaria para fazer, deixei claro que eu podia me virar, mas ela insistiu em me levar ao circo. O meu pai e a Taylor não sabiam sobre circo nenhum, mas ela garantia que o circo estava na cidade há uma semana e que eu tinha que ir.

No final do jantar insisti em ajudar a limpar as coisas, mas não me deixaram por eu ter acabado de chegar de viagem, mas que isso iria mudar em alguns dias. Subi e depois de horas desfazendo as melas eu finalmente fui dormir.

...

Acordei por volta das uma da tarde ninguém estava em casa a não ser a Maia que me ajudou a arrumar o meu guarda-roupa. A garota era muito legal e já me tratava como sua irmã, porém não me sentia nem um pouco como se isso fosse verdade, me sentia culpada por não contar ao meu pai a verdade e já sentia saudade da minha vida na Austrália, eu faria de tudo para poder voltar.

–você vem comigo, não é? -a Maia continuava a insistir para que eu fosse com ela ao circo, não queria fazer desfeita do convite então aceitei.

Mesmo que eu quisesse só ficar debaixo das cobertas chorando eu não podia, tinha que da a volta por cima, assim poderia voltar mais rápido para casa e conhecer algumas pessoas não seria tão ruim como eu imaginava que pudesse ser, na verdade poderia ser bem divertido.Só que eu não imaginava que iriamos ao circo às nove horas da noite.

–você vai gostar, eu prometo. -foi o que a Cassie me disse antes da festa em que terminei no hospital, mas a Maia não parecia ser desse tipo. Parecia mais do tipo shopping e compras.

Quando ela saiu do meu quarto para se arrumar mandei uma mensagem para a Cassie "circo as nove da noite. Me deseje sorte, amiga" alguns segundos depois eu recebi "nossa que louco, queria estar ai. Aqui está um porre, divirta-se".

Eu tentaria me divertir. E talvez se eu fizesse bastante esforço eu pudesse conseguir.


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