Capitulo I - Forks

Bem, me chamo Isabella. E nesse momento me encontro dentro de um avião indo cumprir mais uma missão. Eu não sei ao certo se vou conseguir cumprir com meus objetivos, apesar de eu achar que vai ser tudo muito fácil e chato.
Afinal o que tem de divertido para fazer em uma cidadezinha que não tem nem cinco mil habitantes? E para piorar a situação eu ainda serei obrigada a frequentar a escola. Como eu odeio aquele lugar, com um bando de adolescentes hormonais e fofoqueiros e ainda tem os populares que se acham o centro do mundo... que saco.
O avião já vai aterrissar, então é melhor eu colocar o cinto para guardar as aparências e esperar pela chegada a cidade.
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Não acredito nisso, que cidadezinha mais chata! Não tem nada de interessante para fazer aqui.
Esta parecendo que essa missão vai ser mais como tirar férias, na verdade eu nem sei se posso considerar isso como um trabalho, por que pelo visto as coisas aqui serão um tédio só, mas se eu tiver sorte acabarei as coisas rapidinho e logo estarei livre. E o pior é que nem cheguei em Forks ainda terei que pegar um táxi, mas tenho esperanças que lá seja um pouco melhor ate por que nada pode ser pior que isso. Entrei no primeiro táxi que encontrei e pedi para que me deixasse no centro de Forks. A viagem não foi muito longa meia hora mais ou menos que aproveitei para verificar todo o caminho.
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Ta eu estava errada tem lugar pior, como alguém consegue sobreviver nesse cubículo de cidade?
Entrei em uma pequena lanchonete que havia por ali e sentei-me em uma mesa. Uma garota rechonchuda e com algumas espinhas no rosto logo veio me atender e eu fiquei aguardando o meu pedido.
Enquanto eu observava a paisagem ao meu redor eu pensava em onde arranjaria um lugar para alugar durante a minha estadia na cidade.
Reparei logo em um grupo de garotos sentados a minha frente. Traços indígenas marcavam suas feições e eles eram grandes e musculosos, lindos eu não podia negar. Mas apesar disso, se comportavam como crianças.
Um deles em particular me chamou a atenção, era o mais bonito no grupo e com certeza o mais forte também, não parava de me olhar. Talvez ele pudesse me ajudar a achar um lugar para ficar.
Percebendo que eu também o olhava, levantou-se e veio até a minha mesa.
—Prazer, meu nome é Jacob Black, eu não me lembro de tê-la visto por aqui antes.--disse estendendo a mão.
— Talvez por que eu seja nova por aqui, senhor Black. Isabella Bertone. – disse retribuindo o aperto. Uma sensação estranha percorreu meu corpo, mas eu procurei ignorá-la.
Tomando minha resposta como um encorajamento, ele se sentou na cadeira a minha frente. Seu jeito abusado me incomodou um pouco, mas eu precisava dele então não poderia colocá-lo no seu devido lugar.
Enquanto isso a garçonete voltou com meu pedido, o olhar mortal que ela me deu quando viu meu novo acompanhante foi no mínimo hilário e eu tive que me controlar para não rir.
— Está sozinha? – perguntou.
— Bom, acho que agora não mais. Parece que eu acabei de conseguir um acompanhante para o meu lanche. – falei da forma mais inocente possível, talvez em outra época eu já tivesse o...a deixa ,para.
Era melhor deixar isso pra lá. Eu tinha que me concentrar em outras coisas agora e talvez eu pudesse usar a bondade dele ao meu favor.
Mas apesar de ter que ser discreta, talvez eu pudesse abusar um pouquinho desse corpinho gostoso, antes de ir embora.
— Você está só de passagem ou vai ficar? – disse com sua voz rouca e sexy me tirando dos meus pensamentos.
— Eu pretendo ficar por um tempinho, mas preciso achar um lugar para alugar.
—Bem se você quiser aqui perto tem uma casa para alugar, se quiser eu te levo lá.
—Serio? Muito obrigada, me ajudaria muito. – respondi sorrindo e comecei a comer sob o olhar atento do rapaz.
—Vamos. – me disse assim que viu que eu avia terminado e eu levantei-me deixando dinheiro suficiente sobre a mesa para pagar o lanche.
Eu não sei o que estava acontecendo comigo, mas estranhamente eu gostava de conversar com esse garoto, coisa que quase nunca acontecia, ainda mais com um estranho.
—Você mora por aqui? – perguntei curiosa enquanto andávamos pelas ruas frias da cidade.
−Não, moro em La Push. Uma reserva indígena que tem aqui perto. Muito bonita por sinal, se você quiser, eu te levo lá qualquer dia.
— É aqui? – perguntei quando ele parou em frente a uma pequena casa. Era bonitinha e era cercada pela típica cerca branca, bem coisa de cidades do interior.
— É sim. Eu acho que os donos estão viajando nao sei bem, mas a vizinha pode te dar algumas informações.
— Muito obrigada. Eu vou lá falar com ela. – disse tentando dar a entender que ele já podia ir embora.
— Então ta. Eu vou voltar para a lanchonete. Nos vemos por ai, Isabella. – disse já se virando para ir embora.
— Pode me chamar de Bella. – o que esta acontecendo comigo afinal de contas? Nunca fui de ser simpática com ninguém.
—Então você pode me chamar de Jake. – respondeu sorrindo.
—Até mais Jake, e obrigada por me ajudar. – falei apontando para a casa.
— Não precisa agradecer. Foi um prazer.. Bella.
— Até mais, Jake. – falei quando ele já tinha ido embora.
Eu caminhei ate a casa da vizinha e bati na porta, esperando que alguém me atendesse. Logo a porta se abriu e uma senhora baixinha e de cabelos brancos saiu.
— Bom dia, senhora. Sou Isabella Bertone. Me disseram que a casa aqui ao lado está para alugar e que era para eu falar com a senhora.
— Ah, sim. Bom a casa é do meu filho. Eu estou alugando para poder mandar dinheiro para ele que esta cursando a faculdade na Itália.
— E será que eu posso alugar a casa? Eu não vou ficar muito tempo, mas prometo que pago tudo em dinheiro e no prazo.
A senhora me olhou de cima abaixo, me analisando antes de finalmente perguntar:
—Você é sozinha? Está me parecendo muito novinha.
— Sim, senhora, eu sou sozinha. Tenho 17 anos, mas sou emancipada, meus pais morreram e eu acabei indo morar com a minha tia.
— E a sua tia vai vir para cá também?
— Não, senhora. Ela se casou a pouco e eu resolvi seguir sozinha para que ela pudesse viver sua vida.
— Você não é meio nova para viver sozinha?
— Eu garanto que eu sei me cuidar muito bem. Mas e a casa? Eu ainda posso alugar?
— Claro, claro. Você caiu do céu minha filha. Meu filho arranjou uma namoradinha e está precisando de dinheiro, sabe como é né? Garotos...
— Acho que sim. – respondi meio impaciente.
— Espere aqui um minutinho enquanto eu vou pegar a chave para lhe mostrar a casa.
Ela logo voltou com a chave em mãos e nós fomos em direção a casa.
— Ah, que cabeça a minha. Nem me apresentei. Prazer querida, sou a senhora Newton, mas pode me chamar só de Karen.
— Pode me chamar de Bella. – disse apertando a sua mão.
— Então Bella, pretende ficar na cidade por muito tempo.
— Acho que só até completar meus estudos e ir para a faculdade.
— Ah, você ainda estuda?
—Sim. Amanha mesmo eu vou à escola fazer a minha matricula.
—Que bom, querida. Acho que vai gostar daqui. Todos são muito hospitaleiros.
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Terminamos de acertar os últimos detalhes sobre o aluguel e ficamos conversando durante um tempo sobre mim. E apesar de não estar muito a fim de conversar, o fato de eu me recusar a responder suas perguntas só geraria mais especulações e essa era a ultima coisa que eu precisava.
— Muito Obrigada, senhora Newton, é só isso mesmo. Acho que vou me recolher agora, estou um pouco cansada da viagem.
— Perdão querida. Estava tão bom conversar com você que eu nem me toquei que você devia estar cansada.
Eu apenas lhe dei um sorriso querendo que ela fosse embora logo.
— Ate amanha querida. Boa sorte na escola.
— Obrigada. – disse e logo fechei a porta, antes que ela resolvesse falar mais alguma coisa.
Subi para o quarto e enchi a banheira. Me preparando para tomar um longo e relaxante banho.
Demorei o máximo de tempo possível no banho, aproveitando cada minuto de paz até que desisti e sai afinal paz é a ultima coisa que consigo ter nos últimos tempos, vesti um pijama bem confortável e fui para cama. Afinal amanha eu tinha um grande dia pela frente.
Dormir? Nossa nem consigo me lembrar da ultima vez que fiz isso, espantei os pensamentos que ameaçavam vir a tona e fechei meus olhos pegando no sono logo em seguida.