Prometidos escrita por Marcos Martinz


Capítulo 5
O fim, é apenas o começo


Notas iniciais do capítulo

Quase 100 dias de espera pro capitulo final, pessoal resolvi encerrar pois - ao que tudo indica - eu estou ficando sem tempo pra continuar postando. Mas, caso gostem do cap e a repercussão for boa podemos sim ter quem sabe uma segunda temporada.
Não revisei e juro pra vocês que não me inspirei muito, fiz apenas o que me veio na cabeça se não a história ficaria sem final e odeio começar as coisas e não terminá-las.

A você que acompanhou todas as emoções eu agradeço do fundo do meu core por ter comentado, lido, e me dado ideias. Pode ser o final, mas nunca vou me esquecer disso tudo.
É com um pesar que posto o último capítulo.



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Desacordada em grama fria ela fora encontrada, todas as tentativas de reanimar a donzela adormecida foram dadas como perdidas. O rei estava enfurecido, perdido dentre mágoas e tristezas, porque diabos perder sua esposa e sua filha no mesmo ano? Uma maldição parecia ter caído na família real.

No salão do palácio onde um enorme trono reluzia todos pareciam chorar, menos um olhar pensativo; Dominic. Ele sim sabia a verdadeira causa da morte da irmã. Martinha havia inventado que Julieta caiu de uma macieira para não preocupar o rei e ao reino, mas ele sabia que sua irmã poderia estar morta por sua culpa. Skandar parecia aflita, a espera de noticias. Eis então que uma mulher de aparência jovial, um enorme vestido e cabelos rosados apareceu com um ar de tristeza.

– Meus senhores, nós fadas tentamos fazer o impossível, mas infelizmente – Deu uma pausa na sua adocicada voz, Matilde era líder das fadas socorristas e lhe partia o peito ter de dar a noticia. Logo suas irmãs apareceram ao seu lado, entristecidas – Julieta, faleceu.

Um clima pesado pairou sobre todo o salão. Dominic escondeu o rosto atrás de Martinha que também não conseguiu esconder a tristeza, por mais de tudo, ela não merecia aquele fim. Skandar desolou-se, ficou minutos com os olhos arregalados e incrédulos, não moveu-se.

Da janela vitral em escondida estava uma mulher de belos cabelos ruivos mas um olhar perdido, Selene soluçou levemente em seu pranto, afinal Julieta era sua filha que dera para Lucia cuidar e nem ao menos teve a chance de dizer-lhe um adeus, ou a verdade. Secou os olhos com suas mãos delicadas e forçou um sorriso, não era a hora de desistir, envolveu-se numa fumaça vermelha e apareceu no salão amargurado para o susto de todos ali. As jovens correram e os guardas armaram-se para cima da sereia, mas foram transformados em água em um simples toque. Martinha colocou Dominic para trás de si e fitou Logan do outro lado do salão, como quem dizia para ficar atento.

– Majestade – Referiu-se ao rei Skandar com um sorriso diabólico. O majestoso assustou-se ao ver aquele diabo de batom vermelho á sua frente, o perigo estava dentro de seu lar. Levantou sua sobrancelha e sua voz estrondosa fora a única que ecoou em meio aos suspiros – O que você quer, Selene? – Desceu as escadas de seu trono e parou frente a frente com a sereia, mirando-a nos olhos como um verdadeiro homem. Skandar nunca foi um covarde e nem gostaria de ser agora, perdeu sua filha e não perderia sua honra.

Martinha fez um sinal para Matilde retirar as crianças do salão, mas com um jato de ar a porta bateu graças ao gesto de Selene, todos deveriam ficar ali, era o desejo da mulher.

–Antes de tudo quero contar toda a verdade – Rodeou o salão e ergueu as mãos para o alto num riso sinfônico – A verdade sobre seu amado filho, Dominic – Colocou as mãos na cintura e entreolhou o príncipe que pareceu irritado – O mesmo que se relaciona com Logan, seu ex-futuro cunhado, pobre rei, mal pôde perceber tal pecado abaixo de seus próprios olhos – Num gesto fez Dominic ser puxado para o meio do salão junto a Logan, Martinha tentou impedir mas a força parecia ser violenta. Selene aproximou-se dos dois com um olhar amigável e apertou suas bochechas – Veja como são uma graça juntos.

– Se veio até aqui para mentir Selene, perdeu tempo sendo liberta. Vá embora, é uma ordem! – O rei berrou á pulmões e a mulher fingiu ficar irritada, logo os candelabros foram apagados e o escuro dominou todo o resto. A multidão assustou-se e as fadas tentavam iluminar o ambiente com suas asas, mas então um clarão em chamas surge no meio do ambiente, era Selene com um olhar endiabrado e repleto de mágoas.

– Desde o dia que você me abandonou eu jurei vingança, eis aqui a minha. Tirei de você sua esposa, sua filha e agora... lhe tirarei um reino- Ergueu seus braços para o alto e o teto tão delicado em desenhos locais fora arrancado para cima, mostrando a noite trevosa espalhar-se nos céus. Os berros de todos eram ensurdecedores e Logan deu á mão para Dominic que estava assustado. Skandar partiu para cima da mulher mas com tamanha brutalidade fora jogado em cima de uma estátua em forma de cavalheiro, rachando-a.

– Eu não a abandonei, você... – O rei caído e sem fôlego tentava dizer – Você sabe disto, pare já Selene é uma ordem – A mulher aproximou-se de seu antigo amado caído e sorriu diabolicamente:

– Ordem negada, você não é o meu rei – Retirou a espada da estatua rachada e num cruel gesto fincou-a no peito do homem que urrou em dor. Martinha vendo o ocorrido partiu para cima da sereia e lhe jogou no chão.

– Majestade... Majestade, fale comigo! – Dava leves tapinhas no rosto do rei, ele tossiu mais uma vez e em voz baixa pôde dizer suas ultimas palavras.

– Não a deixe matar... – Puxou ar, com dificuldade – Dominic... – E seus olhos fecharam-se, sua alma pareceu levitar. Não era preciso ver além dos céus para notar que Skandar agora, estava de mãos dadas com sua amada Lúcia novamente.

O palácio começara a tremer e as fadas guiavam todos para uma saída de emergência. Selene fez uma ventania terrível invadir o salão, então ninguém conseguia mais ficar de pé, nem mesmo Dominic. Logan aproximou-se do garoto e lhe pegou na mão:

– Dominic, você precisa fugir, Martinha me disse que Selene o matará para a linhagem real terminar de vez. Você precisa ir – O olhou com preocupação – Agora!

– Mas e você, e todos, eu não posso ser um covarde! – Ele estava tão assustado, o palácio estava praticamente desabando, nem se ele quisesse iria conseguir fugir dali – E eu não tenho como fugir.

O vento era ensurdecedor e para falar os jovens começaram na berrar enquanto seguravam-se para não serem levados pela ventania.

– Há sim uma maneira Dominic, quando você completou quinze anos teve o privilegio de ter uma fada madrinha e seu primeiro desejo... Você ainda não o pediu, peça, peça para estar do lado de fora – Os olhos azuis de Logan queriam mostrar para Dominic que tudo iria ficar bem, mas na verdade não conseguia – Não é um covarde, fuja e volte com ajude, salve a todos nós. E sobre mim não se preocupe – Logan sorriu, segurando sua mão mais forte. Num ato não esperado uma lágrima de emoção escorreu de seus olhos penetrantes – Eu sempre vou encontrar você, agora por favor, feche os olhos e peça... – O mais velho olhou para cima vendo as paredes do palácio rachando-se e os temores aumentando – RÁPIDO, DOMINIC!

O garoto num ato de desespero não o respondeu, apenas fechou os olhos e clamou por estar do lado de fora, ele não pronunciou nada, só imaginou estar distante daquele pesadelo todo. Logo o som de desespero cerrou-se, as mãos de Logan nas suas foram ficando cada vez menos sensitivas e uma paz coloriu seu coração. Quando abriu os olhos estava do lado de fora, em cima de uma rocha visível para o enorme palácio de Starshine. E como o silencio da noite, após o cair da ultima estrela cadente, aos seus olhos o glorioso palácio de Starshine desabou num ecoar dolorido em seu peito.

Todos se foram, menos o amor que Dominic sentia por seu lar. Ele permitiu-se chorar após correr a floresta sem rumo algum, quando parou e deixou suas lagrimas decorarem sua face. Gritava de dor, de ódio e de saudade. Depois de tanto tempo ali sozinho, ergueu-se e trilhou um caminho qualquer. Se ele sabia onde ia? É claro que não. Se ele tinha direção? É claro que tinha, ia rumo ao desconhecido para vingar sua família e a todos.

Era apenas o garoto com a roupa estrelada e as arvores decorando seu caminho naquela noite. Eis então que uma sombra nas escondidas abre um sorriso, como se estivesse deixando sua presa trilhar o caminho; Selene.

Agora podemos notar meus caros amigos, que o final desta nossa história, é apenas o começo.


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Notas finais do capítulo

Um adeus? Não sei, a gente se vê por aí. Deixe seu comentário e me diz do que achou de toda a fanfic se puder, agradeço.



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