Em busca de uma nova vida - 2ª Temporada escrita por Kaah


Capítulo 36
Água mole em pedra dura... ;) - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Eiii... ta aí o segundo de hoje!

Espero que gostem!!!! :D

[CAPÍTULO TEM HOT]

Beijoos... :* ♥



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Quando chego à sala Sophia está pulando no sofá e Thomas está sentado, olhando enquanto minha filha quica feito uma bola, gritando para ele brincar com ela.

—Sophia! Desça do sofá, já! – Eu digo. Sophia me olha e se joga sentada, sorrindo e ofegante.

—Thomas não quer brincar, disse que está cansado – ela cruza os braços. Olho para Thomas e ele parece aflito ainda.

—Deixe ele quieto, Sophia. Brinque com as suas bonecas. Quando Thomas estiver descansado você o chama de novo, está bem? – Sophia olha para mim, depois para Thomas. E por fim levanta e vai brincar com as bonecas.

—Está com fome Thomas? – Pergunto. Ele me olha e balança a cabeça. – Vem... – estendo a mão para ele –, vamos fazer um lanche.

Vamos até a cozinha e eu pego vários recheios que acho que uma criança pode querer no pão. Manteiga de amendoim, geleia de uva, queijo, goiabada e até presunto.

—Ta aí – digo apontando os ingredientes. – Do que você gosta?

—Eu gosto de tudo – ele sorri tímido. Depois pega uma fatia de pão e passa manteiga de amendoim, em seguida, passa geleia em outra fatia. Eu arregalo os olhos enquanto o observo fechar o sanduíche. Isso é o mesmo que o Tobias come todas as manhãs!

Thomas percebe meu olhar e interrompe a mordida que ia dar.

—O que foi?

—Ahhn, nada – digo. Pego uma fatia de pão e passo um pouco de geleia para mim. Enquanto observo ele comer.

Alguns minutos depois, Tobias entra na cozinha. Agora vestindo uma bermuda jeans e camiseta verde. Ele pega um copo de suco e senta no banquinho, ao meu lado.

—Quando a mamãe vai poder voltar para casa? – Thomas pergunta. Tobias olha para mim e eu resolvo responder por ele.

—O médico disse que sua mãe teria que ficar no hospital por, no mínimo, dois dias, Thomas. Sua mãe precisa ficar em observação. Só para ter certeza que está tudo bem com ela, entende? – Ele assente e dá uma mordida em seu lanche.

—Nós vamos voltar para casa ou a mamãe vai vir para cá? – Tobias endurece ao meu lado e eu penso no que responder.

—Ainda não sei – digo sinceramente. – Mas vamos esperar ela ser liberada, daí a gente conversa com ela, ok? – Thomas assente de novo. Tobias me dá um olhar e eu entendo que ele quer conversar comigo. – Coma o que você quiser, fique à vontade.

Me levanto e antes de sair da cozinha, passo a mão pelo cabelo espesso de Thomas. Ele não dá muita importância para o carinho e continua comendo enquanto eu saio com Tobias atrás de mim.

Chegando ao meu quarto eu viro e fecho a porta. Cruzo os braços e espero. Tobias dá voltas pelo quarto, passando as mãos no cabelo molhado, pensando no que dizer. Eu fico aguardando em silêncio.

—Eu pensei em tudo o que você disse – ele começa. – O garoto não tem culpa mesmo. Eu o trouxe aqui por que quero tentar conhece-lo. – Viro meu rosto para o lado, tentando esconder um sorriso. Tobias ri e cruza os braços para mim. – Nem tente disfarçar, era isso que você queria né? – Eu olho de volta para ele.

—Eu queria que você deixasse a mágoa de lado e tentasse olhar para frente. Você não está fazendo isso para o meu bem, mas para o seu! E do Thomas, obviamente.

—Você pode fingir que não se importa – ele dá de ombros. Depois dá dois passos e para na minha frente. – Mas eu gosto de saber que você está mentindo.

Dou uma risada de desdém.

—Não se iluda Tobias. Eu gosto do garoto, quero o bem dele. E Evelyn é boa pessoa, isso é tudo. Não é sobre você. Nada mudou. – Assim que digo isso, Tobias parece ficar irritado. Ele agarra meus dois cotovelos e me puxa até ficar a um palmo de distância.

—Então, o que é isso que estamos fazendo aqui? Fingindo? – Ele pergunta.  – Você finge que ainda é minha mulher enquanto eu finjo que concordo com isso? – Solto meus braços do seu aperto.

—É! É exatamente isso! E você não tem que concorda com nada. Foi você quem escolheu isso! – Tobias joga a cabeça para trás e solta um suspiro alto.

—Quantas vezes eu tenho que te dizer que EU NÃO TRAÍ VOCÊ! – Ele praticamente grita a última parte.

—Não precisa dizer nenhuma vez, eu não preciso que você admita, eu vi.

—Você não viu nada! O que você viu foi uma garota ressentida tentando te provocar. Nita estava com raiva de você por causa do trabalho que você tirou dela – ele se desespera, jogando as mãos em volta. – Você só acreditou nela, sem nem ouvir o que eu tinha a dizer!

Dou uma enorme gargalhada sem humor.

—É claro! Eu tinha que ir te perguntar por que tinha uma garota nua dentro do seu carro, tirando foto com o seu celular! – Cruzo os braços e o encaro. Ele mantém a curta distância e o olhar firme no meu. – Eu tinha que ir perguntar para você o que era aquela foto, depois de você ter me ignorado por semanas!

—Tris... – Sua fachada dura se quebra e ele se aproxima, enquanto eu dou um passo para trás. – Eu sou culpado por te afastar, me culpe, me condene por isso... Mas eu não traí você, nunca traí você – seu olhar é de pura desolação. E eu teria ficado de coração partido, se eu já não estivesse com o meu coração partido.

—Existem várias formas de traição, Tobias... – digo. – Mas tudo bem, se você diz que não aconteceu nada entre você e aquela garota. De qualquer forma, isso não muda as coisas.

—Ok! – Ele diz.

—Ok – repito. Mantenho o olhar firme no dele.

Tobias fica me olhando fixamente e eu devolvo o olhar, não disposta a demonstrar minha fraqueza.

Pura idiotice minha, na verdade. Por que ele me conhece muito bem.

Tobias estreita os olhos para mim e sorri de lado, eu faço de tudo para não sorri de volta, e consigo. Satisfeita com minha determinação. Ele ri e suspira. Em seguida, ele fecha a distância entre nós e me beija com um aperto de aço no meu cabelo. Eu nem pensei em resistir. Fui pega totalmente de surpresa e senti como se eu tivesse segurado minha respiração por muito tempo, e no momento que seus lábios tocaram os meus, eu pude respirar de novo.

Minha raiva, mágoa, tudo. Saiu pela janela.

Ele parecia sentir o mesmo, pois no momento que eu tentei puxar um pouco de ar com a minha boca, ele aproveitou a abertura para sugar minha língua. E era isso. Eu estava perdida nele.

Enquanto ele mantinha uma mão firme no meu cabelo, controlando o beijo. Sua outra mão estava em todo meu corpo. Até encontrar a bainha do meu vestido e puxá-lo para cima. Sua mão se fechou na minha bunda e ele me puxou contra seu corpo. Eu estava sem fôlego a essa altura. Não pensava direito.

Pude sentir o quanto ele estava duro e gemi em resposta. Ele deve ter percebido que isso era um bom sinal, por que seu beijo ficou mais frenético. Ele estava me devorando e me empurrando contra a parede ao lado do closet. Minhas mãos estavam nos seus cabelos, e eu o puxava para mim e o afastava ao mesmo tempo. Até que ele começou uma trilha de beijos no meu pescoço e eu apertei os olhos, revirando-os.

Aquilo era o céu.

Mas eu precisava ser a razão. A Sophia poderia entrar no quarto a qualquer momento. Sem falar que eu e ele nunca fomos muito discretos. Todos na casa poderiam nos ouvir ou perceber algo estranho no nosso sumiço. Até o Thomas.

—Tobias... – Tentei empurrá-lo para longe, mas ele não parou de beijar meu pescoço. Oh céus! – Tobias...

—Não Tris – sem parar de me beijar, ele foi desamarrando o nó do meu vestido e murmurando contra a minha pele. – Não vou parar. Pare você, de tentar me afastar, você quer isso tanto quanto eu. – De repente ele parou os beijos e pressionou sua testa na minha. Sua respiração ofegante. – Eu te amo, eu nunca quis mais ninguém e eu tô a ponto de explodir aqui. Então pare. Eu não vou deixar você me afastar mais.

—Eu não estou perdoando você... – digo estreitando os olhos para ele. E o desgraçado ainda sorri.

—Tudo bem. Eu vou aceitar, desde que você demonstre sua raiva gemendo no meu ouvido – ele diz. Segurando a parte de trás das minhas coxas, ele me ergue, me pressionando contra a parede. Instintivamente eu coloco minhas pernas ao redor da sua cintura e olho para ele. – Deixe ir Tris... – E me beija de novo. E eu deixo. Deixo ir toda resistência. Minhas mãos vão para suas costas, puxando sua camiseta. Tobias separa sua boca da minha só o tempo suficiente para que eu arranque sua camiseta. Depois volta a beijar meu pescoço, meu queixo, e chega ao meu seio direito, tomando-o em sua boca. Eu já estava quase gritando, e é aí que ele demonstra o quanto me conhece, por que ele volta a beijar minha boca, abafando o meu grito, enquanto eu desabotoo sua bermuda e deixo-a cair o suficiente para agarrar sua ereção e guiar para dentro de mim. No momento que ele me preenche, nossas respirações engatam ao mesmo tempo e ele aperta os olhos, praguejando pra si mesmo e enterrando a cabeça no meu pescoço.

Alguns segundos depois, ele começa a se mover e me perco de novo.

—Merda – ele sussurra. – Desculpe baby, mas eu não vou durar muito hoje. Faz muito tempo e eu não posso evitar. – Eu sinto vontade de rir, mas aí, vem um pensamento me incomodar.

—Tobias, eu... Eu não estou tomando a pílula mais – gaguejo. Ele me olha, a testa franzida e suada.

—Eu não me importo. Se você ficar grávida de novo eu vou ficar muito feliz. – E como na sugestão, ele acelera seus movimentos e eu ofego, querendo mandar ele parar e ao mesmo tempo querendo gritar para ele ir com mais força.

—Mas eu não quero Tobias...

—Shhh Tris, você está falando muito – ele me beija e faz o que eu queria em silêncio. Aumenta a força e me força a calar a boca.

No momento que terminamos, eu já não posso ficar em pé. Simplesmente, minhas pernas não me obedecem.

Tobias conseguiu me manter em silêncio, por isso eu acho que ninguém nos ouviu. Mas eu percebo que a casa está muito quieta.

Sem me soltar, Tobias me leva até o banheiro e liga a água da banheira.

—Não vou tomar banho de banheira Tobias – digo. Sentada na borda da pia, onde ele me colocou.

—Por que não?

—Você está brincando? Temos duas crianças lá embaixo e você quer ficar na banheira? – ele ri.

—Anna me disse que ia levar eles ao parque, no final da rua – ele inclina a cabeça para o lado. – E pelo silêncio que está aqui, acho que eles não voltaram ainda.

Eu rio. Anna é uma espertinha.

Tobias me vê sorrindo e se coloca entra minhas pernas, segurando meu rosto entre suas mãos. Percebo então, que ele colocou de volta sua aliança. Ele me vê olhando e suspira, procurando meus olhos.

—Por favor, Tris, me perdoa por seu um idiota com você. Me dê uma chance. – Se inclinando, ele dá um beijo leve nos meus lábios e se afasta para ver minha resposta. Mas eu não lhe dou uma. Pelo menos não com palavras. Ao invés disso, eu passo as minhas mãos por suas costas nuas e o abraço apertado. Sentindo seu cheiro que eu tanto amo. O sinto relaxar depois disso. E sem dizer nada, ele me levanta e me coloca na água morna da banheira, depois se senta atrás de mim e começa a lavar meus cabelos.

Me levando de volta a um tempo onde não tínhamos preocupações. Onde tudo era mais fácil.

Eu estava em paz.

Só esperava que continuasse assim...

Infelizmente, eu não tinha tanta sorte.


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Notas finais do capítulo

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