Aluga-se um Homem escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 8
Somos monstros


Notas iniciais do capítulo

Olá..espero que gostem do novo capitulo e fiquem ligados pq só falta 3 cap para a fic acabar :(

bjs



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Eu não fazia ideia do que estava fazendo naquele instante. Eu, Natasha Romanoff, a mulher mais fria que alguém já virá, encontrava-se parada na recepção esperando Bruce Banner. Qual era o meu problema?

Simplesmente não conseguia tirá-lo da cabeça, não depois da nossa ultima conversa e ele me contar um pouco do seu passado, mesmo que eu já soubesse tudo.

Todos que passam pela recepção me olham como se soubesse de algo e no instante em que Loki, o homem mais fofoqueiro do mundo sorri e anda em minha direção, eu soube que aquela noite acabaria muito mal, para ele é claro.

―Romanoff – a voz dele inconfundível preencheu meus ouvidos. Esboço um sorriso falso, completamente convincente, e o encaro – Esperando o seu amor? Se bem que estou em duvida. Barton ou Banner?

Meu autocontrole sempre aparece em momento como aquele. E eu agradecia aos céus por conseguir me controlar.

―Sobre o que está falando, Loki?

―Sobre o que todos comentam, é claro. Que a temida viúva negra anda procurando uma nova vitima após Barton se libertar.

―Viúva negra? – não escutara aquele nome por muito tempo. Desde que comecei a trabalhar para o Stark. Não consigo entender como eles puderam descobrir.

―Os segredos de todos são fáceis de achar, ou melhor, desencavar – ele sorri corajosamente.

Eu quero mata-lo lentamente. Quero vê-lo gritar de dor.

―Deve estar imaginando meios de me matar.

―Não preciso imaginar para isso, Loki. Posso mata-lo sem pensar muito, basta querer – respondo fria segurando o riso ao vê-lo ficar pálido. – Deveria viver mais a sua vida, todos sabem sobre sua paixão platônica por Thor.

―Ele é meu irmão – a sua voz transmiti nojo. – e homem.

―E dai? – dou de ombros ao encará-lo – O único que gosta de boatos é você. Esse boato pode surgir também.

―Que tipo de pessoa faria isso?

―O mesmo tipo que esta disposta a te matar – respondo com calma tentando não gargalhar diante do desespero dele. Loki nunca encontrou alguém que o desafiasse assim, pois todos o temiam de alguma forma. Um homem capaz de descobrir os podres de qualquer e usá-lo para se beneficiar, esse era Loki. Um verdadeiro deus da trapaça.

―Banner não deve saber o tipo de pessoa que és. Eu deveria fazer o favor e contar toda a verdade para ele, não? – sua voz retorna a pretensão. Sinto minhas mãos avançando levemente. Eu estou prestes a estrangulá-lo.

Dizem que os céus costumam ouvir nossas preces. Apenas rogo para que ninguém descubra que o matei. Isso seria muito bom.

―Quanta animação, Loki – a voz firme do fofo, me faz olhar para frente. O simples olhar dele faz com que eu fique mais calma e controlada. O que ele tem que me faz sentir dessa forma? – Desculpe a demora, Nat – o fofo fala ao me abraçar, sem importar-se com o olhar abismado de Loki. Bruce é com certeza um espécime raro. Sem perceber acabo sorrindo – Vamos, Nat? – Bruce me desperta de minha loucura. Eu confirmo, enquanto sou guiada pelo estacionamento – Ele estava te importunando a muito tempo?

―Não, eu que estava prestes a estrangulá-lo – admiti sem um pingo de vergonha. Aposto que todos querem mata-lo. Bruce gargalhou antes de confirmar.

―É o sonho de todos e até do irmão dele, tenho certeza.

―Conhece Thor?

―Sim – responde evasivamente. Thor deve fazer parte de algum outro segredo dele. Quantos segredos um homem deve ter afinal? – Ele é uma boa pessoa.

Não digo nada. Não quero estragar aquele momento de paz com desconfiança ou obriga-lo a contar algo que não queira. Não mais.

―Não deveria se sentir assim – sou surpreendida com o seu toque em meu rosto – Se está curiosa pode perguntar – ele diz com tranquilidade.

―Tem certeza? – minha voz insegura me constrange. Apenas ele me faz ficar daquela forma.

―Claro – e ele sorri tão docemente que acabo o abraçando. Sinto o seu corpo próximo ao meu. A batida do seu coração começa a acelerar-se. Seu cheiro me deixa inebriada. – Deveríamos parar de nos beijar no estacionamento.

―Mas, não estamos nos beijando – esclareço confusa.

―Não ainda – ele diz antes de me beijar. Seu beijo começara a tornar-se ardente como se buscasse afundar-se em mim. Desaparecer junto comigo. Nossa respiração está ofegante quando ele se afasta fazendo um, singelo, carinho em meu rosto com a sua mão. Uma mão capaz de trazer tanta dor também era capaz de levar carinho as pessoas. Sem pensar me vejo segurando a sua mão, e beijando-a calidamente. Ergo meus olhos, sorrindo ao ver a expressão envergonhada dele.

―Não sabia que ficava constrangido por algo simples – digo sorrindo ainda segurando a sua mão.

―Isso..só acontece com você – confessa ainda mais vermelho. Ele é definitivamente o homem mais fofo que já encontrei em minha vida. O abraço novamente antes de sussurrar em seu ouvido.

―Deveriamos ir para a sua casa? – sinto o coração dele acelerar-se, e quando imagino que ele vai sorrir, ele me afasta. – O que foi? – não sei por qual motivo, mas sinto meu coração despedaçar-se. Ele havia me rejeitado.

―Nat, eu..não posso – murmurou sem graça tirando suas mãos de mim.

Parece que não tenho sorte.

Suspiro antes de esboçar um sorriso.

―Tudo bem, Bruce, eu entendo – minto obviamente. Não faço ideia do motivo dele, mas prefiro não pensar nisso, não ate chegar em casa e beber algumas taças de vinho. – Então vou para casa – lhe dou as costas segurando a raiva que insiste em amargar a minha boca. Não consigo ser rejeitada? Todo mundo é rejeitado alguma vez na vida. Supere, Romannof. Ando a passos rápidos ate a minha moto, estacionada sempre no mesmo lugar, mas simplesmente não consigo. Algo me impede de colocar o capacete e me afastar dali.

―Natasha – a voz de Bruce consegue tirar-me dos devaneios insanos de minha mente. Tento não olhar para atrás ao responde-lo – Eu.. não posso, mas não é por sua culpa.

Sorrio sem perceber.

Qual o maldito problema dele?

―Você gosta de alguém? – me vejo perguntando como uma adolescente que acaba de ser rejeitada.

―Não – ele responde friamente. Ainda não tenho coragem para encará-lo. –Eu só não quero machuca-la – diz contra a sua vontade. Eu percebo.

Me viro e enfim encaro-o. Não sinto compaixão pela sua expressão triste e nem por perceber que ele se ressentia de algo.

―Isso cansa, Banner – acabo falando impaciente – Cansa sempre escutar a mesma resposta todas as vezes. Façamos assim, você continua sendo meu falso namorado até o casamento do Barton, e vamos parar com isso. Estou farta de ser tratada como uma fraca. Ele me tratou assim e agora você. Eu sou forte. Sou chamada de viúva negra, e sabe o motivo? Por que já matei pessoas, Banner. E você diz que não quer me machucar? – lhe dou as costas ao perceber que havia falado demais – Vamos apenas continuar até o casamento – falo decidida ao colocar o capacete e subir na moto. A chave já esta na ignição quando percebo que ele se mantem parado em frente a moto. Isso não seria problema, já que poderia dar ré – O que deseja, Banner?

―É Bruce, droga – gritou irritado. Seus olhos vermelhos faziam um contraste interessante com a sua postura. Ele parece prestes a bater em alguém. Seria eu?

―Bruce então. Qual o problema? – volto a perguntar sem mover um centímetro.

―Somos horríveis – ele diz ao me olhar – Somos destrutíveis, problemáticos e perigosos – concordo ao acenar com a cabeça – então porque estou tão preocupado com você comigo? Por que não quero machuca-la e te afastar de mim.

Ok!

Estou comovida. É oficial.

Retiro o capacete e o olho sem saber o que dizer.

―Não quero dormir com você por ser selvagem na cama. Não consigo me controlar – confessa com os olhos vermelhos e seu rosto corado – Sou um monstro. Já machuquei as mulheres com quem dormi. Todas me chamavam da mesma forma. De monstro.

Compreensivel. Quando todos dizem que você é um monstro o que lhe resta fazer é acreditar nisso.

Saio da moto e paro em sua frente.

―Idiota – falo antes de agarrá-lo. O nosso beijo não é nada sentimental. É selvagem, perigoso e excitante – Você nunca vai conseguir me machucar, Bruce. – digo ao olhar em seus olhos – e se isso acontecer qual o problema? Machucados se curam, e você não é do tipo que faria isso por querer. Agora podemos ir para a sua casa?

―Você é um problema ruiva – ele fala ao concordar. Aquela foi a primeira vez que ele me chama assim.


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