Akai Tsuki escrita por Fada Dos Tomates


Capítulo 8
Minha Adorável Yandere Ciumenta


Notas iniciais do capítulo

Perdoem-me por não ter postado sexta, fiquei com preguiça de digitar hehe. Sem lutas por hoje, mas tem algumas intrigas entre a Fukawa/ Kiyoko e a Dely. Esse triângulo amoroso ainda vai longe. As duas vão brigar muito.



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Sinto que já voltei, mas fico de olhos fechados. Ainda posso sentir os lábios carnudos e gostosos de Fukawa, porém sinto algo mais. Há lençóis fofos e macios embaixo de meu corpo, claro, estou numa cama. Sinto também alguma coisa em cima de mim se mexendo de forma estranha... Espera! Como posso sentir?

Abro os olhos e tomo um susto.

Empurro a silhueta de Fukawa somente com roupas de baixo atordoado. Sim, ela está de roupa íntima e estava em cima de mim. Mas o mais estranho é que podíamos nos tocar.

–Ah... Eh... Fukawa? – engasgo desviando o olhar de seu corpo exposto.

–Hitasura-kun... quer dizer... Kori – ela se encolhe toda envergonhada – Como?

–“Como” digo eu! Como estamos conseguindo nos tocar? E por que você está com essas roupas? – pergunto.

–Foi você quem a despiu! – vejo Dely sentada no chão sem olhar para nós, está com roupas novas e de braços cruzados emburrada.

–Que foi que aconteceu comigo? – indago sem compreender nada.

–Minha irmã estava prestes a devorar seu pecado, não tenho como explicar, só sei que quando ela faz isso a pessoa fica desesperada e enlouquece. Parece que ela tira as emoções das pessoas, ou algo parecido. Mas eu a impedi – conta ela – Acontece que você ficou preso em sua consciência. O resto a Inazuma terá de explicar, pois foi ela quem entrou em sua mente. E por que a estava despindo?

–Eu não... – fico todo vermelho e resolvo mudar de assunto – Como consigo sentir as coisas novamente? Não sou mais um espírito?

Dely me olha e vejo o quanto está exausta. Mas por quê?

–Para recuperar uma vida é preciso outra vida... – ela se levanta cambaleante. Penso em Tatsuya. Cadê ele? – Você não está totalmente vivo, usei um pouco de minha energia vital para revivê-lo temporariamente, felizmente seu organismo reagiu bem. Porém estou debilitada e você só poderá ocupar esse corpo por três dias, temos que ser rápidos e salvar Chiyo.

–O mundo é prioridade – diz Fukawa – Temos de derrotar sua irmã antes que ela abra o portal e os Oni se libertem.

–Quem é você para me dizer o que fazer sua incestuosa?! – rebate Dely.

Todos se calam.

Os olhos de Fukawa começam a se encher de lágrimas e ela se esconde de vergonha.

–Como assim “incestuosa”? – me arrisco a perguntar.

–Você não sabia? – questiona Dely rindo – Ela e seu irmão cometeram incesto um tempo atrás.

Fico tonto com a revelação, então ela e Tatsuya...

–Nós éramos tolos e curiosos, queríamos saber como era e... Nunca mais o faremos de novo! Foi uma tolice! Desculpa Hitasura-kun!

–Já disse pra me chamar de Kori – relembro – E por que está se desculpando comigo?

–Ora, você não sente que é meio sujo namorar com uma garota impura?E além do mais... Incestuosa.

–Cala a boca Inazuma! – Dely se altera – É claro que o Kori vai te odiar!

–Não, eu...

Alguém faz barulho e nos desviamos da discussão, vemos Tatsuya caído no chão inconsciente e sangrando.

Enquanto Dely e Fukawa o tratam fico pensando nos inúmeros problemas que devo enfrentar. Além de salvar Chiyo e o mundo, tenho de decidir o que fazer com Fukawa, mas sinceramente não posso amá-la por três dias pra tudo acabar em mágoa e sofrimento depois. Também preciso descobrir quem me deu força e coragem antes. Pensar em como derrotarei Tsumi e descobrir o que aquele outro eu quis dizer, se bem que eu nem sabia o que fazer para ajudar o garoto do espelho... O garoto! Esqueci dele de novo! O que será que houve? Ele morreu?

Sinto-me culpado, devia ter lembrado dele, mas eu estava tão desorientado com Fukawa e a voz e os novos “poderes”. Ah, sempre esqueço que tenho de desempenhar o papel de herói!

“Você fala como se fosse um árduo e injusto cargo” ouço Kasai, como se minha mente tivesse projetado um mecanismo Lembre-se de sua missão.

–Kasai, eu não consigo salvar todo mundo. É difícil demais! – resmungo sozinho – E o que eu ganho com isso?

“Ser um herói significa ser alguém importante. Você consegue o coração das pessoas ajudando-as. E você quer ser digno do coração de Fukawa, não é mesmo?” retorna a voz.

–Mesmo que eu seja digno dela, só vou me ferrar, e ferrá-la também – sinto raiva de mim mesmo – Estou morto, não posso amar uma pessoa viva! Só vou piorar tudo!

“As escolhas mudam nosso destino, aproveite os poucos bons momentos ao máximo. Você tem pouco tempo”

–Eu sei – concordo.

–Nii-chan! – Fukawa chama o irmão que já está abrindo os olhos atordoado.

–Ele estava muito ferido? – indago me aproximando de Dely.

–Não, só tina alguns cortes – nega ela ofegando, percebo que está tremendo – Tsumi drenou um pouco de sua força vital, mas não muito...

Ela tropeça e cai por cima de mim, nos sustento para não cairmos no chão, vejo o quanto Dely está quente.

–Você está fraca, e com febre – alerto – Melhor descansar.

–Não, não, não! – ela faz birra – Preciso salvar Chiyo!

Aperto seu braço para parecer autoritário, Dely continua relutando e choramingando, parece uma criança.

–Deixa Kori – Fukawa segura minha mão e me puxa tentando me afastar de Dely – Se ela morrer vai ser melhor para nós, não terá nenhum empecilho em nosso romance e será mais fácil derrotar Tsumi sem seu amor fraterno.

–Cala a boca, sua incestuosa! Vai namorar ser irmão e não o Kori! Ele vai virar um espírito depois mesmo! – retruca Dely.

–Ele é... – Fukawa começa sua transformação -... MEU!

Antes que eu possa fazer alguma coisa ela investe contra Dely e as duas são atiradas longe, colidindo com a parede.

–Dely! Fukawa! – corro até a parede destruída e as encontro nos escombros.

Fukawa está em cima de Dely enforcando-a.

–Pare Fukawa! Dely não pode lutar, ela está fraca! – puxo Fukawa pelo braço.

Ela luta, mas a afasto de Dely que está sangrando e bufando de raiva no chão.

–Fukawa! Dely está com febre, pode até morrer se você feri-la! – aviso.

–Que bom! Isso seria ótimo! – ela me agarra – Deixe-a de lado Kori! Você tem a mim! Nesses três dias, esqueça ela, esqueça tudo e entregue-se a mim...

Afasto me dela e de seus toques persuasivos. Essa não é a Fukawa que eu conheço, ela não faria coisas assim. Será que está tão loucamente apaixonada por mim pra tentar me encantar dessa forma?

–Kiyoko – chama Tatsuya despertando.

–Nii! – Fukawa vai correndo até ele.

Ajudo Dely a se levantar antes que Fukawa volte e me impeça. Dely me segura fortemente e murmura em meu ouvido:

–Vamos fugir.

–Não – reluto.

–Inazuma é só um atraso de vida, precisamos salvar Chiyo!

–Mas... – penso um pouco.

Eu não queria mais um desgosto para Fukawa, mas seria uma ótima oportunidade para fugir dos problemas que tenho com ela e meus sentimentos. Depois eu poderia colocar a culpa em Dely.

–Vamos Kori – suplica ela.

–Tudo bem – aceito.

Ela sorri e me puxa pela mão. Corremos pra longe e fico sem saber pra onde ela quer ir até chegarmos perto de uma janela. Ouço Fukawa gritar:

–Não! Você não vai roubar o Kori de mim novamente! Sua demônia!

Dely ri com sua melhor expressão psicótica e nós dois quebramos os vidros voando pelo céu anoitecendo para algum lugar desconhecido. Sim, voamos. Fukawa fica berrando na janela como se o mundo tivesse acabado.

–Isso não vai ficar assim Hiiro! Sua maldita! Quando eu te pegar vou matá-la! Você está morta! Mor-ta!

–Vamos ver quem morre primeiro – sussurra Dely sorrindo.

Ótimo, temos mais essa briguinha das duas agora! Como eu posso ser tão amado por uma garota se nem me importo com ela? Talvez a culpa seja minha por tê-la beijado antes em minha “consciência”. O que eu estava pensando quando fiz aquilo? E Fukawa é tão louca que pensa que pode me perder para Dely. Se eu nem gosto dela, como poderia gostar de uma louca como Dely? Bem, meu coração me diz outra coisa...

Começamos a voar em frenesi, Dely está perdendo o controle.

–Algum problema? – questiono.

–Não, não. É que... É que... – ela está quase desmaiando.

–Dely, aguente firme senão vamos cair! – peço olhando pra baixo e me apavorando com a altura.

–Kori... Kori eu...não...

Começamos a despencar, entro em pânico e me esqueço que agora as pessoas podem me ver e me ouvir.

–Dely! Acorde, sua idiota! Você vai morrer! Eu vou morrer! De novo! – grito agarrado a ela.

O chão vai se aproximando e meu coração quer parar antes de colidir com ele, para que eu vire um espírito e não sinta isso. Fecho os olhos e aperto Dely mais forte, como se esperasse que ela pudesse me proteger da queda.

Então o vento que levantava meus cabelos para, não estamos mais caindo e, sim, flutuando. Não entendo como isso aconteceu. Até que aparece um garoto com um sorriso enorme no rosto e uma roupa que lembra roupa de super-herói.

–Aê gente! Riki chegou para salvar o dia!


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Notas finais do capítulo

Quem será esse Riki? O que será que está acontecendo com a Dely? E o que eles encontrarão quando forem salvar Chiyo?
Meu amigo Wellington, que é um grande fã de minhas fic pediu pra entrar na história, e aí está ele. Riki é um pouco engraçado, mas quando a coisa fica feia ele luta sério.
Esperem só para os próximos caps, uma coisa incrivelmente inesperada acontecerá.



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