Bellarke - The Wedding escrita por Commander


Capítulo 18
Lost Children


Notas iniciais do capítulo

Heeeey gente!
Então, como bellarke não tá passando por um momento bom na série (como sempre) eu me recuso a postar capítulo até meu ship acontecer. Mentira, isso levaria muito tempo huehuehue

Vamo lá, esse capítulo tem música (uhuul). No pov da Octavia a música é Can't Be Tamed, da Miley Cyrus. E no pov do Bellamy é two pieces, da Demi Lovato *u*

Essa two pieces é bem fofinha e encaixa totalmente no pov dele. Aqui um pedaço da tradução:

.
Somos apenas crianças perdidas
Tentando encontrar um amigo
Tentando achar o caminho de volta para casa

Não sabemos para onde ir
Então vou me perder com você
Nunca vamos desmoronar
Porque ficamos bem juntos, ficamos bem juntos
Estas nuvens escuras sobre mim, fazem chover e fogem
Nunca vamos desmoronar, porque ficamos bem juntos
Duas partes de um coração partido

Sei onde poderíamos ir
E nunca nos sentiríamos decepcionados novamente
Podemos construir castelos de areia
Vou ser a rainha, você vai ser meu rei
.

Bom, já que tá ruim pra bellarke, é só eu falar que essa fic foi inspirada no livro (onde eles são canon) que tá tudo certo, vou ser iludida mesmo hahaha Beijos :*



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Octavia

Octavia já havia terminado uma garrafa inteira de alguma bebida com gosto esquisito e amargo, que agora dominava toda a sua garganta.

  Ela, Lincoln, Jasper e Raven estavam em uma festa, na boate conhecida por todos ali como "Inferno". Já dava para imaginar o lugar como era, certo? As poucas luzes que jaziam no teto piscavam em conjunto com uma música agitada, todos ali pareciam completamente chapados e era isso que tornava tudo perfeito.

— Chegou no limite, Raven? – Octavia perguntou, envolvendo o pescoço da amiga com os braços e sorrindo.

If you gonna be me man, understand... I can't be tamed. – ela cantou, visivelmente alterada, girando pela pista de dança. Aquele pedaço da música significava "Se você vai ser meu homem, entenda: Eu não posso ser domada".

— Se tira a texana do Texas, mas não se tira o Texas da texana... – Octavia falou, soltando uma risada, quando a amiga levantou uma taça em resposta.

   Dançou mais um pouco com a amiga, antes de sentir tudo a sua volta girar, enquanto ela procurava por algum rosto conhecido naquela multidão. Depois de muito esforço para chegar na parte mais iluminada e menos cheia, conseguiu ver Lincoln, parecendo se esforçar para falar com alguém no telefone, em meio a música e toda a gritaria.

     Pelo jeito que ele desligou o telefone e colocou no bolso de volta, antes que Jasper, que estava sentado ao seu lado, visse, então ele também não contaria para ela. Então, ela tinha duas opções: Ou deixava o namorado quieto, afinal não era problema dela e espionar as pessoas é errado, ou... Nah, a segunda opção era bem mais divertida e muito mais a cara dela.

   No final da festa, Octavia e Lincoln foram para o quarto hotel do moreno, já que Clarke havia saído e Lexa estava presa no trabalho, e Raven foi dormir na casa de Jasper, já que Bellamy disse que queria ficar sozinho naquela noite.

   Então, Lincoln carregava Octavia pelo hotel até o quarto. A Blake não estava tão bêbada assim, isso tudo era parte do plano, certamente não precisava ser carregada, mas ela também não queria andar até o quarto.

  Ela viu que ele deixou o celular sobre a cômoda, perto da porta, antes de finalmente colocar a Blake no chão.

— Quer saber? Eu... Eu estou com um pressentimento ruim sobre toda essa coisa de casamento. – Lincoln falou, acendendo as luzes, quando a morena se largou no sofá do quarto. – Acha mesmo que devemos ir? 

— Bom, eu não sou a fã número um do casal "Clexa". – Octavia ironizou, fazendo aspas com os dedos. – Mas, é claro que devemos ir, Clarke é a minha melhor amiga, é um momento importante e eu quero passar isso com ela. Por que logo você não ia querer ir? Lexa é sua irmã.

  Ele balançou a cabeça, como se dissesse "deixa pra lá" e foi até o banheiro. Minutos depois, o barulho da água cair do chuveiro cortou o silêncio e Octavia soube que ela tinha tempo para pegar o celular do namorado.

  A morena foi até a cômoda e pegou o celular, indo direto para a caixa de mensagens. Ela viu que havia uma mensagem na tela, que provavelmente ele não tinha visto na boate, que coincidia com a mesma hora que eles estavam saindo de lá, de Anya:

   Você lembra do que David disse, no último dia? Quando a merda fica maior que o gato, a gente se livra do gato. E aí, pronto pra agir ou vai deixar a merda vazar?

  De qualquer jeito, eu já consegui a minha parada.

Octavia franziu a testa, confusa. O que estava acontecendo? Isso tinha alguma coisa a ver com o "mau pressentimento" de Lincoln? Quem era David? Que tipo de frase era aquela? Que "parada" seria essa que Anya havia arrumado? E onde estava ela agora?

  Ela não via Anya há um tempo e, de repente, ela manda uma mensagem como essa. Octavia nunca encarou a outra como uma boa companhia, ou algo assim, então talvez essa "parada" fosse algum tipo de droga? Muitas dúvidas passavam por sua cabeça e alguma coisa a dizia que, se ela não resolvesse ou questionasse aquilo logo, alguma coisa muito ruim iria acontecer.

 

(X)

Bellamy e Clarke

  As roupas de Clarke estavam completamente encharcada por causa da chuva, o que fazia a loira tremer levemente. Ela o encarava intensamente, como se estivesse arrependida de ter chegado ali daquele jeito.

— Eu posso entrar? – perguntou.

— Não. – Bellamy falou, contrariando sua própria vontade, fechando a passagem dela. Ela o encarou, boquiaberta. – Você pode ir embora. São duas horas da manhã.

  Ele queria mais que tudo deixá-la entrar, mas sabia o que iria acontecer, se o fizesse. Nada que os dois fizessem ali ia mudar o fato de que, no final do dia, era sempre pra Lexa que ela voltaria. Não fazia sentido pensar diferente, então Bellamy manteve uma distância dela.

   Ele esperou que ela dissesse alguma coisa depois daquilo, mas a loira parecida hipnotizada. Ela o olhava como se estivesse em transe ou, numa visão mais radical, como se tivesse saído de um.

— E você veio aqui por...? – ele franziu a testa, não querendo prolongar aquela conversa de jeito nenhum.

— Não terminamos nossa discussão. E eu não acabei de falar. – ela falou, parecendo mais firme. Mesmo que ele tivesse negado, a loira entrou no apartamento, cruzando os braços. – Queria ter vindo antes, não pense o contrário, é que fiquei presa em um evento com a Lexa.

Ele soltou uma risada sarcástica, balançando a cabeça:

—Porque essa é você agora, certo?

— O que quer dizer com isso?

— Você. Andando por aí, atrás da sua mulher como se não quisesse nada melhor pra fazer, indo a todas essas merdas do exército que Lexa pede que você vá, mas claramente você não quer ir. Toma remédios controlados para dormir porque coloca toda a pressão de um casamento inteiro, que claramente não está pronta para ter, em cima dos próprios ombros. Briga com uma amiga de infância, porque falou o que queria e ouviu o que não queria. – Bellamy olhava para ela como se estivesse decepcionado com o que ela havia se tornado. Clarke fechou os olhos, ouvindo aquilo em silêncio. – Olha, eu nem te reconheço mais.

     Clarke odiava quando ele falava daquele jeito. Era como se ele quisesse culpá-la por tudo, como se apenas ela tivesse mudado, como se ele fosse a única pessoa autorizada a ter crises. Ela havia mudado, tudo bem, mas desde quando isso é necessariamente ruim?

— Talvez essa seja quem eu sou agora! – ela disparou, na defensiva. – Olha, o mesmo cara que me disse que nunca se envolveria com uma garota seriamente, acabou de arrumar uma namorada! Ou vai me dizer que a Gina não significa nada para você?

— Não do jeito que a Lexa significa pra você.

— Exatamente. – ela falou, mesmo que sentisse um enorme buraco no peito. – É melhor você se acostumar com isso.

 Ele revirou os olhos:

— Veio aqui só pra esfregar na minha cara que gosta dela? Sério?

— É claro que não. Você mal lembra que eu existo, não responde minhas mensagens, nunca mais nos falamos e, quando fazemos, é pra brigar. – ela suspirou, como se estivesse cansada de tudo aquilo. Bellamy abaixou a cabeça, compartilhando do sentimento. – Olha pra mim. Caramba, será que você não vê que eu estou tentando? Não é fácil, minha vida e minha mente estão uma loucura agora, mas eu não quero sair da sua vida assim. Eu nem mesmo sei o que faria sem você.

— Eu entendo isso, Clarke. Mas deixar as coisas como estão agora não é justo comigo. Você sabe que eu menti sobre o elevador, mas também já entendi que não tem nenhum jeito seguro de isso dar certo, eu e você... Nós nunca vamos ficar juntos. Eu quero ficar com a Gina, quero seguir em frente... Por que você simplesmente não deixa? Por que sempre acaba voltando e fazendo eu ficar mais confuso ainda?

— Porque eu não quero te perder. E-Eu sei que não tenho direito nenhum de ficar reaparecendo na sua vida sempre que eu quero, muito menos fazer todas as coisas que eu faço e esperar que você fique bem com elas. – ela fez uma pausa, desviando o olhar. A garota tinha lágrimas nos olhos, cada vez que olhava para ele. – Raven me contou sobre a Gina, sobre vocês dois, sobre o quanto você deve estar feliz com ela... E provavelmente agora você nem me ama mais, só que... Mesmo sabendo que não devia, eu odeio cada parte disso, eu odeio o fato do meu casamento ser daqui a uma semana, eu odeio a sua namorada e, mais do que isso, eu me odeio por saber que é tarde demais para dizer isso.

— Clarke, eu ainda amo você. Eu... Nunca parei, na verdade. – ele resistiu a todos os impulsos que o mandavam puxar a loira para perto e beijá-la, porque sabia exatamente como aquilo ia terminar no dia seguinte. – Mas isso não muda completamente nada, você ainda vai se casar com outra pessoa. Devia ir para casa.

  A loira se sentiu completamente vazia, quando caminhou em direção a porta. Ela parou de andar por um segundo e se virou novamente, correndo para abraçá-lo, como se fosse a última vez. Ele hesitou em abraçá-la de volta, mas, como sempre, acabou se rendendo e recebeu a garota nos braços, a segurando com força contra seu peito.

  Ela amava tanto aquela garota que começara a machucar. Cada vez que olhava para ela, falava com ela, a abraçava, ou até mesmo vendo ela com a Lexa... O machucava quase fisicamente. Era uma dor que ele não desejaria ao seu pior inimigo e o único jeito de acabar com a dor era mandar ela embora.

Quando eles se separaram, Bellamy fechou os olhos e repetiu:

— Você devia ir para casa.

    Ela contornou seu pescoço com os braços. Fez movimentos com seus dedos no rosto do mais velho, colando sua testa na dele e respondeu:

Você é a minha casa.

  E aquilo foi tudo que ele precisava para puxar a loira para perto e beijá-la.

   Aquilo foi meio que um choque para os dois, porque eles achavam que hoje seria o fim definitivo de um relacionamento que eles nem sequer começaram.

       Ele colocou sua mão na cintura da mais nova e a puxou mais para ele, enquanto ela entrelaçava as mãos em seus cabelos castanhos, sempre bagunçados. Teve que levantar os pés para conseguir beijá-lo. O ar foi faltando aos poucos e eles tiveram que se separar. Mas não por muito tempo, logo estavam em um beijo mais voraz, suas línguas em perfeita harmonia. 

   O Blake percorria as mãos pelas costas dela, sem pressa demais com o momento. Clarke fechou a porta atrás de si, finalmente entrando no apartamento, pouco antes de Bellamy colocar a garota contra a parede. Os dois se beijavam ferozmente como se estivessem querendo aquilo há muito tempo e, bem, realmente estavam.  

   O beijo desajeitado, a respiração ofegante, cada minuto, ela queria que aquela noite fosse eterna. Ela não pensou em nada quando começou a tirar a camisa. Esqueceu sobre Lexa, sobre o casamento, sobre qualquer problema que ficasse atrás daquelas portas. Quando ela o puxou para o quarto, pensou nele e apenas nele. 

   Ela segurou em sua nuca, beijando o moreno com toda a vontade que tinha, uma vez que estava sentada em seu colo. Era uma decisão que ela sentia que não se arrependeria depois, era uma coisa que ela realmente queria. 

     Ele percorria a mão por suas coxas lentamente, puxando a loira mais para o seu colo. Ela olhava atentamente cada movimento que ele fazia, enquanto passava as mãos em suas costas, alcançando o fecho de seu sutiã. Deitou a garota na cama devagar, ficando por cima. Beijava seu pescoço e seu maxilar, deixando algumas marcas em sua pele pálida.

As mãos dela percorriam cada parte do corpo descoberto do outro lentamente, como se não pudesse desviar a atenção. 

   Obviamente, não era a primeira vez de nenhum dos dois, mas iam devagar como se fosse. Sem pressa nenhuma com nada, fazendo cada momento valer como se fosse o último que passariam juntos. E, tudo bem que os dois compartilhavam o mesmo medo, de ver qualquer pessoa se resolvendo e eles acabarem sozinhos, mas... Se tinha uma coisa que dois não estavam, essa coisa era sozinhos.


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