Super Onze:Amizade vs Ódio escrita por DennisonBMS


Capítulo 11
A Chama Arde


Notas iniciais do capítulo

Esqueçam o que eu disse nos comentários do capítulo anterior, a fic ficaria super apelativa então resolvi mudar o capítulo. Apelativo não é o meu objetivo, meu objetivo é deixar a fic o máximo possível parecida com o anime, espero estar conseguindo!
Boa leitura (^-^)V



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            Tóquio...

            —Então Rikki é um fanático pela Raimon... —Propôs o diretor Souichirou, de dentro da limousine—, pelo menos é a resposta mais viável.

            —Então o que explica ele também estar nos jogos do Inazuma Japão? —Questionou Natsume, fuçando os documentos, cansada.

            —Poderia ser um admirador de algum dos jogadores da Raimon que foi para a seleção.

            —Endo...

            “Triii, triii!!!’ Era o celular de Natsume, Fuyuka mandara um torpedo peculiar: apenas um emoji que fazia com que o celular dos outros vibrasse, mas queria dizer muito mais do que aquilo. Natsume olhou desesperada para seu pai.

            —Fuyuka precisa de ajuda! Ela está em Fukuoka, investigando o paradeiro de Rikki e da Apocalipse, provavelmente ela os encontrou. Preciso que chame a polícia, pai!

            —Ok —Respondeu Souichirou, colocando o celular no ouvido, após digitar três números—, ela não deu maiores informações? —Questionava, enquanto ninguém atendia.

            —Só disse que estaria em Fukuoka, mais precisamente em Yokato, e que se tivesse algum imprevisto, mandaria esse torpedo.

            —Pera...Yokato não é a escola daquele goleirinho, o.… esqueci o nome do guri...

            —Tachimukai —Respondeu Natsume—, mas também foi a escola em que o avô do Endo começou a jogar futebol, inclusive deixou um de seus livretos lá... o interessante é que aqueles alunos são fãs do Endo.

***

Inazuma, hospital...

            Era a décima quinta vez que ele ia visitar Endo no hospital, dia após dia, e sua mãe sempre estava lá, olhando para o filho, desamparada, cansada e sem energia. Naquele dia o pai do menino também estava lá, abraçado com a mãe. Os dois ergueram os olhos quando Kido entrou no quarto após pedir licença.

            —Os médicos disseram que na tarde de ontem ele se moveu —Disse a mãe—, viram pelas câmeras. Disseram que não vai demorar muito agora para ele acordar... —seus olhos começaram a ficar úmidos novamente, e ela fungou.

            —Kido —Agora dissera o pai—, sei o que os médicos disseram sobre ele não poder mais jogar futebol como antes, mas quero que me prometa: fará com que ele sinta que está jogando futebol como antes.

            —Eu prometo que... —Olhou para o Endo mais uma vez, em sono profundo— ele voltará a jogar futebol como antes, sim.

***

Fukuoka, bosque...

Os outros vieram rapidamente depois que Rikki havia dito aquilo, como se estivessem espiando aquilo a todo momento. Chirapa e mais alguns jogadores da Armageddon vieram de encontro com Rikki e Fuyuka. Um jogador agarrou as mãos da menina e os puxou para trás, a prendendo. Estava ali há quase quinze minutos, tentando se soltar e pedindo para que Rikki os fizesse parar, mas ele estava de costas, olhando para a vista do bosque, com as mãos nos bolsos. Calmo e relaxado, como sempre parecia estar.

            —RIKKI, POR FAVOR!!!  

            —CALADA!!! —Gritou Chirapa, dando um tapa na sua cara enquanto outro jogador a segurava por trás, não a deixando se mover— Como ousa falar com Rikki deste jeito?

            A menina se calou e começou a chorar. Todos os outros jogadores começaram a gargalhar, exceto Rikki, que tinha toda a sua atenção tomada pela paisagem, quase como se não tivesse percebido o ato de violência. Mas percebeu.

            —Você é muito ousada, sabia, Fuyuka? Pode ter certeza que seu pai saberá disso... da pior forma possível.

            —MEU PAI NÃO!!!

            —CALADA!!! —Gritou Chirapa, disparando mais um tapa, desta vez com as costas de sua enorme mão.

            Rikki virou-se para a menina, deixando a paisagem de lado.

            —A quem você ama de todos os jogadores do Inazuma Japão? Deix-me adivinhar: ama a todos. Eu os feri, Fuyuka, o que você sente quanto a isso?

            —Ódio, Rikki, eu sinto ÓDIO!!!

            Rikki sorriu, mas o sorriso se fechou com um som distante de aproximando: o som de sirenes. O menino olhou de esguelha para os outros jogadores, e todos fugiram dali, deixando Fuyuka sozinha, desolada naquele lugar.

***

            Inazuma, hospital. Três dias depois...

            —Endo, decidi que farei com que todos voltem a treinar. Eles estão quase mortos naquela casinha que montou na Raimon, sem vontade para nada. Duvido que sejam tão bons quanto eram há quase um mês atrás. Perdoe-me, capitão, por treinar sem você, mas estaremos fazendo o que você ama: jogar futebol...

            —Kido... —As três pessoas naquela sala, exceto Endo, se sobressaltaram a olharam para a cama. O menino estava com os olhos semiabertos, cansados, olhando para Kido, as pálpebras quase sem força— eu treinarei com vocês...

***

            Inazuma, casa dos Raimon...

            Fuyuka estava sentada no sofá branco e macio, com entornos de ouro, tomando um copo d’água, enquanto Natsume e Souichirou no sofá defronte a questionavam.

            —Ele me disse coisas estranhas... algo como... ferir a quem você ama... —Ela colocou a mão delicadamente onde fora acertada pelos tapas— como se quisesse vingança, ferir às pessoas que fizeram o mesmo com quem ele amava.

            Natsume e seu pai se entreolharam, um tanto quanto confusos.

            —Estranho... está sugerindo que alguém do Inazuma Japão feriu alguém que Rikki ama? —Questionou Natsume, os documentos no colo.

            —Não só alguém que o Rikki ama, mas de toda a Armageddon e a Apocalipse. —Respondeu Fuyuka.

            —Isso é contraditório, depois de estudar a fundo esses documentos, chegamos à conclusão de que o Rikki era fanático por alguém da Raimon ou da seleção, essa pessoa seria o Endo, mas eu duvido que aquele menino tenha ferido alguém, qualquer pessoa que seja.

            —Nastume, onde estão Aki e Haruna? —Perguntou Fuyuka, olhando pela sala, como se atrás de alguém.

            —Congo, e Inglaterra, respectivamente, ainda não terminaram sua parte do plano.

***

            Inazuma, Raimon. 3 meses depois...

            O gramado do campo da escola Raimon finalmente voltara a receber os treinos da equipe. Endo também treinava, porém estava numa cadeira de rodas, ainda fraco para conseguir andar normalmente, mas quase totalmente recuperado. Sendo assim não havia ninguém no gol, e a equipe treinava chutes livres, pensando no quão difícil fora para furar à defesa da Armageddon e da Apocalipse (mais necessariamente do Rikki).

            —MATADOR DE DRAGÃO!!! — (マタドールドラゴン) Disparou Someoka, fazendo a bola parar no fundo do gol.

            —Chutou muito bem, Someoka! —Gritou Endo, acenando de fora do gramado. Someoka fez um joia com a mão, seguido por um sorriso.

            —Da próxima vez que eu jogar com aquela equipazinha, mostrarei o quão insetos são seus chutes perto do Matador de Dragão!

            —Someoka, acho que devíamos criar uma nova técnica, juntos... —Disse Goenji, se aproximando pensativo, com a mão no queixo.

            —CAPITÃOZINHO, CUIDADO!!! —Gritou Kurimatsu, apontando para a bola que ia em alta velocidade para onde estava Endo.

            O goleiro ergueu as mãos para defender, mas alguém tão rápido quanto um raio entrara na frente do chute e ainda por cima o rebatera com outro chute, alguém de cabelo azul, Kazemaru. Endo e Kurimatsu ficaram boquiabertos.

            —Ninguém e nem mesmo Rikki superará minha velocidade —Avisou Kazemaru, voltando para onde estava treinando.

            Endo sabia que todos estavam treinando e correndo em dobro pois ainda não estava tudo bem. Todos consideravam um breve segundo jogo contra a Apocalipse para recuperar o treinador Kudou, que estava desaparecido até então.

            Ninguém percebeu uma figura entrando no campo, devagar, as mãos nos bolsos. A pessoa se aproximou de Endo sem fazer qualquer ruído, e começou a observar o treinamento, até sussurrar.

            —Ora, ora, ora... então você não morreu...

            O sussurro foi o suficiente para Endo olhar para trás e todos os outros seguirem seu olhar.

            —Rikki?! —Exclamou Endo, cerrando os dentes. Goenji e Kazemaru vieram rapidamente, para entrarem na frente do goleiro.

            —Dá o fora, você não estuda mais aqui, e não tem direito de conversar com o Endo! —Avisou Kazemaru.

            —Você foi desleal ao chutar aquele pênalti com uma técnica hissatsu —Disse Goenji.

            —Calma pessoal, deixe-me falar com ele... —Pediu Endo, e os dois meninos saíram da frente. Rikki estava com as mãos os bolsos, olhando para o chão, os olhos fechados, quase como se estivesse dormindo—, mas o Goenji tem razão, Rikki, chutar um pênalti daquela forma foi desleal, sem contar que é proibido.

            —Vocês todos foram desleais na hora “H”. Guiados pela paixão pelo futebol e não pela razão dos que deveriam estar no seu lugar.

            —O que está dizendo?

            —Acham mesmo que derrotariam sequer a Armageddon se eles tivessem jogado com tudo? —Sorriu— Não, vocês são apenas insetos famosos...

            —Escuta aqui, Rikki! —Gritou Someoka, do meio do campo— O único inseto peçonhento aqui é você, não tem direito de falar assim com a gente, se tem ciúmes de que nós os vencemos, diga-nos logo que somos os melhores, ao invés de ficar pagando mico.

            —Ciúmes? Não...ódio. Não sei por que está dizendo isso Someoka, quando eu estava chegando, ouvi você dizer que estava treinando esse seu Matador de Dragão para que víssemos o quão insetos eram os nossos chutes perto dele —Gargalhou—, não sei por que deu esse nome, pois ele não mataria nem nós “Insetos”...

            —Você vai ver.... AAAAAH! MATADOR DE DRAGÃO!!! — (マタドールドラゴン V3).

            A bola foi disparada como uma bala na direção de Rikki, que sorriu, erguendo a mão. A bola explodiu em sua mão e então parou, uma fumaça subiu, e ele deixou a bola cair no gramado. Someoka caiu de joelhos.

            —É tão ingênuo ao nível de chutar uma bola sem enxergar as consequências que isso poderia ter causado —Disse Rikki, apontando para Endo— se eu tivesse me desviado, a bola pegaria Endo em cheio, se acontecesse algo de pior com ele a culpa seria toda sua, Someoka, a partir de agora perde toda a razão em dizer que fui desleal. De qualquer forma, esse chute miserável não faria cócegas no meu time, você andou treinando nos últimos dias, ou até mesmo meses, Someoka? Ou passou de um saco de batatas moribundo naquela casinha que vocês chamam de vestiário?

            —Você... —Começou a dizer, o Someoka.

            —Mostrarei o que o fogo pode fazer —Interrompeu, Rikki— mostrarei que pode transformá-los em cinzas... —Olhou para a bola, e em seguida para Someoka. O menino rangeu os dentes e cerrou as mãos em punhos. Seus olhos ficaram vermelhos como chamas e a bola começou a pegar fogo. Em seguida ele chutou a bola para cima e saltou. No alto, chutou a bola para o chão, ela fez uma cratera e pingou, voltando para o alto, e foi quanto Rikki a chutou— Archote Cruzado! — (トーチ交差しました).

A bola foi na direção de Someoka, ajoelhado no chão. Kazemaru correu para entrar na sua frente, mas a bola não o acertara, ao invés disso fez uma curva brusca e direcionou-se ao gol. Como se um vento forte houvesse os atingido, Kazemaru e Someoka foram jogados para o lado, gritando de dor como se estivessem sendo queimados. A bola entrou no gol, fazendo as redes começarem a pegar fogo.

            Rikki olhou para Endo.

            —Uma chama arde em meu coração, ela arde com ódio —Disse por fim, retirando-se do campo com as mãos nos bolsos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado V(^-^)V



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