Nadie dijo que sería fácil escrita por Miss Addams


Capítulo 28
Vinte e oito


Notas iniciais do capítulo

Primeira parte, é uma pequena postagem em homenagem a Candy que na estória representa nós, "traumadas".

:)

Vamos ao que interessa, vamos ver o final de toda essa história?



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Terminou de colocar o brinco e estava pronta. Sorriu para a imagem refletida no espelho, ela ficou aliviada por que conseguiu ficar pronta antes do tempo esperado, e quando pensava em sair do quarto ele estava ali tentador. Não teria nada de mal entrar rapidamente na internet. Teria?

Foi tudo rápido ela não resistiu e entrou no mundo virtual, logo assumiu a identidade companheira que tinha há anos, Kelly assumiu a Candy que existia nela. A verdade era que há muito tempo não fazia isso, devia está até enferrujada, gostava de pensar que estava livre desse tipo de atitudes, então por que sentia falta ás vezes? Porém, o passado é algo que não podemos ignorar.

E era isso o que ela não fazia, estava no seu passado novamente, achou o que queria, viu alguns avances da novela Victimas del Pecado, só que então ao ver uma notícia associada se surpreendeu e passada a surpresa não deixou de sorrir pelo inesperado. Era inevitável.

:- Eu sabia! – Foi o que exclamou apertando o play para o vídeo começar, esperando ansiosa.

:- Vamos? – Escutou a voz masculina tão familiar a chamando, mesmo assim deixou de responder, as fotos e o vídeo estavam roubando sua atenção. – Certo, enquanto está aí, eu vou tirando o carro e ajeito a pequena, te espero lá fora. – ele saiu sorrindo vendo que ela estava concentrada.

:- Já estou indo. – ela disse enquanto digitava, um terço dos pensamentos que a invadiram, numa das redes sociais que ainda existia na internet, onde as pessoas que estavam ali reunidas compartilhavam a mesma admiração pelo casal antigo que ainda lhe confundia a mente.

Ela olhou a hora e viu que estava demorando demais, logo saiu do mundo eletrônico, deixando Candy guardada dentro de si e do mundo virtual, e foi para o seu jantar feliz, por que se relembrou o que sentia quando via algo deles, assim juntos. Como não admirar um amor como aquele?

Assim como ela várias pessoas esperaram muito tempo por uma manchete assim, sentia contente por eles. E mesmo que tenha seguido sua vida, que tenha se afastado, sentia que a múmia que repousava dentro dela, saiu de seu sarcófago depois de tanto tempo.

“Dulce Maria e Alfonso Herrera, confessam seu amor: Sim, somos namorados.”

...

“Mais, Nique olha só o estado que ficou minha boneca, ele fez de propósito.” A pequena olhou para a boneca que não tinha mais os cabelos, e tinha perdido os movimentos das mãos.

“Roza, você deixou sua boneca jogada, sabe como Marco é distraído quando é a vez dele de arrumar a casa, ele escuta música muito alta.” A irmã mais velha, deixou de terminar de pentear seu cabelo, para gestuar com a irmã caçula.

Clara, sorriu ao ver a irmã que era muda, chama-la por seu terceiro nome, o qual ela mais gostava, Ana Clara, era bonito mais ela gostava mais de Roza. Assim como o irmão que também tinha nome duplo, Marco Antônio. Ao pensar nele, ela se lembrou da sua raiva que foi momentaneamente esquecida.

“Mesmo assim, Nique ele é um chato, não gosto dele. Vive escutando essas músicas ruins que eu não entendo nada e vive implicando comigo, e quebrando minhas bonecas.” Dominique balançou a cabeça negando, enquanto olhava os lamentos da irmã pelo espelho.

“Certo mocinha, não estou tão atrasada, então dá tempo para lhe contar uma história.” Dominique terminou de passar seu perfume, e se aproximou da irmã.

“Está vendo, só você, a mamãe, o papai contam histórias para mim. Até a vovó antes de ir, contava histórias para mim. Menos Tony.”

Dominique riu antes de tirar do colo a boneca da irmã, e deixar ela ao lado, pegou uma almofada para colocar no colo e se sentou no puff em frente à irmã.

“Você não gosta das histórias de Tony, porque nunca parou para escutá-las. Mas, a história que vou contar é sobre amor.” Chamou a atenção da pequena de 5 anos, 10 anos a separavam da jovem.

“Sério? Um conto de fadas?” Perguntou com os olhos brilhando e se frustrou quando viu a irmã negar com a cabeça.

“Não, um anti-conto-de-fadas.” A loira riu, deixando a irmã confusa isso não fazia sentido para ela.

“Anti? Conto de fadas? Se for assim, eu não quero saber, deve ser chato.” A menina com os cabelos curtos cruzou os braços e fez uma cara emburrada.

“Deixa de ser boba, nem esperou eu contar como vai saber se é chato, antes mesmo de saber da história? Quer saber por que meu quarto está cheio de esquilos, de todos os tamanhos e formatos?” A irmã mais velha sabia como vencer a barreira que a mais nova deixava, a deixando curiosa.

“Por que você gosta.” Fez os sinais para a irmã, como se fosse o obvio.

“Além disso, por que os esquilos representam um casal que eu admiro muito. Mais que qualquer personagem da Disney e das histórias em quadrinho que eu leio.”

“Mais que a Squirrel girl?” Ana Clara arregalou os olhos azuis, iguais da irmã, para ela.

“Mais.” Ela riu vendo Roza como ela gostava de chamá-la, ficar interessada no que contava esquecendo as suas barreiras. “Por que eles formam um casal de verdade, da vida real.”

“Nossa, o que eles fizeram tanto para você gostar tanto deles?”

Várias conquistas, você, por exemplo, Dominique riu dos seus pensamentos. Contar a história resumida dos pais para a caçula estava sendo divertido.

“Eu vi a história deles de perto, depois que eu cheguei aqui no México, mas eles já tinham vivido muito antes da minha chegada. Eles se conheceram muito jovens, cada um namorava com outras pessoas, mas o amor surgiu ali.”

“Onw que lindo.”

“Mas, ao contrário que imagina Roza, o amor deles não era um que estamos acostumadas ver retratado por aí. O amor deles se tornou impossível por que eles eram diferentes, e não sabiam como lidar com essas diferenças.”

Clara ficou tão interessada na história que mal piscava.

“E por mais que se amassem, eles terminaram e voltaram várias vezes, tanto que eles mais sofriam do que estavam bem. E chegou um certo dia que decidiram que por mais que fossem feitos um para o outro, não daria certo ficar juntos.”

“Coitados, que triste deve ser ficar sem a pessoa que você ama.” Clara fez um bico, ficando sensibilizada.

“Pois é, mas o destino uniu os dois de novo e eles depois de muito tempo, voltaram. E decidiram que nunca mais deixariam de lutar pelo amor dos dois.”

“Ahhh que lindo, e viveram felizes para sempre?” A menina sorriu fazendo as sardinhas que tinha no rosto se modificarem ficando achatadas, e os olhos apertados.

“Não.” Dominique riu, por que era verdade. “Mesmo depois juntos eles terminaram e voltaram várias vezes, era um ciclo. Só que aconteceu algo muito importante que mudou a história deles.”

“O que?” Ela estava curiosa.

“A mulher tinha uma filha, que não era do homem que ela amava, quando eles voltaram eles fizeram viagens juntos e o homem numa viagem dele a trabalho, conheceu um menino. E logo se sensibilizou com sua história, para tê-lo, o casal precisou se casar. E assim aconteceu.”

“Por causa do menino eles se casaram? Que legal ele uniu ainda mais o casal.”

“Pois é. Roza qual é o seu nome completo?”

“Que pergunta Nique? Ana Clara Roza Herrera Saviñon.”

“Então, Roza, para você hoje ter esse nome, mamá e Poncho precisaram se casar para adotar Marco Antônio.” Dominique ajeitou a franja da menina que deu um pulo de surpresa, arregalando os olhos azuis, e abrindo a boca em surpresa.

“A história do casal era do papai e da mamãe?”

“Isso mesmo.” Ela pincelou o dedo no nariz da mais nova. “Eu só não conto mais por que vou sair agora e você é nova para entender alguns detalhes.” Se aproximou da irmã. “Antes de implicar com Marco pense que ele é seu irmão, e ele ajudou a termos a família que temos hoje.”

E se levantou indo para o seu armário pegar um casaco, deixando a pequena refletindo. Quando estava voltando viu a porta ser aberta.

Posso entrar?Ele olhou para as duas e a pequena ficou com as bochechas avermelhadas pela presença dele.

“Claro Tony, eu estou de saída mesmo.” Ela colocou o casaco e arrumou a bolsa no corpo, ajeitando sua camisa xadrez.

Papai sabe que você vai sair? Ele a encarou de lado, assim como Poncho, e por isso arrancou um sorriso dela.

“Sabe, eu avisei com antecedência e o que tem de mais sair com meu namorado?” Ela riu provocando mais o irmão mais velho, que tinha se tornado mais ciumento que o pai dele, e o pai dela juntos.

Juízo, toma cuidado, estou de olho na senhora.Ela deu um beijo na testa dele, para se despedir e acenou para a pequena que olhava a cena.

“Não se preocupe, estou com o celular e volto cedo para me arrumar e irmos juntos para o show.” Ela sorriu para ele e foi caminhando até a porta.

:- Oi. – ele falou com a mais nova.

:- Oi. – ela inconsciente pegou a boneca que foi destruída por ele e ficou com ela na mão segurando com firmeza.

:- Eu vim aqui te trazer isso. – ele se aproximou da menina, e se agachou, mostrando um pacote que tinha escondido em suas costas.

:- Para mim? – ela deixou a boneca de lado, e pegou o pacote pequeno surpresa.

Abriu o pacote com presa, e arregalou os olhos surpresa com o que via em suas mãos, era uma boneca nova igual à outra que ele tinha destruído, na verdade ela era muito melhor que a antiga.

:- Me desculpa por te acabado com sua boneca, Ana Clara, não foi minha intenção.

Ele não esperava pela reação da pequena que deixou o presente de lado e ergueu os braços para abraçar o irmão bem apertado.

:- Desculpa, por ser tão chata com você, Tony.

:- Que isso pequena, não tem problema, desde que você não jogue meus cd’s de rock na privada de novo, eles são uma raridade. – ele riu abraçando também apertado.

:- Desculpa. – ela ficou sem graça de novo. – Ela olhou para a boneca nova e depois para o irmão, sorrindo se lembrando do que a irmã havia lhe contado. – Sabe contar histórias Tony?

O jovem sorriu diante da pergunta da criança, ele tinha ensaio com a banda dele, mais isso podia esperar. Ele logo mandou um sms dizendo que hoje não iria ao ensaio, e se sentou com a menina para começar a contar alguma história inventada, compartilhando um laço que não tinha preço, a família.

Dominique via a cena dos dois da porta, e sorria, apesar de não ter escutado a conversa deles. Ela ficou sensibilizada apenas em ver o abraço de ambos por que o corpo fala e ela viu que eles se reconciliaram. Lembrou da história de Poncho estava lhe contando a uns dias atrás, não havia nada melhor que ter uma base sólida como a família, e ele amava muito a dele, formada por Dulce, Dominique, Marco Antônio, Ana Clara, Afrodite, Pegazus, Docinho, Lindinha, Florzinha, e Anastácia, a tartaruga de Tony. Para quem estava acostumado com uma família pequena, ele era um afortunado.

Ainda mais tinha as pessoas que eles ajudavam na fundação Amanecer, ele era um homem feliz e cada vez mais realizado se denominou, Dominique vendo os irmãos ali juntos entendeu o porquê dele valorizar tanto a família.

Ela recebeu um sms do namorado, e se lembrou do encontro e apresada foi andando, aquele era um dia importante. A man, dela teria um show que marcava a estreia do seu novo álbum. Era um dia feliz para todos, que estariam ali para prestigiá-la.

“Já vai minha filha?” Ela quase não viu a mãe que a olhava da sala.

“Sim, Man. Matteo está me esperando.” Ela sorriu fechado se lembrando do namorado italiano que veio para fazer um intercambio, mas acabou ficando por ela.

“Certo, então divirta-se, minha filha, esteja aqui em casa as 5 para poder se arrumar?”

“Dulce, sabe onde estão as chaves do carro? Para eu poder seguir Dominique.” Poncho apareceu na sala se sentando ao lado da esposa.

“Deixe de bobagem, Poncho tem que me ajudar a não ficar tão nervosa, acha que devo cantar No pares? Dominique vá minha filha não deixe Matteo esperando.” Dulce se atrapalhou falando com marido em sinais, mesmo ele sendo ouvinte.

Dominique terminou de descer as escadas e parou na porta vendo uma foto da família informal todos sorrindo no aniversário dela que passaram na França. Roza estava abraçada a ela, a man com sua avó paterna, Georgette, Poncho estava com o cabelo raspado e grisalho, estava ao lado de seu pai Thierry que segurava seu pequeno irmão Jean no braço. E sorriu, ao olhar para trás e ver o casal se beijando, tinha tanto orgulho deles do que eles fizeram e até eles chegaram.

E saiu fechando a porta com um meio sorriso.

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.

Chico Xavier.

...

Ponto Final?! Parágrafo na outra linha.


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Notas finais do capítulo

O que acharam desse final?

:o



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