Nadie dijo que sería fácil escrita por Miss Addams


Capítulo 23
Vinte e três


Notas iniciais do capítulo

Música deste capítulo é Se supone, do cantor Luis Fonsi, aqui está o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=mGELmN3Qs9c

Boa Leitura :)



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Dulce

Se supone que por ti no sienta nada que o pasado no me pesará

:- Reconhecendo algo? – Tomei um pequeno susto quando ouvi sua voz, respirei um pouco mais rápido, para voltar.

:- Sim. Eu. – ri por ser flagrada numa situação embaraçosa. Vendo ela se aproximar, onde eu estava parada. E veio olhar o mesmo que eu.

:- Gosto dessa foto nossa. Não sabíamos lidar com o caminho que surgia, mal sabíamos engatinhar e queriam que nos corrêssemos. – Ela riu olhando para a foto, que se materializava, num porta retrato moderno e eletrônico. – Quem diria o quão longe chegaríamos. – Ela abriu um sorriso lindo.

:- Quem diria! – Repeti. – Por que guarda essa foto? – fiquei curiosa.

:- Faz pouco tempo que a coloquei aqui, estava num dia de saudade de pegar todas aquelas fotos da sua vida e rever, e a coloquei aqui, para relembrar de um dos momentos mais felizes da minha vida. – Sorriu, pegando a outra foto. – Junto com minha razão de felicidade. – mostrou coruja a foto do filho. – Mas, e você o que faz aqui? A festa é lá. – apontou porta a fora.

:- Eu sei, desculpa por ter invadido assim. – ela fez uma careta de para de bobagem. – Estava procurando Dominique e acabei não resistindo em ver a foto.

:- Dominique está com Elisa, conversando com Tysha, na cozinha. – Ela sorriu me revelando, mas tinha algo naqueles olhos azuis. Se é que eu ainda os conhecia.

:- E você o que faz aqui no seu quarto, se é dona da festa que está acontecendo lá fora. – Eu também apontei para a porta.

:- Estou fugindo. – Ela saiu por uma porta de vidro, indo se sentar numa espécie de cadeira, muito confortável aparentemente.

:- De quem? – perguntei a seguindo e deixando Dominique para depois.

:- Christopher.

:- Me explique por que não faz sentido para mim. – eu me sentei na frente dela.

Ela suspirou olhando para caixa de cigarro aberta na frente dela, pegou um, e quando eu pensei que o acenderia, guardou de volta e fechou a caixa.

:- Não sei encontrar uma forma de dizer a ele que engravidei. – ela soltou sem mais nem menos. Me deixando totalmente surpresa.

:- Anahí. – foi o que consegui dizer.

:- Eu sei, é complicado, quer dizer é uma vida crescendo dentro de mim. E eu estou nas alturas, deveras que já me pego pensando quando minha barriga vai crescer novamente, ou as roupas para comprar, o nome para escolher. Até me privar para a saúde desse bebê. – Ela olhou para a caixa de cigarros. – Em contra partida, o bebê não foi programado e não sei como serão as coisas daqui em frente.

:- Como assim? – fiquei confusa.

:- Sabe que faz pouco tempo que me separei de Richard? – Pelo pouco que eu sabia, era o marido dela, atleta, tenista dinamarquês.

:- Sim seu ex-marido. – Afirmei para ela.

:- Então, não sei. Eu tive uma recaída com Christopher, ambos livres fomos para uma festa juntos e simplesmente aconteceu. – Ela me contava relembrando. – E seguiu acontecendo. E sinceramente não me arrependo de nada, se pudesse faria tudo de novo. Só que agora se você me pedisse para definir minha relação com ele, eu não saberia. – ela me olhou apesar de tudo sorrindo.

:- Porque temos uma veracidade em nossas conversas, tudo o que acontece, nos confidenciamos. Um companheirismo forte, ele me ajuda com Vitor e eu a ele com Érica, e nos apoiamos nos trabalhos, nos cuidamos. Não sei dar nome a isso Dulce, entende?

Fiquei pensando, e por mais que não estivesse no lugar dela, eu assenti por que se o relacionamento deles fosse comparado ao que eu imaginava, sim eu entendia.

:- Não sei se somos amigos, namorados, amantes, namoridos! – Ela riu. – Eu perdi as contas das vezes que ele dorme aqui, da falta que eu sinto quando ele não está. Não temos uma rotina maçante de um casamento, mas estamos juntos. Porém, agora com um filho, eu não sei o que será da gente daqui para frente.

:- Está dizendo isso por quê? Não o ama? – eu não hesitei em perguntar, me lembrando do passado. – Sei que gosta dele, ainda mais por tudo que me contou, mas parece que está mais preocupada com a perda do que vocês têm. Não sei. – dei os ombros.

Ela apoiou o cotovelo na mesa e fazendo uma espécie de ponte com a mãos e apoiou o rosto me olhando com um sorriso nos lábios tortos.

:- Depois de todos esses anos, de dois casamentos, de um filho e tudo o que aconteceu na nossa vida, hoje eu com o Christopher, é alguma outra coisa que não seja amor? Acredita em algo diferente, Dulce?

:- Não sei. Então, depois disso tudo o porquê realmente você está fugindo de Christopher?

:- Eu não sei como ele vai reagir diante de tudo. Sei que ele de forma alguma vai desamparar essa criança, ou algo assim. Longe disso, o que me importa é saber que atitude ele vai tomar com a nossa relação.

:- Que atitude você quer que ele tenha?

:- Não quero um casamento. Acabei de sair de um e vai demorar para querer outro, também não quero que ele termine comigo. Quero que fiquemos juntos acima de tudo, demorou para chegarmos numa relação saudável como essa, eu desejei isso tantas vezes até não poder mais. Também não quero um namoro oficial, não sei se daria certo. Quero está junto do cara que me esperou durante todo esse tempo, apenas isso, é pedir muito?

Não. Eu respondi mentalmente. É claro que não. Levantei da cadeira e fui até o limite da sacada olhando para a vista alta, impossível não escutar tudo isso e não pensar em Poncho e eu. E não sentir vontade de está numa situação como essa, quisera eu ter uma opção assim, e eu o vi ali embaixo fumando, sério parecia pensar em algo. Até que ele me viu e acenou para depois entrar com Ana Paula.

:- Anahí. – me voltei à conversa, me virando para ela. – Não está pedindo muito, mas está subestimando Christopher, deve conversar com ele e se resolverem. Não precisam terminar tudo, acho que com a chegada de um bebê tudo pode melhorar, não? Só acho que você deve ser verdadeira, assim como foi comigo.

Sorri para ela, que retribuiu, fomos interrompidas pelo computador dela que estava ligado e quando fomos ver era Christian querendo conversar.

A festa seguiu, com suas surpresas e constrangimentos, até eu reencontra-lo na piscina sozinho.

E foi numa conversa da qual há muito tempo não tínhamos que ele me beijou. E tudo o que eu conseguia pensar era que não havia nada nem ninguém que nós dois ali. Não havia câmeras, nem pessoas da produção, não tinha novela ali não era atuação.

Eram sentimentos verdadeiros. Um beijo verdadeiro. E minha tentativa de não me abalar com suas palavras que nem foram ditas pela boca, e sim pelo olhar, foi dissolvida, no beijo que dávamos. Não adiantava a nada, negar, empurrar, ou qualquer coisa do gênero.

Então eu empurrei seu rosto com o meu e abri minha boca junto com ele, ansiosa por provar seu sabor de uma forma diferente, real. Não hesitei em colocar minhas mãos frias no seu rosto, na sua barba, puxando se possível o rosto dele próximo ao meu, sentindo a língua dele invadir minha boca e seu corpo vir junto conforme eu puxava seu rosto, me curvando um pouco para trás.

Não sei dizer quanto tempo ficamos nesse beijo, até ele suspirar e separar seus lábios do meu com dois selinhos demorados.

:- Vai ser difícil você se manter fiel. Porque eu não vou desistir de você. – Se separou de mim. Olhando nos meus olhos, me fazendo sentir a veracidade de suas palavras.

Não tive tempo de falar mais nada, ele saiu da piscina e voltou para a festa. Logo Dominique apareceu pedindo para ir para casa, por que estava cansada. Queria dizer que aquela noite eu não fui dormir pensando no seu beijo, mas seria uma mentira.

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