Nadie dijo que sería fácil escrita por Miss Addams


Capítulo 13
Treze




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Poncho

Aunque no soporte perderte, es inevitable nuestra separación, Y este no es momento para entender, solo hay que aceptarlo, pues lejos estamos mejor...

Tinha me esquecido como era se sentir assim. Mal, completamente mal. A sensação do amargo contaminar todo o seu corpo ao ponto de você ter vontade de fazer alguma bobagem, e pior dar ouvidos a toda essa vontade de má índole.

Tinha me esquecido como era sentir o gosto amargo de ver quem você ama, com outra pessoa. Na sua frente. Assim como agora.

Desde quando soube que Dulce iria ao show, especial para o elenco e entre outros da novela, eu confirmei minha presença, tinha andado pensando muito durante esse tempo. E tinha decidido quando chegasse no show falaria com ela, teríamos uma conversa.

Mas, quando cheguei perdi toda a coragem que tinha, me senti um menino preste a se declarar para sua primeira paixão, procurei ficar perto dela. Não chegamos a conversar realmente, não o que eu queria, apenas alguma falas, fotos para a imprensa, entrevistas. E quando o show começou realmente, chamei Eugênio para assistir o show.

Não podia evitar não olhá-la e não me sentir um imbecil quando ela devolvia meu olhar. Quando estava preste a ir onde ela estava, vi Ivalu voltar e sentindo meu nervosismo decidir sair, não dava certo escutar uma música como aquela.

Não tive a noção do tempo que eu fiquei lá fora, no sereno. Com uma vontade absurda de fumar, mas me controlei. Eu tinha que parar com aquilo. Me sentia um covarde. E um tonto por ficar andando de um lado para o outro, pensando como começaria essa conversa.

Isso até Angelique me achar e me obrigar a entrar e dançar com ela, para despistar a imprensa. Sobre os boatos dela e Eugênio.

:- Até que enfim, te encontrei homem. – Maite me puxou. – Angel, dance um pouco com Mane, só para eu conversar com Poncho um instante.

:- Tudo bem. – ela foi já dançando para Mane que estava animado e cantando a música alto.

:- Poncho vim falar com você, vamos fazer uma viajem, vamos para Cancun. Para comemorar os seis meses de Henry, e sua presença é obrigatória. – ela falava no meu ouvido para que eu ouvisse apesar da música alta.

:- Claro é só me falar quando que vamos. – também falei bem próximo, e aproveitei para procurar onde Dulce estava.

:- Até que você topou rápido, pensei que usaria toda minha lábia para te convencer a ir. Que passa? – ele me olhou estranhando.

:- Nada. – dei os ombros como se fosse um passo da dança improvisada.

:- Ah – ela bateu com os dedos na testa. – Como pude ignorar... – ela se aproximou balançando os braços enquanto falava alto para que eu escutasse. – ela está sentada com Ivalu e o marido, bem atrás de você, moreno. Por isso não a achava. – ela balançou os ombros e dei meia volta, aproveitando para olhar Mane perto.

Aproveitando o momento dela eu me virei rindo para comprovar o que ela me havia dito. Dulce realmente estava com eles, conversando, mas vendo de longe via uma expressão estranha no seu rosto. Queria saber o que estavam conversando.

:- Por que não a chama para dançar? - Maite estava de frente para mim. Novamente.

:- Ela está com os amigos, não quero atrapalhar nada.

:- Está com medo de Ivalu? - ela riu, agora olhando para onde Dulce estava.

:- Não é isso. – balancei a cabeça rindo. – Eu e Ivalu nos damos bem, não temos nada um contra o outro.

:- Sei, mas ela não quer você próximo de Dulce, não foi isso que ela te falou?

Por que eu confidenciava as coisas para Maite mesmo? Sendo que eu sabia que ela tinha uma ótima memória e ainda colocava sempre as cartas na mesa. Lembro de quando Ivalu veio conversar comigo, e pedir para que eu me afastasse de Dulce, já que não podíamos ficar juntos, eu entendi seus motivos e concordava com eles, tínhamos algo em comum.

A felicidade de Dulce.

:- É verdade. Mas, como eu disse não tenho medo dela, e temos um objetivo em comum. É um ponto positivo, não acha?

:- Eu acho que mais que nunca deve ir naquela mesa e tirá-la para dançar, no mínimo vai ficar mais próximo dela. Aproveita que Ivalu saiu da mesa. – ela sorriu e se afastou de mim. Para se aproximar de Mane e Angelique, os três dançando.

E eu olhei para onde ela estava de novo, e por mais que sentisse tentado a fazer o que Maite me sugeriu, me senti acuado. Como um intruso, se eu fosse até a mesa e falasse com ela. Só que eu não estava preparado para o que veio a seguir.

Ivalu voltou e acompanhada de um cara, Dulce se levantou o cumprimentou e ele sentou. Estava sentindo algo estranho, uma sensação de perda incontrolável. Não demorou muito para eu entender o porque, com o tempo Ivalu e Pedro deixaram a mesa, deixando Dulce e o cara a sós.

Então tudo aconteceu, eu tive uma recaída quando estava encostado no bar, há um tempo observando Dulce, parei o primeiro fumante e pedi um cigarro. Eu não aguentaria com tanto nervosismo. E parei no meio do cigarro, e quando tomaria minha vodka. Vi a cena.

Eles estavam próximos, demais. Até que ele encerrou a distância que faltava e a beijou. Dai eu não vi mais, por que me virei de costas para eles e de frente para o bar, terminando minha vodka e meu cigarro. E quanto mais a cena voltava minha cabeça, mais sentia o gosto amargo.

Respirei profundamente, sabendo que eu tinha me atrasado tanto que a tinha perdido.

:- Oi?

Virei minha cabeça para o lado esquerdo da onde vinha à voz que falava comigo.

:- Oi.

:- Me chamo María. – ela sorriu se encostando no balcão e se aproximando de mim.

:- E então você dormiu com ela? - Rodrigo, meu amigo me perguntou depois de sentar no sofá. Estava na sua casa para ver o jogo juntos, e contava a ele o que eu lembrava da noite passada.

Eu fiz uma careta, sentindo a dor de cabeça latejar. Tentei me lembrar.

:- Você transou com ela, pensando na Dulce? - ele arregalou os olhos.

:- Não! – logo respondi, mesmo sem ter certeza de nada. – Quer dizer eu não me lembro, o que eu lembro foi até ela chegar e começarmos a beber e conversar, uma bebida atrás da outra. Até eu ver Dulce, o cara, Ivalu e marido ir embora juntos. Dai só acordei num quarto estranho do lado de María, nua. Deixei um bilhete quando acordei e fui embora como pude, apesar de perdido e com ressaca.

Ele me olhou e começou a rir, enquanto comia seu taco.

:- Fazia tempo que não me contava alguma história assim, pensei que tivesse tomado jeito Poncho.

:- Eu me arrependo. – confessei.

:- Sério, foi ruim assim?

:- Não, na verdade estava tão bêbado que não me lembro de nada, devo até ter broxado na hora do vamos ver.

E dessa vez ele gargalhou.

:- Eu a perdi cara. – suspirei me encostando no sofá. Massageando a cabeça para aliviar a dor, não via a hora de que o remédio surtisse efeito.

:- Quem mandou deixar só um bilhete, se não colocou seu telefone. Vocês não vão se ver nunca mais. Droga! – Exclamou quando caiu molho em sua calça jeans.

:- Você ouviu o que eu disse a história toda? - olhei para ele. – Eu estou falando de Dulce, e me arrependi de ter transado com a primeira que vi pela frente.

:- Claro que ouvi, mais pelo que você descreveu ela parece ser gata. E Dulce você já tinha perdido, ela não foi embora com o cara lá.

:- Foi. – fiz careta, me lembrando dos dois juntos.

:- Então, quer saber talvez tenha sido melhor.

Olhei para ele, com uma cara feia.

:- Sei lá cara, quantas vezes vocês tentaram? Quantas vezes deu certo? Quantas vezes os dois sofreram? Sei lá. Por que agora seria diferente? - ele se virou para a Tv. – Agora, fica quieto que o jogo do Pumas vai começar.

Fiquei pensando nas perguntas e nas respostas delas.

Talvez tenha sido melhor, então porque eu me sentia mal. Me culpando por não ter falado com ela antes, por ter dormido com uma desconhecida, com raiva por ela ter ido embora com outro.

...Pues lejos estamos mejor...

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Notas finais do capítulo

Música citada nesse capítulo é Lejos estamos mejor, da banda mexicana Motel.

https://www.youtube.com/watch?v=ozd9mfFN3Jw

:)



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