P.O.V. Jolie

Acordei na casa da Annie, lembrando de nossa conversa. “Você é a única que sabe tudo o que eu passei exatamente.”. Realmente Annie sofrera muito e isso a afetou.

Apesar de não falar, eu sei que um dos motivos de ser introvertida era esse: pessoas mexendo com sua autoestima, autoconfiança, destruindo ela pouco a pouco.

Levantei-me e me dirigi ao banheiro. Saí de lá já acordada e fui em direção a janela, fiquei olhando o sol da manhã até ouvir Annie mexendo-se na cama.

– Bom dia!

–Bom dia! Já na janela? –perguntou rindo.

Virei-me e dei de ombros. Então tive uma ideia, saí correndo, joguei-me na cama dela e fiquei pulando. Parecíamos duas doidas.

–Meninas, já acordaram? –Paramos e olhamos para onde vinha a voz, encontrando a mãe da minha melhor amiga parada na porta com um sorriso no rosto.

– Mãe! –Minha melhor amiga gritou. –Bom dia!

–Bom dia, querida! –sorriu. –Vamos, troquem-se.

. . .

–Eu amo o Sol. –falei abrindo os braços. Annie riu. Estávamos sentadas nas escadas da varanda conversando.

–O que estão fazendo, garotas?

Olhamos para cima e sorrimos. Jonathan, irmão de Annie, nos olhava, seus olhos castanhos brilhavam.

–Querem ir ao parque?

–Sim. –a morena respondeu.

. . .

Um sorriso brincava no meu rosto, era raro ver minha amiga tão leve quanto estava agora, ela corria pelo parque livre, enquanto ria, seu irmão a seguia até que ele a segurou e ela caiu, Jonathan começou a fazer cócegas em sua barriga e Annie gargalhava pedindo para ele parar.

Meu sorriso aumentou, passando a ser uma risada, minha amiga é tão preocupada, que esses momentos são difíceis e sua felicidade é contagiante.

–Jolie, vem jogar vôlei com a gente.

No fim do dia, estava exausta, mas valeu a pena, foi um dos melhores dias da minha vida.