Pov Ally

Estava deitada em minha cama alisando minha barriga, ela quase não aparecia, tinha apenas dois meses e alguns dias. Eu estava curiosa, queria saber se era menino ou menina. Quer ver a cara de felicidade do Austin.

Meu celular apita e lá tinha uma mensagem se uma pessoa que não falava a um pouco de tempo. O George.

"Urgente Ally, me encontre no mesmo canto de sempre em meia hora, descobri tudo o que tinha para descobri."

Levantei rápido da cama e troquei de roupa. Demorou um pouco para o táxi chegar. Indiquei o local e o motorista me levou. O parque estava vazio com exceção de George sentado no mesmo banco de sempre, aquilo me deu calafrios.

–Boa tarde.- falei me aproximando.

–Quero sair do seu caso, descobri muita coisa sobre os dois homens que você mandou investigar. Temo pela minha vida.- ele estava nervoso.

Uma ponta de esperança surgiu, o Austin não seria obrigado a casar com Brooke.

–Olha...- começou George, mas logo foi interrompido.

–Olha se não é a Ally. Quase que você me pegou, mas eu sou mais rápido. Seu detetive até que foi bem ágio, mas não adiantou muito, eu descobri tudo.

Quem falava era Abe, ele estava acompanhado por dois homens, não melhor, dois guarda-roupas. Eles tinham a arma em punho.

–Rapazes, deem um jeito nele.- falou Abe apontando para George.

–Não... Abe, por favor, não. Deixe o George em paz, ele estava apenas cumprindo ordens. - supliquei.

–Ele sabe demais.- ele olhou para os rapazes.- matem ele longe daqui, por favor.

–George, me perdoe, por favor, me perdoe.- gritei enquanto Abe me segurava e os homens levavam ele para longe.

–Pare com esse escando- disse Abe me soltando.

Eu chorava muito, tudo tinha ido para o ralo. Eu não teria as informações e George morreria por minha culpa.

–Você achou mesmo que você e o Austin esconderiam sua gravidez de mim por muito tempo?

–Eu não estou...

Parei de falar quando ele puxa uma siringa do bolso.

–Está vendo isso aqui? Aplicando isso na sua veia faço você ter um aborto espontâneo, ninguém nem iria desconfiar que foi provocado.

–O que você quer?

–Simples, suma da vida do garoto.

–E como eu faria isso?

–Eu vou te ajudar, serei bonzinho com você. Sei que você ama a musica, consegui um bolsa integral na faculdade de musica de Nova York, você começa em uma semana. Te darei uma casa lá, você terá tudo do bom o do melhor, só suma da vida do garoto, deixe minha filha casar-se com ele.

–E se eu não aceitar nada disso?- pergunto com medo da resposta.

–Serei obrigado a matar sua família, e depois tiraria o bebê da sua linda barriguinha, o que seria uma pena, e por ultimo mataria seu querido Austin, mas eu não mataria rápido, claro que não, iria mata-lo lentamente e você assistiria tudo.

–E depois você me mataria!

–Logico que não, eu iria deixar você viva, sem nada e sem ninguém. Aceita?

–Você irá deixar minha família e o Austin vivos se eu for?

–Claro que sim, você tem minha palavra.

Pov Austin

Dormia tranquilo até que o som perturbador de alguém batendo a porta me acorda.

–Já vai, espera. - gritei para que a pessoa parasse.

Pego o celular e olho a hora era nove da noite. A pessoa volta a bater na porta e eu me apresso para atender. Quando abro meu coração quase para. Minha Ally chorava, muito.

–Amor o que houve?

–Ele... Eu não posso... Amor, me leva embora, por favor. Me leva, por favor me leva.- repetia enquanto me abraçava forte, muito forte.

–Amor, respira, me conta o que aconteceu.

–Ele... Ai...- gritou colocando a mão na barriga.

–Amor, por favor se acalma o bebê.

–Austin, o tio Mike disse que Ally chegou chorando muito...- diz Madelyn chegando no quarto.

–Mad, pega água com açúcar para a Ally por favor,- pedi.

Madelyn vai e Ally continua a chorar.

–Amor ele... ele...

–Não Ally, calma. Depois você me conta.

Madelyn chega com a água e Ally bebe, tremendo muito.

…

Ally dormia em meus braço, eu já havia ligado para a Penny avisando que Ally dormiria comigo. Ela dormia apenas com um short e uma camisa minha. O sono acaba me vencendo e eu durmo.

…

–Austin... Austin...- me chamava Ally e me balançava.

–Oi

–Estou sentindo muita dor.

Me viro e ligo a luz do abajur, ouvindo um grito de Ally logo em seguida.

–Sa-sangue, Austin eu estou sangrando.- disse Ally desesperada.

–Ceus, vou te levar ao hospital.

–Austin, abre a porta. Porque a Ally gritou?- perguntava Mad batendo na porta.

–Ally está sangrando, vou leva-la ao hospital.- grito.

–Eu vou com você.

No caminho para o hospital Ally ainda gritava e chorava.

–Meu bebê... Eu não quero perder meu bebê. Meu bebê não pode morrer, Austin.

Eu já chorava, não estava aguentando ver o desespero dela. Eu também não queria que meu bebê morresse.

Quando chagamos ao hospital os enfermeiros correram para socorrer Ally. Quando estávamos entrando a mesma doutora que cuida de Ally também estava chegando.

–Doutora, Ally está sangrando. Com muita dor. Por favor doutora, salve meu bebê, por favor.- Suplicava em meio aos meus soluços causado pelo choro.

–Ei, fique calmo. Eu vou lá, não se preocupe. - ela correu para onde estavam levando a Ally.

–Austin, Austin olha para mim.- dizia Madelyn.- Vai para a sala de espera, vou dá os documentos da Ally.

Mesmo desnorteado cheguei a sala de espera, sentei e coloquei as mão no rosto e respirei fundo, isso não poderia está acontecendo, não mesmo.

Madelyn chega e se senta ao meu lado, não demora muito para que Trish e Piper cheguem, Madelyn havia ligado para elas.

Trish vem até mim e se ajoelha ficando da minha altura. Abraço e choro mais.

–Trish meu bebê, eu não quero que minha Ally fique sem nosso bebê.

–Bebê?- perguntou Trish, não lembrava que Ally não havia contado a ela.

–Sim Trish bebê a Ally está gravida ou estava, eu não sei. Não quero que meu bebê morra.

–Austin, Ally vai ficar bem, não se preocupe.- disse Piper já chorando.

–Austin? Madelyn?- uma pessoa buscava por nos, era Dez.

–Dez cara, Ally está sangrando.

Corri e abracei meu amigo.

–Acompanhantes de Ally Dawson.

–Aqui.- corri e fiquei de frente para a doutora- então como ela está e meu bebê?

–Ally está bem, mas infelizmente ela está tendo um aborto espontâneo, causado por algum problema psicológico. Eu sinto muito.- ela abaixa a cabeça triste e vai embora.