Amor intemporal escrita por Any the Fox


Capítulo 2
Um grupo promissor


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!
Bem, aqui já vai arrancando o segundo capítulo desta fic, espero que estejam gostando.
Este e o próximo capítulo ainda não vai ter nada muito científico, é apenas de integração, mas espero que vocês estejam gostando, estou a fazer isto do jeito menos confuso que sei.
Oh! E preparem-se, neste capítulo, temos um viajante do tempo! Ou pelo menos ele diz ser...
Enjoy!



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Após a notícia sobre a feira de invenções, todos os alunos estavam entusiasmados com os experimentos, havia uma enorme confusão do lado do departamento de ciências, todos apressavam-se a fazer as suas pesquisas na internet sobre o que iriam desenvolver, segundo a professora, não tinha de ser algo futurista ou complexo, mas algo inovador e que se pode-se tirar da teoria e colocar na pratica, a escola estava num caus organizado, alunos de um lado para o outro perguntando como é que poderiam divulgar a sua ideia, outros imprimindo folhetos de divulgação e outros, com projetos mais complexos, montando stands.

– Cheren, o que você está tencionando fazer? – Bianca perguntou seguindo o colega que andava num passo acelerado por entre a multidão.

– Nós dois vamos construir um stand a nossa ideia é demasiado louca para ficarmos só falando e distribuindo panfletos. – Cheren respondeu furando a multidão.

– Mas para isso nós precisamos pegar uma autorização do colégio. – Bianca lembrou.

– Eu sei disso. Quero que você trate da autorização, eu vou andando para casa organizar as minhas pesquizas. Nos encontramos amanhã no local que você reservar, venha apresentável, os cientistas de fora podem ser muito exigentes. – Cheren disse deixando a garota ali e furando ainda mais a multidão.

E assim foi, Cheren seguiu para casa para organizar o que tinha conseguido reunir enquanto Bianca conseguiu a licença para um espaço. No outro dia de manhã, tinham então o stand pronto.

– Ora, Bianca, você conseguiu chegar a horas hoje. – Cheren ficou impressionado quando chegou ao espaço e Bianca já lá estava.

– Sim, senhor, ontem de noite fiz uma direta vendo anime para esta manhã não me deixar de dormir! – Bianca respondeu orgulhosa.

– Estou vendo… Ajude-me a pendurar estes cartazes, por favor. – Cheren disse dando uns poster para a loira.

– Que é isto, Cheren? – Bianca perguntou olhando para os papéis todos iguais aos olhos dela.

– Isso são uns cartazes de apelação ao que queremos fazer, é para colocar por essa ordem nas paredes do stand, desse modo quem passar aqui vai ver o que estamos planeando fazer. – Cheren explicou espalhando uns objetos sobre a mesa.

– Estou a perceber… E o que é que está a pôr em cima da mesa? Uma invenção sua? – Bianca interrogou começando a executar o que lhe fora pedido.

– O quê, isto? Não, sua tola, é apenas uma réplica em pequeno do acelerador de partículas da SERN, não tenhas problemas, é apenas um objeto meramente decorativo, tal e qual esta réplica de um buraco negro e esta de uma máquina do tempo, não tenciono fazer nenhuma destas coisas. – Cheren riu da ingenuidade de amiga.

– Ah… Tá bom então… - Bianca ficou meio sem jeito, há muito tempo que não via o azulado rir assim.

Algum tempo depois o local estava todo pronto e montado, qualquer pessoa que olhasse para ali veria o que eles planeavam fazer, mas grande parte olhava com um ar de “eles são malucos” e desviava o olhar.

– Cheren, acho que ninguém nos está levando a sério… - Bianca murmurou sentada no seu banco na parte de trás do espaço disponibilizado.

– Não desespere, Bianca, alguém há de nos levar a sério. – Cheren disse descontraído no seu banco bem no balcão.

– Oh, oi, Cheren! Estou vendo que montaram uma banca. – Black sorriu ao passar por ali carregando uma caixa de cartão.

– É, não havia outro modo de divulgar a minha ideia. – Cheren cerrou os olhos colocando as mãos na sua nuca.

– Uê? Uma máquina do tempo? Cheren, você enlouqueceu de vez? – Black perguntou estranhando.

– Eu não ando a questionar o seu projeto, pois não? Então pedia-lhe para que não questionasse o meu. – Cheren pediu quase imparcial ao comentário.

– Já aqui estou, Black, podemos ir. – N disse chegando perto do moreno.

– Muito bem, vamos para a banca então. – Black disse sorrindo para o esverdeado.

– Espera aí! Você não estava com White? – Bianca estranhou ele estar falando de uma banca com N.

– Sim, e ainda estou, mas houve gente que não ficou em nenhum grupo, assim as regras deixaram cada grupo de dois ter um assistente, então a gente ficou com N. – Black explicou.

– Foi mesmo. – N concordou com o outro.

– Oh… Ok, entendi… - Bianca disse enquanto os dois garotos iam na direção da sua banca.

Um momento de silêncio na banca de nossos heróis.

– Cheren… Você sabia disto? – Bianca questionou.

– Sabia. – Cheren não fez rodeios para a amiga.

– E… Você não acha que devíamos arranjar uma “terceira pessoa”? – Bianca perguntou pensando se Cheren precisava de mais ajuda para além dela.

– Não, acho que nesta escola mais ninguém acredita nesta possibilidade, para além disso, a sua ajuda já me vai valer de muito. – Cheren disse ajeitando uma pilha de folhas em cima da mesa.

Mais um momento de silêncio naquela banca, Cheren ajeitando as suas coisas e Bianca um pouco sem jeito com a fala do maior.

– P-posso jogar um pouco de Nintendo? – Bianca pediu um pouco receosa.

– Pode, não é que isso vá afetar muito o que estou fazendo. – Cheren respondeu.

Então Bianca sacou de sua Nintendo e foi jogando seu jogo enquanto ninguém aparecia, até que, já algum tempo depois de eles estarem ali sem fazer nada, dois seres passaram e ficaram constatando a barraca deles, era uma senhora alta com um vestido preto e rosa, na sua cabeça usava um gorro branco e o seu cabelo era prezo com dois ganchos amarelos e o que chamou mais a atenção de Cheren era que a garota tinha o cabelo azul, tal e qual ele, enquanto ambos se aproximavam, deu para reparar em alguns aspetos do rapaz que seguia com ela, era loiro e tinha o cabelo espampanante, usava uma t-shirt às riscas brancas e laranjas, um cachecol fino verde e umas calças pretas, usava também uma mala de carteiro ao ombro e carregava uns documentos.

– Muito boa tarde. – A menina pronunciou ao chegar perto do azulado.

– Olá. – Cheren respondeu, um pouco menos formal que ela.

– O meu nome é Platinum e este rapaz é o meu assistente, Pearl, nós estávamos passando aqui e notámos que a sua banca tem um assunto bastante interessante. – A menina apresentou-se.

– Muito prazer, eu sou o Cheren e esta é a Bianca, somos os dois de Unova. Encantado. – Cheren se mostrou um verdadeiro cavalheiro levantando-se beijando a mão da senhora e apertando a mão do rapaz.

– Nós de Sinnoh, sabe, eu fiquei intrigada, o senhor sabe mesmo como montar a máquina que pretende? – Platinum ficou pensativa.

– Como montar mesmo, ainda não, mas tenho as minhas teorias e acho que com algum trabalho de equipa e troca de informações conseguirei fazer o que tenciono a tempo da feira. – Cheren explicou.

– Hum… E pretende reproduzir este acelerador de partículas? – Platinum apontou para a réplica que se localizava em cima da bancada.

– Não, minha senhora, pelos meus cálculos, iria ser muito dispendioso, eu gostava de fazer algo mais acessível e também permitisse a viagem tanto para o passado como para o futuro. – Cheren explicou o seu ponto de vista.

– Estou a ver, mas como tenciona contornar a Flecha do tempo? – Platinum perguntou vendo que o rapaz até estava bem dentro do assunto.

– Isso, minha senhora, não lhe posso revelar a não ser que seja do meu grupo. – Cheren olhou a garota com um ar desafiador.

– Certo… E como podemos eu e o meu assistente entrar no seu grupo de trabalho? – Platinum questionou com o mesmo ar desafiador, ela tinha gostado do modo de pensar do rapaz.

– Depende, que mais-valias a minha equipa terá se nos juntarmos a vós? – Cheren queria saber do que aqueles dois eram capazes.

– Estou a ver… Bem, talvez o senhor não me conheça, mas eu sou uma estudante de física-quântica em Sinnoh, neste momento estou a estagiar no instituto de lá, este meu ajudante é um fanático detetive por histórias de viajantes no tempo, muitos diriam que ele é apenas um fanático, mas muitas teorias podem ser explicadas com o seu trabalho. – Platinum levou uma apresentação mais profunda.

– Entendo... - Cheren fez-se de quem quer saber mais, mas ele já estava convencido desde que ela disse que era uma estagiária no instituto de física-quântica de Sinnoh.

– Para além disso, conhecemos grupos interessados no seu projeto das quatro regiões que faltam, Kanto, Johto, Hoenn e Kalos. São todas pessoas altamente classificadas e/ou pessoas com elevados estudos académicos. – Platinum garantiu.

– Muito bem… Sendo assim, acho que não estamos aqui a fazer mais nada. Vamos para o meu apartamento, lá falaremos abertamente sobre o assunto. – Cheren anunciou caminhando para fora da banca, logo foi seguido pelo resto do grupo.

…………………Amor intemporal……………………

Depois de poucos minutos de caminho, lá estavam eles reunidos em casa de Cheren, mas não estavam apenas eles os quatro, três outros estudantes conhecidos de Platinum também haviam chegado.

– Muito bem, vamos lá a ver se percebi, vocês são de Kanto, não é? – Cheren disse apontando para um grupo de três.

– Com certeza. Eu sou o Green, neto do professor Pokémon da minha região e estes são Blue e Red. – Um rapaz com um cabelo castanho claro e olhos verdes apresentou-se.

– Blue, estou interessada em pesquisa Pokémon e desde que ouvi falar no Palkia e no Dialga que são os Pokémon do espaço e do tempo que me interessei pelo assunto de viagens no tempo, penso que estudando esse fenómeno vou poder estar mais próxima desses dois lendários de Sinnoh. – Blue, uma menina de cabelo castanho e olhos azuis, apresentou a causa do seu grupo, ela deveria ser a líder deles, mas o porta-voz deveria ser Green, por ter falado primeiro.

– Então e esse terceiro membro que está convosco? – Cheren perguntou apontando para um garoto que se vestia de vermelho.

– Ele? Bem, ele é o Red, ele afirma ser um viajante no tempo. – Green explicou.

– Como assim viajante no tempo? – Platinum achou estranho, Pearl nunca lhe havia contado nada sobre um tal de Red ter viajado no tempo.

– Sim! Eu vos garanto! Eu viajei no tempo! Posso garantir até que Blue não é deste tempo! – Red gritava convicto.

– Como assim não é deste tempo? – Bianca se assustou olhando para a morena.

– Ehehe, ele está sempre fazendo esta piada, costuma contar que ele viajou para um futuro por acidente e lá viu-me, mas Red tem alguns problemas, ele é meio maluquinho, sabiam? Vão ver, se ele vos contar uma história vão ver que há coisas que não batem certo. – Blue explicou simpática, parecia que tinha de explicar muitas vezes aquela história para as pessoas.

– É verdade! Um dia, quando eu ainda era bem pequeno, ainda não tinha conhecido a Blue, me lembro de uma vez ter-me perdido na rota perto de Pallet numa noite de nevoeiro e quando voltei para Pallet Town ela estava meio diferente, o laboratório do professor Oak não tinha telhado mas sim uma espécie de terraço e até as casas pareciam diferentes, algo que não er comum e lá vi uma menina igualzinha à Blue falando com Green, mas ele estava bem mais velho! E depois, eu me vi a mim, com mais anos, falando com essa garota também! Eu fiquei tão assustado que desmaiei pronto e quando acordei, eu estava na rota de Pallet, e tudo o que eu vi tinha desaparecido. O estranho é que tempos depois apareceu uma garota nova na cidade, a Blue, que era igualzinha à garota que eu tinha visto! – Red tentou explicar.

– Red… Deixa eu dizer, mas acho que você sonhou isso tudo! – Platinum constatou rindo.

– Não! Eu estava mesmo lá! – Red quis parecer convincente.

– Não, Platinum tem razão, é muito improvável você ter conseguido ir para o futuro e depois voltado para o passado, contrariar a Flecha do Tempo não é fácil e fazê-lo acidentalmente através de uma tempestade é demasiado coisa de filme. – Cheren constatou a história do outro com a realidade que ele vivia.

– Mas… - Red queria falar, mas Pearl interrompeu.

– Oh, cá está! Encontrei o seu relato, Red. Diz aqui que você se perdeu numa noite de nevoeiro… Mas este relato não tem coerência com as várias histórias que diz que você contou para as autoridades. – Pearl denunciou.

– Uê? – Red engoliu em seco.

– Diz aqui que todas as histórias que você contou são diferentes, as únicas coisas que se mantém são o facto de Blue ter aparecido e você aparecer a falar com ela, e diz aqui também que você estava longe do local onde conversavam, então não dá para ter a certeza sobre quem estava conversando. – Pearl explicou.

– Mas… Como você teve acesso a esses dados? – Red estranhou.

– Eu sou um investigador de viajantes no tempo, as autoridades autorizaram-me a investigar o seu caso. – Pearl anunciou – Eu sou um profissional, não se preocupe, vou dizer o que ocorreu com você, não vai ter mais com que se preocupar.

– Hum… Tá bom… - Red aguardou a explicação dele.

– Para começar, a sua história apresenta incoerências das várias vezes que a contou, o que pode relatar que tenha sido um sonho. – Peal explicou.

– Mas eu estava acordado! – Red insistiu.

– Calma, Red, também há uma explicação para isso. Você provavelmente não estava apenas sonhando, você diz em todas as versões que estava perdido na rota perto de Pallet, certo? – Pearl perguntou.

– Sim, eu estava andando por horas sem conseguir voltar para casa. – Red concordou.

– Bem, podemos concluir que você desmaiou por exaustão e quando alguém desmaia, não tem a sensação que está dormindo, ela tem a noção de estar acordado, mas vivencia coisas que não são reais, assim, como você estava pensando em voltar para Pallet a sua mente o levou para Pallet onde você viu uma garota que você diz ser igualzinha a Blue, mas como também já comprovou, não a conhecia na altura, o que pode querer dizer que a garota podia ser apenas idêntica e quando você viu a Blue por primeira vez, a identificou logo como a garota do “sonho”. – Pearl explicou, ele estava a ser bastante convincente.

– Oh… Dito assim até faz sentido… Red constatou.

– Ei, Pearl, você faz diagnósticos muito bem. – Bianca elogiou.

– Oh, obrigada, é que sabe, eu acho que as pessoas deviam saber o que se passou com elas. – Pearl explicou sorrindo para a loira.

– Vê, Red? Era tudo da sua cabeça, você não viajou no tempo. Não tem de ter medo de mim, ok? – Blue sossegou o rapaz.

– Bem… Se isso é o que diz o diagnóstico… Acho que eu posso mesmo ter sonhado tudo… - Red admitiu.

– De qualquer jeito, o seu relato pode ser útil para a equipa, podemos detetar casos parecidos como o seu e explicá-los com a ajuda de Pearl. Green, Blue, Red, sejam bem-vindos à equipa do Cheren! – Cheren deu as boas vindas.

– Calma aí, rapaz génio, quem disse que isto se iria chamar “equipa do Cheren”? Eu não estou de acordo com esse nome. – Platinum resmungou.

– Bem… Tem alguma ideia melhor? – Cheren achava que o nome era irrelevante.

– Eu gosto do nome “Equipa de viagens no tempo”. – Green achou que quanto mais diretos ao assunto fossem melhor seria.

– Não, assim as pessoas vão logo ver o que fazemos, precisamos de um nome mais poético para chamar à atenção… - Pearl aconselhou.

– Ei, pessoal… - Bianca chamou, todos olharam. – Que tal… Equipa intemporal? Nós viajamos no tempo, né? Nós somos uma equipa em qualquer época…

Primeiro todos olharam estranho para a intervenção de Bianca, mas logo acharam uma ótima ideia.

– Sabe, acho a ideia da garotinha bem engraçada. – Platinum constatou olhando para o seu assistente.

– É, também acho. – Blue concordou com Platinum.

– Muito bem, Bianca, precisamos de pessoas com a sua criatividade para a nossa equipa. – Cheren deu-lhe os parabéns por primeira vez que ela se lembrava.

Bianca sentiu-se uma heroína, se calhar, ela nem era assim tão inútil como ela pensava ser.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo!
Ok, pessoal, era falso alarme, acontece!
O que estão achando? Mereço o seu comentário? Ajude a fic a crescer!
Posso já dizer um pequeno spoiler do próximo capítulo:
"E, de alguma maneira estranha, lá estávamos nós, em Unova... 20 anos à frente..."
Até mais!



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