Lendas Renascidas escrita por 2Dobbys


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

prontooo! aqui está o 5º capítulo!!!!!!!!!! já não têm razão para me matarem, tá? (espero eu...) Super Agradecida pelos reviews que recebi, a sério, vocês inspiram-me! (mesmo quando começam a ter ideias homicidas em relação à minha pessoa... -.-'). Obrigada pelo apoio!!!!!



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V

 

Quando Draco acordou, chegou a pensar que estava em casa. Tão confortável que ele estava, tão quentinho, tão aconchegado…tudo isto o fez sentir bem, lembrando-se de uns certos cabelos que lhe transmitiam essa mesma calma… Granger!

Levantou-se preocupado com Hermione , mas não esperava a dor lancinante que lhe irrompia nas costas. Cada lufada de ar era outro golpe a fazer-se sentir, cada vez mais fortemente. Mas que…? Parecia-lhe que algo vivo queria sair de dentro do seu corpo, qual cria que desespera por sair do seu ovo e descobrir o que lhe é desconhecido. Apenas podia sucumbir à dor, era mais forte que ele. Por favor, que me mate, mas não me deixe viver assim… quando já estava para se deixar levar outra vez pelo esquecimento, Mme. Pomfrey surgiu ao seu lado, ajudando-o a se encostar ao travesseiro. Draco não conseguia enxergar nada com muita clareza devido às dores, mas reparou que ela trazia na mão um frasquinho com um líquido brilhante, juntamente com a sua varinha.

Draco sentia-se pessimamente. Mme. Pomfrey, com um aceno de varinha, fez aparecer então um copo com água e juntou-lhe umas gotas da tal poção. Ao aproximar o copo da boca de Draco, fazendo-o sentir o cheiro, ele apenas sentiu uma repulsa enorme pelo que Mme. Pomfrey lhe queria fazer beber. Uma vontade diferente da dele, talvez uma outra consciência, dava-lhe a impressão de que aquilo seria puro veneno. No entanto, a verdadeira consciência de Draco dizia-lhe claramente que ela apenas queria ajudar a minimizar as dores, não era o que ela sempre fazia? Conseguiu controlar as suas náuseas e obrigar-se a si próprio a beber o 'veneno'. Mal o líquido lhe entrou na boca, sentiu imediatamente um alívio imenso. As dores estavam a parar aos poucos. Já conseguia ver melhor, mas o frasquinho com a tal poção estranha tinha desaparecido.

- Senhor Malfoy, pode dar este à menina Granger quando ela acordar? Não precisa de mais nada, apenas isso. Eu tenho de ir falar com o Director, mas volto logo. Poderia fazer-me esse favor?

Draco olhou para ela e reparou que ela tinha outro copo de água na mão. Também deve ter um pouco da tal poção…

- Tudo bem, Mme. Pomfrey. – e acrescentou quando ela já se ia embora – Obrigado!

Ela virou-se para trás, encarando-o. Ele estava de olhos fechados devido às dores por que passara. Ela mal conseguia conter o espanto. Em todos estes anos nunca aquela boca se abriu para dizer algo agradável…!

- Ora essa, Draco! Espero que se esteja a sentir melhor.

- Muito melhor, obrigado! Se não fosse você, não sei onde estaria neste momento.

A expressão dela arregalou-se mais um pouco – Huh… bem, de nada então. Espero mesmo que trate bem dessa rapariga, está bem senhor Malfoy?

- Tudo bem… mas só se me tratar sempre por Draco. – deu uma risada.

Também ela deu um risinho curto e com uma certa dose de espanto – Tudo bem Draco. – e saiu.

Ele surpreendeu-se consigo próprio; nunca pensou que apenas por falar bem com as pessoas o fizesse sentir assim tão bem. Olhou instintivamente para o seu lado direito.

Hermione dormia serenamente. Ele ficou a apreciar aquela cena agradável até que o acordar repentino dela o fez sobressaltar. Hermione olhou para ele com ansiedade.

- Draco estás bem? Como te sentes? – e tentou levantar-se.

Ele tentou impedi-la de o fazer – Não te levantes, é um conselho! E pára de te preocupares comigo, não vês que estou bem?

Ela não lhe deu ouvidos com a preocupação, e tentou levantar-se. Apercebeu-se logo do mal que fizera: as costas pareciam prestes a romper. Ao gritar, Draco foi logo ter com ela, para a ajudar a sentar-se e a obrigá-la a beber do copo que Mme. Pomfrey lhe dera para ela, mas Hermione recusava-se a beber. Teve que lhe segurar a cabeça para a obrigar. Enquanto ela bebia, ele disse zangado:

- Mas que cabeça dura que tu és! – quase gritou ele com brusquidão - Achas que eu te tinha dito para não te levantares se não soubesse o que te iria acontecer? E já te disse para parares de te preocupar comigo, ok? – e vendo que ela agora bebia com sofreguidão acrescentou já mais calmo – Pois, é estranho não é? Primeiro não queremos beber, essa coisa parece veneno, depois vemos que é um alívio.

Hermione parara de beber e respirava como se estivesse acabado de percorrer uma longa distância a pé, já que tinha bebido tudo de uma vez. Estava com um ar abatido, como se fosse uma criança que tinha desobedecido aos pais e estivesse a ser ralhada por causa disso.

- Desculpa Draco…

Ele surpreendeu-se.

- Huh…pois, ok, eu desculpo – disse ele meio sem jeito – Não te preocupes com isso, apenas quero que confies em mim… - finalizou ele com um ar de aborrecimento.

Hermione sorriu com ternura – Mas eu confio Draco, senão não tinha feito um esforço para beber o que me deste… já agora, o que era aquilo?

Ele encolheu os ombros – Mme. Pomfrey disse-me para to dar assim que acordasses. Ela deu-me o mesmo quando acordei e tentei levantar-me; também me doeram as costas pra caramba!

Hermione já nem ouvia com atenção e estava de sobrolho franzido – Mas então porque é que temos de tomar isso? Apenas parece água, o que tem dentro?

Draco fez um esforço de memória – Bem, com as dores eu nem via bem, mas reparei que ela tinha um frasco com um líquido dentro. Acho que vi ela pôr algumas gotas dentro do copo com água. Mas não achas que estás a fazer um bicho-de-sete-cabeças por uma coisinha de nada? Acho que tens um bocado a mania da Conspiração…

Hermione continuava pensativa, enquanto massajava as próprias costas – Mas o que temos nós para nos doer as costas assim? Eu senti o que parecia ser algo vivo a tentar sair de dentro de mim, tentando rasgar as minhas costas para esse propósito, nem me sei explicar bem!

Mais uma vez, Draco espantou-se com a semelhança de 'sintomas' – É estranho, eu também me senti assim…

Hermione interrompeu-o – Não achas estranho que isto nos esteja a acontecer? Quer dizer, alguma vez conheceste alguém que tivesse perdido a família que tivesse estas dores? E que tivessem de ficar tanto tempo sem contactar com outras pessoas sem ser a enfermeira?

Ele ponderou melhor sobre a situação deles – Realmente…

Os seus pensamentos foram interrompidos pela chegada de que os olhou ansiosa.

- Ah, menina Granger, vejo que já despertou e que está estável. Suponho que o senhor Malf… - mas vendo o olhar de enfado que Draco lhe lançou, logo se corrigiu - …quer dizer, que o Draco a tratou como deveria. – deu um sorriso grande aos dois, que se entreolharam sem perceber bem o que afinal se passava ali – Hum, bem, mesmo estando os dois bem, não sei se será boa altura para…

- Virem cá as nossas 'visitas'? – disparou Hermione com um tom ansioso.

Pomfrey ficou por momentos sem saber o que dizer. Já começa… será que é boa ideia? – Huh… bem, sim! Têm a certeza de que se encontram em condições?

- Perfeitamente! – responderam os dois em uníssono. A enfermeira-chefe deu um suspiro de resignação – Muito bem, então. Vou avisá-los de que já cá podem vir… mas apenas vou deixar isso acontecer muito raramente, perceberam bem?

Pela expressão dela, os dois jovens perceberam de que aquilo não era para ser contestado. Mais valia não discutir, antes que Mme. Pomfrey mudasse de ideias. Pelo menos, ela parecia pouco confortável com a ideia, ou seja, talvez não tivesse sido ela a tê-la, pensou Hermione. O Director talvez tivesse dado uma 'ajudinha'. Esse pensamento fê-la sorrir interiormente. Finalmente iria rever Harry e Ron, ficando assim o trio reunido… mas não! Olhando para Draco, ela pôde perceber no que ele estava a pensar. Afinal, ele teria amigos verdadeiros? Crabbe e Goyle sempre tinham estado com ele, mas eram mais uma espécie de guarda-costas do que propriamente amigos. Pansy e Blaise… nem comentava.

Draco também parecia aperceber-se de que ela lhe lera os pensamentos. Dando um ar de superior com um sorrisinho sarcástico típico, disse – Vamos ver quais dos nossos amigos aparecem primeiro: se os teus ou os meus.

Ela revirou os olhos. Draco mudara, mas ainda havia alguns traços que precisariam de mais tempo para serem refinados.

- Tu não percebes pois não? Se os teus capangas aparecerem será apenas por medo que os enfeitices, nada mais. Achas que eles se sacrificariam por ti?

Draco assustou-se – Que exagero! Realmente, achas que para serem amigos precisariam de se sacrificar por mim?!

Hermione bufou. Draco às vezes era tão cabeça dura!...

- Eu estava a dizer que uma amizade plena, verdadeira, forte o suficiente para resistir a tudo, incide também na capacidade de darmos tudo uns pelos outros, por nossa própria iniciativa… por isso é que eu posso dizer que eles não são apenas amigos, são os meus melhores amigos…

Draco deu uma risada – Não acredito! Não me vais dizer que morrerias pelo testa-rachada e pelo cenourinha?

Hermione deu-lhe um olhar que ele não soube interpretar o seu significado – O 'testa-rachada' de que falas tem nome, que para tua informação é Harry. O 'cenourinha' chama-se Ron. Não voltes a zombar dos meus melhores amigos na minha frente Draco Malfoy. E sim, morreria por eles. Também eles já me deram provas suficientes de que fariam o mesmo por mim. Passámos por coisas que apenas uma amizade muito forte poderia suportar. Podes dizer o mesmo?

Draco estava de queixo ligeiramente caído. Nunca pensara que ela lhe desse semelhante resposta. Quando se deu conta de como estava com ar estúpido, fechou a boca ficando com um olhar confuso no rosto.

- Mesmo o Weasley? – quis ele ter a certeza. Não era possível que aquela aberração do mundo mágico tivesse dado provas do que quer que fosse.

Por momentos, ela lançou-lhe um olhar frio, mas rapidamente começou a rir-se. A cara de Draco era impagável. Aquela expressão de espanto, incredulidade, nojo e dúvida, tudo misturado. O resultado era deveras… engraçado.

- Sim, Draco, mesmo o Ron… ele pode ter um feitio por vezes insuportável, mas consegue surpreender as pessoas. Eu sou uma das que ele surpreendeu, e muito.

- Então ele está apaixonado por ti, e tu também por ele provavelmente. – disse Draco com um encolher de ombros. Nem ele soubera exactamente porque dissera aquilo. Sinceramente Draco, que coisa mais estúpida de se dizer…

Ela arregalou os olhos – De onde tiraste semelhante conclusão?

Draco engoliu em seco. Estava feito. Nem ele sabia a resposta!


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Notas finais do capítulo

hehe... e agora?
sei que este cap foi meio estranho, mas necessário pra fazer ponte pra o que aí vem.
eu gosto particularmente dos próximos caps... quero dizer, não tanto do próximo, mas é necessário... depois vocês comrpeendem

bjo e reviews!!!!!!!