The Game of Time - INTERATIVA escrita por Unknow Writer, Daughter of Athena


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, como prometido, pov do Taio pra vcs! Desculpem, ta meio tarde, eu sei, mas ta aí hahaha
#DaughterOfAthena



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POV TAIO

–Estou te dizendo, Ricky, espere um pouco até que tudo seja esquecido e que a poeira baixe. –O garoto falava calmo com o amigo enquanto esperava o motorista em frente ao colégio. –Não vai resolver nada com raiva.

O outro apenas assentiu e concordou com o conselho do mais alto. Taio Victorinno não enganava com seu porte atlético e galanteador. Apesar dos músculos definidos pelo esporte, seu intelecto não era deixado de lado como muitos imaginavam. Atento, cauteloso. Chegava a ser frio em alguma das vezes devido á tamanho cuidado ao tomar suas ações, estrategista nato, herdou o talento dos pais.

As empresas Victorinno tomavam o país de ponta a ponta, sejam os negócios alimentícios ou tecnológicos, a fortuna da família crescia a cada ação vendida ou comprada. Apesar de todo esse status e poder, Taio não era de se gabar pelos bens dos pais. Por vezes seu espírito de líder nato fizesse as pessoas se confundirem quanto ao sarcasmo que ele carregava no tom de voz, mas não era nada insuportável como os que não gostavam dele adoravam dizer.

–Te vejo mais tarde. –Ele disse e abraçou o melhor amigo quando o Audi A3 preto parou em frente á escola.

–Até. –Taio ouviu Ricky dizer antes de o motorista fechar a porta do carro.

–Senhor? Tem uma carta para o senhor.

–De quem Alfred? –Ele falou, educado. Gostava de tratar seus empregados com o respeito que daria á um amigo, como eles mereciam.

Pegou o envelope cuidadosamente colocado junto ao banco de couro, coçando a barba rala e escura que surgia em seu maxilar largo. Os olhos em um tom de castanho escuro saltaram de palavra em palavra da correspondência e assustaram-se ao constatar que era algo sério e não uma pegadinha como julgara que seria pelo selo russo estampado do lacre.

–O que é isso? –Perguntou o menino espantado. –Está brincando comigo, Alfred? Sabe que pode perder seu emprego, não sabe?

–Perfeitamente, senhor, eu nunca faria uma coisa dessas.

–Aqui diz “EXÉRCITO RUSSO” Alguma idéia?

–Há alguns minutos fui alertado á levá-lo diretamente pra casa, onde dois cavalheiros aguardam sua chegada, Sr. Taio. –O motorista dirigia-se á Taio sem tirar os olhos da pista movimentada. –Disseram-me ser algo de extrema importância.

–E meus pais sabem disso?

Ele perguntou e logo depois se deu conta do que disse. Seus pais nunca estavam em casa e não tinham por que ou como saber o que ocorria na vida do filho. Mesmo com todos os mimos que recebia para suprir a falta que lhe faziam, Taio sabia que não era importante para os pais, não quanto os contratos com empresas chinesas ou novas franquias na Europa.

Ele sinceramente não ligava, era um menino positivista. Não ligava pro que diziam sobre ser filho do dinheiro e não dos pais propriamente ditos e até fazia piada de vez em quando, uma vez que seu enorme senso de humor não permitia que nada passasse batido sem uma brincadeira ou outra.

E ele também tinha a Ricky, seu amigo de outros verões, e ao esporte. O judô, o atletismo e natação estavam com ele em seus momentos mais difíceis e meio que também ajudavam a encobrir o espaço que os pais deixavam em branco em sua vida.

–Creio que não, senhor. –Alfred o tirara de seus devaneios e quando Tio deu-se por i estavam no jardim da mansão dos Victorinno.

–Eu já imaginava. Obrigado, Alfred.

–Não há de quê, senhor. –O mais velho desceu do carro e abriu a porta para o menino. –Venha, estão esperando no escritório de seus pais.

Taio subiu as escadas, cauteloso, mas ansioso para saber o que diabos acontecia ali. Dois homens fardados o esperavam sentados nas poltronas em frente á pesada mesa de marfim repleta de papeis importantes. Eles voltaram o olhar para o garoto alto e corpulento que os observava do batente da porta, o medindo dos pés á cabeça.

–Tem certeza que esse aí tem a idade certa?

–Aqui diz dezesseis anos. Certo, filho? –O outro soldado virou-se para Taio.

–S-sim, senhor. –Respondeu tentando esconder o medo em sua voz.

Ele sabia que não devia mostrar o quão assustado estava. Não á um soldado russo que pretendia levá-lo á um experimento nos laboratórios mais perigosos e loucos do mundo. Já havia visto em uma das suas muitas leituras o que faziam na Rússia, em especial nas bases militares e não gostara nem um pouco do que aprendera. E no geral soldados eram metidos e cheios de si, ele não devia contrariá-los.

–Temos que levá-lo para junto dos outros ainda esta tarde, então se apronte...

–Ou mande seus empregados fazerem por você... –O militar carrancudo cortou o colega.

–Para onde vão me levar? –Disse jogando a mochila pesada no chão tentado passar confiança, mas sem faltar com respeito. –Preciso avisar meus pais. Estão na Inglaterra nesse momento, sabiam?

–Não nos venha com essa. Sabemos que os velhos não dão a mínima pra você, garoto. Agora esteja pronto quando voltarmos.

–Não adianta tentar fugir. –O homem mais baixo disse quando se levantaram para sair do cômodo. –Ou terá problemas.


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Notas finais do capítulo

Digam o que estão achando nos comentários!
P.S: CAPA NOVA, MAS PROVISÓRIA, NÃO SÃO TODOS OS PERSONAGENS QUE ESTÃO NELA, MAS JÁ JÁ MUDAREMOS, 2BJS