Assassin's creed Union - Livro I - Chegada escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 43
A Resposta de Oliver


Notas iniciais do capítulo

Saudações Assassinos e Assassinas! E com grande prazer que estamos de volta com mais um capitulo de Assassins Creed Union!!! O capitulo de hoje é um marco. A um ano atras surgiu a ideia de publicar uma fanfic com um crossover diferente, juntando Frozen e Assassins Creed e uma só historia. Fui escrevendo e ouras personagens foram entrando no enredo. Me separei de minha ex-esposa e fiquei afastado do meu filho... Fio uma época difícil e esta fanfic foi o que me manteve de pé. Cada passo que Serge dava era uma passo que eu dava em minha vida ele me ensinou que nunca devemos desistir de nossos sonhos e metas, sejam quais difíceis elas forem. Agora mais maduro me sinto muito mais unido com meu filho do que antes e devo agradecer muito a minha família que me acolheu de volta de braços abertos. Tivemos muitas coisas nesta historia e ainda teremos. Até plagio já sofri, mas nada bate um original, NADA!!!
É com esse testo que eu agradeço a cada um de vocês leitores que me incentivaram a ir em frente e hoje como presente de aniversario da fic um capitulo memorável e cheio de emoções, sem mais delongas e enrolação... Vamos ao capitulo da semana!



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Frio...

Era essa a sensação que preenchia seu ser naquele instante. Mesmo com as chamas tremulando em volta daquele cenário todo destruído não se sentia aquecido, pelo contraio... Sentia o frio mais cruel e difícil de suportar, o frio da solidão, o frio do abandono, o frio do medo...

Caminhava sem rumo pelos destroços. Seus pequenos olhos vertiam lagrimas de dor, cada passo que dava era uma batalha, cada metro vencido era uma conquista, mas tudo isso era ilusório. Pois por mais que ele andasse aquela visão não tinha fim.

Este é...— Profere o menino com sua voz fraca e seus olhos sem brilho. – O inferno?— Caindo de joelhos logo sem seguida, fechando os olhos e ouvido o urro da besta que o perseguia mais próximo.

O menino abriu os olhos novamente e todos lhe encravam, ele já se encontrara no meio do circulo, mas não havia proferido nenhuma palavra até agora.

— Oliver? – Chama Serge ao ver o menino calado.

Ele nem se mexe, parece que nem ouviu sua voz. Viu o colocando a mão sobre seu peito e ouvir a seguinte frase:

— A coragem... Preenchem-nos nós momentos mais difíceis e impossíveis de nossas vidas. – Estende a mão a sua frente. – Com ela podemos realizar qualquer coisa, até mesmo vencer o maior dos medos.

Gerik ouve atentamente as palavras do menino e lhe pergunta:

E que medo seria esse, meu jovem?

Oliver sem pestanejar fecha com força seu punho e responde:

— A força mal empregada!

Todos arregalam os olhos em surpresa, principalmente Serge, pois foi ele quem lhe havia ensinado que uma força mal usada pode gerar grandes desastres e pode acabar fazendo aqueles que você quer proteger sofrerem... Assim como aconteceu com Elsa e Anna.

Mas por que ele esta dizendo isso agora? – Se pergunta o Assassino, então... – Anna?

Sim Serge.

— Preciso perguntar algo e quero que seja franca comigo. – Diz o Assassino serio. – O que aconteceu com o Oliver enquanto estive dentro de Crissaegrim?

Os olhos da princesa se arregalam ao ouvir tal pergunta, então rapidamente vira seu rosto, evitando fitar os olhos penetrantes do Assassino que estavam fixos nela.

Como ela iria explicar...

— Quando você entrou em Crissaegrim eu vim buscar o Oliver para me ajudar a pegar o cristal que se encontra agora fixado a sua espada.

­Serge ouvia atentamente.

— Porque você o levou? Ele é apenas uma criança, ainda nem sabia usar direito uma matéria, muito menos uma espada! – A voz de Serge demostrava sua irritação. Não queria ter que fazer isso, muito menos com sua princesa, mas queria informações e saber o motivo de envolver Oliver nessa historia. – Você precisa me explicar o que...

— Serge!

A voz do menino foi ouvida o interrompendo.

— Por favor, não culpe a Anna, ela não teve outra solução só eu podia pegar o cristal de Crissaegrim.

— Ah?! – Serge se surpreende com as palavras do menino. – C-Como assim?

Oliver... – A voz de Anna sai como um sussurro.

— Que tal nos explicar jovem Oliver. Talvez assim possa elucidar tudo... Se bem que... Eu já tenho um palpite do que se sucedeu. – Diz Allen olhando para a espada nas costas de Oliver.

— Estou confuso! – Exclama Serge.

Eu idem! O que tá pegando?! – Brada Fenrir exaltado.

Paciência meus jovens! Deixem o menino falar. – Exclama mestre Gerik com sua voz firme. – Continue meu caro.

Oliver suspira.

— Eu... Não tenho muitas lembranças do que aconteceu em minha jornada com a Anna... Isso é fato, mas... Aconteceu algo que realmente me fez ver o quanto Serge estava certo sobre a força.

O Assassino sente seu peito pesar, sentiu algo nas palavras de Oliver, eram fortes e dolorosas. Como se... Ele tivesse se lembrado de algo muito doloroso.

— Ouve um fato... Quatro anos atrás que marcou minha vida, eu havia me esquecido por causa do trauma, mas quando fui em minha jornada ele voltou com toda a força, eu não sabia se era uma punição ou um teste... Só sei que graças a ele... Eu finalmente entendi... – Olha para o céu de espadas. – O motivo de eu ter sobrevivido...

Quatro anos atrás...

Era domingo, um dia normal como qualquer outro, um dia em que famílias ficavam juntas e iam à igreja. Em uma dessas igrejas estava para acontecer um fato que marcaria para sempre a memoria de um menino.

O pequeno Oliver tinha oito anos e ira fazer nove daqui a um mês. A vida dele e de sua família era boa naqueles tempos. Seu pai trabalhava com forjaria e no concerto de veículos, como carruagem e até algumas armas. Sua mãe trabalha na casa da família Dunbroch como governanta e ele cuidava de seus dois irmãos menores na ausência dos pais.

Valencia passava por um momento pacifico, não havia hostilidade e nem violência, mas aquilo iria acabar muito em breve...

— Mãe você vai trabalhar hoje? – Pergunta o pequeno Oliver a sua mãe que se arrumava para sair.

Ela sorri fraca, se aproxima e se agacha dando um beijinho em sua testa.

Eu sei que prometi ficar em casa hoje meu anjo, mas a senhora Eleonor vai dar uma grande festa hoje e pediu para que todos os criados e criadas comparecessem sem falta para ajudar na festa.

O garoto cruza os braços enfezado.

Mas hoje é Domingo! D.O.M.I.N.G.O!!!! ­Soletra o menino. – Dia de descanso lembra? E hoje é o dia da minha primeira comunhão, se lembra?!

A mãe do menino abaixa os olhos tristes, havia sido ela que insistiu em seu filho em fazer o castíssimo, pois queria toda a família abençoada e justamente no dia em que ele ia receber o corpo de cristo ela tem que se ausentar. Se agacha e acaricia seus cabelos.

Eu sei como deve ser difícil, mas entenda! Eu vou receber um extra graças a esse trabalho e depois é só esse...

— UMA OVA!!! – Brada o menino assustando sua mãe. – Você vem dizendo isso há meses e por varias e varias vezes você teve que ir trabalhar de segunda a domingo, de Sol a Sol e pra que? Por causa de uma merreca!

— Filho!

— Essa dona Eleonor só te explora e você se ferra e pra que? Para momentos como esse em família você vai ter que sair para fazer a felicidade de outras pessoas... E a nossa mãe?! Me diz? – Esbraveja o menino.

Silencio se seguiu na casa onde a família morava, as palavras duras de Oliver acertaram o mais profundo centro de sua mãe. Sabia que deveria colocar a família em primeiro lugar, Ordor seu marido havia dito isso a ela varias vezes, disse que poderia largar o emprego que ele assumira as despesas da casa, já que trabalho para ele não faltava, chegava tarde em casa e as vezes tinha que trabalhar aos finais de semana, mas Oliver e seus irmãos nunca reclamaram, porque?

Porque para as crianças o amor de uma mãe supera cem vezes o de um pai.

Ordor poderia estar certo, mas...

Escute aqui! – Diz Helen com autoridade. – Você ainda é uma criança e não sabe nada sobre o mundo dos adultos, deve entender que às vezes sacrifícios devem ser feitos para um bem maior e esse bem é o bem estar de nossa família!

— Mas...

— Nada de mas!!! Você vai para sua comunhão e depois seu pai e eu decidiremos seu castigo, por levantar a voz pra min, fui clara?!

O pequeno Oliver se cala e faz um enorme bico e sem dizer nada saiu correndo pela porta deixando sua mãe falando sozinha.

— Eu não queria ouvi-la, alias... Eu não queria ouvir ninguém! Estava com raiva dela por achar o emprego mais importante que a família, estava com raiva do papai por também não parar de trabalhar. Ninguém via que... Nossa família estava se separando. – Diz o menino abaixando a cabeça.

Todos o ouviam em silencio atentos a cada palavra.

— E depois? – Pergunta Serge.

— Bom... Eu meio que corri feito um doido pela cidade, estava com muita raiva da minha mãe. Não queria vê-la, nem a meu pai, passou algum tempo e me vi atrasado para a celebração, mas nem isso me importava mais, eu só queria ficar sozinho. Eu só não tinha ideia que algo tão horrível ia acontecer.

16h30min da tarde.

O pequeno Oliver caminha pelas vielas de Valença com a cara emburrada.

Ela não entende, não consegue compreender que só estão se aproveitando da boa vontade dela! – Reclama chutando uma pedra. – Minha mãe é muito boa e não percebe isso, mas eu sim!

Para sua caminhada e olha para o céu da tarde.

É tão ruim assim querer ter a família próxima? Digo... Eu sei que temos que trabalhar pra sustentar a casa, mas... Às vezes eu só queria...

— Que todos estivessem juntos? – Pergunta uma voz ao menino.

— Pois é eu queria muito isso, um tempo só nosso, sabe? Sem patrões mercenários e senhores e senhoras esnobes pra encher o saco!

— Concordo plenamente! – Responde a voz.

Obrigado!

Cinco segundos depois...

— Mais heim?! – Exclama o menino se sobressaltando. – Q-Quem disse isso? – Pergunta o menino olhando para todos os lados a procura do dono da voz, mas não havia ninguém a vista. – Será que eu to delirando?

— Não tá não! Isso eu posso garantir.

O menino ouve a mesma voz, porém vindo de cima dele. Ergue a cabeça para uma construção a direita e vê sentando uma figura com trajes nada tradicionais.

Oi! — Responde a figura.

O pequeno Oliver olha para o estranho e simplesmente responde de volta:

E... Oi... Seja lá quem for. – E de mansinho da alguns passos recuando.

O estranho ao ver aquilo exclama:

— Ei! Fique tranquilo, não vou te fazer mal.

O menino para.

Ah?

— Eu estava aqui em cima tirando uma pestana da minha longa jornada e acabei sem querer ouvindo seu monologo. Muito interessante por sinal.

O pequeno serrou os olhos, encarou pensativo o sujeito e algumas coisas vieram em sua cabeça.

Estanho... Roupas estranhas... Jeitos estranhos... Modos estranhos... Em suma... TUDO ESTRANHO. – E a recomendação de seus pais foi; – A de nunca falar com um estranho! 

— Ei... Eu to ouvindo tá?

Na mesma hora o garoto tapa a boca, era um de seus péssimos hábitos, pensar alto!

Aí, merda!

— Há, há, há!!! Você é engraçado! – E pula do telhado em direção a rua ficando de frente para o menino, fazendo o se assustar e cair sentado no chão.

Ele... Pulou daquela altura e não tá nem machucado...

— A isso? – Olhou para o telhado. – Acredite, já pulei de alturas muito maiores!

— Mesmo? – Pergunta o menino surpreso.

Mesmo, mesmo!

— Nossa... Mas quem é você? – Pergunta o menino se levantando.

Eu? – Pergunta o estranho apontando para si mesmo. – Sou apenas um andarilho.

— Andarilho? – O pequeno Oliver olha para o sujeito e percebe suas roupas bem diferentes das de um Valenciano. Chapéu negro e comprido que escondia suas feições, manto batido que cobria seu corpo, tinha pés estranhos que se apreciam com patas e atrás de si carregava um embrulho enrolado em um pano marrom. – Você é um pouco esquisito! — Solta o menino sem papas na língua e o estranho ri.

Há, há, muitos dizem isso! Mas mudando de assunto meu jovem, parece que sua cabecinha esta em conflito?

O menino ao ouvir isso se cala, abaixa sua cabeça e diz:

Do que você sabe?

— Hum?

— O senhor é só um andarilho, não deve saber muito sobre a vida e família e alias isso é um problema meu, agora se me der licença! – Exclama o menino passando pelo andarilho.

Você ama sua mãe?

Oliver para.

O que disse? – Se vira encarando o andarilho que estava de costas para ele.

Perguntei se você ama sua mãe?

Oliver torce a boca e resmunga:

Mas que raios de pergunta é essa?!

— E então? — O andarilho se vira para ele. – É uma pergunta simples, ama ou não ama?

Oliver não entendia onde o estranho queria chegar, sua cabeça de oito anos era nova e não conseguia entender coisas complicadas, mas de alguma forma aquelas palavras...

Eu...

Mexeram com ele.

Sabe meu jovem. – Caminha para perto de Oliver, se agacha ficando na sua altura. – Às vezes os adultos pensão que estão sempre certos. Já reparou nisso?

O menino concorda com a cabeça.

Minha mãe não entende. – Abaixa os olhos. – Eu sei que eu fiz mal em ter gritado com ela, mas ela não percebe... Ela é tão boa e gentil que não vê que as pessoas se aproveitam disso, eu tentei dizer isso pra ela, mas...

— Ela não quis te ouvir não é?

— Não... – Responde triste o menino.

Entendo. Mas você sabe o que porque de ela não querer te ouvir?

— Ah? — O menino ergue o rosto em surpresa.

Medo.

— Como?!

— Lembra que acabei de falar que os adultos acham que estão sempre com a razão.

— Lembro.

— Isso porque muitos se não a maioria, se prendem as coisas que fazem.

— Se prendem?

— Isso mesmo, eles estão tão acostumados com essa vida, que se algo diferente acontecer ou mudar, eles se perdem e acabam cometendo ainda mais erros, já que estão perdidos.

O menino encara aquilo confuso.

Eu... Acho que não entendi?

O andarilho ri:

É normal! Você ainda é uma criança, cheia de esperanças e sonhos, isso é o que diferencia dos adultos. Muitas das vezes por não compreenderem o significado do erro, acabam persistindo nele, achando que estão fazendo o bem, mas na verdade não estão. Sua mãe por exemplo. Ela foi trabalhar no Domingo, pensando que isso faria bem para ela e sua família, mas sem ela saber isso acaba fragmentando e às vezes criando atritos entre aqueles que ela mais ama.

Oliver ficou boquiaberto, mal conheceu aquele homem e ele parecia já saber tudo sobre ele.

C-Como você sabe de tudo isso?

— Como eu sei? Hum... Digamos que eu já vi muitos casos parecidos como o seu e acredite foram muitos mesmo!

Mas então, o que eu faço? Se ela não me ouviu antes como ela vai me ouvir agora?

O Andarilho se levanta coloca a mão direita sobre a cabeça do menino e responde:

Não desistindo oras!

— Ah?!

— Você perdeu uma luta, mas não é o fim da guerra, basta apenas que você continue tentando, até que sua pequena voz se torne forte e ela possa ser ouvida, não apenas por sua mãe, mas como a todos a sua volta. Mas te dou uma dica, já que é a sua mãe seja mais gentil. Talvez isso te de alguma vantagem.

Aquelas palavras caíram na cabeça do garoto como água. Sua mente pesada e nublada havia esvaziado e ele agora pensava melhor e percebe que também errou em gritar com sua mãe, o andarilho tinha razão, ainda podia ser ouvido só tinha que tentar de novo, mas dessa vez com mais ênfase e calma.

Talvez se eu pedir desculpas também, pelo meu erro? – Ergue a cabeça para o andarilho e reparou um sorriso surgindo por debaixo do chapéu.

Isso já um bom começo, agora eu preciso ir! – Responde se virando. – Opa! Já ia me esquecendo, qual o seu nome meu jovem?

O menino com outro semblante responde:

— Oliver... Oliver Lafariel e o seu?

E o estranho responde:

Cassius! Apenas Cassius, até aproxima jovem Oliver!

E corre pelo beco sumindo em um piscar de olhos fazendo os olhos do menino reluzirem.

Isso foi muito legal!!!

Ao olhar para o céu reparou que estava escurecendo.

Acho que vou para a igreja, afinal minha mãe havia pedido para eu receber a comunhão, vou dar esse presente a ela.

E se vira tomando o caminho oposto o de Cassius rumo ao à igreja onde ia receber sua comunhão.

Durante o percurso se sentia feliz por ter encontrado alguém diferente e ao mesmo tempo tão sábio.

O mundo é uma caixinha de surpresa mesmo.

Continuo caminhado até a igreja, se sentia feliz, mas logo isso mudou, quando começou-a se aproximar da igreja e ver algo vermelho ao horizonte. De inicio não entendeu.

Será que já acabaram a celebração? Não, estou atrasado mais nem tanto assim.

Era costume após a comunhão, o povo festejar com uma grande fogueira, porém a fogueira era diferente dessa vez.

Quando Oliver chegou mais perto viu algo que congelou seus pequenos olhos.

A igreja, onde iria fazer sua comunhão junto com outras crianças... Estava em chamas.

— .... – Não conseguiu proferir nenhuma palavra, seu pequeno coração palpitava sem parar, suas mãos ficaram frias apesar do calor e as lagrimas caiam de seus olhos turvos.

Medo...

Fraqueza...

Tristeza...

Sofrimento...

Desespero...

Tudo isso se junto naquele pequeno corpo que não aguentou a explodiu em um grito que ressoou pelo campo aberto e sem pensar em mais nada, o que era certo ou errado ele correu, seus sapatos saindo de seus pés, seus cabelos castanhos desgrenhados balançando, sua boca seca e seus olhos em pesadas lágrimas.

Padre!!! Pessoal!!! – Gritou o menino de fora da igreja. – Alguém, qualquer um, me responda?!

­Correu em torno da igreja, não via nenhuma saída, tudo estava bloqueado pelo fogo.

Meu Deus, NÃO!

Volta para a entrada onde a porta dupla de madeira estava trancada e num misto de desespero e na ânsia de ajudar tentar abrir a porta, mas acaba queimando as mãos.

Aí!

Aperta suas mãos e olha desesperado para a porta e sem pensar arranca em uma corrida e choca seu pequeno corpo contra a grossa porta que treme, mas não abre.

Abre!

Toma outra arrancada e se choca contra a porta mais uma vez, porém dessa vez deslocando seu ombro. Mesmo assim não desistiu e em uma terceira tentativa se choca contra a porta finalmente a abrindo.

Uma imensa onda de calor se propaga pelo ar, o menino cobre os olhos, quando finalmente a onda passa, abre seus olhos e a visão que teve congelou em sua mente.

Corpos queimados espalhados por toda a igreja, no chão nos bancos, os vitrais explodiam devido ao forte calor.

O menino tentava formar palavras, mas nada saia, foi quando ele olhou para o altar e viu a coisa mais medonha que alguém poderia ver.

Sentado na escada do altar, jazia uma imensa e horrenda criatura, seu corpo era decrepito, não possuía carne, era como uma pilha de ossos completamente em chamas, seu braço direito curto com garras imensas, o esquerdo longo com pelos brancos em chamas e a cabeça de um demônio com quatro chifres.

A besta pegava algo com sua mão direita e enfiava na boca, algo que o menino não conseguia distinguir, estava paralisado de medo, se urinou ao ver tamanho pesadelo a sua frente.

O... Quê... É isso? – Sussurra o menino não acreditado no que via, foi quando pisou em falso fazendo o assoalho ranger, na mesma hora olhou para a criatura que parou de comer e lentamente se voltou para a fonte do barulho... Ele! – Não...

A besta se ergue jogando seja lá o que for que estivesse comendo longe e se levanta, era enorme, magro mais enorme, seus pés eram magros, mas sustentavam tamanha aberração que começou a caminhar lentamente até ele.

Não... Não!  

Dizia o menino que recuava, queria sair correndo dali mais a besta se empinou e berrou fazendo toda construção tremer. O menino cobre os ouvidos quase perdendo os sentidos, quando sente a garra do mostro o agarrando.

— NÃO!!! ME SOLTA!!! – Grita em desespero o menino.

Nessa hora pode ver a criatura sorri, adorava criança a carne e os ossos eram tão macios.

Você é o ultimo!!!

E aperta o garoto o fazendo cuspir sangue.

A besta o ergueu fitando em seus olhos e diz:

Venha, seus amiguinhos estão esperando... Dentro da minha barriga!!!  

E joga o menino no ar abrindo a boca logo em seguida e tudo ficou escuro. 

De volta ao circulo de pedra...

Oliver estava parado no meio deles, com sua cabeça baixa fazendo seus cabelos dourados cobrirem seus olhos. Podiam sentir os olhares de todos sobre ele.

— Oliver... – Serge pronunciou o nome do discípulo. Sentiu em cada palavra descrita por Oliver o medo, o desespero e o sentimento de incapacidade, só podendo olhar e não fazer nada. Assim como ele se sentiu quando Lynx matou sua mãe adotiva e seus amigos no orfanato, a tal besta usou o mesmo ardil, encurralou pessoas inocentes e as matou... Uma a uma. Só de imaginar o que seu pequeno amigo e discípulo passou fazia seu sangue ferver e morder os lábios com tanta força que um filete de sangue escorre por seu queixo.

Olhou para seu lado esquerdo e viu Anna cobrir o rosto, ela já não conseguia conter as lágrimas, pelo visto ela não conhecia tudo sobre eles.

Meu jovem... Você quer fazer uma pausa? – As palavras de mestre Gerik acordaram o lobo branco de seus pensamentos, mas com certeza já tinha um novo alvo em mente.

Parece que mais um monstro entrou na minha lista de alvos! – Rosnou em sua mente e pode sentir seu Ra-seru rosna em concordância com ele...

— Não! Eu não quero. – A voz de Oliver trás Serge de seus pensamentos. – E Serge... Antes que você pense em matar esse bicho... Pode esquecer!

— Hum?!

E surpreendendo a todos o menino aponta para si mesmo.

— Esse bicho é meu! E ninguém tasca... Fui claro?! – Disse o menino com seus olhos vermelhos em chamas.

— O quê?!

Oliver o que você esta dizendo?

— O que vocês ouviram! – Exclama o menino erguendo o rosto. – Esse demônio matou diversos amigos e conhecidos meus, acabou com o sonho e esperanças de muita gente! Era pra eu ter morrido naquele dia... Mas eu sobrevivi, não sei como mais aqui estou eu, pronto para honrar aqueles que tiveram suas vidas ceifadas sem chance de se defenderem e foi graças a eles que consegui... – Coloca sua mão sobre sua espada. – Minha relíquia... Last Tear.

Depois o menino encara seu punho.

— Vocês acreditam que eu só lembrei-me de tudo isso há pouco tempo?

Ninguém respondeu.  

— Aquilo foi tão horrendo, tão tenebroso que eu apaguei da minha mente.

Sua voz saia com fúria, mas ele já não conseguia conter as lágrimas.

— Eu vivia com medo do fogo. Nem imaginava o porquê disso, mas agora que sei... Chega a ser irônico, né? Podem rir eu sou um bobo mesmo...

Antes de o pequeno guerreiro terminar sua frase sentiu os braços fortes daquele que tanto admira lhe envolverem. Não importava sua posição ou status, para ele o menino serra sempre um irmão mais novo e nunca iria rir dele.

— Oliver... Já basta.

— S-Serge?

O Assassino o abraçou mais forte.

— Eu te entendo, muito bem e posso te dizer com toda a certeza... Você não é um bobo e nem nuca será!

O menino arregala os olhos em surpresa.

— Isso mesmo! – Allen se manifesta. – Nunca iriamos rir de alguém que conseguiu transformar seu maior medo, em sua maior arma!

— Ah!? – Oliver exclama em surpresa.

— Não percebeu ainda Oliver? Você acabou de dizer que tinha medo do fogo, mas você agora o utiliza em pro dos outros... Meu amigo isso é uma prova de extrema e única de Coragem!!!

— Coragem... – Sussurra o menino, ao mesmo tempo em que Serge se separa do abraço.

— Isso mesmo. – O Assassino coloca sua mão sobre sua cabeça bagunçando seus cabelos. – Você pode ter apagado esse trauma de sua mente, mas as chamas da coragem te fizeram te lembra de quem você é realmente! – Retira a mão da cabeça do menino e aponta para seu coração. – Um bom filho que se preocupa com a mãe e com bem estar de sua família.

A imagem de sua família surge em sua mente.

— Alguém que não esquece uma promessa.

Fechou os olhos e se viu de novo naquele lugar escuro e frio, os destroços agora eram reconhecidos como sendo os da igreja onde a besta matou a dezenas de pessoas.

Eu voltei pra cá.

Olhou para trás e viu um menino caminhando sobre os destroços, passou por ele sem o encarrar. Oliver o viu se distanciar e o chamou:

Ei... Ai aonde você vai é o inferno.

O menino não respondeu.

Porque você continua seguindo por ai?

O menino para caindo de joelhos, Oliver podia ouvir seu choro.

Por que... ­– Sussurra o menino que vira o rosto em lágrimas revelando ter o mesmo rosto que ele só que mais novo.

Mas o que?

Eu simplesmente... Não posso parar...

Oliver se aproxima do seu eu mais jovem e pergunta:

Não pode parar, por quê?

E seu eu mais jovem responde:

Porque eles ficariam tristes comigo!

Foi então que ele entendeu... Aquela versão dele mais jovem era um sentimento, um sentimento que ele tentou apagar com todas as suas forças por causa do medo, mas que lá no fundo nunca o abandonou que era o seu maior desejo o destruir aquele inferno! Para que ninguém mais sofresse como ele.

Lá no fundo ele ouve o monstro berrar, mas desta vez ele não sente medo, abaixa a cabeça e ergue a mão para seu eu mais jovem e diz:

Desculpe pelo atraso... Mas eu finalmente me lembrei, você não vai mais ficar sozinho.

O pequeno Oliver pisca sem acreditar.

Não vou?

— Não... Porque eu estou aqui pra te buscar... Minha coragem!

Essa foi à resposta proferida pelo escolhido que ao dizer tais palavras vê sua versão menor sorri em lagrimas e seu corpo brilhar em uma intensa luz dourada e desaparecer, restando no lugar uma bela espada dourada com cabo dourado, um joia em sua ponta, sua lamina era dourada e branca com cinco furos em sua extensão. O menino ao ver tal arma suspira e sorri e tomado de coragem coloca sua mão direita sobre o cabo da espada e um mar de chamas irrompe dela subindo aos céus tomando a forma de uma imensa besta com asas e chifres.

A besta pousa ao chão e olha para o menino que ouve uma voz ecoar sem uma mente:

Você... Jovem guerreiro. Tu enfrentaste seu passado doloroso, um medo que lhe corrompia e o fazia vacilar em seu caminho. Eu lhe pergunto? Tu aceitas o poder de mudar o destino?!

Oliver olhou para a criatura e responde com ênfase:

SIM!

— Lutara com todas as suas forças para que a coragem de outros não esmoreça?!

E novamente ele respondeu:

SIM!

— Ultima pergunta... – A criatura aproxima seu rosto para perto do menino e diz; – Quem sou eu?

E o menino sorri e responde:

Minha Coragem!

Ao ouvir isso as chamas se dissipam e Oliver contempla o enorme dragão a sua frente.

Sou Bahamut! Filho de Mirian e Kaiser, Rainha da Paz e Rei dos Dragões! É com honra que te aceito como meu regente!

Se curva de ante do menino que toca e seu focinho.

E eu te aceito, mas não como regente e sim como amigo! Topa?

O dragão arregala os olhos em surpresa e em poucos instantes seu corpo brilha e sua forma gigante desaparece dando lugar a uma forma mais fofa e infantil.

Topo!

Gostei dessa forma. –Responde o menino. – Agora... – Com toda sua força puxa a espada do chão que um faixo de luz dourada une céu e terra indicando que o menino havia passado em seu teste e conquistado a Reliqua e seu Ra-Seru.

Ao abri os olhos novamente esta de volta no meio de seus amigos que olhavam para ele.

— Eu tenho minha resposta! – Exclama olhando para mestre Gerik.

O velho mestre acena com a cabeça para ele.

Então nos diga meu jovem. O que sua jornada lhe mostrou.

O menino caminha até próximo do mestre junto com seus amigos e responde.

— Apreendi que não importa o quão jovem você é. A coragem dentro de você te faz ser capaz de enfrentar qualquer coisa... Até seus maiores medos. Eu não sei o que o Serge o Allen e eu vamos enfrentar, mas de uma coisa eu sei vamos enfrentar tudo JUNTOS! Pois assim é que deve ser, Unidos podemos fazer tudo e Unidos tornaremos o impossível, possível!

Ao ouvir essas palavras encorajadoras Gerik não poderia fazer mais nada, há não ser aplaudir.

Magnifico! Simplesmente magnifico! – Exclama o mestre.

— Eu que o diga! – Exclama Serge, também aplaudindo.

— Deveras! Um jovem mestre acaba de nascer! – Exclama Allen se juntando ao corro de aplausos.

— Deus lhe abençoe menino! – Exclama Frei Thomas aplaudindo.

Ah, Oliver to tão orgulhosa de você! – Exclama Anna se agachando e dando um beijo em sua bochecha direita, fazendo o menino sorri de ponta a ponta.

— E também é claro... Receber belas recompensas como esse beijo da Anna, KKKKKK!!!

Foi só dizer isso que os aplausos sessam.

— Tava demorando pra ele voltar ao normal! – Comenta Serge dando um cascudo na cabeça do garoto.

— AI!!!

Serge não seja violento!

O Assassino olha torto para a princesa e responde.

— Anna acredite... Você não vai querer-me ver violento, pode apostar! Mas mudando de assunto parece que todos nós falamos sobre nossas experiências e tal... Mas e agora?

— Bem pensado Serge. O quê vem agora Anna? – Pergunta o menino.

— Sim, afinal qual motivo para nós reunirmos aqui? – Pergunta Allen.

A princesa muda sua feição brincalhona, dando lugar a uma mais seria. Olha para mestre Gerik que prossegue.

Fiz essas perguntas há vocês com intuito de testar suas virtudes e corações. Mas mais do que tudo... Vocês acreditam na Aura do fundo de seus corações e isso deve ser a força que deve lhes guiar sempre!

— Meu irmão? – Thomas acha estranho aquele comentário.

Thomas... Serge... Oliver... Allen... E também Fenrir, Valefor e Bahamut. – Diz Gerik olhando para cada um. – Vocês estão aqui hoje para darem continuidade a uma missão que foi iniciada a muitas e muitas eras atrás!

Ao ouvirem aquelas palavras os quatro humanos e os três Ra-Serus arregalam os olhos e Anna toma a frente.

Vocês irão ouvir agora... A Lenda dos Doze Zodíacos...

E assim com feições e expressões de surpresa e sem entender nada, Anna e Gerik começam seu relato.


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Notas finais do capítulo

E assim entramos no tema principal da saga de Assassinis Creed Union... A Lenda dos Doze Zodiaco! Preparessem para conhecer o motivo que levou Anna a reunir seus tês cavaleiros!

Até a próxima pessoal e novamente muito obrigado por lerem e curtirem esta historia e...

VOCÊ JÁ SENTIU A SUA AURA!!!

Musica quando a igreja esta em chamas até a aparição da besta: https://www.youtube.com/watch?v=BCDEDi5gDPo
Musica quando Oliver conquista sua relíquia https://www.youtube.com/watch?v=qqClwk0uTnc



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