Assassin's creed Union - Livro I - Chegada escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 2
O Lobo Branco


Notas iniciais do capítulo

E assim começamos a jornada!



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10 anos depois

Valência, Espanha 1745

A lua estava no topo naquela noite. As estrelas cintilavam pelo céu. Lá em baixo na cidade podia se ouvir musica e cantoria. Era a “LasFallas de Vallencia”. A mais divertida e popular festa que existe na Espanha. O povo comemorava a chegada da primavera, após um logo e rigoroso inverno as pessoas comemoravam a chegada da nova estação dançando, cantando e brincando. Homens bebendo, ou dançando com suas mulheres, casais namorando e crianças correndo por todo o lugar; os trovadores tocavam seus alaúdes com força e vigor cantando canções típicas e até épicos sobre dragões e deuses. Bonecos gigantes eram construídos durante o ano todo para este evento que consistia em escolher qual seria o mais bonito. Os que não eram escolhidos eram queimados em uma grande fogueira. Todos comemoravam e dançavam exceto por uma pessoa. Do alto de sua bancada em seu palácio o duque de Valencia assistia a festa com olhar de repulsa e desdém.

– Olhe pra isso Roam, parecem um bando de macacos se contorcendo. Fazem uma festa apenas pela chegada de uma nova estação e ainda por cima gastam o dinheiro que deveria ser para os impostos para fazerem esses bonecos gigantes que só duram algumas horas. Dinheiro que deveria ser usado para nossa causa. Não sei ainda porque permito tal ato na “minha cidade” – Diz o Duque de Valência Pedro Altos, tomando sua bebida.

– “Sua cidade”? O que é isso Pedro?! Acho que está se esquecendo quem te colocou no poder não é?

– Vai ficar me lembrando disso Roam? – Ele se volta para o homem sentado junto a uma enorme mesa redonda.

– Vou, até você se conscientizar de que temos que dar certa “liberdade ao povo”, pois só assim vão nos obedecer e serem os macacos que vocês diz... Ou serãoburros?

– Sim é verdade! Nossa causa comparada a deles não é nada, eles são apenas meros peões, grãos de poeira nesta vasta terra que será nossa! – Diz o governador debochando do povo.

– Então desencane de uma vez do povo e vamos começar a pensar em nossa reunião. Já esta tudo pronto?

– Sim, tudo como combinado, já enviei meus mensageiros mais experientes para entregar as cartas de convocação. – Diz o duque tomando outro gole de sua bebida.

– Pedro eu nunca gostei dessa sua idéia de mandar mensageiros para entregar as convocações. Sempre lhe disse para aproveitar as reuniões e entregar pessoalmente às cartas aos nossos. Essa sua manobra é muito arriscada principalmente se alguns certos... Certos Assassinos, ficarem sabendo disso, nossos planos estarão em perigo, porque fez isso? – Diz Roam se levantado. O duque o encara com um olhar de completo desdém e diz confiante:

– Esses meus homens estão equipados com matérias Roam. Matérias que os deixam imunes e lhes permitem passar despercebidos, até pelos olhos mais experientes de um Assassino. Eles vão ficar bem. – Responde o duque tomando o resto de sua bebida e colocando o copo sobre a mesa a frente deles.

– Isso não garante nada, Pedro!

– O que disse?

– Você esta há pouco tempo em nossa ordem e rapidamente já conseguiu um posto que muitos almejavam e ambicionavam. Então ouça o conselho de um amigo. Não subestime os Assassinos! – Após ouvir o ultimo comentário de Roam o duque se aproxima dele com uma expressão nada amigável quase de nojo

– Com que você acha que esta falando seu maltrapilho imundo! – Sou Pedro Alto, o 2° filho da casa Alto, a maior e mais rica família da Espanha! Temos sangue azul por nossas veias, diferentes destes “impuros” que parasitam esta cidade. Você já devia saber que minha colocação para comandar esta cidade no lugar de meu irmão mais velho foi devido a minha capacidade de liderança e poder! Então coloque-se no seu lugar Roam! De uma vez por todas SOU EU QUEM ESTA NO COMANDO AQUI! - Brada o governante de Valência para seu visitante. Roam apenas pega um lenço que esta em seu bolso e limpa o rosto devido à baba que voou pela boca de Pedro e diz calmamente:

– Tudo bem, acho que já fiz por onde. Bem eu lhe vejo na reunião Pedro... Isso se você ou eu ainda estivermos vivos até lá. – Expressa Roam com sarcasmo e se retirando da sala. Pedro fica sozinho em sua sala com uma cara de desprezo e raiva.

– Quem ele pensa que é! Que sou algum tipo de parvo! Sou um nobre! Sou um rei! Sou um TEMPLARIO! SOU...

– Um idiota tagarela! – Uma voz ao fundo termina a frase.

O coração de Pedro gela. Não havia ninguém na sala a pouco mais de 1 minuto. Só estavam Roam e ele. O duque começa à suar frio e engole em seco. E pergunta inocentemente:

– Q-Quem está aí? – Nenhuma resposta. Ele vira lentamente, não havia ninguém à sua frente.

– Será que estou ouvindo coisas? – Diz enxugando o suor de sua testa. – Devo estar ouvindo mesmo, essa história de Assassinos me deixou impressionado! É melhor ir dormir, essa musica está me deixando louco, no próximo ano vou proibir essa festa nojenta. Melhor, vou manda executar na fogueira os organizadores, vai ser melhor do que os bonecos queimando! – Ri o templário se divertindo com seu plano louco e se retirando da sala quando...

– O que?! – A porta não abre. – O que é isso? – Ele puxa a maçaneta e vê que ela não abre. –Maldição quem ousa me trancar aqui! – Reclamando. – Abram essa porta imediatamente! Quem vocês pensam que são?Seus empregados malditos!

– Pessoas muito mais inteligentes que você, com certeza!

O duque fica branco ao ouvir essa voz. Era a mesma voz que ele pensou ter ouvido antes ser fruto de sua mente. Ele segura firmemente a maçaneta da porta tentando abri-la, mas em vão.

– Porque essa porta não abre! – Ele usa mais força. – ABRA! – Começa a socá-la. – ABRAM ESTA PORTA SEUS MONTINHOS DE... – Antes do duque terminar sua frase todas as luminárias da sala se apagam deixando só a luz da lua e da festa entrar. Ele se vira ficando de costas para a porta, seu peito subia e descia, suas mãos tremiam, suas pernas fraquejaram. O Governante podia sentir que não estava mais sozinho... Ele vai lentamente se esgueirando para uma escrivaninha, abre a gaveta de cima e tira uma pistola flintlock dela. Ele a engatilha e aponta pra escuridão.

– Muito bem! Eu não sei quem ou o que é você... Mais fique sabendo que eu tenho uma arma aqui! E não tenho medo nenhuma de usar!

Uma risada é ouvida pela escuridão deixando o governador mais assustado ainda. Ele apontando a arma para a escuridão em direção ao autor da risada.

– Vamos lá está com medo de mim? Apareça e me enfren... – Antes de terminar sua frase o templário sente algo perfurar sua mão, algo longo e afiado que faz sua pistola cair no chão, e com um rosto todo retorcido de medo e dor ele contempla um punhal com a temida insígnia dos Assassinos cravada em sua mão esquerda.

– MINHA MÃO, MINHA MÃO!!!! - Berra o duque aos prantos.

– Isso foi pela mão daquela menina que vocêmandoucortar, caro governador! – Diz uma voz com sotaque espanhol vinda das sombras.

– MALDIÇÃO!!! QUEM SÃO VOCÊS!!!!

– Quem somos? Já devia saber meu caro, Duque Pedro Altos! – E uma vela se acende perto de uma das cadeiras, revelando um jovem vestindo um manto todo azulado, com um lenço vermelho preso a cintura. Suas botas eram marrons, sua calça também era azul. Em seus punhos usava braças em formato de lobos brancos e seu rosto estava coberto por um gorro que cobria quase todo seu rosto, exceto seus cabelos azulados que saiam, por dentro do gorro. Ao seu lado encostado na parede havia outra pessoal vestida de maneira semelhante, porem ao invés de suas vestes serem azuis eram brancas e abertas na frente, ao qual ostentavam um colar feito de pedras verdes e vermelhas.

– Olá sênior! Gostaria de tomar um drink conosco? – Pergunta o homem de vestes brancas. – O governador nada dizia.

– Ora nada? Engraçado para alguém que estava se gabando em matar seu próprio povo o senhor ficou mudo der repente. Se me permite eu vou tomar algo não é sempre que tenho a oportunidade de beber algo tão... MADRE DE DIOS!!! CARO! BOTA CARO NISSO! Olha só amigo sabe quanto vale uma garrafa dessa?

– O bastante para alimentar três famílias por um mês. – Responde o jovem de manto azul sentado na cadeira.

– Acho que até mais! – Diz o homem de branco abrindo e bebendo a no gargalho a bebida. – Graças Dio!!! Isso que é conhaque!

– O QUE VOCÊS QUEREM?! – Finalmente o governador havia falado. – Querem dinheiro, posses eu tenho tudo, tenho ouro, prata, bebidas refinadas, mulheres finas e elegantes!

– Opa! Essa ultima me interessou! – Diz o homem de branco todo sorridente. A única atitude que seu companheiro teve foi de balançar a cabeça negativamente. Havia sido avisado por seu mestre que entre os Assassinos da Espanha havia um que era louco pela vida boemia. Não era uma pessoa ruim, mais seus vícios por bebidas e mulheres lhe rendiam muitos problemas e cenas constrangedoras e engraçadas. Esse pensamento fez o jovem sorrir. Mas não era hora pra isso. Era o momento dele sozinho. Pelo menos sem seu mestre, ele sabia o que fazer. E não tardaria em fazê-lo. O Jovem se levanta da cadeira, era menor que o outro, mas sua postura era imponente. Seu manto de cor azulada e branco dava ao jovem um tom de imponência muito maior que sua idade aparenta. Ele tinha 17 anos agora. 10 anos depois daquele fatídico dia; ele crescera e de uma humilde criança de 7 anos para um membro da Irmandade dos Assassinos. O jovem caminha até o governador que começa a se apavorar e a oferecer mais coisas a eles.

– Escutem, por favor, eu dou dinheiro, terras, casas, crianças até... Se vocês forem do agrad... – Ele não terminou a frase, o jovem de manto azul o acertou com um potente cruzado de esquerda em sua face, amassando seu rosto e quebrando dentes e assim salpicando o chão com seu sangue.

O governador se retorcia de dor no chão o jovem se aproxima mais de sua vitima, não ia matá-lo agora. Ele iria fazê-lo sofrer, como ele havia feito a tantos pessoas. Então o jovem se agacha e puxa da mão do duque seu punhal, que ao sentir o aço sendo retirado de sua mão berra em agonia:

– PIEDADE!!! POR DEUS PIEDADE!

– Olhe pra você. Patético! – Diz o jovem limpando sua adaga.

– Bom, isso pra ele é um elogio não acha? – Comenta seu companheiro com sacarmos.

– Concordo.

– O que querem de mim? Sou um pobre governante e...

E Templário! Acho que isso já diz tudo não é.

– Então estão me torturando só por eu ser um Templário... Quem vocês pensam que são? Juízes? Deuses?

– Não nos compare a vocês seu monte de merda! – Agora foi a vez de seu companheiro perder a paciência e chutar o governante, acertando suas costelas fazendo-o cuspir mais sangue.

– Poupe-me eu imploro. – Choraminga o governante aos prantos. O jovem de azul torce os lábios com tal cena, era insuportável ver um homem que causou tanto mal às pessoas que ele considerava fraca, agora ele se comporta do mesmo jeito. Porém nem mesmo aquela cena lhe deu pena ou remorso. O jovem se aproxima dele, com sua mão esquerda agarra o homem pelos cabelos e o encara nos olhos. Pedro pôde ver os olhos de seu algoz, eram azuis safiras, como o oceano, porém o seus olhos eram de um azul de fúria e ódio como chamas; e sem ao menos ter tempo para dizer uma só palavra o governador sentiu algo lhe transpassar o coração, ele tem apenas um breve reslumbre de ver o punho do jovem aberto sobre seu peito e no mesmo instante um barulho de algo se soltando e lhe perfurando. Algo gélido e fino como os dentes de um animal. O Jovem solta-o e o mesmo coloca as mão sobre o peito tentando conter o sangue que jorrará de seu peito, sua vista fica turva e ele sem apoio nenhum desaba ao chão, sua pele vai ficando pálida e ele murmura...

– Por que... Eu mereço isso?!

– Porque você maculou aquilo que deveria ser mais precioso. Algo mais preciso do que joias, casas ou mulheres.

– Ahh... E o que seria?

O jovem então retira seu capuz revelando seu rosto para sua vítima:

– Seu povo governador Pedro, eles são e sempre serão mais importantes do que você ou seus prazeres mundanos... Se preocupar com eles e zelar por eles. Isso é ser um verdadeiro LÍDER!

– Não poder ser, algo tão... Simples. Foi isso que me fez jazer aqui e agora... – Um jorro de sangue sai de sua boca o interrompendo. – Diga-me... Como se chama menino...

– Somente meus amigos tem o direito de dizer meu nome. Para vocês Templários Eu sou “O Lobo Branco”

O Lobo... Branco... – O governador só teve forças para estas últimas palavras antes de jazer morto no chão.

– Bom trabalho amigo, missão cumprida! Agora vamos logo, os guardas notaram a ausência dele... O que foi? – Pergunta o Assassino de branco pronto pra partir. O jovem ainda estava olhando sua vítima, ele se agacha e fecha seus olhos. Não importava quantas vezes ele fizesse isso, não importava quão mau e ardiloso fosse seu alvo, nos momentos finais eles mostravam quem eram. Pessoas fracas que precisavam pisar em outras e as subjugar para se sentirem fortes de verdade.

Todos nós nascemos fracos, mas são as escolhas do amanhã que nos fazem ser fortes de verdade. Nunca se esqueça meu filho, a verdadeira força não nasce da opressão, ou da imposição de regras, nasce de quem nos somos, nasce de nossos corações, de nossa coragem e...”

De nossa alma!

– Ei. Está tudo bem?

– Hum, sim está... Só estava pensando.

– Então acorda pra vida meu camarada vamos nessa... É cara euesqueci seu nome qual é mesmo? – O rapaz sacode a cabeça e ri. Coloca seu gorro de novo e diz:

– É Serge seu bêbado tarado. Serge Strider. – Diz sorrindo

– Então vamos lá Serge a noite é uma criança e o povo tem que comemorar, pois seu tirano se foi... Sabe o que isso quer dizer né?

– Eu tenho até medo de perguntar.

– BORA PRA FARRA!!!

– Bom, já que insiste. – E os dois Assassinos partem saltando da janela do governador; pulando e correndo rapidamente pelos telhados da cidade. Uma cidade agora livre de um dos seus tiranos.


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Notas finais do capítulo

Primeiro capitulo propriamente dito, estarei postando o próximo amanha sem falta. Desde já uma boa noite para todos! E por favor comentem o que acharam da historia.



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