Assassin's creed Union - Livro I - Chegada escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 1
Chamas Que Não Se Apagam


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic que publico e possivelmente sera a mais longa, comecei com um desafio e criar uma historia que pudesse abram gir a todos. Espero que ao lerem esta fan fic possam ver não apenas mais uma fic sobre Assassin's Creed, mas como uma das melhores! Que ela possa me ajudar em meu sonho de me tornar escritor.

E sem mais delongas vamos ao incio desta SAGA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/627849/chapter/1

Nunca vou esquecer aquela noite.

Onde tudo mudou.

A noite que minha infância acabou.

A noite onde perdi meus amigos mais queridos,

A noite onde conheci meu nêmesis e também o meu mestre; amigo e pai.

 

O lugar estava repleto em chamas. O fogo queimava tudo, cadeiras, bancos, móveis, tudo era consumido sem piedade. De baixo de uma pilha de madeira algo se mexia. Uma pequena mão surgia por debaixo delas, usando toda a força que possuía, ele agarra uma tábua ainda intacta do piso para sair de lá e assim revelando ser um pequeno menino de cabelos azuis escuros; seu corpo estava machucado e com queimaduras, sua testa sangrava, estava descalço e sentia seus pés arderem. Ele se arrasta pelo chão tentando se recompor. A fumaça entra por seus pequenos pulmões o fazendo tossir várias vezes. Estava quase desmaiado quando ele balança a cabeça para ficar acordado.

— Por quê? - Ele se pergunta. – Porque isso foi acontecer? – Outra pausa e mais tosse. – Não fizemos nada, porque fizeram isso conosco?! Irmã Ângela! Marcos! Miguel! – Ele grita. – Onde vocês estão?! AI!!!. – Seus gritos cessaram ao sentir uma dor lacerante em suas costelas.

— Porra! Minhas costelas... – Ele pragueja.

— Ah? – O menino olha na direção da voz e entres as labaredas viu o corpo de uma pequena menina, ele arregala os olhos e grita – CLAUDIA! – Tenta se levantar com muito esforço sentido suas costas doerem ainda mais e ao se levantar sentia também que não conseguia mexer direito sua perna esquerda. A dor era terrível, mas a chance der ver um de seus amigos vivos lhe deu forças. Ele anda até onde está a menina e cai de joelhos ao seu lado, levanta o rosto dela para que possa respirar.

— Claudia, Claudia, por favor, abre os olhos sou eu o Serge! – Brada o menino.

— ... Serge... É você? – Pergunta a menina quase sem forças

— Sim sou eu! Calma, vou tirar você daqui.

— Serge...

— Aguente firme!

— Eu queria tanto ter uma família... – Ela respirava com dificuldade. – Eu sempre zombava de você... Te chamando de esquisito e tudo...

— Para de falar! Eu não me importava com isso, eu não me importava como vocês me tratavam, pra min, vocês todos são minha família. – Diz o garoto aos prantos.

— Mesmo...?

— É claro!

— Obrigada Serge... Eu... Me sinto... Tão bem, agora.... – Ela chora em seus braços e o menino não conseguia encontrar palavras para acalmá-la ou dar-lhe forças. Ele ficou ainda mais horrorizado ao ver que o peito de Claudia estava sangrado como se alguém a tivesse perfurado. Ele via o sangue escorrendo pela ferida e incrédulo não sabia o que fazer.

— Claudia o que houve com você? Você está sangrado muito, isso não foi causado pelo fogo, não é?! – Mas ela não respondeu, ao contrário ela estava sorrindo, um sorriso de paz e serenidade como se tivesse tido uma recompensa que foi o perdão e amizade de Serge. Ela partiu em paz. Serge sentia o corpo dela agora frio, mesmo com o calor do fogo, o corpo da menina jazia em seus braços.

— Claudia... Por favor, abre os olhos... Não! Por quê? Por que isso aconteceu! Deus por quê?! – E ao levantar o rosto e olhar maisà sua frente ele vê os corpos de outras crianças, outros amigos, sua família morta.

— Marcos, Miguel... – Os corpos dos amigos de Serge estavam jogados ao chão, os dois com seus peitos perfurados. Aquela cena o fez cair de joelhos e vomitar, suas emoções estavam em conflito e ele não sabia o que sentia: ódio, tristeza, rancor e amargura; lágrimas irrompiam por seus olhos. Ele levanta a cabeça desejando não ver mais nada, porem ele vê. Mais à frente encostada em uma parede o corpo de uma moça jazia e em seus braços segurava uma criança pequena de colo. Ambas foram traspassadas por algo assim como Claudia e seus amigos; elas foram mortas juntas.

— Irmã Ângela – Diz o menino se aproximando. – Glendinha. – Ele se aproxima e faz um fago na cabeça da bebê. – O que está acontecendo aqui? O que nos fizemos para merecer isso?! O QUE!!! – Brada o menino com todas as suas forças. Até que...

— Aaahhhh!

— Ah? – Ele escuta um grito. Ainda tinha gente viva e ele reconhecia aquela voz.

— Madre Agnes! – Ele se levanta aos trancos e barrancos, suas costelas doem muito e sua perna esquerda ainda mais. O grito veio do andar de cima. Serge vê a escada, porém ela estava cheia de pedaços de troncos que caíram do teto balando a escada, podendo fazê-la cair a qualquer momento.

— Vou ter que arriscar. – Diz o menino que tenta subir as escadas com o máximo de cuidado possível. A fumaça estava ficando mais forte e o calor também, uma viga se solta da parede e por pouco não o atinge.

— Merda! – Quando ele consegue chegar ao segundo andar ele escuta um barulho e de relance olha pra cima e vê o teto trincando e num misto de medo e desespero ele se joga ao chão antes que o teto desaba-se levando à escada toda a ruína. Ele não mais poderia voltar agora, mas isso nem passava pela sua cabeça, ele só queria ver sua madre, sua mãe, sua benfeitora viva. Corpos de mais crianças jaziam no segundo andar, ele fecha os olhos para evitar olhar a cena.

Não estava aguentando, todos que ele amava estavam mortos, se houvesse um culpado por isso ele iria pagar, ele pensa isso com todas as forças até que ele escuta-o!

— Muito bem, não vou perguntar uma terceira vez madre. Onde está a menina? – Serge ouve uma voz, que nunca iria esquecer. Fria como à noite e tenebrosa como à escuridão. Não a conhecia, porém a outra, sim.

— Nunca diria nada pra alguém como você. Ela está segura... Longe de vocês.

Madre Agnes? — Diz Serge em pensamento. Ele se aproxima da sala da madre.

Estava fechada e por incrível que pareça não havia fogo nela. Como se algo estivesse impedindo do fogo de adentrar, Serge se aproxima da porta, toca na maçaneta que estava fria e abre lentamente. A próxima imagem fez os olhos de Serge ficarem brancos. Sua boca fica entre aberta, ele não consegue gritar, nada saía. Apenas lágrimas de dor caiam de sua face. Ele viu a mulher que o criou e o amou presa na parede a um metro do chão, com seus braços abertos e suas mãos transpassadas pelo que parecia ser cristais negros; suas pernas estavam juntas também empaladas pelos mesmos, seus longos cabelos negros caiam por sua face, suas vestes religiosas estavam rasgadas. Ela estava viva mais em dor, dor que Serge podia sentir no seu coração, e na frente dela um indivíduo que aparentava ser um homem, era ele o culpado do sofrimento da madre! Tinha pelo menos dois metros de altura, usava um longo manto negro, botas também da mesma cor. Sua mão esquerda estava aberta e brilhando com uma cloração negra e branca, da mesma cor dos cristais e na direita estava uma imensa foice do tamanho de um homem, rica em detalhes dourados e vermelhos; sua lâmina era negra e reluzia um brilho branco fugas como uma noite estrelada. O rosto era a única coisa que ele não conseguia ver. O homem parecia nem ter notado Serge na sala, apenas mantinha seus olhos sobre a madre crucificada diante dele e então perguntou:

— Você é muito teimosa madre... Sua dor cessaria se me desse à informação que preciso e seus queridos órfãos não teriam perdido a vida inutilmente. Se alguém é responsável pelo que houve aqui hoje, foi você madre!

Como ele ousa! – Brada Serge dentro de si, esse monstro matou seus amigos e agora culpa a madre por isso. Serge cerra os dentes ele não aguentava mais, iria matar aquele homem e num acesso de fúria avança contra o homem com seu punho direito erguido, porém o que ele acerta faz seu punho sangrar. Serge bateu em uma espessa camada de cristal negro que brotou do nada em sua frente. Ele cai pra trás gritando de dor, seu punho estava quebrado.

— AAARRGGGG!!!! – Minha mão! Aiiii...

— Não é muito inteligente atingir o que não pode, não é menino?! – O sangue de Serge congela. Levanta o rosto e vê o misterioso homem se virando e o que vê não era um homem e sim um imenso homem-pantera. Olhos amarelos como os de um felino, seu rosto tinha a forma exata dos felinos, focinho, pelos negros e bigodes; e olhava Serge com uma expressão maligna e de desdém. E diz:

— Você chegou em uma boa hora. Estava conversando com sua tutora, mas ela parece me ignorar completamente. Que pena gosto muito de conversar sabia? – Diz o homem-pantera sorrindo.

— Seu... Maldito! Foi você quem nos atacou? Foi você o responsável por esse incêndio? – Brada Serge.

— E ser for? O que você faria pequeno?

— EU VOU TE MATAR!!! – Grita Serge se reerguendo e avançando pra cima do homem. Porém seu ataque nunca chegou. Em um piscar de olhos ele estava sendo jogado contra a parede, seu corpo está pra cair sobre o chão, quando então sente uma mão fria e com garras segurando seu pescoço o mantendo no alto. Seus olhos estavam fechados devido à dor, quando ele os abre novamente se depara com o homem-pantera olhando pra ele com seus olhos amarelos. Serge não consegue se mexer, sentia seu corpo paralisado. Seria medo? Ele não sabia, mas parecia que aquele homem olhava pra além dele, parecia que podia ver sua alma e isso o perturbava. O homem olhou para ele por mais alguns segundos depois disse calmamente:

— Você tem coragem... Conheci vários homens adultos que se quer pensaram em me atacar. E você fez isso e ainda duas vezes. É de admirar e é uma criança, quantos anos tem garoto? – Pergunta o homem-pantera.

— Não te interessa... Arrgggg! – O home pantera aperta o pescoço de Serge

— Por favor, eu não ouvi direto, quantos anos você tem mesmo? – Pergunta a criatura com tom irônico.

— Se-Sete... Sete anos... – Responde o menino

— Sete! Tão novo e tão valente. E seu nome, quero ouvi-lo?

— Huf... – Serge fecha a boca não querendo falar.

— Seu nome? – Inquire de novo o homem-pantera pronto pra apertar o pescoço de Serge que já estava sangrando

— É Serge! – Brada o menino olhando com fúria para ele.

— Serge. Hummm. Belo nome, gostei... – Ele aproxima seu rosto para o ouvido de Serge e sussurra. – E eu sou Lynx! Prazer em conhecê-lo! – Diz ele pegando a mão direita de Serge e fazendo um gesto de cumprimento. – Bom, agora que as apresentações foram feitas... – Lynx estala os dedos e sua foice volta pra sua mão direita e com a ponta dela puxa uma cadeira que estava virada para junto dele e num rápido movimento ele coloca Serge sentado nela. Quando o menino tenta se levantar sente seus pulsos presos aos braços da cadeira. Serge olha para eles e vê os mesmo cristais negros que prendia a madre o estavam lhe segurando como algemas e percebeu que seus pés também estavam presos no chão pelos mesmos cristais. Ele tenta se soltar porem é em vão.

— O que você quer?! – Brada Serge para o misterioso Lynx.

— Oras, vamos jogar um jogo claro! – Diz Lynx se ajoelhado pra ficar na mesma altura de Serge.

— Um jogo?

— Exatamente e o jogo se chama, você pergunta, e a Assassina responde. O que acha?

— O que? Do que você tá falando? Eu não entendo que Assassina?

— Puxa vida Serge você é bem lento pra entender as coisas, heim? Estou falando dela. – Responde Lynx apontando um dedo para a Madre Agnes.

— Porque você a está chamando assim? Ela não é Assassina ela é uma boa pessoa que cuida de nós... Ela não é o que você esta dizendo! – Brada Serge.

— Ai, ai, crianças são tão inocentes. – Lynx pega outra cadeira que estava virada no chão e senta ao lado de Serge, e em seguida envolve seu braço direto sobre o ombro do menino e diz:

— Sabe Serge este mundo é grande e complicado, às vezes você pensa que vê algo e na verdade não é! Você pensa que aquilo que você vive é verdadeiro mais no fundo não é. E quando você realmente pensa que esta livre, está mais preso ainda! Entende a lógica? – Aquelas palavras deixaram o menino perdido e confuso, ele apenas meneia a cabeça em negação.

— Bom, não posso te culpar por não entender, você ainda é muito novo, tem muita coisa para ver ainda. Mais deixe-me te dizer uma única coisa Serge e essa é a premissa do nosso mundo... – Lynx faz uma pausa e diz bem alto: - “Nada é verdadeiro tudo é permitido!” – Aquelas palavras penetraram na consciência de Serge, não eram estranhas, pior... Ele já as ouvira antes ditas por outra pessoa, a qual ele conhecia bem e ele então vira o rosto e vê sua madre que também o olhava. Lágrimas desciam por seus belos olhos negros. Ela tinha 24 anos era bela, Serge a amava muito. Quando ele chegou ao orfanato se sentiu excluído, mas ela veio até ele e só lhe deu amor e carinho. Carinho por alguém estranho, por alguém que ela não conhecia e isso para ele já era o bastante. Como um relâmpago ele volta ao mundo e grita:

— MADRE AGNES!

— Hora você acordou? Puxa demorou, heim? – Lynx se levanta e pega sua foice que estava cravada no chão.

— Pare, não torture o menino. Eu imploro...

— Torturar? Estávamos batendo um papo bem interessante, mas você interrompeu, bem acho que devo continuar o jogo. O Serge vai jogar também. – Ao ouvir isso Agnes começa a tremer e a suar:

— Ele não sabe de nada! Deixe-o ir! Por favor!

— Ah! Deixe-me pensar? – O home-pantera faz uma pausa. – Não!

— Por quê? É a mim, que você quer e não ele!

— Errou de novo Agnes, não é você que eu quero, eu quero saber da menina. É ela quem eu quero! Você antes de se vestir como “santinha do pau-oco” a protegia e a guardava, ainda por cima foi esperta o bastante para misturá-la num orfanato e para que eu tivesse ainda mais dificuldades de achá-la, mais advinha? Não adiantou nada! Sabe que tenho meus métodos, você nunca a esconderia de mim para sempre! Madre Agnes... Ou devo te chamar de Aglesia Van Caster, assassina de 1° classe da Irmandade dos Assassinos! – Serge fica atônito com o que ouve. A madre que cuidou dele e das crianças era uma Assassina! Serge se lembra de ter ouvido falar deles, eram pessoas que lutavam contra a injustiça, defendiam os fracos e puniam às más pessoas que abusavam de seu poder. Ele não podia acreditar que sua tutora era uma deles.

— Você ta mentindo, ela não pode ser uma Assassina. Ela nem tem cara de uma; a madre é gentil e bondosa, para de inventar história, seu gato nojento!

— Gato nojento? - O felino ri da comparação que o menino lhe fez. – Esse foi o melhor apelido que já me deram. Esta bem Aglesia, se você não vai me dizer onde está a menina vou ter de perguntar ao Serge aqui, isso é se você não se importar, não é? Ele está me divertindo muito. – Diz Lynx apontando a ponta de sua foice em direção a Serge.

— Não! Espere por favor! – Grita a madre em desespero.

— Oh! Tem algo a dizer minha cara? – Pergunta Lynx apoiando a foice em seu ombro.

— Sim! Mas, eu lhe peço, por favor, não machuque o Serge. Ele é inocente! Por favor, eu imploro. – Diz a madre com dificuldade, seu corpo perdeu muito sangue e seus belos olhos castanhos estavam perdendo o foco.

— Sabe ver uma mulher linda como você, que já foi uma grande Assassina, que causou grande dificuldade aos Templários, vê-la implorando chega até a me excitar! – Diz Lynx lambendo os beiços. Ele se aproxima e com a sua mão direita segura fortemente o queixo da madre para que ela possa olhar para ele. – Muito bem Aglesia sou todo ouvidos.

— Ela está longe... – Aglesia começa a murmurar.

— Longe aonde? – Inquere Lynx

— Num lugar afastado...

— Afastado aonde?

— Onde o gelo é eterno; e nunca pode ser maculado por nenhuma força sombria?

— O que? – Dessa vez Lynx fica confuso.

— Você sabe onde é... – Ela sorri e lágrimas escorrem por seus olhos. – Porém você nunca vai alcançar Rei negro. Esta fora dos seus limites! – Ao ouvir esta ultima informação Lynx então solta o rosto de Aglesia. O sorriso irônico e sádico sumiu de sua face e deu lugar a uma cara de indignação e ódio.

— Você não fez isso? – Pergunta Lynx incrédulo.

— Sim, eu fiz... – Responde ela com um sorriso fraco de vitória em seu rosto. – A salvadora está salva.

— SUA VADIA!!!! – Grita Lynx com todo seu ódio. E de repente larga sua foice cerra os punhos e começa a desencadear socos por todo o corpo de Aglesia. – SUA CADELA! Você tem idéia de quantos anos esperei por isso, e você a manda para o único lugar a qual eu não posso chegar! Ao qual não sou permitido chegar! – Ele batia com mais força, porém Aglesia não gritava; ele soca seu rosto, abdômen, pernas, ombro. Serge não conseguia ver aquilo, era demais pra ele.

— PARA! DEIXA ELA EM PAZ!!!

— CALE A BOCA GAROTO!!! Essa mulher estragou um plano de 30 anos! Não posso simplesmente ficar alheio a isso sem demonstra meu completo ódio por ela!!!!

— NÃÃÃOOO!!!

Os apelos de Serge não eram ouvidos Lynx batia com mais força ainda e Aglesia não grita uma única vez. Serge não sabia se sua tutora estava viva ou morta, mas em seu interior ele não acredita que ela pudesse resistir a uma investida daquela. Depois de vários minutos batendo em sua vítima Lynx cessa seu ataque e ainda bufando de ódio ele contempla o estrago que causou em Aglesia. Um sorriso maligno irrompe de sua face.

— Você a salvou? – Ele ri. – Não, ela nunca estará a salvo. Vocês Assassinos apenas prolongaram minha busca e outra, ela ainda é uma criança e vai levar alguns anos até que ela esteja realmente pronta. Enquanto isso não acontece, irei propagar a “neblina” por todo este continente e pelos outros... Eu não serei detido Aglesia pode apostar nisso! Os Assassinos não terão a mínima chance!– Lynx solta uma gargalhada tenebrosa que ecoava por todo o salão. Sua aura é maligna e sua mente doentia. Qualquer um o visse podia sentir!

— Iremos... Sim...

— Ah? – Lynx cessa sua gargalhada ao ver algo que não acredita. Aglesia que ergue sua face encarando seu agressor. Seus olhos que estavam sem foco agora pareciam arder em chamas.

— Madre... – Diz Serge olhando para sua tutora incrédulo. Ela estava viva.

— Você acha que venceu? Não, nós lutaremos e outros lutarão e as trevas nunca venceram! – Ela olha pra Serge. – Serge...

— Madre...

— Meu pequeno raio de luz, desculpe por não ter salvo os outros, mas pelo mesmo você esta salvo. Viva por mim e pelos outros...

— Madre Agnes, por favor, pare! Não, diga isso, a senhora vai ficar bem...

— Não, não vou Serge, mais você vai. Eu te amo meu príncipe! – Rios de lágrimas como cristal caiam de seus olhos, lágrimas puras que caiam no chão e o faziam brilhar. Destas surgiam diversos grifos de cor branca que se espalham pelo chão aos poucos até cobrir toda a sala.

— Sua vadia! O que esta pretendendo?! – Brada Lynx já pegando sua foice novamente.

— Me despedindo da minha criança, posso não ter forças para deter você, mais posso salva-lo!

— UMA OVA!!! – E sem piedade nenhuma Lynx golpeia o corpo de Aglesia com sua foice a cortando em dois e em seguida gira sua foice pelo pescoço dando um último golpe que termina por decapitar a madre. A cabeça de Aglesia cai pesadamente no chão. Serge cena como um filme em câmera lenta. Todas as memórias que ele tinha dela vieram em sua mente para depois sumirem num imenso vazio. Sua tutora havia deixado este mundo junto com o brilho que estava encobrindo a sala sumira.

— Madre... Mãe... – Ele gagueja, para em seguida fechar seus olhos e gritar, gritar como nuca havia gritado, com toda sua força, com toda sua tristeza e todo seu ódio! Seu grito foi ouvido de longe ao ponto de um homem montado a cavalo, vestido de um manto preto e com um capuz também preto escuta-lo. E se desata a correr em sua direção.

— Mulher tola. Se agarrou até o último minuto a àqueles que ama. Huf! Ridículo! Amor é e sempre será algo para os fracos e para meninas sonhadoras. – Lynx anda em direção a cabeça de Aglesia. – Você foi uma fraca! – E com um estalar de dedos chamas negras brotam do chão onde a cabeça da madre está e em seguida Lynx se vira para onde o corpo da madre esta preso e estala os dedos novamente fazendo o resto do corpo arder em chamas também negras. Serge soluçava em sua cadeira com a cabeça baixa. Ele estava desnorteado sem reação nenhuma, não via nada e não percebia nada muito menos que Lynx se aproximava dele.

— Viu Serge, é isso que da lutar pelos outros. O que necessitamos nesse mundo não é compaixão, carinho ou amor e sim PODER! – Lynx ergue seu punho e o aperta com força e continua.

— Você pode ter esse poder também Serge... – Lynx estende sua mão pra Serge.

— Venha comigo... Há tempos que quero um discípulo, e você se encaixa perfeitamente nessa descrição, venha! E juntos faremos nosso próprio destino! E esse mundo tremerá diante de nós! – Lynx estala novamente seus dedos e os cristais que o prendiam Serge na cadeira desaparecem.

— Aqui pegue minha mão! Venha comigo e seja um rei!

— Um rei você diz... – Diz Serge de cabeça baixa.

— Exatamente! Não um rei qualquer! O rei dos reis! Vamos juntos conquistar esse direito que é nosso por... – Lynx não conseguiu acabar a frase, pois foi interrompido por um soco de esquerda de Serge, que o fez cair pra trás.

— Rei, você disse! Você vem até aqui, mata meus amigos, minha família e minha tutora e acha mesmo que vou seguir você? E vou sim mais vou fazer outra coisa! Vou me unir aos Assassinos! E vou ter a sua cabeça LYNX EU JURO!!! – Lynx limpa um filete de sangue de sua boca e fica de pé diante de Serge, que parecia uma cena de Davi contra Golias devido a diferença ti de tamanhos.

— Vai ter minha cabeça, sei... Isso se você sair daqui com vida. Eu te dei a chance de uma vida de vitórias e realeza, mas você preferiu os amiguinhos das águias. Não posso te deixar ir agora, você ouvi demais. É uma pena você tinha tanto talento. Lynx ergue sua foice pronto para cortar Serge, até...

— Hum! – Lynx fica mudo, pois sente uma estranha aura atrás dele. – O que é isso? – Diz ele se virando.

Um intenso brilho branco começa a encobrir toda a sala, barulhos de sinos podiam ser ouvidos ecoando por todo o lugar, a claridade é tão intensa que Lynx teve que cobrir os olhos. Serge assistia tudo. Sentia aquela luz quente lhe envolver como um abraço e por um segundo ele viu o vulto de sua tutora lhe abraçando, ela era transparente como o vento, e reluzia como a luz. A imagem de Aglesia toca seu rosto e lhe dá um beijo em sua testa; e sussurra para apenas ele ouvir.

Fuja minha criança e viva enquanto o estou segurando, viva por mim e por todos! — A imagem de Aglesia se afasta dele e vai em direção àLynx. Ele estava tão atento aquela visão que mal percebeu que Lynx estava sendo contido por inúmeras imagens de anjos lhe segurando. Ele conhecia aquelas figuras, eram seus amigos! Marcos, Miguel, Clara e a Irmã Angela e tantas outras que Serge conheceu em vida.

— Me soltem suas pragas! Vocês já estão mortos, desapareçam logo!

— Pessoal! – Grita Serge ao ver as imagens de seus amigos contendo o monstro.

VAI SERGE!

Miguel! – Serge olha e vê a imagem de seu amigo segurando o braço esquerdo de Lynx.

É sua chance cara corre! Não vamos conseguir segura ele por muito tempo!

— Ele tem razão esse cara é forte pra caramba! — Brada Marcos.

— Você tem que viver Serge! – Diz a irmã Angela, contendo a foice de Lynx.

Por nós!— Diz a Glendinha em cima da cabeça de Lynx.

Não deixe que nossos sonhos morram! – Grita Claudia segurando a cintura de Lynx.

Vá... Meu filho!

— Pessoal! – Serge os encara, seus cabelos cobria seus olhos, o menino fica com uma postura ereta demonstrando força e coragem mesmo para alguém da sua idade, para logo em seguida levantar sua cabeça e olhar com os olhos em chamas para Lynx e depois para as imagens de seus amigo e sua mentorae diz:

— O sacrifício de vocês não será em vão! Eu juro! – E aponta um dedo para Lynx. – Eu vou voltar pra ter a sua cabeça maldito! Ou eu não me chamo SERGE STRIDER!!! – E sem pestanejar ele se desata a correr com todas as forças que lhe restavam e que havia ganhado de seus amigos em direção a janela da sala da madre.

— Não! Volte aqui moleque!

Sem ouvir as palavras de Lynx, Serge cruza os braços a sua frente e se joga pela janela e ao sentir o vento da noite ele abre seus braços como uma jovem água que acabar de sair do ninho em um verdadeiro alto de fé rumo ao desconhecido.

Um verdadeiro salto da fé!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom assim temos incio a esta saga! Espero gostem do prologo. Amanha postarei mais um capitulo, desde já uma boa noite!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Assassin's creed Union - Livro I - Chegada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.