Give Me Love escrita por ClaryFairhearth


Capítulo 11
♥ Capítulo 10 ♥


Notas iniciais do capítulo

Estamos de volta com mais um capítulo!
Espero que gostem!



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Chegar no apartamento foi uma facada no peito. Ver ali tudo o que deixei para trás, tudo o que me isolava.

— De volta a realidade, Thália. - afirmo para o nada.

Atiro no sofá minha jaqueta, mas o som que surge não é o que eu esperava.

— Você fez a escolha certa, criança. - Desde quando meu pai tem voz de mulher?

Giro em busca da pessoa e me deparo com uma mulher elegante em seus trajes gregos, brincos e adereços banhados em ouro e esmeraldas. Os olhos me fazem lembrar de uma pessoa.

— Olá, minha senhora.

— Oh, minha querida, por quantas vezes desejei tê-la como filha... Sempre tão inteligente!

— Nunca imaginei que tomasse tanto tempo dos deuses. - Ironizo.

— Você possui uma alma forte. Me lembra grandes mulheres, Joana Darc, por exemplo.

— É muito gratificante, minha senhora, mas o que a traz aqui. Meu pai?

— Apenas trago uma mensagem, da sabedoria, se me entende.

— Diga.

— Não seja imperativa comigo. Continuando... Pedir ajuda, nunca é demais. Sua alma ainda é pura. Não lhe negariam abrigo. Porém, não se esqueça: há um único preço a pagar.

— Sacrifício.

— As escolhas são suas. Sempre foram. - Os olhos cinzentos diluiram-se no breu, assim como sua dona.

Em meu quarto encontro minha mochila de costas, o material desgastado pelo tempo, mas ainda resistente. Arco e aljava de prata, agora, atravessados em meu ombro.

Sigo para a cozinha, derrubo no chão, de uma só vez, alguns vasos e utensílios dispersos pelo balcão. Envolvendo meus braços nas embalagens dentro do armário, agarro tudo e despejo-as sobre o móvel.

Abasteço minha mala com barras de cereais, sucos e lanches prontos, água, um isqueiro entre outras coisas. Já sei para onde ir.

Desde que me lembro o endereço ainda era o mesmo: Valencia Boulevard, ESTÚDIOS DE GRAVAÇÃO M.A.C.

— Será possível que você não deixou nenhum dinheiro pra mim?

Repito isso pelo que imagino ser a oitava vez desde que comecei a vasculhar o apartamento em busca de pagamento para um táxi - não acho que terei a mínima sorte indo de ônibus.

— Ah! Aí está você! - abro um sorriso amarelo para a lata com algumas notas de cem dólares.

Passo 1 → encontrar uma cabine telefônica; (Garota desligada voltando a ativa!)

Não pretendo caminhar até encontrar uma, então. .. sim! Ser sociável é o caminho!

Caso não saibam, eu não precisaria desse trabalho todo, como Percy eu poderia chamar o 'táxi oficial dos semideuses'. Mas, vocês nunca vão querer entrar naquele comboio de bruxas. Elas são loucas! (E cegas).

 

Por incrível que pareça, meu prédio não tem um porteiro. Portanto, segurança zero. Atravesso a rua a procura de alguém que não tenha a aparência de um serial killer ou algo do gênero.

— Moça!

— Me desculpe, tenho que ir.

— Só um segundo! - me sinto uma daquelas pessoas que querem te fazer comprar algo.

— Diz. - a mulher negra, para bruscamente. Os olhos cor de avelã me encarando a contragosto.

— Onde encontro uma cabine telefônica?

— Logo na esquina.

— Obrigada!

Seguimos em direções opostas. Logo me deparo com a cabine e uma lista à disposição. T. .. t. ... Achei! Disco o número e em questão de instantes o táxi para no meio fio.

Desastrada, praticamente me jogo dentro do carro.

— Bom dia!

— Bom dia, senhorita! - a voz rouca me dá calafrios.

Dirijo o olhar na direção do sujeito e adivinhe! A névoa acaba de se dissipar. O carro acelera.

→ 1001 vez: o que a névoa faz essa gente enxergar? ←

— Merda, merda, merda!

1 - Monstros não tiram carteira de habilitação! Nem eu tenho uma!

Retiro o arco do entorno de meu peito e atinjo o 'taxista' na cabeça. Ele cai desacordado. Thalia, você tem problemas demais!

2 - O carro está desgovernado.

Um poste já está me dando as boas vindas. Destranco a porta e me jogo. Meu rosto colado ao chão, minha respiração entrecortada. As pessoas estão começando a se aglomerar, e se tem uma coisa de que não gosto são multidões.


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Notas finais do capítulo

Kisses!