Nyah! City escrita por Bill Cipher
Notas iniciais do capítulo
Estava meio sem inspiração, por isso não postei até agora.
Bem, fiquem com o capítulo.
Um som parecido com um de sino destrói o silêncio do quarto em que o garoto estava. Ele abre os olhos e vê que o alarme do sue celular estava tocando.
Ele limpa os olhos e dá um bocejo enquanto levanta os braços se espreguiçando. Uma voz feminina vinda do corredor lhe diz “Bom dia!” enquanto a mesma dá dois toques em sua porta. O menino ouve passos se distanciando de seu quarto até o silêncio voltar totalmente ao normal.
“Foi só um sonho.” – pensou. Lucas apoia seus braços na cama para se levantar e antes de por os pés no chão ele retira o edredom cinza de cima de seu corpo, mas ele sente como se um peso estivesse sobre ele. Lucas olha para frente e vê alguém sentado na ponta de sua cama olhando para ele.
— SAI THE RAKE! – ele joga o travesseiro nele e a “criatura” diz ai.
— O que aconteceu, filho?! – disse a mesma voz do corredor.
Lucas acende seu abajur e descobre que ele tinha acertado na cabeça de Shini, não a de um monstro de olhos brilhantes.
— Nada! Não se preocupe!
— Ok. – o silêncio volta novamente.
— *Como você... aquilo não foi um sonho?*
— *Claro que não, e que lugar é esse?*
Lucas se levanta e acende a luz de seu quarto e tranca a porta.
— Aquele portal, nos trouxe para cá, então?
— O que você acha?!
— *Fala baixo! Minha mãe não pode te ouvi-lo se não estamos fritos!*
— *Desculpa aí, então. *
— Olha. – Lucas olha o horário em seu celular. Eram 6:02 – Daqui algumas horas eu tenho que ir para escola, tenho que arrumar um lugar para te esconder.
— Por que me esconderia?
— Qual a parte você não entendeu de que não podemos deixar que te vejam?
— Mas eu sou um humano que nem você, só não tenho essas... cadê suas orelhas de gato?
— Ahn? – Lucas apalpeia sua cabeça e percebe que aquelas orelhas haviam sumido.
Ele dá um suspiro.
— Voltei ao normal. Mas mesmo você sendo humano, como eu vou explicar para minha mãe quem é você?
— Diga que eu sou um amigo seu da escola, mas que você nunca tinha me apresentado a ela.
— Mas ela não vai acreditar, ela nunca te viu na escola. Além do mais ela é a diretora dela.
— Aí complica.
— Filho! Vem tomar café para não nos atrasarmos!
— Já vou!
— Tenho uma ideia: e se eu fosse com você escondido para sua escola e depois a gente decide o que vamos fazer?
— Tá, mas minha mãe ainda vai perceber.
Shini olha para a janela que ficava atrás de uma escrivaninha de madeira atrás da cama.
— Você não está pensando em descer pela janela, está?
— Ah, não deve ser muito alto e... – Shini abre a janela. Ele olha para baixo, tinha uns dois andares abaixo deles. O quarto de Lucas ficava onde antes era um sótão – Ok, não dá para eu descer por aí.
Vamos fazer assim: ao lado da geladeira tem uma chave reserva da casa. Assim que eu for para escola você sai pela porta da cozinha e vem para minha escola. Esse é o caminho. – Lucas pega um papel que estava sobre sua escrivaninha e depois retira um lápis de seu estojo que estava no bolso lateral esquerdo de sua mochila.
Ele faz alguns desenhos e dá um papel para Shini.
— O que é uma livraria? – disse olhando para o desenho.
— É parecida com a biblioteca que tem na sua escola. Mas com mais livros e tal. – os olhos de Shini brilham de curiosidade – Cara, se concentra. É só para você ir para minha escola. Apenas.
— Ok.
— Agora se esconde, eu vou me preparar para ir à escola. Mas tarde nos vemos.
Em Nyah! City...
— Ele foi para a Terra?!! – disse Kaline.
— Fala baixo! – disse Kori tapando a boca da colega – Quer que o Seiji nos ouça?!
— Calma. Ela não sai da sala dele desde que... aconteceu isso que você falou.
— Parece que ele finalmente se lembrou do filho. – dizia Vivian, colocando um grande livro de capa verde sobre a mesa ao lado das duas.
— O que é isso?
— A gente tem que achar o Shini, certo? Esse livro fala como reabrir o portal. Até porque se não o arrumarmos não conseguiremos voltar para Terra depois, lembra?
— Verdade! Agora que me toquei que aquele era o único portal!
— Onde esse livro estava? – falou Kori.
— Na sala do Seiji. Ele estava tão deprê que nem me notou entrar.
— E por onde começamos?
— Só acho que pela primeira página, só acho.
— Hehe, chata. – ela dá uns croques na cabeça de Kaline derrubando seu chapéu, deixando a mostra suas orelhas de gato – Não sei porque a gente continua usando esses chapéus aqui dentro se não tem ninguém além de nós e o Seiji nesse andar. – Vivian retira o chapéu dela também mostrando as mesmas orelhas. Ela retira o elástico que amarrava o seu cabelo e chacoalha a cabeça desfazendo seu rabo de cabelo.
Elas abrem o pesado livro e uma nuvem de poeira se espalha no ar.
— Como esse livro pode ter tanta poeira se ele só tem dez anos? – disse Kori enquanto tossia.
— Simples: ninguém o abre desde a criação da cidade. Nunca foi preciso.
— Eu não entendo porque o portal quebrou, sempre o usamos e nunca tinha isso acontecido. – fala Kaline.
— Uma vez Seiji falou que esse portal não podia ser usado por ninguém que nasceu nessa cidade. – disse Kori.
— Por quê?
— Eu não sei, o único que sabe sobre a história dessa cidade é o Seiji, mas ele raramente fala como ela foi criada.
— Gente... – disse Vivian.
— O quê?
— O livro está em japonês.
— Você está brincando! Alguém aqui sabe falar em japonês?
Ninguém responde.
— Tem o Seiji e... ah é, desculpa. – disse Kaline.
— Espera, e aquele seu ex, Kori, o...
— Não.
— Hiroshi.
— Não!
— Mas ele é a única pessoa além do Seiji que conhecemos que fala japonês.
— Não é possível que não tenha mais ninguém nessa cidade que fale japonês!
— É a nossa única opção.
— É por causa dele que o Shini está lá!
— Kori. – diz Kaline – Ela está certa. Você prefere perguntar a todos os moradores dessa cidade se alguns deles fala japonês ou falar com ele?
— Mas...
Elas encaram Kori.
— Tá! Eu falo com ele, mas vocês vão ter que vir comigo. – ela puxa as duas que quase caem no chão para o elevador.
.......
O rapaz de óculos vermelhos e orelhas pretas estava sentado sobre sua cadeira giratória enquanto segurava uma foto com a mão direita. Nela aparecia ele com uns 20 anos sorrindo ao lado de uma menina de sua idade com as mesmas orelhas e também sorrindo. Ela tinha olhos azuis e cabelos curtos rosas. Eles estavam com uma mão sobre o ombro do outro
— Misaki...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que eu consegui foi isso. Desculpa se não estava como esperavam. Espero que tenham gostado (desculpe por não ter postado). Comentem!! Bem, até o capítulo que vem, com mais um de onde vem!