Nyah! City escrita por Bill Cipher


Capítulo 5
Japonês


Notas iniciais do capítulo

Estava meio sem inspiração, por isso não postei até agora.
Bem, fiquem com o capítulo.



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Um som parecido com um de sino destrói o silêncio do quarto em que o garoto estava. Ele abre os olhos e vê que o alarme do sue celular estava tocando.

Ele limpa os olhos e dá um bocejo enquanto levanta os braços se espreguiçando. Uma voz feminina vinda do corredor lhe diz “Bom dia!” enquanto a mesma dá dois toques em sua porta. O menino ouve passos se distanciando de seu quarto até o silêncio voltar totalmente ao normal.

“Foi só um sonho.” – pensou. Lucas apoia seus braços na cama para se levantar e antes de por os pés no chão ele retira o edredom cinza de cima de seu corpo, mas ele sente como se um peso estivesse sobre ele. Lucas olha para frente e vê alguém sentado na ponta de sua cama olhando para ele.

— SAI THE RAKE! – ele joga o travesseiro nele e a “criatura” diz ai.

— O que aconteceu, filho?! – disse a mesma voz do corredor.
Lucas acende seu abajur e descobre que ele tinha acertado na cabeça de Shini, não a de um monstro de olhos brilhantes.

— Nada! Não se preocupe!

— Ok. – o silêncio volta novamente.

— *Como você... aquilo não foi um sonho?*

— *Claro que não, e que lugar é esse?*

Lucas se levanta e acende a luz de seu quarto e tranca a porta.

— Aquele portal, nos trouxe para cá, então?

— O que você acha?!

— *Fala baixo! Minha mãe não pode te ouvi-lo se não estamos fritos!*

— *Desculpa aí, então. *

— Olha. – Lucas olha o horário em seu celular. Eram 6:02 – Daqui algumas horas eu tenho que ir para escola, tenho que arrumar um lugar para te esconder.

— Por que me esconderia?

— Qual a parte você não entendeu de que não podemos deixar que te vejam?

— Mas eu sou um humano que nem você, só não tenho essas... cadê suas orelhas de gato?

— Ahn? – Lucas apalpeia sua cabeça e percebe que aquelas orelhas haviam sumido.

Ele dá um suspiro.

— Voltei ao normal. Mas mesmo você sendo humano, como eu vou explicar para minha mãe quem é você?

— Diga que eu sou um amigo seu da escola, mas que você nunca tinha me apresentado a ela.

— Mas ela não vai acreditar, ela nunca te viu na escola. Além do mais ela é a diretora dela.

— Aí complica.

— Filho! Vem tomar café para não nos atrasarmos!

— Já vou!

— Tenho uma ideia: e se eu fosse com você escondido para sua escola e depois a gente decide o que vamos fazer?

— Tá, mas minha mãe ainda vai perceber.

Shini olha para a janela que ficava atrás de uma escrivaninha de madeira atrás da cama.

— Você não está pensando em descer pela janela, está?

— Ah, não deve ser muito alto e... – Shini abre a janela. Ele olha para baixo, tinha uns dois andares abaixo deles. O quarto de Lucas ficava onde antes era um sótão – Ok, não dá para eu descer por aí.

Vamos fazer assim: ao lado da geladeira tem uma chave reserva da casa. Assim que eu for para escola você sai pela porta da cozinha e vem para minha escola. Esse é o caminho. – Lucas pega um papel que estava sobre sua escrivaninha e depois retira um lápis de seu estojo que estava no bolso lateral esquerdo de sua mochila.

Ele faz alguns desenhos e dá um papel para Shini.

— O que é uma livraria? – disse olhando para o desenho.

— É parecida com a biblioteca que tem na sua escola. Mas com mais livros e tal. – os olhos de Shini brilham de curiosidade – Cara, se concentra. É só para você ir para minha escola. Apenas.

— Ok.

— Agora se esconde, eu vou me preparar para ir à escola. Mas tarde nos vemos.

Em Nyah! City...

— Ele foi para a Terra?!! – disse Kaline.

— Fala baixo! – disse Kori tapando a boca da colega – Quer que o Seiji nos ouça?!

— Calma. Ela não sai da sala dele desde que... aconteceu isso que você falou.

— Parece que ele finalmente se lembrou do filho. – dizia Vivian, colocando um grande livro de capa verde sobre a mesa ao lado das duas.

— O que é isso?

— A gente tem que achar o Shini, certo? Esse livro fala como reabrir o portal. Até porque se não o arrumarmos não conseguiremos voltar para Terra depois, lembra?

— Verdade! Agora que me toquei que aquele era o único portal!

— Onde esse livro estava? – falou Kori.

— Na sala do Seiji. Ele estava tão deprê que nem me notou entrar.

— E por onde começamos?

— Só acho que pela primeira página, só acho.

— Hehe, chata. – ela dá uns croques na cabeça de Kaline derrubando seu chapéu, deixando a mostra suas orelhas de gato – Não sei porque a gente continua usando esses chapéus aqui dentro se não tem ninguém além de nós e o Seiji nesse andar. – Vivian retira o chapéu dela também mostrando as mesmas orelhas. Ela retira o elástico que amarrava o seu cabelo e chacoalha a cabeça desfazendo seu rabo de cabelo.

Elas abrem o pesado livro e uma nuvem de poeira se espalha no ar.

— Como esse livro pode ter tanta poeira se ele só tem dez anos? – disse Kori enquanto tossia.

— Simples: ninguém o abre desde a criação da cidade. Nunca foi preciso.

— Eu não entendo porque o portal quebrou, sempre o usamos e nunca tinha isso acontecido. – fala Kaline.

— Uma vez Seiji falou que esse portal não podia ser usado por ninguém que nasceu nessa cidade. – disse Kori.

— Por quê?

— Eu não sei, o único que sabe sobre a história dessa cidade é o Seiji, mas ele raramente fala como ela foi criada.

— Gente... – disse Vivian.

— O quê?

— O livro está em japonês.

— Você está brincando! Alguém aqui sabe falar em japonês?

Ninguém responde.

— Tem o Seiji e... ah é, desculpa. – disse Kaline.

— Espera, e aquele seu ex, Kori, o...

— Não.

— Hiroshi.

— Não!

— Mas ele é a única pessoa além do Seiji que conhecemos que fala japonês.

— Não é possível que não tenha mais ninguém nessa cidade que fale japonês!

— É a nossa única opção.

— É por causa dele que o Shini está lá!

— Kori. – diz Kaline – Ela está certa. Você prefere perguntar a todos os moradores dessa cidade se alguns deles fala japonês ou falar com ele?

— Mas...

Elas encaram Kori.

— Tá! Eu falo com ele, mas vocês vão ter que vir comigo. – ela puxa as duas que quase caem no chão para o elevador.

.......

O rapaz de óculos vermelhos e orelhas pretas estava sentado sobre sua cadeira giratória enquanto segurava uma foto com a mão direita. Nela aparecia ele com uns 20 anos sorrindo ao lado de uma menina de sua idade com as mesmas orelhas e também sorrindo. Ela tinha olhos azuis e cabelos curtos rosas. Eles estavam com uma mão sobre o ombro do outro

— Misaki...


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Notas finais do capítulo

O que eu consegui foi isso. Desculpa se não estava como esperavam. Espero que tenham gostado (desculpe por não ter postado). Comentem!! Bem, até o capítulo que vem, com mais um de onde vem!