Lonely Star escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 5
Só mais um dia...


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi, oi, oiiiii!!!! Cap novo!! Espero que estejam curtindo!



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N: Julia.

Iriamos prender a garota, mas ela fingiu que estava apagada. Meteu o pé assim que demos as costas. Minha mão doía. Normal, estava queimada! A minha luvinha estava destruída, mas eu tinha centenas delas em casa! Só que minha grande preocupação é que minha preocupação com o Banner tinha voltado e eu me toquei que estava no Quinjent frente a frente à irmã do cara que se jogou na frente de uns tiros de raio ou sei lá pra poupar minha vida e de um garoto. Ai, caramba! Dor de cabeça dupla!

– Julia, tudo bem? – perguntou, percebendo que eu estava tença.

– Tudo! – falei. – Bom, nem tudo, mas…

– A culpa não foi sua! Além do mais, você é algo mito difícil de se achar, Julia. Não se corrompeu pelo mal, mesmo quando lhe foi conveniente. – falou, referindo-se a ilusão em que ela me colocou antes dela se juntar a nós.

– E eu trocaria meu pai e Pepper por superpoderes?

– No fundo, você sabe que mais do que tudo, quer provar que é capaz.

– Já pensou em fazer psicologia? - brinquei e ela riu.

É difícil dizer, mas é verdade o que ela disse. De qualquer forma, o fato de meu pai ter sido um péssimo pai sempre mexeu comigo. Fecho os olhos e tento me lembrar da ocasião inexistente em que Wanda Maxmorff me colocou durante uma missão:

Flashback On:

Em um momento, eu estava na África em uma missão envolvendo dois irmãos com poderes e um robô assassino que eu talvez possa chamar de “irmãozinho”. Quase fui mãe, mas não quis me meter nisso pra, se der problema (como deu), eu não teria envolvimento. No outro momento, eu estava em outro navio. E eu conhecia aquele navio. Ouvi uma voz:

– Julieth. Meus parabéns! Você é perfeita. – não podia ser.

– Killian? – perguntei.

– Algo errado, Ju? – ele perguntou sorrindo.

– O que você faz aqui e não morto? Como vim parar aqui? – perguntei confusa.

– Se esqueceu? Você tentou salvar sua "mãe" - fez aspas com os dedos, se referindo a Pep -, lhe ofereci uma proposta melhor, e aqui estamos!

– Qual a missão? - não sabia porque perguntei. Não sabia nem o que eu estava falando!

– Mate-os. - ele apontou para atrás de mim.

Lá estava meu pai e Pep amarrados em cadeiras de frente um para o outro e machucados. Não reagiam. Não se manifestavam. Apenas meu pai me olhava como se implorasse pelo meu lado bom. Naquele momento, eu imaginava que eu já nem tivesse mais um lado bom. Em um piscar de olhos, não estou mais no meu corpo. Vejo-me na minha frente com um sorriso diabólico e trajes completamente indecentes! Um top preto tomara-que-caia de decote coração e um zíper no meio, o mesmo cobria apenas meus seios e dois ou três dedos para baixo. Usava também um short preto que mais parecia uma calcinha box jeans com rasgados e correntes, uma bota de salto preta que ia até meu joelho. Definitivamente odiei o traje. O olhar de Pepper era de medo e uma tristeza enorme, quase luto. O de meu pai era de quem falhou bem feio no trabalho.

– Julia, não. - implorei. Mas eu basicamente não estava lá.

– Como? Quer que eu seja rápida ou cruel? - perguntou a Outra Julia.

– Da forma que achar melhor. - ele sorri.

– Ju, me diga que você não vai... - sou interrompida.

– Lentamente e de forma que sofra bastante! – disse ela, por fim.

– Por favor, filha. Pode me matar, mas poupe ao menos ela! - implorou meu pai.

– Isso não é real. – falei a mim mesma – Aquela…! Deus, não me deixe sentir ódio por alguém. Nem mesmo uma inimiga.

– Por onde quer começar? – ele pergunta – O pai ou a madrasta?

– Por ela. – falou a Outra Julia – Se ele a ama, vai sofrer vendo sua morte, principalmente vindo da própria filha.

– NÃO JULIA! POR FAVOR, NÃO! - gritei desesperada.

– Essa não é você, Ju. – falou Pepper.

– Agora é. – ela respondeu, caminhando até eles com um rebolar sensual.

Meu maior medo sempre foi o se me corromper. Não sei se já contei, mas não sou apenas cristã. Sou adepta de um movimento chamado “Jesus Freak” (Maluco (a) por Jesus). Vivo minha vida em Cristo com tanta intensidade que as pessoas chegam a estranhar. Sério! Sendo assim, essa é a pior coisa que poderia acontecer! Tenho um amigo pastor lá do Brasil, Lucinho Barreto. Ele diz que muitos jovens podiam me admirar, não que eu fosse perfeita (já que assumo minhas imperfeições), mas por superar todos esses obstáculos. Agora, uma ilusão onde minhas limitações me impediram de ser boa e, como se não bastasse, me tornei uma vilã fria e totalmente cruel… aí já é apelação.

Bom, a Outra Julia se abaixou ainda em um rebolado sensual (Andando muito com a Natasha?) e olhou nos olhos de Pepper. As mãos da Outra Julia ganharam um brilho laranja que eu conhecia muito bem. Ela exibe a mão em chamas para Pepper e se afasta um pouco. Quando eu menos esperei, ela a incinerou.

– JULIA, PARE! – gritou meu pai com lágrimas.

– NÃO! - gritei, caindo de joelhos no chão, em estado de desespero e pânico. Não controlava meu choro.

Quando Pepper estava morta, a Outra Julia encarou meu pai e sorriu: - Como está a dor?

– Pior por ser você. - ele respondeu, com ódio.

Meu pai me odiava. Queria que aquilo acabace logo. Ela enfiou seu punho flamejante pelo estômago do meu pai, mas se aprofundou e levou o punho, dentro dele, até os pulmões. Não sabia se queria vomitar ou chorar. Não sabia se chorava de ódio ou de frustração, ou de medo, não sabia! Meu pai gritava tanto quanto eu, como se sentíssemos a mesma dor física. E dá pra imaginar a dor, não é?

– Isso foi por ter me rejeitado. - falou a Outra Julia, e meu pai morre.

Me deito no chão e choro desesperada. A Outra Julia me encarou e foi até mim. Reparei que ela caminhava até mim e me levantei. Olhei para mim mesma. Bom saber que eu usava meu traje. A Outra Julia segura meu pescoço e diz:

– Não deveria estar aqui. Você está morta.

– Quem é você? - mas eu já sabia a resposta.

– Sou quem você se tornou.

Acordei no Quinjent gritando e meu pai me abraçou. Ele e Clint foram os únicos que não ficaram sob a hipnose da Wanda. Zoe ficou por um breve momento, mas, como uma Divergente em uma simulação, saiu quando bem quis.

Flashback Off.

– Wanda, eu não sei se devo te dar um tapa pelo pesadelo ou te dar um abraço de consolo pelo seu irmão. – falei.

– Você já me deu os dois. – ela riu.

– Graças a Deus que eu não topei a do Killian.

– É incrível a forma como crê no seu Deus.

– E fico feliz em saber que você superou.

Wanda sorriu. Eu sabia que ela estava sofrendo. Mas devo admitir: ela esconde bem. Há uma música que diz: “É nessas horas que me lembro que a dor é um megafone. É Deus que está gritando que não sou o Super-Homem”. É uma música que posso adotar. O Quinjent chegou e eu corri pra sala. Queria, na verdade, voltar para a Torre e dormir, mas acharam o Banner, e eu logo partiria para outra missão.

Ah, não me esqueço da minha primeira vez! Imagine uma garota de oito anos atirando facas em um velho em uma armadura prata e muito mal feita! Ah, que adrenalina! Medo? Pra caramba! Mas foi o que me motivou! Quando Pep foi ajudar meu pai, me levou junto e eu, de última hora, peguei minhas adagas. Ela me mandou ficar no carro, mas eu saí escondida e a segui. Ao ver o cara, peguei minhas adagas presas nas costas e sendo camufladas pelo casaco, e então lancei três nele, que danificaram a armadura do cara mal que queria matar meu pai (como chamei Obadiard naquela noite).

– Quero ir pra casa! – falei rindo ao Cap.

– É, pirralha! Quem falou que era fácil? – falou Natasha se aproximando com Sam (ambos de traje).

– Ainda não foram? - perguntei.

– Um problema no Quinjent. - falou ela.

– Ela sempre te chama assim? – perguntou Visão.

– É! Dês de que nos conhecemos. Já estou acostumada! Me faz até falta as vezes. – expliquei.

– Vocês duas são loucas. – falou Sam rindo

– E você que terminou com ninguém mais que Zoe Michell? – revidei divertida, só então percebendo que deveria ter segurado a língua.

– Por favor! Achei que a Estrela Solitária fosse mais séria. - reclamou Steve.

– Foi mal, Caps.

Mais uma linda lembrança: quando conheci a Nat. Meu pai estava treinando com o Happy e Pep resolvendo assuntos sérios da empresa. Eu litava com uma espada contra o melhor que meu pai conseguia pagar, ou seja, o melhor do mundo. Reclamei muito com ele. Foi muito fácil! Será que sou tão melhor assim do que o resto do mundo quando falamos em espadas? Ela entrou, deu uma chave de perna no Happy e se negou a me ensinar a fazer. Depois aprendi sozinha. Descobri que ela era uma espiã antes do meu pai. Ela me chamou de pirralha quando meu pai descobriu. Eu fiquei tagarelando (muito normal) e ela disse "Pode ficar quieta, pirralha?" E eu perguntei "Oi?!" E meu pai falou "Quem te deu o direito de falar assim com a minha filha?!"... Enfim, ela me chama assim até hoje e atualmente eu gosto! Pra mim significa "Hey, eu gosto de você de uma forma particular e bem Romanoff de gostar!".

Steve me liberou da missão e fui cuidar da minha mão queimada. Ah, eu sentia tanto a falta da doutora Cho... Ela era muito legal. Mas o Martin era legal também. E ele trabalhava com ela, e isso é legal! Minha queimadura não foi muito séria, então logo fui conversar com meu pai. Como ele já havia saído, conversamos pelo comunicador e ele pela armadura.

– Então trouxe o reator para analisar mais tarde?

– Sim. Foi muito estranho. Quebrei com minhas próprias mãos. – falei.

– E a sua mão?

– Fique tranquilo. Não vai deixar cicatriz... bom, não tenho certeza.

– Essa é minha filhota! Depois me conte como foi a luta.

– Divertida. - falei sorrindo.

– Somos poucos que achamos isso! - ele riu e eu também.

– Pode me fazer um favor?

– Tudo pela minha filha. - ele falou irônico.

– Dá um beijo na bochecha do Bruce pra mim? - pedi, rindo.

– Vai sonhando, garota. Tchau.

– Tchau, pai. - me despedi.

A imagem de seu rosto na armadura desapareceu do meu celular meio que holográfico. Coloquei encima da cama e me joguei, tentando dormir. Só mais um dia de trabalho...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Também espero que comentem.



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