Lonely Star escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 11
Pode confiar!


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu leitores fantasmas e Mariana! Capitulo novo! E, como prometido, tenho novidades! Espero que gostem!



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N: Cléo.

Sam estava com os novatos e Hill segurando Julia e Kazumi por lá, já que Clint exigiu que ela não soubesse de nada e a outra é muito pequena. Eu estava com os outros na enfermaria conversando com Clint. Agora, por que tanta gente em um lugar só? Bom, isso é simples: Zoe quer ajudar, Katrina disse que parcialmente veio para isso, Bruce é médico, Nat é a BFF dele, Steve é o líder e não se pode tomar decisões sem ele, Clint estava sendo tratado dos ferimentos e interrogado e Stark... bom, o problema é do Stark! Já eu... só de curiosidade mesmo.

– A minha filha? O que querem com a minha filha? - Stark questionou.

– Ele disse que ela não é uma completa inocente. - respondeu Barton – E que ela não é o que diz ser, quer dizer, uma "Guerreira de Coração Puro".

– Isso é obvio, mas suas ações sempre foram boas. Diferente do pai dela, ela não tem peso em sua consciência de algo que ela foi antes dos Vingadores. - falou Natasha – Na verdade, diferente de quase todos nós.

– Não faz nenhum sentido! - exclamei – Ela é só uma garota...

– Não mais dês dos oito anos. - corrigiu Clint – Palavras dele, não minhas.

– Ela tinha oito anos quando o Stark virou o Homem de Ferro. - falou Steve.

– Mas foi ele quem vestiu aquela armadura, não ela. Por quê? Podendo se vingar de Tony, por que sua filha? - questionou Bruce confuso.

– Julia não pode saber. - falou Zoe – Ela vai tomar isso como algo dela, assumir a responsabilidade. Isso é... ela é jovem demais para isso. Ainda tem muito o que amadurecer.

– Temos que manter ela longe, não apenas desse cara, mas da Chicote também. - falou Steve.

– Uma hora isso iria acontecer. Faz parte... - revirei os olhos e Steve o cortou.

– Quer perder sua filha? - rosnou.

– Claro que não! Eu a amo! Do meu jeito, mas a amo! - se defendeu.

– Mas ela não pode enfrentar um arque inimigo de forma tão precoce! - falou Katrina indignada.

– Julia é precoce. - falou Stark - Não! É normal adolescentes de dezesseis anos formadas em engenharia e fazendo especialização aeroespacial! E também garotas de oito anos com mira exemplar! Barton deve ter começado cedo também, não é?

– Stark... - mas Clint não conseguiu o interromper.

– Adolescentes normais lutam mais do que a grande Romanoff? São capazes de mapear o reator Arc e o refazer em uma feira de escola? Ela não é normal. - concluiu – Não somos normais e ela é uma de nós. E eu confio nela tanto quanto confio em vocês.

– Ela é uma Stark. - conclui, dando de ombros.

– Nunca me perdoaria se algo acontecesse a ela. - falou Steve.

Houve um período de silêncio. Steve falava como se fosse o pai dela e Tony, o mentor ou treinador. Clint quase concordava com Stark, mas se preocupava com Julia. Katrina estava indignada, Natasha refletia e tentava digerir, provavelmente, o "lutam mais que a grande Romanoff", Bruce assentia ao que Tony falava. Já minha irmã, Zoe, era ilegível. Não sabia o que ela pensava, mas ela sabia o que estava na mente de todos. Nesse momento, até eu me daria uma folga e sairia lendo tudo.

– Quer saber? Vou beber água. - falei, me retirando.

– Só pra quebrar o clima tenso – falou Clint – Gostei da blusa, Cléo.

Sorri. Minha blusa tinha um desenho do Coringa e da Harlequina. Era uma blusa que eu não usaria se soubesse que viria para cá. Quando fui abrir a porta, me deparei com Julia a beira de bater na porta. Olhei em seus olhos de cachorrinho triste e perguntei.

– Queria entrar?

– Só queria dizer que ouvi tudo que falaram depois de "Ela é só uma garota". Posso falar com o pessoal?

Dei passagem a ela. Todos a viram entrar. Não havia ninguém que não estivesse perplexo. O segredo não era segredo. Ela olhou para seu pai, que disse:

– Você não deveria estar aqui.

– Queria apenas agradecer a vocês. - ela toma uma postura séria e madura, se despindo da criança para quem abri a porta – Tanto pelo apoio de meu pai como pela preocupação do Capitão. Mas deixando bem claro, eu ainda estou confusa. Só tenho uma pergunta e vocês não precisam responder: as ameaças, os desafios e as afrontas foram a quem? A vocês ou a mim?

Antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, ela correu para fora. Zoe nos aconselhou a não segui-la. Aliás, aconteceu exatamente o que ela disse que aconteceria. Julia tomou a missão pra si sem pensar duas vezes.

N: Julia.

Eles estavam escondendo aquilo de mim para minha segurança, então por que eu estava com raiva? Simples! Eu posso me cuidar.

Peguei meu calendário: era dia de visitar o orfanato. Eu me encontraria com Jones e a banda Jesus Freak para esse evento, que acontecia todos os meses. Sentávamos com as crianças com um violão, atendíamos pedidos de hinos que as crianças pediam e depois falávamos de Jesus para elas. É claro, mesmo com lanches e brinquedos, elas gostavam da nossa atenção mesmo... ou da minha. As mais velhas sabiam quem eu era. O que eu era. Mas não ligavam muito para isso. Já as pessoas que trabalham por lá, se importam mais com a Estrela Solitária do que com a Julia.

Mas naquele dia eu não iria.

Tomei um banho e fui até meu closet procurar uma roupa melhor. Eu precisava sair e esfriar a cabeça. Vesti qualquer coisa e saí do meu quarto. Na sala, fui bombardeada por perguntas de Wanda sobre onde eu iria, mas a ignorei. Entrei no meu carro e saí em direção à um café que eu sempre vou. Era pequeno, mas o dono e eu nos conhecemos bem de tanto que vou lá. Sentei no balcão e ele logo se aproximou e sorriu:

– Julieth! Como vai, jovem! - sorriu.

– Não muito bem, Pierre. - respondi ao italiano.

– Mas como assim? O que lhe deixa dessa forma? Está sempre tão feliz e sorridente!

– A vida é feita de boas e más lembranças. - respondi. Não queria que as pessoas ficassem sabendo.

– Eu vi que atacaram seu amigo no aeroporto. - ele falou – Está tudo bem com ele?

– Clint? É... ele já sobreviveu a muita coisa.

Nós dois riamos. Mas eu desanimei. Pierre era um cara legal. Um idoso já, que nasceu e cresceu na Itália. Era um típico velho gordinho de cabelos brancos e muito gentil com as pessoas. Uma boa companhia.

– Ju...Julia?! - perguntou uma voz surpresa.

Me virei e dei de cara com um garoto loiro de olhos castanhos lindo que eu conhecia há bem pouco tempo.

– Zack! - acenei pra ele.

Estava no fundo do café. Fui até lá e me sentei com ele.

– O que traz Julia Stark até esse modesto café? - puxou assunto.

– Meu amigo Jones me apresentou. Dês de então, eu venho sempre aqui.

– Novidades? Você não parece bem e eu vi que aquele arqueiro lá o... Gavião Arqueiro, não é? Bem, ele tomou uma bela surra.

– O estranho foi quem o atacou, mas... você não têm que saber.

– Mas eu quero saber. - me olhou preocupado e segurando minha mão.

Meu coração bateu mais forte. Eu se quer o conhecia. Era um garoto legal, mas misterioso. Eu deveria tirar a mão, mas não tirei. Deveria desviar meu olhar dos olhos dele, mas não desviei. Então, simplesmente saiu de mim:

– O cara que atacou o meu amigo estava procurando por mim. Fez isso para me provocar. E ele conseguiu. Agora, os Vingadores querem tomar decisões minhas. Metade confia em mim, a outra não.

– Sabe o que eu acho? A luta é sua. É sua obrigação enfrentar o cara.

– É o que eu acho, mas...

– Então já tomou sua decisão!

– Não! É que... eu sempre sou submissa à vontade Deus...

– Seja racional! Isso só vai piorar! Você pode impedir. Na minha opinião, você deve fazer isso sozinha.

– Pode não contar isso pra ninguém? - pedi.

– Pode confiar em mim, Ju. - ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

Porém, ele manteve sua mão e eu estremeci. Zack fechou os olhos e começou a aproximar seu rosto do meu, como se fosse me beijar. Aos poucos, fui afastando o meu. Não queria beijar um garoto que nem conheço! De jeito nenhum! Então, outra voz, mas dessa vez, mais grave e muito bem conhecida.

– Ju? Achei que estava na base! - falou.

Zack abriu os olhos e encarou meu amigo sem graça. Suspirei de alívio. Com certeza, foi Deus quem mandou Jones lá naquela hora.

– Ah, eu estava, mas... você deveria estar no orfanato!

– Os outros estão perguntando por você e, como eu te conheço, sabia que estaria aqui. - se sentou ao meu lado – Quem é o Alex Pettyfer?

– Se me disser primeiro quem é o Theo James... - Zack se defendeu.

– Collin Jones. O melhor amigo da Julia. - o encarei com os olhos enormes. Tá aí um título que ele nunca assumiu publicamente.

– Zack. Nos conhecemos num incêndio. Ela salvou minha vida.

– Ah, garotos... - não pude interferir. Jones tinha ciúmes de mim? Isso é sério?

– Zack o que? - perguntou.

– Pra que quer saber?

– Curiosidade.

Antes que Zack se explodisse de raiva, interferi:

– Crianças, por favor? Zack, eu e Jones temos assuntos à tratar.

– Então tá! - falou o loiro. Beijou meu rosto e disse – Um dia, a gente se encontra de novo.

Quando ele saiu, Jones e eu conversamos. Mais ainda, pude reparar que ele tinha ciúmes de mim. Achei até meio fofo. E para ele, eu desabafei. Falei tudo o que eu tinha em minha mente, em meu coração... tudo o que me inquietava. Depois me abraçou e eu chorei um pouco. Enquanto eu voltava, ficava pensando em Jones e encarando, algumas vezes, a estrela que estava em meu anel. Jones esteve comigo em todos os meus maus momentos e bons momentos dês de que nos conhecemos. Era o tipo de pessoa que eu gostava de ficar falando dele. Não quero tomar uma decisão. Quero que aconteça o que deve acontecer, seja lá o que for... e só Deus sabe.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! O que acham? Zack ou Jones?



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