Beside You escrita por Santos


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi. Que loucura pessoal, voltei ao site depois de um mês. Sofri um banimento e perdi minha outra fic, como isso ocorreu não faço idéia. (Acho que faz mais de um mês)Então, tenho mais dois capítulos prontos, queria focar no amadurecimento da K e numa possível relação dela com o Cobra, que infelizmente não teve na porcaria da novela e ainda têm essa besteira deles serem irmãos, nada ver? Chateações a parte, vou tentar escrever uma boa fic, se é que eu sei escrever KKKKKKK XD Beijos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/627717/chapter/1

Parcialmente as coisas tinham entrado nos eixos e, já não há mais Lobão e outras barreiras dificultando minha vida e das pessoas ao meu redor. Depois que fiquei no carcere vi muitas coisas passarem avoadas, na verdade não vi nada passar, me vi mudar e amadurecer em vários pontos de vistas. Passava horas incontáveis no “Meu quarto” contando lembranças e, tentando adivinhar quando ia sair dali, quando ia me ver livre de todo o inferno. E parece que todas as energias positivas que acumulei para me ver livre do pesadelo tinham dado certo, eu estava fora, como um pássaro que é solto depois de tanto tempo em cativeiro. Parece uma descrição clichê, mas é essa sensação que eu tenho. Agora é tão bom estar de volta para todos que antes deviam estar roendo as unhas de preocupação por conta do meu sumiço. Sim, pois, quando eu estava lá me vinha na cabeça mais as preocupações com todos que eu amo, do que comigo mesma. Muitas preces foram feitas nos momentos de agonia, pareceu ter resultado, me encontro livre de tudo. Mas parece que a velha Karina estava morta decaída sobe o chão, ela tinha levado um nocaute e tanto.

As coisas estam dificeis depois que sai, não consigo manter o foco na minha relação Pê ou sair na rua sem sentir amendrontada. É normal sentir esse trauma, mas será normal estar agindo feito uma completa estranha para as pessoas ao meu redor ? Meu pai me pergunta a todos os momentos porquê pego tanto pesado no treino, da ultima vez lhe dei um Jab tão furiosa a ponto de fazê-lo me segurar pelos ombros e ver seus olhos queimarem em chamas de furia, não pelo golpe e, sim pela minha confusão interior. Eu me sinto uma bagunça completa com vontade de mudar completamente feito um camaleão que muda de pele.

– Karina, você não pode agir assim, feito uma descerebrada.– Era a voz dele gritando na minha cabeça. Gael. A mesma imagem dele me segurando pelos braços veio em dezenas de flashs.

Algumas vezes ele me balançava pelos ombros tentando me fazer tomar juízo, me acordar para a vida.

Nos últimos dias as coisas estavam ficando cada vez mais chatas e sem graça. Todos os dias treinava com aquela coisa na minha cabeça; chatice e monotonia. Mal chego do colégio e durmo durante horas, sair não tem sido uma das minhas atividades preferidas. Meu pai e Dandara tentam me arrastar para sair, porém eu não sinto o minimo interesse. E, assim, fico na academia dando joelhadas no saco de areia e me perguntando onde foi que errei.

Dizem que quando passamos por muitas coisas amadurecemos e deixamos de lado as velhas e antigas rotinas, desapegamos de certas pessoas, mudamos gostos e dentre milhares de coisas nos rodeando.

Sai de casa quando percebi que não havia mais ninguem ali. É final de semana, geralmente todos saem. Bianca está grudada em João, e meu pai e Dandara adoram sair a noite pra jantar. Eu adoro ficar em casa, programas em coletivo não combinam tanto comigo. Na verdade nem foram só esses empecilhos no meu caminho, minha relação com Pê estava ficando carregada demais, nem eu mesmo sei o que esta acontecendo. Essas frustrações me fizeram atravessar os poucos quilometros da rua entre a praça José Wilker, que estava vazia devido ao horário.

Viajei durante um tempo na minha mente embusca de alguma coisa que pudesse me ajudar.

Percebi vultos se mover na janela do QG e logo em seguida uma luz se acender. Cobra surgiu do nada com os olhos inchados e a cara raivosa acompanhado pelo cabelo todo embrenhado, constatei que estivesse dormindo e havia acabado de acordar. Pensei um pouco e resolvi ir até lá, bati na porta poucas vezes e o vi se surpreender na virada brusca dada pelo seu pescoço. Antes de longe eu não tinha visto que estava sem sua camiseta. Foi até a porta sorrindo de forma preguiçosa enquanto coçava a nuca atordoado. Não sabia bem o que iria fazer ali.

Ele abriu a porta me encarando confuso, devia se perguntar o que a incoveniente aqui estava fazendo em sua porta ás 23:00 da noite com a rua em pleno deserto. Eu só queria convesar com alguém, contar as confusões paraindo em minha cabeça, e só Cobra saberia me ajudar, afinal ele é bem mais velho e experiente que eu.

– Que foi Pequena? - Disse sereno mesmo quando eu acreditava que ele estava uma fera por me ver em sua porta no meio da noite. - aconteceu alguma coisa? - Mencionou ainda mais tenso.

Olhei para o chão durante um tempo me sentindo envergonhada. O mesmo estava sem blusa e dificultava minha visão de olhar bem nos seus olhos.

– Quero só conversar. Posso entrar ?

– Pode. - Sentei numa cadeira pronta para despeçar todas as coisas fazendo meu cérebro entrar em combustão. Me sentia cansada e ao mesmo tempo com uma enorme vontade de sumir para algum lugar no qual eu pudesse começar a fazer uma nova vida.

– K, cê tá bem? - Uma de suas mãos alcançou minha perna e suas sobrancelhas juntavam em sinônimo de duvida. - Sabe que pode contar comigo. - Agora a mão esquerda percorreu minha maçã do rosto.

– Desculpa aparecer a essa hora, não sabia para onde ir. - Suspirei o mais pesado de forma que meu peito subia e descia frenético. - Estou meio cansada de algumas coisas sabe. Depois de ficar presa com Lobão mudei em alguns aspectos. Ajo de forma fria com a minha família, Cobra. Mal consigo sair de casa, eu não sei como acabar com isso. - Por fim soltei grossas lágrimas que escorriam pelo meu rosto e chegavam a minha perna coberta pela velha calça Jeans de lavagem clara.

O lutador me olhou desconcertado, mas ao mesmo tempo seus olhos me passavam um conforto enorme.

– Mudar é normal. - Murmurou - Não precisa se assustar. Cê vai se acostumar logo com essa nova Karina. - Cobra dizia tudo com tamanha tranquilidade, parecia saber exatamente onde encontrar cada palavra para me confortar.

– Melhorou ? - Perguntou, eu apenas assenti.

Realmente apenas aquela frase tinha me ajudado, nem sei porquê muitos enxergam ele como uma marginal, sempre pensei diferente. Ele sempre me mostrou ao contrario.

Muitos podem me chamar de louca mas só ele consegue me entender, é incrível nossa conexão, me faz querer estar aqui conversando por horas.

– Sabe Karina. - Chamou atenção. Estávamos agora deitados no chão como da ultima vez na noite da festa da Aquazen. Ouvi gotas baterem no vidro agora, começava uma chuvinha dessas curtas, que não duram nem dez minutos. - Assim como você, posso dizer que mudei também de alguma forma. - prosseguiu falando.

Pude ver pelo canto do olho seu rosto para cima, pois estava deitado de barriga elevada. E ainda sem a maldita camiseta, que podia estar cobrindo a nudez.

– Muitas pessoas fizeram isso. - Esperei estar incluída na sua lista. - Muitas não, poucas na verdade. - corrigiu-se - Poucas que me defenderam. - Sua respiração parou durante um tempo voltando em seguida. - Você esta entre elas, claro. - Me virei ainda mais para olhá-lo, seus lábios esboçavam um sorriso ao mencionar meu nome.

– Digamos que eu sempre soube como é o verdadeiro Ricardo Cobreloa. - Brinquei fazendo um som engraçado quando chegou no seu nome.

O ser com nome de réptil se virou ficando a um centímetro do meu rosto. Eu conseguia ver cada detalhe do seu rosto e, a cor morena que ficava bem nele. Cobra têm uma olhar penetrante, tão profundo me fazendo quase enxergar a mim mesma. Olhei para ele durante um tempo e, depois desviei o olhar, sabendo o quão errado é sentir-se desconcertada em sua presença.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Beside You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.