A Prometida escrita por Temperana


Capítulo 24
Photograph


Notas iniciais do capítulo

Hi my blue candies!
Desculpa pela demora, mas como sempre explicarei nas notas finais.
Pessoal, muito obrigada pelos reviews. A cada dia me surpreendo pelos reviews maravilhosos que recebo. A fic tem 268 reviews. É um recorde meu sabe. Fico muito feliz. Fico muito agradecida. Vocês que fazem isso ser possível. Muito obrigada.
Quero agradecer também à Bru Fer Solace, TC, Tempestade e AnjinhaGamer20 por terem favoritado a fanfic. Vocês são demais!
E é claro, oferecendo esse capítulo à Bia Tauro e HeloiseC. Menina, vocês me mataram com as recomendações. Estavam maravilhosamente perfeitas. Muito obrigada. Capítulo em homenagem a vocês.
Lyssa, esse capítulo é seu, sabe disso. O bônus a pedido dessa leitora diva e maravilhosa. Minha linda, espero que você ache tão fofo como eu achei.
Na parada, Ed Sheeran (percebe que também amo o Ed. Ed, ruivos, essas coisas...). Até a notas finais...



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Dois anos depois...

A vida continuava sorrindo para mim. Para Soluço. E também para a mais nova vida da Vila, Rhuan.

Eram tantos momentos felizes que nosso pequeno ruivo proporcionava para nós que nós não poderíamos enumerá-los.

A primeira palavra dele fora papai. Nunca vi Soluço com expressões tão bobas na vida. Mas também eu não posso dizer nada.

Até porque quando ele aprendeu a falar mamãe só faltou eu derreter-me ainda mais por ele. Ele era o meu filho. A criança mais linda do mundo. Sem brincadeira.

Ele era muito gentil. Com seus dois anos sabia muitas palavras. Sabia agradecer quando lhe davam algo e a pedir desculpas se achava que tinha feito algo errado.

Ele era a cópia do Soluço, não só na aparência, como no coração. Além disso, era muito esperto e inteligente também. Resumindo: meu orgulho de mãe.

Quem sabe possa compartilhar um pouco desses momentos com vocês? Pois vim aqui contar um episódio de nossas vidas. Uma fotografia tirada. Literalmente.

–Vamos encontrar com o seu pai Rhuan? – pergunto ao pequeno de olhos azuis como a água em meu colo.

–Papai? – ele pergunta.

–É filho, o papai – eu digo.

Ele põe suas pequenas mãos em minhas bochechas e começa a rir. Uma risada gostosa. Eu rio com ele. Era impressionante o modo que ele achava graça em tudo.

Eu esfrego meu nariz no dele que ri mais ainda. E então com esse sorriso encantador saio de casa. Encontro Tempestade me esperando.

Soluço deixou um recado para mim naquele dia. Era para que eu o encontrasse em Sovaco Cosquento. A lembrança do nome dessa ilha ainda me causa risadas.

–Oi amiga – eu cumprimentei a Tempestade.

Ela ronrona e eu sorrio. Rhuan logo saiu do meu colo para abraçar Tempestade.

Ele tinha um grande amor pelos dragões. E digamos que os dragões por ele. O que eu disse sobre ele ser parecido com Soluço mesmo?

Pego o fujão no colo e monto em Tempestade. Prendo-o na sela e meu dragão decola. Rhuan se divertia, com os braços levantados. Eu ri. Senti as sensações que sempre sentia ao voar.

Ter um filho exigia muitas responsabilidades. Mal podia voar para cuidar dele. Mas Soluço sempre dava um jeito de me ajudar com isso.

Avistei o nosso destino. Tempestade grunhiu animada quando sentiu a presença de Banguela. Avistei os dois na beira do penhasco. Sorri. Como sete anos antes.

Tempestade pousou delicadamente. Eu desci e tirei Rhuan da sela. Vi pelo canto do olho Soluço aproximar-se.

–Milady – ele diz.

Viro-me para ele com Rhuan no colo. O seu sorriso encantador me hipnotizou por um minuto. Ele me beija delicadamente.

Eu sorrio quando nos separamos.

–Papai! - Rhuan diz. Soluço sorri e o pega no colo.

–E aí ruivinho – ele o balança no ar. Ele dá gargalhadas animadas.

–Ele estava louco para ver você. E eu estava louca para saber o que você estava planejando.

Banguela cumprimenta Rhuan que põe suas mãozinhas em seu focinho. Eu olho encantada como Soluço para cena.

–Você sempre acha que eu tenho um plano – Soluço diz rindo, após Tempestade e Banguela começarem a brincar pela Ilha.

–E não é sempre assim?

–Está certo, você me pegou. É um piquenique. Mas agora vem comigo.

Ele me guiou por dentro da Floresta da Ilha. Rhuan olhava para mim do colo de Soluço, com seu sorriso encantador. Eu sorria para ele, que se alegrava mais com isso.

E então chegamos a uma clareira em meio a Floresta. Diferente da nossa clareira em Berk, ela não se localizava em um vale, mas sim ao nível das árvores.

No meio da Clareira havia uma cesta. Soluço havia dito que faríamos um piquenique. Olhei para ele e sorri. Sempre encontrando lugares maravilhosos e fazendo coisas incríveis.

Rhuan desceu do colo de Soluço e começou a andar pela clareira rindo. Eu sorrio. Tão curioso como nós quanto a lugares novos.

Soluço me abraça por trás e apoia sua cabeça em meu ombro. Eu pousei minhas mãos sobre as suas.

–Eu disse que você sempre tinha um plano – eu lhe digo.

–Para ver seu sorriso eu sempre terei.

Ele me beija e sinto naquele momento que nada mudaria. Nunca.

Continuaria perdendo o fôlego com os seus beijos. Amaria a sensação de seus lábios contra os meus. Sinto a certeza de que nunca deixaria de amá-lo.

Quando nos separamos vemos Rhuan correndo em nossa direção rindo. Eu me abaixo para receber o seu abraço, que é bem apertado.

–Você está com fome Rhuan? Acho que o papai trouxe algo para você nessa cesta.

Ele assente para mim com a cabeça e eu pego em sua mão, o guiando até a cesta. Soluço nos segue e quando nos sentamos ao redor da cesta ele retira de lá um caderno e um lápis.

–O que pretende fazer? – eu digo.

–Um retrato. Para sempre nos lembrar desse momento – ele responde.

Eu sorrio e ele começa a desenhar ao meu lado. Eu não podia negar, ele era muito talentoso. Era mais um dos seus talentos na realidade.

Peguei para Rhuan um pedaço de pão. Ele já sabia comer sozinho. Como eu disse, ele era bem esperto. Como eu era na sua idade.

Dentro da cesta vi o caderno onde escrevo essa história que lhes conto. Abri-o em uma página qualquer e sorri com a lembrança.

–Do que está rindo milady? – escuto a voz de Soluço.

–Lembra-se de quando Rhuan aprendeu a andar? A sua expressão era hilária.

–Corrigindo: a minha expressão era de orgulho.

–Continua sendo hilária para mim – eu rio.

–Por que está me perguntando isso?

–Trouxe o meu caderno com o seu. E abri na página dessa lembrança.

–Trouxe? Não foi minha intenção realmente. Mas já que ele está aqui, vamos nos lembrar de algo interessante.

–Certo.

Abri em uma página qualquer. Era uma lembrança de um ano antes. Eu sorri e então comecei a ler.

Soluço e eu já estávamos mais do que acostumados com a ideia de nós dois sermos pais. Depois de vários surtos de desespero ao não saber o motivo do choro de Rhuan nós estávamos mais tranquilos.

Na verdade, Rhuan era um bebê muito tranquilo. Não dava quase nenhum trabalho. A não ser que ele estivesse com fome. Parecia até ter puxado o Banguela se isso fosse possível.

Soluço continuava sendo um bom líder. Ele havia ampliado o sistema da produção de verduras nas fazendas longes da Vila.

Também foi inventada a Festa da Colheita. Isso foi uma alternativa para que as Corridas de Dragões ocorressem duas vezes ao ano. Um bom pretexto por sinal.

Cabeça Quente estava grávida de seu primeiro filho. Nunca havia visto Melequento tão preocupado e atencioso antes. Acredite, era assustador.

Soluço e eu resolvemos levar Rhuan para conhecer o Santuário de Dragões. Na verdade, o local era natureza pura e Soluço queria ir até lá.

Havíamos reconstruído o lugar depois da luta contra Drago anos antes e ele estava ainda mais bonito do que era antes.

Rhuan era um menino muito bonito, como em seu nascimento pude constatar. Ele tinha os meus olhos, mas o resto dele era o Soluço em pessoa.

Era muito interessante olhar para ele e ver um pequeno Soluço em meus braços. Fazia com que Soluço sempre estivesse comigo também.

Com todo o cuidado do mundo com Rhuan, fomos com nossos dragões até o Santuário.

Nós não somos loucos. Um pouco aventureiros talvez, mas nunca irresponsáveis. Sabíamos o que estávamos fazendo.

Após chegarmos lá, todo um emaranhado de lembranças me atingiu. Para Soluço creio que as lembranças foram ainda mais fortes e mais dolorosas. Mas vi que ele guardou um pouco de suas emoções para si.

Assim que pousamos, eu cuidadosamente desci com Rhuan de Tempestade e fui até Soluço. Quando ele pegou seu filho no colo, este o abraçou com um carinho simples e bonito.

Eu abracei Soluço, com Rhuan entre nós. Ele se divertia no colo de Soluço. Eu o vi sorrir encantado com o filho. Ele podia agora aquecer o coração de seu pai.

Andamos por todo o Santuário. Alguns dragões estavam perdidos por lá e Banguela, como o dragão Alpha e grande protetor, os enviou para Berk.

–Foi bom ter vindo aqui para você? – pergunto a Soluço, quando sentamos na grama da grande Clareira do Santuário.

–Sim foi. Foi bom finalmente superar o que aconteceu. E fui eu quem sugeriu vir aqui de qualquer modo.

–Rhuan amou o lugar – eu digo, mas me interrompo para fazer uma ação.

Eu tenho que pegar Rhuan no colo antes que se distanciasse muito, engatinhando, de mim. Ele riu, pois sabia que estava fazendo algo errado.

–Mas ele já está querendo fazer besteiras – eu completo.

–Ele só é aventureiro como nós. E um pouco Soluço.

–Eu diria muito – nós rimos.

Ele passou seus braços ao redor de minha cintura e Rhuan sentiu a presença dele e passou a observá-lo. Soluço sorriu e ele riu.

–Como você ri meu ruivinho – eu digo a ele.

–Ele é tão lindo quanto a mãe – Soluço diz descontraído. – E tão sorridente como você. É um sorriso encantador como o seu.

Ele encara os meus olhos e eu sorrio. Quando encaro o verde de seus olhos e percebo que talvez não fosse a mim que Rhuan havia puxado a beleza.

Ele me beijou calmamente. Sinto tudo se acalmar a minha volta e o meu coração parecia não bater mais. Aquela foi uma tarde maravilhosa, um momento que eu nunca irei esquecer.

A superação de Soluço, o encantamento de Rhuan e para mim, a felicidade plena.

Soluço encarou os meus olhos após eu terminar de ler. Era uma linda lembrança guardada.

–Eu me lembro desse dia. Astrid, eu fico feliz que tenha guardado essa lembrança. E por me fazer lembrar-me dela. É linda.

Eu sorri. Rhuan estava quieto comendo, o que era um certo milagre. Soluço aproximou-se de mim. Ele me entregou o seu caderno, com o desenho feito por ele.

Eu estava com Rhuan sentado na grama em minha frente e com Soluço abraçando-me. Sorri com aquela nossa fotografia, pois era idêntica ao nosso momento feliz ali.

–Eu te amo sabia? – eu digo, pondo minhas mãos sobre as suas que me abraçavam.

–Sim, mas eu te amo mais.

–Não entro nessa discursão mais – eu rio.

Ele beija meu pescoço e eu sinto um arrepio. Era algo normal. Mas para mim sentia-me em outro lugar.

Ele então me beija da maneira correta, para mim. Quando nos separamos e eu encaro os seus olhos sorrindo. Sim. Eu confirmo que nunca nada iria mudar.

–Mamãe – Rhuan me chama. Olho para ele sorrindo.

–Acabou meu amor?

Ele se aproxima de mim e eu o pego no colo. Ele se aconchega e parece estar bem cansado. Já era fim de tarde e ele havia corrido e brincado muito naquele dia.

Acaricio os seus cabelos e ele regula a sua respiração. Soluço observava, como sempre, maravilhado. Sorri e encarei os seus olhos.

Ele me beija e a mesma calma de Rhuan apodera-se de mim. Sorrio por ser tão sortuda de ter um filho tão maravilhoso e por Soluço me amar tanto assim.

Talvez aquela fosse uma nova fotografia. Nossa pequena família. Nosso lar.

Loving can heal

Loving can mend your soul

And it's the only thing that I know

I swear it will get easier

Remember that with every piece of you

And it's the only thing we take with us when we die

We keep this love in a photograph

We made these memories for ourselves

Where our eyes are never closing

Our hearts were never broken

And time's forever frozen still

Amar pode curar

Amar pode remendar sua alma

E é a única coisa que eu sei

Eu juro que fica mais fácil

Lembre-se disso em cada pedaço seu

E é a única coisa que levamos conosco quando morremos

Nós mantemos este amor numa fotografia

Nós fizemos estas memórias para nós mesmos

Onde nossos olhos nunca fecham

Nossos corações nunca estiveram partidos

E o tempo está congelado para sempre


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Notas finais do capítulo

Awwwww esse bônus foi o meu favorito. Sei lá. Me identifico com essa fofura.
Permita-me explicar:
Estou com o capítulo pronto desde Terça, quando eu prometi postar. Porém eu estou tendo aula de maquiagem (nem pergunta, coisa de Debutantes que me enfiaram no meio) e eu cheguei tarde em casa. Olhando pelo lado bom, eu sei me maquiar agora.
Aliás, por falar em maquiagem, quem quiser ser meu amigo no face me manda uma MP. Mas deixa quieto, isso não tem nada a ver.
Quarta eu iria postar também. Porém eu apresentei meu segundo projeto semestral hoje, dessa vez referente à Feira de Ciências. Enfim. Espero que os avaliadores votem para que o nosso trabalho ganhe a feira. Botei a mão na massa hoje. Literalmente.
E é isso, foi um desencontro e não pude passar o capítulo a limpo (sempre escrevendo a mão, né Temperana).
Espero que me perdoem, que tenham gostado do capítulo (O que achou Lyssa?).
Obrigada por tudo. Eu atualizei os reviews de todas as minhas outras fanfics (aleluia) e dessa foi até o penúltimo capítulo postado. Um dia eu termino kkkk
Beijocas docinhos e até o último capítulo. Domingo. Preparados? Não? Pois bem queridos, está chegando ao fim.
Temp