Já era domingo, e finalmente iríamos embora daquele lugar. Todos arrumavam as coisas assim como eu, quando Finn me aparece com um cara nada agradável.

– O que houve?

– Não sei, não tô legal.

Coloquei a mãe na sua testa e ardia.

– Finn, você está com febre.

– O que eu faço?

– Fica aqui, que eu vou ao lago pegar água pra por na sua testa.

Fui correndo, afinal o caminho até Lima era longo e água diminuía a febre, e também o ônibus partiria logo. Quando me viro es que Finn estava atrás da mim, quase cai dentro do lago.

– Finn! Não disse pra ficar lá?

– Disse.

– Então porque não ficou?

– Sei lá.

Agora além de febril ele começava a ficar vermelho, ou seja a febre aumentou, usei uma de minhas blusas como pano e coloquei na testa dele. Após algum tempo parecia que a febre havia cedido.

– Se sente melhor ?

– Um pouco.

– Vamos voltar.

Ajudei Finn a se levantar e fomos até o local do acampamento. Porém não havia sinal de mas ninguém ali.

– Foram embora.

– E agora Finn? Como eles vão embora assim sem saber se todos os alunos estão no ônibus?

Certo eu surte, comecei a andar de um lado pro outro, espera aí um momento.

– Armação!

– Que? Faz sentido Rachel.

– Cadê as minhas coisas ? Só pode ter sido armação pra mim

– Tá, mas qual o sentido de ter me colocado junto?

– Eu fui pro lago sozinha, não te viram.

Me sentei no chão e comecei a chorar.

– Ei, não fica assim.

– Estamos no meio do nada, não temos comida, você tá doente, não vejo como a situação piorar.

– Não vai, vamos achar um jeito de sair daqui.

O que nos tínhamos aqui? Uma coberta que Finn estava enrolado e um lençol, só, aí meu Deus.

– Finn vamos procurar um lugar, duvido que conseguimos sair daqui tão cedo.

– Vamos.

Caminhamos um pouco e achamos um espécie de caverna, que tá vá mais pra um pedra gigante sobre outra, mas tudo bem.

– Finn, precisamos de comida.

– Deve ter frutas ou algo do tipo por aqui, eu vou procurar e você fica aqui.

Ele foi procura comida e eu graveto pra uma fogueira, epa não tenho nada pra acender esses gravetos, poxa Rachel você é burra e agora esta comprovado.

o tempo começou a mudar e dava sinais de chuva e nada do Finn voltar, e então começa a chover, não aquela chuvinha básica, mas um toro.

Quando vejo Finn voltando todo encharcado, aquilo com certeza pioraria sua febre mais tarde.

– Só achei maçã.

– Tá bom, agora vem pra cá logo.

Já era a noite e percebo que Finn não está muito bem não, sua febre havia voltado e as roupas molhadas não ajudavam.

– Finn, me ajuda com isso.

Ele aos poucos me ajudou a tirar aquela roupa molhada, coloquei o cobertor sobre ele, mas nada adiantava, então também tirei as minhas e o calor do meu corpo vou devolvendo o calor a ele. E assim conseguimos adormecer.