Ah meu Deus, ah meu Deus! Como isso foi acontecer, eu estou em pânico. Eu pretendia fazer isso só depois do meu casamento, depois que eu fosse famosa, e agora entrego de bandeja tão fácil desse jeito, minhas lágrimas escorre pelo meu rosto. Me levanto e começo a me vestir, não pode ia de jeito algum contar pros meus pais, e não tinha uma amiga pra me ajudar no que fazer. Antes de sair deu uma olhada e Finn dormia tranquilamente.

Fui pra casa arrasada, não era o fim do mundo eu ter ido pra cama com o Finn, mas eu não estava preparada pro que vinha depois, eu seria mais um na lista do grande pegador, eu nem se quer lembrava com detalhes do que havia acontecido.

– Rachel?

– Oi Kurt.

– Por que esta tristonha?

– Impressão sua.

– Rachel já faz um semana desde a festa, você anda estranha, o Finn nem se fala. O que houve em?

– A eu...

O mundo tá desabando? Espera deixa eu recapitular minha vida, sim perdi minha virgindade com um cara que eu gosta, já fazia uma semana que ele não queria falar comigo e agora ele me aparece abraçado com a Quinn?????

– Desculpa Kurt, mas isso não é algo pra mim.

Me referi a cena patética, quando ia me distanciando Quinn fez questão de fazer o seguinte anúncio.

– Rachel Barbra Berry, acho que seria mole mexer com um líder e não sair queimada? Pois bem aqui vai uma pra você meu amor, eu e Santana planejamos tudo que rolou entre você e o Finn, desde as aproximações até a parte que ele tirou você sabe o que. Queria ele nunca será seu nem em sonho, agora caia na real.

Aquilo definitivamente acabou comigo, corri pra auditório e peguei minhas coisas que havia esquecido lá, e com a dor que eu sentia eu comecei a escrever, coloquei tudo que sentia sobre naquelas letras, ao fim daquela música eu chorei, chorei como nenhum dia havia chorado, me sentia suja, traída, enganada. Sai do auditório e mostrei a minha música ao Sr. Schu, e ele adorou e me ajudou no arranjo e na melodia, me deu alguns conselho que com certeza ninguém me daria. Fui pra casa e me acalmei um pouco, trabalhei duro pra que minha música ficasse realmente boa, e isso me ajudou a esquecer da minha realidade. Sr. Schu aceitou Santana de volta e ela voltou a me atormentar, mas dessa vez eu não larguei meu solo. Passaram semana e então as Regionais chegaram, estava pronta pra entrar quando ele veio falar comigo.

– Não ouse falar uma só palavra.

– Calma, só queria dizer que fez uma música muito bonita.

– Ótimo, cada palavra é pra você.

E então entrei, o auditório estava lotado, e então ouvi os primeiros acordes da canção, e quando comecei a cantar era como se todas aquelas pessoas pudessem sentir o que eu passei e continuava passando. Tinha um certo ponto que eu não sabia o que era a minha pessoa e o que era música, e então chegou a parte que entra minha extensão vocal e naquele momento me veio as lembranças daquela noite.

****

– Rachel, me perdoa.

–Do que está falando?

– Disso tudo.

– Finn, não foi sozinho...que você fez...eu...também quis.

– Você não entende né?

– O que?

Eu estava muito sonolenta pra formular alguma palavra.

– Eu me apaixonei por você...

Foi tudo que eu consegui ouvir, estava muito bêbada pra entender naquele momento.

****

– Muito bom Rachel.

Acordei do meu devaneio e já havia acabado a música, meus olhos lacrimejavam e a platéia aplaudiam de pé minha performance.

– Senhora e Senhores, esse é o Nova Direção.

Cantamos o segunda música, pra minha infelicidade eu era par do Finn, tudo bem, ao fim da apresentação ele me abraçou e foi tudo que eu vi. Quando acordei estava no camarim rodeada por todos do coral.

– Se tá bem? - Diz Kurt.

– Claro que não, né Kurt? Ela tá pálida - Diz Puck.

– Acho que temos que levar-lá ao medico - Diz Mercedes.

– Sair de cima dela seria bem melhor.

– O Finn tem razão, vão todos para fora, eu quero ficar sozinho com ela - Diz o Sr. Schu.

Todos saem, e ele me olha com um olhar doce e meigo.

– Se tá bem?

– Sim, Sr. Schu.

– Não tem nada que queira me contar?

Não tinha pra onde correr então comecei a chorar e ele me abraçou, nesta horas eu vejo como é importante ter alguém que você possa contar.

– Devia contar a ele.

– Não, nunca, já basta o que ele fez comigo na escola.

– Tudo bem, qualquer coisa pode contar comigo.

– Obrigada, Sr. Schu.

Ele me abraçou e logo abriu a porta.

– O que a Rachel teve foi uma queda de pressão por não comer a vários dias, ela estava passando por algo muito complicado então passou mal, foi só. Agora todos no palco que vão anunciar o resultado. A Rachel vai ficar descansando até irmos embora.

Assim que eu soube que havíamos ficado em primeiro lugar fiquei muito feliz, afinal meu trabalho deu certo, os jurados gostaram da minha composição, isso era ótimo. Algumas semanas depois.

– Gelera, iremos para as nacionais em Nova York.

Todos pularam de alegria, menos eu.

– Cadê a sua felicidade Rachel? Não é Nova York que você tanto sonha?

– Sabe o que é, não tô muito afim, meus sonhos mudaram de alguns tempos pra cá.

– Ótimo o solo e meu - Diz Santana.

– Ainda não Santana - Fiz Finn - Pelo que eu saiba nas nacionais eu cantaria um dueto com a Rachel.

Quanto mais rezo mais assombração me aparece.

– Verdade Finn. Gostei da onda de compor, se quiser um solo seu Santana terá que merecer, terá que compor uma música tão boa quanto a da Rachel.

– Não era tão boa assim - Diz Santana.

– Mas foi com ela que vencemos, então por favor se quiser espaço terá que merecer primeiro. E Finn componha algo tão bom quanto Get it Right.