Namorada de Mentirinha escrita por Lari


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais apareci... Preparadas para descobrirem o que o Davi fez??
O capítulo ficou um pouco grandinho, mas acredito que vocês vão gostar...
Boa leitura pessoal ;)



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CAP 21

– Megan? – olhei para o lado, para ver Camilinha ao telefone, provavelmente ligando para a amiga. Ela ouviu alguma coisa enquanto seguia com o Caio na direção do carro que eles tinham alugado. Mas ainda pude a ouvir gritar. - Megan, por favor, encoste o carro. Eu vou ti encontrar amiga. Encoste esse carro pelo amor de Deus.

– Oh, Deus! – segui em direção ao carro do meu pai que estava mais perto. Megan tinha pegado o carro da Danusa. Ela tinha saído daqui chateada comigo, ela com certeza não estava em condições de dirigindo.

– Eu dirijo mano. – Matias disse, tomando o volante.

Isso era bom, eu não estava em condições de dirigir também.

Matias seguiu o carro do Caio na direção que Megan tinha ido, alguns quarteirões depois eu avistei uma aglomeração de pessoas e o som de ambulância.

Meu coração gelou no peito e eu me forcei a me acalmar.

Era um cruzamento, isso não queria dizer nada, mas quando chegamos perto da confusão eu reconheci o carro.

Oh meu Deus!

– Para Matias. – praticamente gritei. – PARA! – eu estava desesperando agora.

Ele encostou próximo à calçada e eu sai correndo. Camilinha já estava ao lado do carro chorando.

– MEGAN! – eu gritei. Quando a vi desacordada e coberta de sangue.

Oh Deus, por favor, não!

Eu não posso viver sem ela. Não a tire de mim.

Aproximei-me.

– Não chegue perto nela! – Camilinha me empurrou para longe. – Você já fez o suficiente!

– Camilinha. – tentei me mover em torno dela. – Deixe-me ajudar. – praticamente implorei.

Meu peito se apertando com o repentino ódio de Camilinha por mim. Mas nada poderia me machucar mais do que a expressão no rosto de Megan antes dela me bater.

Ela achava que eu a tinha traído. Eu nunca teria feito algo assim com ela, nem em um milhão de anos. Nem por Manuela. Nem por ninguém.

Iria guardar a história para mais tarde. Eu tinha que ter certeza que Megan estava bem agora. Eu precisava ser forte.

Isso é o que Megan faria.

– Deixe-me... – tentei olhar para Megan por trás da postura protetora que Camilinha estava em frente dela. – Megan!

– Megan? Oh, meu Deus! – ouvi meu irmão dizer quando se aproximou da gente. – Porra! – vi ele sacando o celular e muito provavelmente ligando para avisar a família.

Uma equipe de paramédicos apareceu e começou os procedimentos a imobilizando e retirando do carro.

Eu lutava para conter as lagrimas, enquanto eu via o amor da minha vida sendo levantado sobre uma maca em direção da ambulância, os paramédicos trabalhavam o tempo todo ao seu redor.

– Eu vou com ela. – Camilinha deu um passo na minha frente, tentando chegar à ambulância.

– Não, você não vai. – eu resmunguei.

Eu entendia que Camilinha era a melhor amiga de Megan, mas ela brigando comigo por tudo estava começando a ficar chato. Eu precisava estar com Megan. Ela precisava de mim. Era um acontecimento estranho quando ela realmente precisava de mim. Normalmente era ela que me salvava todo tempo. Mas neste momento, ela precisa de mim, e eu estaria lá.

Eu sempre estaria lá.

– Sim, eu...

– Cai fora, Camilinha! – rosnei, pulando dentro da ambulância.

– Vá se foder! – ela retornou, o gelo em sua voz esfriando meus ossos. – Você merece exatamente o que você tem!

– Hã? – questionei, quando um dos paramédicos fechou a porta e começamos a nos mover.

O que diabos aquilo significava?

– Megan. – sussurrei em seu ouvido, rezando para que ela pudesse me ouvir. – Vai ficar tudo bem. – disse depositando um beijo em sua mão. – Eu estou aqui. Eu te amo. – disse depositando outro beijo em sua mão.

– Senhor. – um dos paramédicos me interrompeu. – Precisamos que você se afaste...

O som alto do alarme saindo do monitor cardíaco que estava conectado a Megan me fez pular.

– Megan! – eu gritei, tentando mover o cara para fora do meu caminho, o médico começando a fazer respiração boca a boca intercalando com a massagem torácica, vi o outro cara injetando algo no soro, ela estava tendo uma parada, acho que eu fiquei sem respirar até o momento que o aparelho que media os batimentos cardíacos voltou a fazer o barulho normal.

– Nós estamos aqui. – um terceiro médico anunciou, abrindo a porta para a ambulância e empurrando Megan para fora.

– Davi! – Matias gritou da entrada do hospital.

Dei-lhe um olhar de reconhecimento, correndo com a maca.

– Senhor. – um homem rapaz correu para mim. Eu vi um grupo de médicos e enfermeiros atrás dele, correndo para a maca e eles levaram Megan pelo corredor. – Nós continuamos a partir daqui, senhor. Nós vamos cuidar dela.

– Eu preciso estar lá. – eu soluçava, desesperado para continuar caminhando com eles.

– Senhor, por favor...

– Saia do meu caminho! – gritei, tentando passar por ele.

Megan precisava de mim.

Eu precisava ajudá-la.

Eu precisava dela.

Ela tinha que saber que eu a amava.

– Senhor...

– SAIA! – gritei.

– Davi! – ouvi a voz autoritária do meu pai, antes de suas mãos agarrarem meus ombros.

– Mas.. – tentei argumentar.

– Você tem que deixá-los fazer o seu trabalho, filho. – disse, ainda me segurando.

– Eu sei que é difícil, mas vamos fazer tudo ao nosso alcance para salvá-la. – o cara nos assegurou.

– Nós sabemos. – meu pai concordou.

– Vocês podem se sentar na sala de espera. – ele indicou uma sala ao nosso lado. – Alguém vai estar com vocês em breve.

– Obrigado. – meu pai agradeceu e me puxou para longe.

– Eu preciso estar lá com ela. – argumentei.

Ela precisava de mim.

Ela precisava saber que eu a amava... que eu nunca iria traí-la.

– Davi. – meu pai disse com firmeza. – Eles estão cuidando da Megan meu filho, você não pode fazer muito mais agora.

O silencio tomou conta do corredor, e eu notei que todos estavam olhando para mim. Ele estava certo.

– Ok. – desisti relutante.

Não lutei muito quando Matias me puxou para sentar na sala de espera.

– Oh, Deus. – Luene choramingou, enxugando as lágrimas que caiam de seus olhos.

– Papai. – Belle perguntou a Arthur com os olhos molhados. – Tia Megan vai ficar bem?

– Eu não sei, querida. – Arthur respondeu honestamente. – Os médicos estão ajudando ela.

– Ela vai ficar bem. – eu disse. – Ela tem que ficar bem. – eu balancei a cabeça para valer.

Ela não podia morrer.

Deus não poderia levá-la para longe de mim.

Eu nunca me considerei um homem religioso. Mas pela primeira vez desde que eu era criança, eu rezei, eu realmente rezei. Rezei para que Megan ficasse bem. Rezei para que Megan acreditasse em mim quando eu disse a ela que eu nunca a machucaria. Rezei para que este dia terminasse em breve.

– Não aja todo arrependido agora. – Camilinha rosnou, preenchendo a papelada de Megan.

– O quê? – perguntei, levantando letamente minha cabeça.

– Você me ouviu. – ela disse quando parou de escrever.

A sala inteira, incluindo os estranhos que estavam ali, pararam o que estavam fazendo. Senti os olhos em nós, como se estivessem incentivando-a a continuar.

– Não vamos reconhecer o elefante na sala? – ela ironizou. – Não vamos falar sobre o fato de que Megan viu você e Manuela juntos? – ela resmungou. – Ou você está escolhendo bloquear isso? – ela terminou sarcástica.

– Merda, Davi. – Arthur sussurrou, balançando a cabeça.

– O quê? – Luene questionou, olhando-me incrédula.

– Você não fez isso... – minha mãe praticamente me implorou, enxugando os olhos.

– Não! – balancei a cabeça para valer. – Eu nunca toquei em Manuela.

– Bem... Megan viu alguma coisa que a incomodou muito. – Camila rebateu, seus olhos se estreitando para mim.

– Camilinha. – Caio interrompeu. – Deixe isso. Agora não é o momento.

– Você está certo. Eu não vou dizer nada. – ela sorriu sinistramente para mim. – Nada... que não me diz respeito.

Hã?

– Do que diabos você está falando? – perguntei, exasperado. Ela tem falando em enigmas desde que tudo esse inferno tinha começado.

– Nada. – ela respondeu. – Nada... mesmo.

– O quê? – Caio questionou, olhando entre nós dois. – Você não... ?

– Não. – Camilinha olhou para ele.

– Mas..

– Eu disse não, Caio!

Caio balançou a cabeça e puxou Camilinha para fora da sala.

– Davi. – Matias suspirou. – Por favor, me diga que você não traiu a Megan.

– Não, não foi isso que aconteceu. – eu coloquei minha cabeça em minhas mãos, pensando em como eu tinha chegado a este ponto.

Porra, Manuela!

Eu estava deitado na cama, esperando Megan terminar de se arrumar. Eu sorri, observando-a caminha apenas em sua lingerie, o sutiã roxo por sinal deixam seus seios ainda mais incríveis enquanto ela andava pelo quarto.

– Você deveria começar a se arrumar. – ela sorriu, colocando sua calcinha.

– Não. – me recusei. – Eu gosto do que eu estou fazendo. – disse a ela, inclinando minha cabeça enquanto a observava se curvar para pegar uma blusa de sua mala. – É uma vista muito agradável. – sorri, fazendo ela ri.

– Sério. – ela disse enquanto colocava uma blusa preta. – Luene vai surtar, se não ajudarmos a supervisionar os últimos detalhes da festa.

Revirei os olhos. Luene tinha mandado em todo mundo o dia todo. Ela não tinha feito absolutamente nada, além de dar uma de chefe em torno de nós. Eu estava cansado de mudar as coisas de lugares. Ela podia fazer isso sozinha. Ela poderia ter contratado alguém.

Eu preferia mil vezes olhar para Megan.

– Eu fiz o que tinha que fazer. – disse, olhando ela colocar uma saia preta cheia de brilhos e detalhes.

– Você deveria pelo menos tomar um banho. – ela arqueou uma sobrancelha. – Você está com um cheiro azedo.

– Não, eu não. – disse, saindo da cama. – Eu cheiro como se tivesse tido uma rodada de sexo quente com você. – disse depositando um beijo ao lado de seu pescoço.

– Guarde isso. – ela apontou para o meu pênis. – Você poderia ferir alguém com esse monstro. – disse me beijando.

– Hum... – disse dando um beijo no pescoço dela. – Prefiro transar com você.

– Ooh. – ela sorriu, aprofundando um pouco mais o beijo. – Eu gosto dessa conversa. – ela correu os dedos pelo meu cabelo. – Davi?

– Sim? – perguntei, passando minhas mãos debaixo de sua saia. Pela menos, eu tentei.

– Se arrume. – ela fez um biquinho contra os meus lábios. – Luene não me deixara em paz. – disse me dando um selinho e tentando fugir.

– Eu não quero.

– Eu poderia... recompensá-lo mais tarde. – ela sorriu maliciosa.

– Promete? – fui agraciado com um de seus risos.

– Arrume-se Love. – ela revirou os olhos, agarrando os sapatos e saindo pela porta.

Droga. Eu estava esperando por mais uma rodada antes de ter que lidar com a comandante Luene.

Peguei minha uma blusa com gola V, blazer, calças e as coloquei na cama, junto com uma cueca e meias. Corri para o banheiro e tomei um banho rápido. Escovei meus dentes e depois aparei um pouco a minha barba, ela estava ficando grande. Megan parecia gostar dela, ela dizia que me fazia ficar sexy. Se ela gostava, quem era eu para discutir? Corri um pente pelo meu cabeço e me enrolei na toalha antes de sair do banheiro para ficar pronto.

Eu olhei para a roupa e me lembrei que não sabia onde estavam os meus sapatos pretos. A última vez que eu me lembro de tê-los visto foi quando saímos para festejar dias atrás.

– Merda.

Eu sabia que tinha outro par em uma das minhas malas. Puxei minhas malas e procurei através delas, eventualmente, encontrando o outro par. Aproveitei para pegar meu relógio. Coloquei os novos itens na cama e peguei a minha blusa para que eu pudesse colocá-la.

Ouvi a porta se abrir lentamente e não pude deixar de sorrir.

– Você não consegue ficar longe, não é? – ri, de como Megan era sorrateira e continuei mexendo com minha blusa.

Senti um corpo quente encostar atrás de mim. Sorri quando senti dedos suaves correndo o caminho da minha espinha.

– Não. – encolhi meus ombros. – Nada de pau para você agora. – brinquei, colocando minha blusa. – Não estou no clima mais.

É claro que eu estava. Eu só a estava fazendo trabalhar.

Uma súbita onda de ar frio atingiu minha metade inferior, quando minha toalha foi tirada de mim.

Eu gostei.

O dedo de Megan fez o seu caminho em torno do meu osso pélvico... até que sua mão estava enrolada no meu pau duro.

– Foda-se. – joguei minha cabeça para trás.

– Olá. – ouvi uma familiar... indesejável.... voz.

Não era Megan.

– Mas o que...? – Eu gritei, tirando a mão de cima de mim. – O que diabos você está fazendo, Manuela? – gritei, agarrando minha toalha e rapidamente envolvendo-a de volta ao redor da minha cintura, antes de encarar ela.

– Não é como se eu já não tivesse visto. – ela disse com naturalidade, caminhando ao redor para me enfrentar, eu disse que ela está apenas em de lingerie?

– Mas o que ...? – Parei no meio da frase. – O que você está fazendo aqui? – questionei, olhando ao redor freneticamente.

– Eu... – ela fez uma pausa e segurou o meu rosto prendendo o meu olhar. – Eu ainda amo você. Eu te amo.

– O que? – questionei confuso. – Mas Vander...

– Terminei com ele. – ela sussurrou. – Você é muito melhor do que ele, simplesmente não tem comparação. – ela deu de ombros, murmurando baixinho. – Eu senti e percebi que ainda sinto a sua falta. Muito.

Olhei em seus olhos. Durante o primeiro ano todo, quando ela terminou comigo, eu tinha praticamente orado para ela me dizer isso. Agora, que finalmente escutei eu... não senti nada. Absolutamente nada.

– Eu sei que você ainda me ama. – ela sussurrou para mim. – Sei que você não esqueceu tudo o que vivemos juntos.

– Manuela...- me afastei.

– Eu sei que você ainda se importa. – ela murmurou, tocando meu ombro.

– Pare com isso! – gritei com ela, dando um passo para trás. – Isso é loucura. Você precisa vestir a sua roupa e sair agora! – disse, puxando rapidamente minha boxer e minha calça sob minha toalha, para que ela não pudesse ver nada.

– Eu sei que você ainda me quer. – ela atacou novamente. – Eu conheço você, Davi. – ela caiu de joelhos. – Eu sei o que você quer....

– Eu disse NÃO! – sibilei para ela, puxando-a de volta a seus pés.

– O quê? – ela questionou incrédula, com a boca aberta. Ela parecia estar realmente atordoada. Quase como se estivesse ofendida.

Honestamente, ela estava parecendo desesperada. Olhei para ela mais de perto, na esperança de que meu desgosto fosse evidente o suficiente para dissuadi-la.

O que tinha acontecido com ela? Ela sempre foi tão... puta?

Alguns anos atrás, isso teria sido uma fantasia. Agora, era apenas triste. Lembrei-me de pensar que nada era melhor ou mais bonito do que Manuela. Agora que eu tinha Megan, qualquer outra mulher era... normal.

Manuela pode ter sido minha namorada.

Megan era a minha vida!

Eu encontrei-me balançando a cabeça em minha nova avaliação dela e perguntei em voz alta.

– O que diabos eu estava pensando?

Uma batida na porta me chocou, me enviando a um estado imediato de medo. A última coisa que eu precisava era Megan vendo isso e ficando com a ideia errada.

Não, agora não.

Eu diria a ela o que aconteceu depois.

– Linda? – ouvi Camilinha perguntar do outro lado da porta.

Coloquei Manuela no canto e abri a porta.

Camilinha estava procurando Megan, e ela parecia estar muito animada com alguma coisa.

Tentei agir casualmente, ansioso para me livrar dela, mas tenho certeza que falhei miseravelmente. Depois que ela saiu, peguei Manuela, empurrando-a em direção à porta. Eu tinha que tirá-la daqui.

– Você realmente não me quer mais? – ela questionou como se não pudesse acreditar.

– Não, Manuela, nem mesmo um pouco. – neguei com a cabeça. – Eu amo a Megan. E pretendo me casar com ela.

– Wow... – sussurrou.

– Você fez a sua escolha no passado. – a lembrei. – Agora, eu estou fazendo a minha. Me deixe em paz.

– Isto é.. só.. – ela parecia estar aérea. – Inesperado.

– Agora vista o seu vestido e sai do meu quarto!

Afastei-me dela indo terminar de me arruar e a vi colocando o vestido e saindo quase que em transe pela porta.

Como eu ia explicar isso?

Eu nunca tive a chance de realmente explicar. Quando tentei falar com Megan antes do jantar, ela correu de mim e imediatamente se sentou. Eu apenas pensei que ela estivesse com pressa para o jantar, uma vez que Luene não tinha deixado ninguém comer hoje praticamente.

Eu deveria ter imaginado que ela estava chateada com alguma coisa.

Eu deveria ter dito a ela imediatamente.

– O que aconteceu, então? – Luene questionou, balançando Belle no colo que ainda chorava.

– Manuela deu em cima de mim. Ela entrou no meu quarto enquanto eu estava me preparando e agarrou o meu... – expliquei. – Eu estava de costas, então eu não sabia que era ela. – disse, lutando contra as lagrimas. – Assim que eu descobri que não era Megan, eu a parei. Durou apenas uns segundos.

– Mas Megan viu.

– Ela deve ter visto. – assenti. – Eu não fiz isso de propósito, eu juro que não sabia que era Manuela. – implorei a todos.

– Davi. – minha mãe suspirou.

– Vocês acreditam em mim, né? – questionei, olhando ao redor. – Eu nunca traí Megan. Nunca. – balancei a cabeça profusamente.

– Querido... – minha mãe começou.

– OK. – Caio entrou na sala praticamente correndo, com Camilinha no seu encalço. – eu tenho um anuncio a fazer.

– Caio. – ela advertiu séria. – Eu disse não!

– Se fosse comigo, eu gostaria de saber. – ele disse balançando a cabeça.

– Saber o que? – todo mundo questionou.

– É um golpe! – ele tentou gritar uma vez que Camilinha cobriu a boca dele.

– Hã? – todos, mas todos mesmo questionaram... até mesmo os estranhos.

– Família Reis? – uma enfermeira questionou colocando a cabeça dentro da sala, roubando a atenção. Eu corri para fora da sala, fazendo com que os espectadores curiosos suspirassem em decepção.

Eu segui a enfermeira para o que parecia ser uma sala de conferências. Andei, esperando para descobrir o que estava acontecendo. Meus pais, Camilinha e o Caio entraram sentando e esperando comigo.

– Sr. Reis. – um homem apareceu, apertando a mão do meu pai. – É uma honra poder atender um de seus entes queridos...

– Você pode parar de bajulação e me dizer o que há de errado com a minha namorada? – questionei, ficando irritado a cada minuto.

Megan estava deitada em algum lugar, praticamente às portas da morte e eles estavam aqui nos bajulando na esperança de conseguir doações. Isso era revoltante.

– Tem sido um longo par de horas. – minha mãe tentou se desculpar. – Nós realmente gostaríamos de saber o que está acontecendo.

– O-okay. – o homem se afastou um pouco e deixou que o médico com quem eu tinha falado mais cedo nos informar.

– Primeiro, vou começar dizendo que a Srta. Megan está estabilizada. – disse, causando uma onda de alivio em mim. – Ela teve um corte na testa devido o impacto... Infelizmente, acreditamos que o impacto e o acionamento do airbag provocaram a parada respiratória, motivo esse pelo qual tivemos que entuba-la para abrir a via aérea. – acrescentou. – Existem algumas contusões em alguns lugares.

– Oh, meu Deus. – os olhos da minha mãe encheram de lagrimas.

– Como disse no momento ela está estabilizada, no entanto, ela não acordou desde o momento que chegou e consideramos que seria melhor para a saúde dela, que ela ficasse em estado de coma induzido por alguns dias. Se ela tivesse demorado um pouco mais para chegar ao hospital, no entanto, poderíamos estar tendo uma conversa diferente. – ele os assegurou.

Um suspiro rasgou através do meu corpo, quando o peso de suas palavras tomou conta de mim.

Megan tinha quase morrido.

Ela poderia ter morrido.

Minha Megan quase morreu.

Ela teria morrido pensando que eu não a amava.

– Eu posso vê-la? – questionei.

– Sim, por aqui. – disse, apontando o corredor, levando-nos a UTI.

Eu fui o primeiro a entrar e desmoronei assim que a vi.

– Megan. – sussurrei, caminhando até sua cama. – Love. – gemi, olhando sua forma sem vida.

Megan sempre parecia etérea quando estava dormindo. Mas desta vez era diferente. Agora, era como se ela estivesse morta. Seus lábios estavam praticamente sem cor. Sua pele parecia pálida. Seu cabelo parecia emaranhado.

– Sinto muito. – me desculpei. – Eu deveria ter ti impedido de sair daquele jeito. Eu deveria ter estado ao seu lado. – segurei sua mão e depositei um beijo na testa dela. – Eu amo você. Você sabe disso, não sabe? – questionei, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. – Você sabe que eu faria qualquer coisa por você, certo? – Esfreguei minha mão na dela. – Você precisa ficar boa logo! Eu te amo tanto...

Olhei para ela, esperando por algum sinal de vida. Eu sabia que seu corpo tinha passado por um choque. Inferno... ela quase morreu. Mas eu daria qualquer coisa apenas por uma contração de um dedo ou uma vibração de seus olhos... qualquer sinal de vida.

– Eu nunca te machucaria. – sussurrei em seu ouvido. – Eu nunca vou te trair. Megan, eu amo você demais para fazer isso. – eu esfreguei a mão dela no meu rosto. Não parecia a mesma coisa de quando ela me tocava.

Como ela poderia não saber?

Como ela poderia não saber o quanto eu a amava?

Como ela poderia não saber o quanto ela se tornou vital pra mim?

Como ela poderia duvidar de mim?

Depois de tudo o que tínhamos passado... depois dela compartilhar seu presente mais precioso comigo... como ela podia acreditar que eu iria lhe negar por um segundo?

Eu sabia que o relacionamento dela com os pais tinha deixado sentimentos de raiva e desconfiança... mas ela não confiava em mim.

Eu estava com medo... medo de que ela não fosse acreditar em mim... temendo que ela fosse me deixar... eu estava machucado que ela tivesse acreditado no pior tão fácil.

– Está tudo bem, eu te perdoo. Eu vou dizer-lhe tudo... e vai ficar tudo bem. – dizia entre minhas lagrimas. – Mas você precisa acordar. – completei depositando a minha cabeça em sua barriga

– Hey. – a voz de Camilinha me fez ergue a cabeça.

Ela olhou para o corpo imóvel de Megan do canto da sala por alguns minutos. Em seguida, ela tomou uma cadeira e deslizou para o outro lado da cama.

– Amiga, acorda! – ela brincou, cutucando o peito de Megan. – Essa merda não é engraçada. – ela riu triste.

Ouvi uma fungada vindo do seu lado. Seu rosto apareceu e eu pude ver as lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

– Camila.. – eu tentei consolá-la.

– Eu estou bem. – disse limpando o rosto. – Ela vai ficar bem. Megan preferiria morrer a deixar uma sorrateira vadia dissimulada obter o melhor dela. – ela resmungou. – Foda-se. Isso não deu certo.

– Eu sei o que você quis dizer. – eu disse a ela. – Camila, eu não...

– Eu sei. – ela me interrompeu. – Eu vi a demonstração de carinho. – ela sorriu para mim. – Um homem culpado não iria olhar para Megan como você faz. – ela suspirou.

– Eu não posso perdê-la. – disse, depositando um beijo na mão de Megan.

– Você não vai. – ela balançou a cabeça. – Por baixo da face durona e resistente, Megan é apenas uma garota, assim como o resto de nós. – ela balançou a cabeça. – Ela gosta de você.

– Ela vai acreditar em mim. Ela tem que acreditar. – eu disse, tentando me tranquilizar.

Camilinha falou mais um pouco com a amiga, acho que na mesma esperança que eu... de vê-la fazer qualquer movimento, mesmo que involuntário. Ela saiu pouco tempo depois deixando assim meus pais entrarem um de cada vez.

Não sei quanto tempo fiquei no quarto conversando com Megan.

– Sr. Reis. – uma enfermeira entrou no quarto. – O horário de visita acabou. – ela me notificou.

– Merda. – murmurei, realmente era tarde já. – É possível eu ficar com ela?

– Sinto muito, mas não permitimos acompanhamento na UTI. Temos que manter a nossa política. – ela disse tristemente. Depois de vinte minutos de argumentação, ela ainda não se mexia. – Você pode voltar às oito horas da manhã. É quando o horário de visitas começa.

– Tudo bem. – disse relutantemente me levantando. – Tchau, Love. – sussurrei no ouvido de Megan, usando o apelido que ela tinha me dado. – Eu amo você. – coloquei um beijo em seus lábios, antes de ir para casa para a noite.

Seguimos para casa, todos abatidos. Belle tinha chorado muito preocupada com sua tia Megan, ela não pode visitar Megan por não ser permitida a entrada de crianças na UTI, apenas meus pais e Camilinha ficou um tempo lá, alem de mim é claro.

Camilinha e Caio também estavam indo lá pra casa, minha mãe os convenceu a ficar conosco. Devo dizer que não fiquei nada animado ao chegar em casa e deparar com a família inteira de Manuela esperando por nós.

– O que diabos vocês estão fazendo aqui? – Danusa prontamente questionou enquanto saiamos dos carros.

– Nós só queríamos saber como a Megan está e claro prestar o nosso apoio. – Gláucia disse rigidamente.

– Besteira. – Luene disse a afastando. – Você odeia a Megan.

– Não, eu não.

Ouvi alguém bufar, e vi Camilinha saindo do carro.

– SUA VADIA DO CARALHO! – ela gritou, antes de dar um belo tapa ser ouvido, aqui com certeza deixaria marcas.

– Ai! – Gláucia recuou. – Você é louca garota? Posso ti processar por agressão.

– Quero só ver. Vai valer cada centavo. – Camilinha respondeu.

– Cá.. – Caio a segurou. Ela tentava se soltar.

– Você está louca? – Manuela disse, verificando o rosto da mãe.

– Não. Mas a culpa é de vocês por Megan estar onde está. – ela apontou o dedo para Manuela.

– Não, é não.

– Sim é! – Camilinha acusou, fazendo que nós olhássemos para ela. – Você queria Megan fora do seu caminho, desde o momento que ela chegou aqui com o Davi. Ela quase morreu, sua vadia! – Camilinha disse tentando se soltar de Caio, tentando ir para cima de Manuela e da mãe dela. – Minha amiga quase morreu!

– Manuela. – Fred suspirou olhando para a filha.

– Isso é estúpido. – Gláucia revirou os olhos, enquanto esfregava o queixo. – Manuela não fez nada. – disse olhando para onde o carro deles estava estacionado.

– Estúpido? – Camilinha questionou. – Como tentar penhorar o feto de sua filha para Davi? Assim ele se sentiria obrigado a salvar sua família da ruína financeira? – ela gritou para Gláucia.

Espere um minuto.

– Você está grávida? – perguntei a Manuela.

– Uh.. – ela olhou ao redor.

– Sim. – Camilinha sorriu. – Ela está grávida. E nem está de muito tempo... ela está apenas gorda agora. E Gláucia e Fred estão em uma viagem de ida para a ‘pobreza’. Eles instruíram Manuela a seduzi-lo para que você pensasse que o bebê é seu. Eles sabem que você não permitiria que seu filho vivesse em pobreza, por isso eles contavam com a possibilidade de que você daria dinheiro para eles, porque eles são a família de Manuela.

Eu dei um passo para trás para processar tudo. Para ser honesto, isso me fez sentir em um enredo de uma novela mexicana. No entanto, eu não podia acreditar que ela desceria tão baixo.

– Isso é verdade? – perguntei a Manuela.

Silêncio.

– Sua. Vadia. Do. Caralho. – ouvi minha mãe... minha gentil e doce mãe... fervendo na direção da Gláucia.

Luene e Matias compartilharam um olhar de choque. Eu nunca tinha ouvido a minha mãe xingar. Nunca!

– Rita...- Gláucia começou a recuar.

– A única razão pela qual eu tenho tolerado sua presença na minha vida é por causa da amizade dos nossos maridos. – minha mãe começou, avançando para frente. – Eu lidei com seu jeito classista, egocêntrico, mal intencionado, cobiçadora de marido por mais trinta anos. – ela fez uma pausa. – E é assim que você me paga? – ela praticamente cuspiu, com os punhos cerrados.– Você planejou e conspirou contra o meu filho... tentando roubar o legado dele?

– Rita...

– Você não pode aceitar, não é? – ela apontou para Gláucia. – Megan é muito mais inteligente do que Manuela. Ela é muito mais bonita do Manuela. Ela apesar de todo o dinheiro que tem construiu o próprio nome. As pessoas podem realmente aguentar estar no mesmo ambiente com ela! Ela tem uma carreira. – ela avançou ainda mais perto. – A verdadeira razão para tudo isso, porém, é que você não pode suportar a ideia de perder outro homem Reis, você pode? – minha mãe olhou para ela. – Você está apenas tentando conseguir o que tanto deseja... por todos os meios possíveis. – ela fervia de raiva. – Você não pode ter Plínio, então agora você está vindo atrás de Davi. Só que desta vez, você esta usando sua filha. – ela balançou a cabeça em desgosto. – Você é muito cretina!

– Toma. – Matias sussurrou.

– Cale-se! – Gláucia praticamente chorou. – Deveria ter sido eu!

– Hã? – todos indagaram.

– Plínio... – Gláucia olho para meu pai. – Deveria ter sido com quem você se casaria, não ela.

– Você tem que estar brincando comigo. – Luene sussurrou.

– Nós éramos bons juntos! – ela choramingou.

– Que porra é essa, Gláucia? – Fred perguntou, completamente surpreso.

– A gente se divertia tanto... – Gláucia continuou.

– Sério? – meu pai questionou incrédulo. – Eu nunca sequer olhei para você dessa forma! Nós éramos puramente colegas de classe, você que buscava estar em todo lugar que eu ia.... – disse pra ela incrédulo.

– Mas... – ela engasgou. – Mas aquele beijo...

– Eu estava além de chapado aquele dia. – olhei para meu pai um pouco surpreso, tentando imaginar a cena do meu pai bêbado.

– Você.. Você estava bêbado?

– Sim! – disse como se fosse óbvio. – Eu vomitei logo depois! – ele tentou refrescar a memória dela. – Você tem que superar isso. Você parece uma louca.

Parece? – murmurei.

– Plínio. – ela tentou alcançar meu pai.

– Vadia! – minha mãe socou Gláucia no nariz. – Fique longe do meu marido! – ela gritou. – Ele não quer você. Ele nunca vai querer você! – ela gritou para uma Gláucia caída no chão. - Juro, se você voltar a chegar perto de qualquer um da minha família eu acabo com você.

– Rita... – ela tentou.

– Já chega! – Camilinha se intrometeu. – Nós estamos cansados e preocupados e vocês não compartilham do mesmo sentimento! Já está mais que claro que vocês não são mais bem-vindos aqui. – ela disse e todos nós assentimos. – Então sumam daqui! E só para vocês saberem.. – ela olhou para eles com um sorriso meio sinistro. – Eu liguei para o Jonas avisando sobre o acidente da Megan e honestamente? – ela disse os olhando de cima a baixo. – Não tenho a mínima pena do que ele fará quando souber exatamente o que levou a filha dele a dirigir naquele estado! – posso dizer que a família de Manuela assim como ela estavam positivamente horrorizados agora.

Tava difícil digerir isso tudo! Megan estava agora praticamente em coma, porque eles queriam o meu dinheiro. Megan quase morreu, por culpa deles! Estava difícil assimilar que alguma vez nessa vida eu quis a aprovação deles!

– Davi eu... – Manuela começou.

– VÁ PARA O INFERNO MANUELA! – disse e percebi que as minhas mãos estavam tremendo tamanho a minha raiva. – Honestamente, agora agradeço a Deus o dia que você me largou, porque se não tivesse, eu iria apenas me casar com uma versão requentada da sua mãe. – disse, olhando para ela. – Você nunca vai ser uma Reis! Você... sua família... não são nada! Repito VÁ PARA O INFERNO e leve sua mãe com você! - Terminei entrando em casa, não queria mais ver ninguém agora.

Segui direto para meu quarto, me senti horrível no mesmo momento! Pois não era mais o meu quarto. Ele foi nosso quarto. Perguntei-me como Megan teria ficado feliz se tivesse visto como eu agi agora a pouco, ela provavelmente diria que estava orgulhosa e depois me beijaria.

Praticamente não dormir... durante dois longos dias, mesmo reduzindo os sedativos ela não tinha acordado, Jonas tinha mandado um medico da confiança dele tomar conta do caso. Quando a enfermeira vinha me expulsar eu voltava para casa apenas para minha mente continuava correndo nas lembranças dos meus momentos com Megan. Eu não teria paz até que eu soubesse que ela estava realmente bem.

No terceiro dia saímos de casa por volta das sete e meia e chegamos ao hospital exatamente às 8h. Meus pais e Camilinha sempre iam comigo na parte da manhã. Só que dessa vez eu fiquei arrasado com a notícia que recebi quando cheguei lá.

– Ela recebeu alta. – a senhora da recepção disse, olhando para o computador.

– O quê? – questionei, sentindo como se o ar de repente tivesse sido tirado de mim.

– Parece que alguém entrou e deu alta a ela.

– Ela quase morreu. – Camilinha suspirou. – e vocês apenas.. a deixaram ir?

– Minha senhora, eu não estava comando seu fluxo. – disse a senhora, que olhava o computador novamente. – Ela recebeu alta às 1h... dessa madrugada. – ela disse chocada. – Isso deve ser um erro de digitação.

– Ela se foi. – sussurrei, me sentando.

Megan me deixou.

– Ela se foi. – sussurrei novamente.

Megan me deixou.

– Ela se foi. – disse novamente, a minha visão ficando embaçada.

– Você sabe para onde ela foi? – minha mãe perguntou a senhora, me olhando pela canto do olho.

– Não está na lista, senhora, sinto muito.

– Isso é besteira. – Camilinha fervia. – Parece que o melhor pai do mundo deu ao hospital um cheque para que deixassem Megan ir antes de chegarmos aqui.

– Camila. – meu pai começou. – Você sabe onde ela teria ido?

Ela tinha ido embora.

Megan me deixou.

Ela pensa que eu não a amo.

– Sr. Reis. – Camilinha resmungou. – Megan tem um coração partido, imóveis espalhados por todo o mundo, um passaporte e um suprimento ilimitado de dinheiro. – ela brincou. – Ela pode estar em qualquer lugar.

Ela não sabia o quanto eu a amava.

Ela tinha que saber o quanto eu a amava.

Naquele momento, eu decidi que não iria me desligar. A culpa foi minha que Megan tinha ficado com a ideia errada, em primeiro lugar. Era meu dever fazer isso direito. Se ela não sabe o quanto eu a amava, eu tinha que fazer isso a minha missão para fazê-la saber.

Eu não iria desmoronar.

Não agora.

Ainda não.

Não sabendo que Megan estava machucada e magoada comigo.

– Camilinha, você ainda está com o celular de Megan? – questionei.

– Sim. – ela me entregou.

Peguei o celular dela e fui para o lado de fora. Mais uma vez, eu disquei o numero de Jonas.

Eu tinha certeza que ele tinha contratado agentes secretos para dedicar seu tempo a arruinar a minha vida. Mas eu ia tentar de qualquer maneira.

– Megan? – ele atendeu.

– Eu amo sua filha, Jonas! – praticamente gritei.

– Não muito, a julgar pelo que ela me disse. – ele resmungou. – Você tem alguma ideia do que você fez? – ele questionou. – Você ...

– Inicialmente era uma mentira. – disse. – Megan e eu não éramos namorados até pouco tempo. – confessei. – Ela estava me ajudando com um pedido meu. Mas, durante nosso tempo aqui, eu realmente me apaixonei por ela. Eu a amo, Jonas. E eu tenho certeza que ela me ama.

– Você não é bom o suficiente! – ele gritou comigo. – Vocês estão juntos por uma semana ou algo assim. Durante esse tempo, ela foi agredida, em seguida, caiu no hospital com uma experiência de quase-morte. – acusou. – Você não pode protegê-la.

– E você pode, por acaso? – retruquei. – Eu sei o que é gostar de fugir de seus problemas. – comecei. – É mais fácil. É mais seguro. Mas você sempre perdeu... alguma coisa. Você quer saber sobre os “e se” na vida, e você sempre tem duvidas. Alguma vez você já se perguntou que tipo de relacionamento você teria com a Megan se você estivesse lá mais para ela? – questionei, esperando atingir o coração dele. – Você não pode ser feliz com o relacionamento de vocês, Jonas.

– Ela sabe que eu a amo. – respondeu com petulância.

– Ela sabe? – perguntei. Silencio. Eu tinha conseguido sua atenção. – Neste momento, Megan está em algum lugar, sozinha, pensando que eu não a amo... por causa de um erro. Jonas, eu amo Megan com tudo o que eu sou. Ela tem que saber disso. – disse desesperado já. – Se ela me negar, nem você vai ouvir falar de mim outra vez. – prometi. – Mas eu mereço uma chance. Isso é tudo o que peço. Uma chance. – fiz uma pausa.

A única razão pela qual eu sabia que ele não tinha desligado era que eu podia ouvir sua respiração.

– Se você fizer eu me arrepender disso, rapaz, eu vou fazer você se arrepender do dia em que você conheceu Megan. – ele ameaçou. – Estamos entendido?

– Sim, senhor. – sorri.

– Eu devo estar ficando mole na minha velhice. – ele resmungou e então eu ouvi o som de ele digitando. – Se você contar a alguém que eu me convenci tão facilmente, eu vou negar. – ele resmungou, então senti meu celular vibrar no bolso.

– Já? – estava, impressionado.

– Eu tenho um dispositivo de rastreamento implantado em um dos molares de Megan desde que ela tinha dez anos. – ele explicou. – No caso dela ser sequestrado ou algo assim. Não diga a ela. – me ameaçou. – Ela fretou um jatinho, então eu sei que ela está lá. – disse. – Vou mandar um ir buscá-lo.

– Obrig... – antes que eu pudesse realmente agradecê-lo corretamente, ele desligou. Eu não estava perturbado por uma clara desaprovação por parte dele. Eu estava apenas feliz que eu já sabia onde Megan estava.

Eu estava indo buscá-la, mas tinha que ser algo definitivo, tinha que ser algo grande!

Eu só voltaria para casa com ela ao meu lado, definitivamente.


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Notas finais do capítulo

Então?? Perdoaram o Davi??
O próximo será da Megan ;)
Obrigada a todos que comentaram...
Até mais pessoal...