Namorada de Mentirinha escrita por Lari


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, eu vou viajar hoje é por isso meu tempo ficou limitado..
Então hj eu não poderei responder os comentários de vocês!!! Mas eu li cada um deles com muito carinho.. então obrigada!!!
Boa leitura ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/627510/chapter/15

Eu acordei e esfreguei um pouco meus olhos. Eu olhei para ver Megan ainda dormindo ao meu lado. Depois que minha mãe havia nos visitado, Megan não disse mais nada. Eu podia ouvir um soluço ocasional antes dela realmente pegar no sono, mas eu não a ouvi dizer qualquer coisa. Nós não chegamos a sair mais do quarto durante o dia ela apenas dormiu. Era como se ela tivesse refugiado em seu sono, acordou apenas uma vez para poder ir ao banheiro e voltou a dormir, não quis comer nada. Apenas ficar aconchegada perto de mim, com a cabeça no meu peito. Como eu estava me sentido incapaz de não toca-la, eu simplesmente envolvi meus braços em torno dela.

Eu nunca quis matar alguém antes de ontem. Como pode os pais dela não ver quão preciosa ela era?

Eu a amava.

Eu amava seu cabelo.

Eu amava seu jeito sarcástico.

Eu amava a forma como ela mexia o nariz quando dormia.

Seus seios também eram incríveis.

Mas a natureza me chamou. Eu aliviei fora de seu abraço e rapidamente usei o banheiro. Enquanto eu lavava minhas mãos, ouvi algo no corredor. Saí para encontrar com Camilinha ela tinha esbarrando na mesinha que tinha no corredor.

– Oh! Eu não vi você.

– Hey. – acenei um pouco sem jeito.

– Eu tropecei e acabei esbarrando na mesa. – ela disse.

– Ok. – comecei a voltar para o quarto.

– Obrigada. – ela disse chamando a minha atenção. – Obrigada por ajudar Megan na noite passada. – ela sussurrou. – Normalmente, eu sou a única que tem que juntas as peças quando Jonas a decepciona. – ela desviou o olhar triste. – Você é diferente com ela. Você a deixou mais centrada. Eu não sei como, mas você o faz. – ela sorriu para mim. – Estou feliz que ela tenha alguém para poder confiar. Então obrigada. – ela terminou.

– De nada. – respondi, e pode ouvir o chuveiro no meu quarto ligar. – Megan deve estar acordada.

– Deve. – ela concordou. – Eu vou levar o Caio até o aeroporto. – disse se retirando.

Eu fui até minhas coisas para encontrar algo para vestir. Eu estava completamente perdido, então peguei apenas um moletom azul e uma calça jeans. Olhei para a porta do banheiro, à espera de Megan sair. Eu imaginei que ela ainda estaria chateada. Eu sei que eu com certeza eu estaria. Felizmente, todo mundo planejou ir com calma hoje. Lembrei do olhar que eu tinha visto no rosto dela ontem e meu coração doeu instantaneamente. Eu nunca tinha visto seu olhar tão triste.

E eu não gostei.

Será que era assim cada vez que os pais dela a visitavam? Ou que ela tinha uma reunião com Jonas lá na Marra?

Infelizmente, Megan estava certa naquela noite a poucos dias atrás. Ela realmente era solitária. Era triste saber que tinham pessoas que não podiam contar com os pais. Eu tenho a sorte de ter pais que se importam comigo.

Eu estava aqui agora.

Eu sinceramente esperava que Megan soubesse disso.

Eu esperava está ali para ela por muito tempo.

Eu queria protegê-la de ser ferida assim novamente.

– Hey, Love. – Megan cantarolou, saindo do banheiro.

– Olá, amor. – cumprimentei de volta. Ela estava com um vestido sem alças com uma estampa meio psicodélica nas cores vinho e branco que moldava cada uma de suas curvas perfeitamente. – Você está bonita.

– Obrigada. – ela sorriu vindo para me dar um beijo. – É muito gentil de sua parte dizer isso. – disse me beijando novamente.

– De nada. – sorri, depositando um beijo em sua testa.

– Eu não sei se eu já agradeci corretamente. – disse séria, saindo da cama. – Então... obrigada por toda a coisa ontem. – ela acenou com a mão. – Significou muito. – ela terminou com uma voz monótona e passou a mexer em sua caixa de joias.

– Esta tudo bem. – sai da cama. Ela estava de costas. Eu passei os meus braços em torno dela para abraça-la. – Eu estou aqui. Você sabe disso, né? – Eu sussurrei em seu ouvido.

– Sim. – ela sorriu, usando o mesmo tom monótono. – O que está errado? – perguntou rindo, mas não aquele riso verdadeiro. – Você parece muito confuso.

– Nada. – eu voltei a olhar para ela.

– Se você diz que sim. – ela encolheu os ombros, colocando um colar de ouro longo e envolveu-o em torno do pescoço. – Eu vou estar lá embaixo. – disse beijando meu nariz e saindo do quarto.

Hum...

Peguei minha toalha e fui tomar meu banho. Havia claramente algo de errado com Megan. Suas respostas monótonas eram todas as provas que eu precisava. Ela não tinha feito uma observação sarcástica. Eu senti falta disso. Sem falar que ela teria me atormentando até que eu dissesse o que estava me incomodando.

Ela beijou meu nariz.

Me arrumei rapidamente, e desci para encontrar Megan na cozinha mexendo no fogão.

– Ora, se você não está bonito. – ela sorriu, virando o bacon.

– Você está... cozinhando.

Ela cozinhava?

– Tenho certeza que estou. – ela sorriu, mexendo algo em uma tigela. – Eu estou fazendo panquecas com morango ou nutella em cima, e bacon com ovos mexidos. – ela disse.

– Você não tem....

– Eu sinto que preciso. – disse começando a virar a massa para terminar de fazer as panquecas na frigideira. – Sua mãe está sempre fazendo café da manhã. Eu só gostaria de lhe agradecer por... ser ela. – disse começando a cortar algumas laranjas ao meio, vigorosamente eu poderia acrescentar. – Suco de laranja fresco. – ela sorriu.

Ela estava agindo de forma muito estranha.

– Uh... já temos suco de laranja. – eu disse um pouco sem jeito a ela.

– Bem... – ela fez uma pausa, olhando para mim. – suco fresco é sempre melhor. Além do mais esse é especial é Morango com Laranja, depois que você experimentar você vai ver que não existe um melhor. – disse colocando meia laranja no espremedor rudemente.

Oh, Deus.

– Megan. – coloquei minha mão sobre a dela. – Você está bem? Eu sei...

– Sim. – ela riu, novamente sem humor. Retirando sua mão da minha para poder virar a panqueca. – Por que não estaria? – perguntou como se estivesse confusa.

– A coisa toda com seus pais...

– O que é isso? – minha mãe perguntou entrando na cozinha. O resto da família a seguindo.

Megan limpou um pouco de açúcar de seu rosto em seu avental.

– Estou fazendo o café da manhã. Espero que não se importe. – ela sorriu.

– Oh. – minha mãe sorriu largamente. – Obrigada, querida.

– Isso é muito legal da sua parte. – meu pai acrescentou, sentando-se ao lado da mamãe.

– Por acaso você não colocou açúcar de confeiteiro sobre essas panquecas não é? – Arthur perguntou, arqueando uma sobrancelha.

– E cobertura de frutas. – Megan levantou a cobertura, balançando a cabeça. – E nutella disse mostrando o pote da mesa.

– Você está vivendo um sonho. – Matias sussurrou em meu ouvido.

– Quem quer açúcar de confeiteiro? – Megan sorriu.

– Eu! – todos levantaram as mãos.

E eu me perguntava o que diabos estava acontecendo ali.

– Bom dia, família Reis. – Camilinha acenou para todos. – Rita, que belo café da manhã.

– Não fui eu, - mamãe ergueu as mãos. – Isso tudo é Megan.

– Oh! – ela exclamou olhando de forma estranha para sua melhor amiga. Então, olhando para mim.

O que é que foi isso?

– Legal, Megan. – Camilinha suspirou e serviu um prato.

– Hum...- Megan olhou para seu prato.

– Onde está o Caio? – meu pai questionou.

– Ele já foi, na verdade acabei de me despedir dele no aeroporto. – Camilinha disse. – Mas ele pediu para agradecer a estadia, é que a agencia não pode ficar muito tempo sem um de nos lá.

– Ok. – mamãe disse e depois chamou a atenção de todos. – Agora já são nove horas. Nós vamos sair daqui por voltar das dez para ir trabalhar com os alunos. – ela informou.

– Alunos? – Camilinha perguntou nervosamente. – O que séria isso?

– Todos os anos, a família do Davi doam seu tempo para serem voluntários de crianças em uma ONG. – Megan beijou meu rosto. – É tão generoso.

– Posso apenas fazer um cheque e ficar aqui? – Camilinha pediu.

– Não funciona assim. – meu pai recusou.

– Droga. – pude ouvir essa sussurrar.

– Ooh. – Belle disse, ela sabia que não podia falar isso, pois era feio.

– Não será tão ruim. – Luene disse. – Estaremos liberados às cinco da tarde.

– Só reze para que você não pegue os menores. – Danusa acrescentou.

– Sim! – todos concordaram.

Eram as crianças mais hiperativas por assim dizer, então tinha que ter realmente energia para lidar com eles.

O café da manhã foi... diferente. Megan não falou muito. Ela apenas sorria e acenava para o que todo mundo dizia. Ela mostrou a etiqueta perfeita. Só que não era ela. Era inquietante vê-la assim.

Depois que todo mundo terminou, a maioria foi para seus quartos terminarem de se arrumar. Megan seguiu minha mãe ajudando-a a limpar os pratos.

– Davi. – Megan acenou-me para a cozinha.

– Mas...

Ela apontou para a mesa, em seguida para a pia.

Caramba.

Se tinha uma coisa que eu odiava, era lavar louças. Eu preferia mudar os moveis de lugar.

– Megan. – minha mãe pegou os pratos dela. – Você cozinhou, nós limpamos. – ela começou a limpar os pratos e colocá-los na máquina de lavar.

– Está tudo bem. – Megan pegou mais pratos. – Eu vou te ajudar.

– Você já fez o suficiente. – mamãe disse pegando os pratos de suas mãos. Megan encolheu os braços e olhou ao redor da cozinha, parecendo sem graça.

– Eu só queria pedir desculpas por ontem. – ela começou. – Seja o que for...

– Não queria. – minha mãe parou o discurso dela. – Você não tem que se desculpar por nada.

– Eu sinto como se tivesse arruinado...

– Você não arruinou coisa alguma. – minha mãe a abraçou. – Você sabe o que? – ela suspirou. – Vocês dois estão livres hoje. Façam alguma coisa juntos. Desfrutem apenas um do outro. – ela praticamente ordenou. Se voltando para a limpeza. – Não a discussão sobre o assunto. – ela disse continuando a carregar a maquina de lavar louças, basicamente, nos dispensando.

– Hum... tudo bem. – dissemos juntos e nos afastamos.

– Isso é incrível. – sorri, sentando no sofá.

– Hum.. – Megan sorriu de volta, ainda aquele sorriso forçado. – Eu ainda me sinto como uma merda, apesar de tudo. Eu fui tão criança.

Criança? Como ela poderia pensar que agiu como uma criança? Considerando tudo, eu diria que ela reagiu de forma adequada, Ela tinha os pais mais idiotas desse mundo.

– Megan. – disse dando um tapa nas minhas pernas para que ela se sentasse no meu colo. – Você tinha... tem... todo o direito de ficar chateada.

– Eu não estou chateada. – disse ainda com a voz monótona. – Ficar chateada com algo que nunca vai mudar é estúpido. – ela sorriu, levantando-se. – Você está positivamente mais chateado do que eu estou. – disse bagunçando meu cabelo.

– Megan...

– Eu tenho que ir ao banheiro. – disse saindo rapidamente da sala.

– Não a empurre agora. – Camilinha disse entrando na sala. – Você está pedindo para ter problemas se o fizer.

Era bom ter alguém para conversar sobre isso. Camilinha era a única pessoa além de mim que realmente conhecia Megan. Ela tinha que saber que tinha algo errado com a amiga.

– Camila. – eu sussurrei. – O que há de errado com ela?

– O que você acha que está errado com ela? – ela revirou os olhos.

– Foi melhor noite passada. Ela chorou e tivemos uma conversa de coração para coração. Agora, ela está agindo como se nada tivesse acontecido. Camilinha, isso não é...

– Tudo bem. – ela disse como se rendesse. – Você está certo. Naturalmente, você está certo.

– Me ajude! – praticamente implorei. – O que eu faço?

Eu queria a minha Megan de volta!!!

– Deixe-a em paz.

– O quê? – ela não podia estar falando sério. – Deixá-la em paz? Ela está andando por ai agindo como um zumbi e você não quer que eu faça nada?

– Sim. – ela se jogou no sofá, cruzando as pernas. – Escute. Você e eu sabemos que a Megan está chateada. Entretanto, ela nunca vai admitir que ela está drasticamente afetada pelo que aconteceu ontem, até que ela esteja pronta.

– Mas... Mas.. isso não é saudável.

– É claro que não é, - ela concordou. – Megan não está bem. É óbvio. Mas... ela está agindo como se ela estivesse bem. Ela ainda vai ficar brava com você por sugerir que ela não está bem. – olhei para ela sem conseguir acreditar, ela suspirou. – Acredite em mim, estou tentando ajuda-lo. Ela vai se abrir quando estiver pronta.

– Querem jogar? – Megan voltando para sala embaralhando um baralho. – Pode ser divertido.

– Claro. – Camilinha disse.

Foi estranho. Megan deve ter dito apenas dez palavras o tempo todo.

– Oh. – ela olhou para mim. – Bom blefe, querido. – disse bagunçando meu cabelo.

– Deixa isso pra lá. – Camilinha sussurrou pra mim.

– É hora de ir pessoal. – meu pai gritou nas escadas.

– Merda. – Camilinha disse se levantando da mesa. – Com minha sorte vou pegar os pequenos e vou acabar jogando um desses pequenos filhos da mãe como se fossem uma bola de futebol.

– Você vai se sair muito bem. – Megan acenou para a amiga.

– Tio, Megan. – Belle correu e pulou no sofá. – Vocês não estão vindo com a gente?

– Não. Megan e eu vamos passar algum tempo juntos.

– Isso significa que você vai ter um tempo de mamãe-papai? – Belle perguntou arqueando sua sobrancelha.

Camilinha começou a rir no mesmo instante.

– O quê? – Belle, perguntou confusa para ela. – É isso que o meu pai fala quando ele quer um tempo sozinho com a minha mãe.

– Crianças. – Camilinha disse ainda rindo, até que ela parou e olhou para gente. – Espere. Vocês dois não vão? – sua voz se elevou.

– Minha mãe decidiu nos dar um dia de folga. – disse depositando um beijo no cabelo de Megan.

– Droga. – ouvi ela sussurrar, antes se levantar do sofá.

– Fora. – mamãe anunciou para que todos saíssem. – Vamos começar a nos mexer. – acrescentou ela, deixando a porta. – Cala a boca, Camilinha. – eu ouvi minha mãe rir.

– Aproveite o seu dia, filho. – meu pai sorriu balançando as sobrancelhas pra mim. – Tchau. – ele veio me abraçar antes de fechar a porta atrás de si.

– Eu odeio soar má. – Megan sorriu se aproximando de mim. – mas estou feliz que estamos sozinhos.

– Eu também estou. – eu lhe devolvi o sentimento, puxando-a para um beijo.

– Hum... – ela gemeu, dando-me um beijinho.

Ela me abraçou, aninhando o rosto no meu pescoço.

– O que é isso? – ela cutucou o bolso da frente do meu moletom.

– O quê?

– Isso! – ela apontou para uma protuberância no bolso.

– Eu não sei. – disse honestamente. Eu não tinha colocado nada lá, coloquei minha mão para puxar uma...

Oh, Deus.

– Uh... – Megan olhou sem saber o que dizer.

– Eu não sabia que isso estava aqui! – eu deixei cair rapidamente sobre a mesa. Meu pai deve ter posto lá dentro, quando ele me abraçou. Bastardo astuto.

– Está tudo bem. – ela riu. – Quero dizer... estamos namorando.

– Megan... – eu comecei.

– Cale a boca. – disse revirando os olhos, pegando a caixa de camisinhas. – Durex. – ela balançou a cabeça com apreço. – É um pacote com 12. – acrescentou tentando não sorrir. – Parece que seu pai tinha grandes expectativas para você. – ela não se aguentou e começou a rir.

– Isso é tão embaraçoso. – resmunguei.

– Davi. – ela pegou minhas mãos do meu rosto. – Você não está ficando neurótico, como quando eu vi seu pênis, não é? – ela brincou.

Possivelmente.

– Bem... – ela baixou a parte superior do vestido, expondo seus seios para mim.

Uau.

Eles me pegavam sempre desprevenido.

– Huh?

– Funcionou da última vez. – ela disse ajeitando o vestido novamente e me beijando. – Eles são apenas preservativos. Supere isso. – ela me deu um tapa na minha bunda.

– Você vai me mostra-los toda vez que eu surtar? – questionei, um sorriso aparecendo em meu rosto.

– Talvez. – disse arqueando uma sobrancelha.

Eu deveria surtar com mais frequência então.

– Não vá pensando que você pode surtar de propósito só para eu mostra-los a você. – ela apontou para mim.

– Lá se vai o plano. – suspirei.

– Você pode sempre pedir. – ela disse me abraçando.

– Bom saber.

– O que você quer fazer hoje?

– Eu não sei.

– Vamos lá. – ela olhou para mim. – Você deve saber o que é divertido por aqui. Aquele dia a gente se divertiu tanto.

– Verdade. Mas eram pontos turísticos. Eu não era de sair muito quando morava aqui. – confessei.

Eu realmente não tive uma infância ou adolescência normal. Não é que os meus pais não deixavam. Eu só não era muito de sair, preferia ficar em casa.

– Você também, né? – ela perguntou suavemente.

– Você? – questionei chocado. – Você já morou em Nova York. Teve sua curta carreira de modelo Milão e tudo mais. Seu pai, provavelmente, tem uma casa em cada país.

– Sim. – ela revirou os olhos. – Mas eu nunca cheguei a fazer nada que não fosse aprovado por Pâmela o que significa qualquer coisa que não a fazia se sentir superior às outras pessoas.

– Droga! – balancei minha cabeça negativamente. – Sua mãe é uma puta de verdade!

– Ela nunca me deixou brincar em parque. – Megan se lembrava. – Seja de diversão ou aquático, lembro que quando lhe perguntei o por que eu não podia brincar com as outras crianças, ela disse que não queria me juntar com as pessoas pobres. – disse revirando os olhos.

– Sério? – questionei pasmo.

Eu ainda não sei por que me surpreendia.

– Infelizmente. – disse com humildade.

Então, eu tive uma ideia.

– Eu sei para onde nós vamos. – eu disse a ela.

– Para onde?

– Tem um parque aquático que eu fui com meus irmãos e lembro que a gente se divertiu bastante aquele dia. Vou levar você lá.

– Estamos um pouco velhos, não?

– Não, nós não estamos. – argumentei. – Agora vamos nos trocar.

– Tão exigente. – ela suspirou com um pequeno sorrindo, indo para o andar de cima.

Fui para cozinha para pegar as chaves do carro e meu celular que eu tinha deixado lá e subi para me trocar também. Enquanto subia acessei o site do club para comprar nossos passes.

Quando cheguei ao quarto, Megan já estava vestida um maiô que deixava um pouco da sua tatuagem da costela visível, quem diria que eu teria uma grande apreciação por tatuagens? Ela colocou um short por cima do maiô e estava arrumando algo em uma bolsa grande.

– Não vai se arrumar? – ela me perguntou com um pequeno sorriso.

A culpa era dela que eu me perdi momentaneamente a admirando. Sacudi a cabeça e fui para minha mala, pegando uma sunga, uma bermuda e uma camiseta.

Sai do banheiro para encontra-la sentada na beira da cama.

–Pronta?

– Sim.

– Então vamos. – peguei a bolsa dela e seguimos para garagem. Chegando lá abri a porta do carro para ela.

– Obrigada. – ela beijou meu rosto antes de entrar no carro.

– De nada. – sorri.

Coloquei sua bolsa no banco de trás e coloquei a direção no GPS. Já estava dirigindo a alguns minutos quando Megan quebra o silencio.

– Sua família é muito boa.

– Eu escuto muito isso. – disse pegando a mão dela. – Eles te amam.

– Eu sei. – ela deu um pequeno sorriso, essa um pouco mais verdadeiro. – Fico feliz por estarmos realmente namorado.

Eu puxei sua mão até poder depositar um beijo dela.

Nós dirigimos em um silêncio confortável.

Quando chegamos ao parque e eu estacionei o carro me virei para ela.

– Eu vim um par de vezes aqui com a minha família. – eu disse a ela. – A gente sempre se divertiu aqui.

– É incrível. – ela disse olhando em direção ao parque, dava para ver alguns toboáguas.

Seguimos para poder pegar as nossas pulseiras. Megan olhava tudo ao seu redor, era um parque grande e sempre muito movimentado, enquanto ela admirava o parque, eu a admirava o sol lançava um brilho sobre ela que ofuscava qualquer coisa que estivesse perto. Ela olhou para tudo e depois virou para mim com os olhos castanhos se iluminando junto com um sorriso verdadeiro antes dela começar a rir.

Eu não vi mais nada.

Eu estava absolutamente deslumbrando por ela.

Eu apenas a vi.

E ela é linda.

– Davi. – ela acenou a mão na frente do meu rosto. – Você está bem? – questionou.

– Sim. – sorri.

– Bom. – ela balançou a cabeça. – eu não iria mostra-los em um lugar público.

– Eu estava apenas pensando. – dei de ombros. – Agora vamos pegar uma chave de armário e começar a diversão. – disse piscando para ela.

E entrando em uma fila para pegar uma chave.

Eu estava feliz por Megan estar voltando aos poucos a ser ela, acredito que ela era a mais animada no parque... para meu completo temor e Megan riu muito por isso, ela quis e nos toboáguas mais radicais que tinha lá, com mais de dez metros de altura! Montanha-russa... queda livre aberto, space bowl, rio bravo... quando eu vinha com minha família eu só fica nos médio nunca me arrisquei a ir nos mais velozes e altos.. Ai vem essa pessoa e me olha com um olhar pidão e fazendo biquinho com a boca ainda e solta um simples Por favor? Por mim.. e eu tava perdido. Fiquei complemente impotente e mesmo com um pouco de medo fui em todos com ela. A sensação de adrenalina foi muito bem vinda.

Eu estava tão apaixonado por ela.

Acabou que a gente se divertiu tanto, que mal vimos o tempo passar. Quando a gente foi se dar conta o parque estava começando a fechar e a gente não tinha parado para comer absolutamente nada.

Depois de nós trocarmos no vestiário, Megan tinha levado um vestido na bolsa para poder trocar e tinha trago uma boxer pra mim, apenas agradeci pois sequer tinha lembrando que a sunga molhada iria marcar toda a minha bermuda.

Aproveitamos para comer algo no centro gastronômico que tinha no próprio parque antes de pegarmos a estrada de volta pra casa.

– Devo dizer. – ela começou, comendo um pedaço do sanduíche que ela pediu. – O dia hoje foi incrível. – ela cumprimentou.

– Fico feliz que tenha curtindo.

– Muito. – ela disse com um sorriso, e eu fiquei aliviado de ter a minha Megan de voltar rindo de verdade, sorrindo de verdade e não aquela coisa forçada de mais cedo.

Ela encostou a cabeça no meu ombro e olhou para mim. Depositei um beijo na testa dela. Pela conto do meu olho eu vi um casal de idosos lanchando também. Pareciam que estavam em seus setenta anos.

– Olha. – disse balançando minha cabeça na direção do casal.

– Oh. – ela sorriu. – Eles são tão.. fofos.

– Sim. Pessoas idosas são bonitas. – concordei. – A menos que elas sejam más. Então elas são umas idiotas. – acrescentei, lembrando de alguns conhecidos dos meus pais.

– Ninguém fica mais junto. – ela suspirou. – É assustador.

– Nem todo mundo se separa. – argumentei.

– Talvez não todos. – ela concedeu.

– Você está admitindo que você estava errada sobre casamentos então? – questionei, fingindo choque.

– Não. – ela riu. – Eu estou admitindo que há uma possibilidade de que eu esteja errada. – ela corrigiu.- Há uma grande diferença.

– Eu vou ter o que eu posso conseguir. – revirei os olhos. Não poderia culpa-la por essa visão tão pessimista de relacionamento, não depois de conhecer os pais dela.

Depois disse seguimos para o estacionamento tive o deleite de apreciar a voz de Megan, já que ela decidiu cantar junto com as musicas que estava passando no carro o caminho de volta.

– Onde vocês estiveram? – Camilinha perguntou assim que entramos. – E porque você esta com o cabelo molhado? – ela disse pegando no cabelo de Megan, ele não tinha se secado todo ainda.

– Passamos o dia no parque aquático. – Megan disse com um sorriso e o meu sorriso se espelhou com o dela. – Agora eu vou subir e tomar um banho direito e tirar todo esse cloro de mim. – ela disse me dando um beijo na bochecha e subindo as escadas.

Não pude deixar de admirar a bunda dela, era incrível.

– Você. – Camilinha estalou os dedos para chamar a minha atenção. – Vejo que conseguiu lidar bem com a situação.

– Mesmo que eu ainda esteja preocupado com o fato dela preferir ignorar isso por agora, estou contente de ter a minha Megan de volta. Sem aquela voz monótona e sorrisos forçados. – suspirei, e Camilinha balançou a cabeça concordando. – Agora vou subir também, depois que ela sair do banho vou aproveitar e tomar um.

Assim que ela saiu eu entrei no banho, estava precisando tirar todo esse cloro de mim também. Tomei um banho rapidamente e me troquei, quando sai ela estava sentada na beirada da cama ela se levantou e veio na minha direção.

– Obrigada. – disse colocando a mão atrás do meu pescoço para me puxar para perto.

– Pelo quê?

– Por não ter me empurrado esta manhã. – ela deu de ombros. – Porque não ficou pisando em ovos em torno de mim. Por ter me levado ao parque. Eu odeio quando as pessoas tentam me fazer falar. – ela admitiu e sorriu sem jeito. – Eu nunca fui acusada de ser uma pessoa emocional, você sabe!

– Você ainda é perfeita para mim. – disse e a abracei colocando meu nariz na curva do pescoço dela.

Eu adorava o cheiro dela, era algo totalmente Megan.

– O quê? – ela sussurrou, olhando para mim.

– Eu.. uh.. – parei percebendo que tinha falando em voz alta.

– Venha aqui. – ela sussurrou, me puxando para um beijo. Suas mãos corriam pelo meu cabelo enquanto nossos dentes tocaram juntos com o impacto. – humm.. – ela gemeu, e eu comecei a andar com ela pelo quarto até que caímos na cama, comigo em cima dela.

Eu me empurrei, sentindo-me crescer mais duro a cada segundo.

Eu amava essa mulher.

– Eu amo o seu cheiro, você é do tipo perfeito. – ela disse com um sorriso. – Ninguém nunca esteve lá para mim como você esteve. – seus olhos lagrimejaram. – Nem Camilinha... nem ninguém. – disse tomando uma respiração profunda. – Você não é intrometido ou reclama. Você só me ouviu e isso significa o mundo para mim. – disse tocando a minha bochecha.

– Eu estou aqui. – limpei uma lagrima do seu rosto. – Você sabe disse, né?

– Hunrun. – ela balançou a cabeça sorrindo. – Davi?

– Sim? – questionei, hipnotizado por ela.

– Eu...- ela suspirou. – eu... uh... – ela fez uma pausa. – Estou muito feliz que eu tenho você. – disse sorrindo.

– Estou muito feliz por ter você, também. – disse depositando um beijo na testa dela.

Eu te amo.

– Davi?

– Hum?

– Coloque sua mão debaixo da minha blusa.

Oh, eu ficaria muito feliz em fazer isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Antes que vocês me perguntem eu não estarei deixando de postar só pq estou indo viajar!!!
Mas eu posso demorar um pouco pra responder os comentários.. Mas vcs podem deixa-los viu?! Rsrs
Amo ler os comentários de vcs..
Então?? O que acharam do nosso casal curtindo o dia??
O que mais gostaram no capítulo em geral??
Obrigada a quem está comentando... esses capítulos não estariam aqui sem vocês!!! ;)
Até mais pessoal