Quando eu vi Megan entrando na igreja avisando que a noiva tinha chegado e deveríamos tomar os nossos lugares, bonita nem sequer começava a descrevê-la. Um olhar para ela e eu estava completamente perdido e senti minha boxer começando a ficar apertada. Esse era um péssimo momento para Jr. querer se manifestar.

O casamento do meu irmão tinha sido incrível, tirando a parte que eu não prestei muita atenção nos votos ou no que o padre estava dizendo, mas ninguém poderia me culpar, eu estava simplesmente deslumbrado pela mulher incrível que é a minha namorada.

Assim que chegamos à recepção fomos bombardeados com apresentações, minha mãe queria apresentar a minha nova namorada aos amigos e familiares. Megan estava lidando muito bem com a situação se eu posso dizer, a única coisa ‘estranha’ era Dorothy ela já tinha bebido algumas taças de bebidas então ela não estava muito coerente.

– Oh, como você é sortudo. – Dorothy voltou, saboreando uma taça de champanhe. Ela vinha falando isso há algum tempo já, eu sinceramente não entendia o por que. – Eu queria apresentar a Megan a uma amiga minha. – ela sorriu, pegando a mão de Megan.

– Love? – ela me perguntou. Claramente não querendo ficar sozinha.

– Eu preciso ir ao banheiro. – eu disse a ela e ela franziu a testa. – Eu estarei de volta em breve, prometo! – disse depositando um beijo na testa dela.

Fui enfrentar novamente a fila do banheiro e não pude deixar de me perguntar como séria quando voltássemos para a Califórnia, claro que continuaríamos sendo um casal, afinal nosso namoro agora é oficial.

Eu só esperava que continuasse tudo tão incrível como esta sendo aqui.

Eu lavei minhas mãos e estava voltando para festa.

– Davi! – ouvi Manuela me chamando. – Ai está você.

– Manuela? – questionei confuso.

– Claro. – ela cutucou meu ombro. – Eu estava procurando por você.

– Eu estava na mesa.. com a Megan.

Ela estava com um vestido roxo apertado com uma fenda muito grande para o evento. Eu odiava ser rude, mas sua barriga estava um pouco marcada também. Definitivamente não tinha sido uma escolha sábia.

– Oh. – seu sorriso caiu.

– Hum...

– Eu não posso acreditar que você esta realmente namorando. – ela disse se aproximando.

O que ela esperava? Que eu ficasse solteiro para sempre?

– Bem... Quando você encontra a pessoa certa, você sabe. – disse simplesmente.

Por que ela esta se aproximando tanto?

– É só que.. – ela começou balançando a cabeça. – Uau.

Eu estava me sentindo estranho com ela ali.

– Bom, tenho que voltar para minha namorada. – disse começando a andar.

– Não podemos conversar um pouco...

Será que ela estava dando em cima de mim?

Não podia ser. Ela que terminou comigo.

Ela estava namorando agora.

Além disse, eu estou namorando. Com certeza ela não daria em cima de mim.

Independente dos meus pensamentos, não era certo estar aqui com ela.

– Bom, como disse vou voltar para minha namorada...

– Megan esta realmente bonita hoje à noite. – Manuela me interrompeu. – Ela parece atraente.

Megan está sempre atraente.

– Hey, pessoal. – Camilinha interrompeu, andando até nós e encostando-se à parede. – Do que estamos falando?

– Nada. – Manuela disse revirando os olhos.

– Ele parecia positivamente apavorado para mim. – Camilinha olhou para Manuela séria.

– Alguém deveria cuidar dos seus próprios assuntos. – Manuela resmungou.

– Alguém deveria usar uma cinta. – Camilinha respondeu.

– Eu não estou gorda! – disse cruzando os braços.

– Desculpe, deve ser apenas o seu corpo que faz com que a sua roupa pareça pequena. – Camilinha riu, arqueando uma sobrancelha. Depois dessa ela se virou para mim. – Megan esta sendo refém dos amigos dos seus pais e me pediu para ver se estava tudo bem com você. – ela disse.

– Eu estava conversando com ele. – Manuela disse.

– Claro que estava. – Camilinha revirou os olhos.

– Vadia. – Manuela sussurrou.

– Me chame de vadia de novo e eu vou chutar essa sua bunda gorda. – Camilinha sussurrou ameaçadoramente para ela.

– Eu não estou gorda!

– Continue dizendo isso a si mesma. Agora vamos. – disse agarrando meu braço e me levando pelo corredor.

Isso foi tenso. Camilinha poderia ser um pouco assustadora quando queria. Mas eu estava grato, ela me salvou do constrangimento.

– Obrigado. Estava ficando estranho lá.

– É para isso que servem os amigos. – ela disse dando um tapa de brincadeira na minha cabeça. – É bom que você e Megan estejam finalmente juntos. – ela quebrou o silencio e parando para falar.

– É. – eu sorri, pensando em Megan. – É muito bom estar com ela. Ela é tão....

– Incrível? – Ela terminou a frase.

– Sim. – concordei. – Ela não é só bonita. Ela é...

– Eu te entendo. – Camilinha deu uma risadinha. – Minha melhor amiga é o que você pode chamar de... melhor! – ela sorriu. – Estou feliz que ela tem alguém agora. – ela fez uma pausa. – Ela estava tão sozinha... com seus pais ausentes e tudo...

– Eu não entendo o que ela vê em mim. – disse honestamente.

Era bom conversar com alguém que sabia a verdade. Pergunto-me o que a minha família falaria se soubesse que só estou namorando com a Megan realmente há poucos dias e que ela veio para me fazer o favor de não parecer patético antes.

– Você realmente não se dá qualquer crédito. – Camilinha balançou a cabeça. – Mesmo antes disso tudo acontecer, a Megan já tinha uma atração por você.

– Hã?

– Ela vai me matar se descobrir que eu te disse isso. – ela sorriu. – É claro que ela estava em negação sobre sua afeição por você.... mas eu podia ver... em vocês dois. – ela disse com um dar de ombros. – Estou apenas feliz que vocês não escondem mais.

– Nós apenas começamos a namorar.

– Oficialmente. – ela revirou os olhos. – Mas vocês dois já era um casal, só que sem as partes boas. Desde que Megan me contou que tinha conhecido alguém na Marra com quem ela almoçava sempre que tinha que ir lá, a forma que ela contava sobre as conversas de vocês, eu percebi que tinha algo ali... então teve aquelas semanas que eu passei lá e quando eu chegava para encontrar com ela e via vocês dois juntos... Vocês dois era extra-oficialmente-oficiais por um tempo.

– Como? – arqueie minha sobrancelha.

Claro, eu sempre pensei que Megan era bonita, mas não era como se eu a visse dessa maneira antes.

– Por favor. – ela riu. – Vocês dois sempre almoçavam sozinhos, muitos lá se juntavam em grupos ou turmas de setores e vocês dois pegavam uma mesa só para vocês... passavam a hora do almoço inteira juntos sempre que podiam. Vocês dois sempre tinham aquele olhar bobo nos seus rostos. Era fofo pra caramba. – ela piscou. – Vocês apenas estavam em negação.

– Por que você afirma com tanta certeza? – ela suspirou.

– Eu já tive minha fase de negação. Talvez um dia eu conte a você como começou o meu relacionamento com o Caio. – disse voltando a caminhar.

A segui em direção da festa, quando ela quebra o silencio novamente.

– Davi?

– Sim?

– Você é idiota? – ela perguntou, dando um tapa pra valer no meu braço.

– Ai! – esfreguei o local. – O quê? Por quê?

– O que você estava fazendo conversando com a sua ex... sozinho... em um local afastado da recepção?

– Ela que se aproximou de mim. Ela só queria conversar.

– Isso não lhe pareceu nem um pouco estranho? – questionou arqueando a sobrancelha.

– Um pouco. – confessei.

– Ela quer transar com você. – Camilinha disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

– O quê? Não, ela terminou comigo. Acho que é seguro dizer que ela não gosta de mim.

– Você é muito ingênuo. – ela disse enquanto balançava a cabeça. – Manuela é uma vadia... que quer transar com você!

– Mas...

– Davi. – ela me interrompeu. – Eu não tenho certeza se você percebeu, mas eu sou uma vadia.. com um coração de ouro.. mas ainda sim uma vadia. – ela disse. – Estou apenas melhor porque agora eu tenho o Caio. Então, acredite em mim quando eu digo... é preciso ser uma para conhecer outra. Ela está definitivamente dando em cima de você!

– Não, ela...

– Sim, ela está! – disse me interrompendo novamente. – Você pode imaginar o que poderia ter acontecido se alguém visse isso?

– Mas eu não ia fazer nada. – falei honestamente.

Eu nunca faria isso com Megan.

– Bom. – ela disse em tom de aviso. – Porque eu só vou dizer isto uma vez para que ouça, se você magoar a Megan de qualquer forma ou fazê-la chorar algo que não seja lágrimas de felicidade, eu vou te caçar e chutarei a sua bunda. – disse me olhando ameaçadoramente e eu acreditei que ela realmente séria capaz de fazê-lo.

– Há vocês estão ai. – Megan chegou perto da gente.

– Vou voltar para a festa. – Camilinha disse se afastando.

– Desculpa, eu te deixei sozinha. – disse a abraçando e depositando um beijo na testa dela.

– Está tudo bem. Eu posso lidar com isso. – ela resmungou. – Agora temos que voltar para a festa, segundo a sua cunhada eu tenho que seguir a tradição e tentar pegar o buquê que ela está preste a lançar.

– Hum...

– Tudo bem. – ela suspirou. – Camilinha provavelmente vai se divertir empurrando algumas garotas.. não custa entrar no clima.

Seguimos de volta para a festa e eu claramente vi Danusa em cima do palco que a banda estava e uma quantidade considerável de mulher em frente. Assim que nós viu Camilinha sorriu puxando Megan e a levando para frente. Eu poderia dizer que ela não estava muito contente em ficar no meio de um monte de mulheres alvoroçadas pulando para cima e para baixo quando Danusa se virou e começou a contagem regressiva.

– 5..4..3..2..1!

Parecia câmera lenta quando as flores começaram a girar no ar. Megan continuava com os braços cruzados, em protesto. Até que Manuela ergueu os braços para tentar pegar o buquê e eu vi Camilinha a empurrando.

A próxima coisa que eu sabia, era uma agitação de mulheres se empurrando, as flores ainda girando no ar. Vi quando Megan desdobrou os braços para tentar se afastar do pé de guerra que as mulheres estavam, quando o buquê de Danusa simplesmente pousou em seus braços.

As mulheres pararam no mesmo instante olhando para ela, Manuela tinha uma cara emburrada enquanto Camilinha sorria animada e Megan olhava para o buquê como se não pudesse acreditar.

Danusa ficou pulando em cima do palco contente quando viu quem tinha pegado seu buquê, pude ver minha mãe e minha irmã também animadas enquanto Megan caminhava para o palco e Danusa a abraçava.

Agora foi a vez dos homens solteiro e claramente Arthur me empurrou para a frente, para ficar no centro na verdade. Olhei para Megan em cima do palco e sorri para ela, que sorriu de volta.

Meu irmão virou de costas para a multidão como sua agora esposa tinha feito e jogou a liga para o ar. Bem, se Megan tinha pegado o buquê era o meu dever pegar essa liga!

Para o meu espanto eu realmente fui capaz de pegar a liga.

Percebi o DJ colocando uma musica e vi que Matias sorria malicioso para mim enquanto arrastava uma cadeira para o centro da pista de dança, Danusa a esse ponto puxou Megan para ela. Oh... Oh.. isso séria interessante.

– Danusa, o que você está fazendo? – Ouvi quando Megan questionou confusa.

– É a tradição, Megan. Quem pega a liga tem que colocá-la em sua perna. Cada centímetro que vai acima do joelho é um ano de felicidade para Matias e eu. – ela disse piscando para a minha namorada que a olhava sem acreditar e eu sorri. – E eu espero ser muito feliz e casada com Matias pela eternidade. – ela avisou piscando.

Eu não podia conter o sorriso no meu rosto, eu queria toca-la desde o momento que a vi entrando na igreja. Ok, que eu não queria que fosse à frente de uma sala cheia de pessoas. Mas, vamos ser um pouco ousados...

Matias pegou o microfone e explicou as regras para a multidão. Eu apenas sorria para Megan, que soltou uma risada, muito provavelmente por eu estar animado com a situação.

A multidão começou a aplaudir, quando me ajoelhei na frente dela. Camilinha parecia ser uma das mais entusiasmadas junto com Dorothy que ria.

Peguei a perna esquerda dela pelo tornozelo e descansei sobre meu joelho, colocando a liga por cima do pé dela e a empurrando com ambas as mãos pela panturrilha dela. Megan tinha uma pele tão suave.

Pude perceber quando ela prendeu a respiração quando continue a deslizar a liga sobre seu joelho, olhei diretamente nós olhos dela e sorri, antes de voltar a empurrar a liga, minhas duas mãos agora em sua coxa, desaparecendo sobre o seu vestido... ouvi remotamente a multidão aplaudirem.

Megan tinha os olhos travados com os meus, enquanto eu terminava de deslizar a liga até que as minhas mãos ficaram próximos da calcinha que ela estava usando, eu não resisti tive que passar as pontas dos meus dedos levemente sobre a sua calcinha apenas para descobrir que ela estava molhada, eu não sei quando fiquei tão ousado para fazer isso ainda mais na frente de um monte de pessoas... talvez fosse efeito do álcool...

Ouvi quando Megan soltou um suspiro, que provavelmente apenas eu ouvi já que todos começaram a aplaudir quando eu retirei minhas mãos de baixo do vestido dela.

Matias e Danusa se aproximaram da gente nos abraçando e brincando, agradecendo por lhes dar tantos anos de felicidade.

A banda voltou a tocar e eu puxei Megan para dançar comigo.

[...]

Eu estava terminando de colocar minha roupa quando ouvi o celular de Megan tocando, reconheci como o toque da mãe dela, e fiz o favor a Megan de ignorar a ligação. Eu já tinha percebido que Megan nunca atendia as ligações da mãe dela. Sempre que ela ouvia esse toque ela apenas ignorava, mas depois daquela conversa que tivemos eu compreendia o comportamento dela. Coloquei o celular dela no meu bolso, entregaria ela mais tarde.

Uma vez que estava vestido, eu desci para o café da manhã. Quando cheguei ao último degrau, Megan veio correndo na minha direção com um sorriso enorme no rosto. Mas tinha algo estranho, alguma coisa estava errada.

– Davi, Love. – Ela me abraçou com força. – Olha o que os jornais estão noticiando. – ela segurava o tablet para mim. O peguei apenas para ler a seguinte noticia.

HERDEIRO REIS NÃO ESTÁ MAIS SOLTEIRO

Davi Reis, engenheiro da computação pela Universidade de Stanford, 27 anos, filho do grande cineasta Plínio Reis, está de volta ao Brasil, mas para tristeza das garotas, o herdeiro da fortuna Reis, apareceu ao casamento do irmão mais velho com a atual namorada, Megan Lily.

Os rumores são que em breve eles ficaram noivos. Se sim, desde já desejamos felicidade, pois eles formam um lindo casal.

A nota acompanhava algumas fotos minhas com Megan, que provavelmente eles tiraram quando chegamos à festa. Megan estava tão requintada e deslumbrante. A que eu mais gostei foi uma que a gente estava saindo da igreja, Megan estava incrível, sorrindo para mim e eu estava sorrindo para ela e estávamos de braços dados.

– Não é fofo? – ela perguntou apontando para a foto.

– Não é adorável. – minha mãe apareceu, pegando o tablet de mim. – Eu não gosto desses paparazzi, mas a foto de vocês ficou incrível. – ela disse sorrindo.

– Hum.. – Megan tentou sorrir.

– Eu não sei se já disse isso aos dois. – ela disse com um sorriso se aproximando da gente. – Mas estou muito feliz com o namoro de vocês. – terminou abraçando Megan, para depois me abraçar. – Agora vamos tomar o nosso café da manhã tardio, todos já estão lá.

Quando chegamos à mesa, realmente todos já estavam sentados.

Acho que estavam todos ainda um pouco cansados, já que não tinha muita conversa na mesa hoje. Na verdade tava mais pra horário do almoço que do café da manhã, mas era compreensível pelo horário que chegamos da festa de casamento. De repente o toque do celular de Megan tocou novamente.

– Oh. – eu peguei o celular dela do meu bolso o entregando a ela.

– Quem é, querida? – Mamãe perguntou quando viu que ela não atendeu.

– Ninguém importante. – ela disse calmamente. – Era apenas a minha mãe.

– Você não tem que...

– Não se preocupe. – ela sorriu sem entusiasmos. – Não somos próximas.

– Oh. – mamãe parecia preocupada. – Isto é...

– Está tudo bem. – Megan disse pegando uma fatia de mamão. – Não se sinta estranha. – disse e o telefone começou a tocar novamente, ela novamente rejeitou a ligação.

– Bem... – minha mãe começou.

– Mãe. – sussurrei, balançando a cabeça de forma negativa.

– Você pode me passar uma torrada? – Megan questionou a Arthur que rapidamente passou pra ela.

Seu telefone tocou novamente e Megan o desligou dessa vez.

– Eu preciso ir ao banheiro. – Megan avisou, se retirando da cozinha.

– Eu sinto muito. – minha mãe se desculpou. – Eu não sabia.

– Está tudo bem. – eu disse.

– Megan não tem realmente um bom relacionamento com os pais. – Camilinha disse. – Ela não gosta de falar sobre eles.

– Isso é uma pena. – mamãe disse triste, isso porque ela não sabia o que Megan me contou, ela com certeza não compreenderia como alguém poderia negligenciar tanto um filho.

A campainha tocou em seguida. Quem nos visitaria hoje? Ainda mais depois do casamento do meu irmão ter acontecido no dia anterior.

– Nós temos um convidado surpresa pelo visto. – meu pai sorriu sem graça, antes de se levantar para ver quem era.

– Tudo bem. – Megan disse voltando e se sentando ao meu lado. – O que temos...

– Where is she?– ouvi uma voz feminina vindo do corredor.

– Oh, Deus! – Megan disse, balançando a cabeça como se não acreditasse.

– Eu sei que ela está aqui! – a voz disse novamente, enquanto ouvíamos o som de saltos clicando no piso. – Ernesto! Come on! – a voz praticamente gritou.

– Eu sinto muito. – Megan se desculpou, se levantando e saindo da cozinha. Eu a segui... assim como todos os outros.

– Megan Lily Parker! – a voz gritou. – Sua mãe pede para falar com você!

– O que no mundo....? – minha mãe sussurrou em meu ouvido enquanto seguíamos Megan pelo corredor.

– Quem é... Oh, meu Deus! – Luene gritou, correndo na direção da mulher.

– Quem é você? – a loira questionou recuando um pouco.

– Você é... Você é... – Luene disse ainda sem acreditar com os olhos bem abertos.

– Sim, sou eu. – ela disse, retirando os óculos de sol e revirando os olhos. – A pergunta é quem é você.

– Ela é Luene. – Megan disse, ficando na frente dela. – É minha amiga. Obviamente ela gosta você, assim não seja uma completa vadia.

– Oh meu Deus. – Luene pareceu sair do estado de choque. – É... Pâmela Parker.

– Hum.. você ouviu falar de mim então. Parabéns! Obviamente você deve ler a Elle.

– Senhoras e Senhores. – Megan disse imitando um locutor. – Essa é a minha mãe, Pâmela Parker-Avelar, a mais jovem editora-chefe da revista Elle, ícone fashion, socialite, etc... – completou acenando para sua mãe.

Pâmela estava com uma blusa social branca com alguns botões abertos, com um colete preto com listras cinza por cima fechado, uma saia justa na altura dos joelhos. Com brincos de diamantes e saltos pretos.

– Obrigada pela introdução. – disse balançando a mão que exibia um enorme anel de diamante. – por mais sarcástica que tenha sido.

– Mãe. – Megan suspirou, - O que você esta fazendo aqui?

– Eu estava no SPA e o meu assistente me mostrou isso. – ela disse pegando um tablet da sua bolsa e provavelmente mostrando a reportagem que Megan tinha me mostrado mais cedo.

– Eu não acredito que você tem o seu assistente me espionando. – Megan disse revirando os olhos.

– Eu apenas quero ter certeza que você não esta fazendo nada que possa me envergonhar. – ela disse simplesmente.

– Onde estão todos? – ouvi uma voz masculina agora chamar da porta.

– Aqui. – Pâmela revirou os olhos.

– Olá. – o homem sorriu para todos. – Eu sou...

– Ernesto Avelar. – todos nos o reconhecemos.

A grande maioria das pessoas sabia quem era Ernesto Avelar. A família dele era dona de praticamente todos os imóveis que valiam a pena, na costa leste de Los Angeles. Ele é um multi-bilionário. Se não estou enganado ele está na lista da Forbes.

E esse não era o grande destaque. O importante era o fato de que ele era um dos maiores produtores de séries da atualidade.

– Você deve ser o pai da Megan. – minha mãe sorriu, indo abraça-lo.

– No. – Pâmela negou com um revirar de olhos. – Ele é o padrasto dela. – disse entregando sua bolsa para Ernesto.

Espere um minuto.

– Se você é a mãe da Megan, - Danusa começou. – e o Ernesto é o padrasto dela... então... – ela parou, os olhos se arregalando.

Não.

Não poderia ser.

De jeito nenhum!

Não há nenhuma maneira de que Jonas Marra seja o pai de Megan.

Certo?

– Sim. – Megan sorriso tímido. – Jonas Marra é o meu pai. – ela disse um pouco sem jeito. – Meu nome completo é Megan Lily Parker-Marra. Mas por favor, não façam disso.... dad? – ela perguntou, seus olhos animados olhando para porta.

– Dê um abraço no dad, peanut. – o homem lendário, que por sinal era o meu chefe, abriu os braços, deixando sua mala e uma mochila cair no chão.

– JONAS! – Camilinha saiu do lado de Caio e correu para abraça-lo.

– Dad! – Megan pulou nos braços do seu pai. – Você realmente está aqui. – ela disse sorrindo enquanto seu pai a girava. – Senti sua falta.

– Senti sua falta também, peanut. – disse a colocando no chão, - Eu ti disse que viria.

– Vamos lá. – ela disse o puxando pela mão com um sorriso animado, até que eles estivessem na nossa frente. – Dad. – ela começou. – Quero que conheça Rita, Plínio, Matias, Luene, Danusa, Arthur, Isabelle .... e Davi. – ela disse pegando a minha mão e me dando um selinho.

Eu simplesmente não podia acreditar nisso. Por que ela não me disse?

– Gente, esse é...

– Jonas Marra. – todos dissemos.

Se a gente sabia quem era Ernesto Avelar, todos sabiam quem era Jonas Marra. Não apenas pelo fato que eu trabalho para ele. Mas é que não tinha como não saber quem ele era. Você teria que se questionar o que esse homem não fez?

Ele tinha sido nomeado “O homem mais inteligente do Mundo” e “Uma das Pessoas mais Influentes do Mundo”. Não foi sem mérito. Ele fez sua fortuna com a tecnologia. Computadores. Celulares. Internet. Wi-fi. A maioria das coisas com tecnologia, ele tinha algo a ver com isso. Ele tinha construído um celular na garagem da casa dele com apenas quinze anos só para ver se ele poderia fazer.

Além de inventor, ele era um grande investidor. Yahoo!, Google, Facebook. Instagram. Essas eram apenas as que eu conseguia lembrar agora.

Todas as suas invenções, patentes e investimentos contribuíram para sua fortuna. Ele era o homem mais rico dos Estados Unidos.

Acho que estavam até mesmo fazendo um filme sobre a vida dele.

– Olá. – ele sorriu, apertando a mão de todos. – É bom conhecer todos você. Estou ansioso para... o que diabos ela está fazendo aqui? – ele apontou para Pâmela.

– Bem... – Camilinha parou entre os dois e depois olhou para nós. – É oficialmente uma festa, agora!