She's So Gone escrita por AhgaseELFChangjo


Capítulo 2
Bad news, Bad morning... what else?


Notas iniciais do capítulo

Bem, como eu disse, faria o possível. Mas decidi postar o capítulo o mais rápido possível porque ele já estava pronto mesmo, então, espero que gostem.
Quero muitos reviews porque preciso saber o que vocês querem que continue e que mude. Vocês vão me ajudar a escrever essa história!

Coco Channel says hi to her babys X♥x



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PDV Diana

Nunca foi tão difícil acordar em um sábado. Eu abro os olhos com dificuldade pelo inchaço devido ao choro. Para quem estiver se perguntando o porquê, minha mãe, Rosie Lilian Hill, morreu no centro médico onde morava, e hoje completa exatamente um mês. Eu, sempre que podia, ia visita-la. Ela estava feliz, amava rosas amarelas e brancas, sorri ao lembrar das coroas de flores que ela vivia fazendo para mim. E vocês devem pensar "um mês e ela ainda está nesse choro todo?", eu estou, sou, sozinha, é mais difícil de superar. Jack, meu irmão, foi para ao velório dela e o enterro. Eu não tive coragem. Depois que meu pai faleceu, não consigo lidar muito bem com perdas, e eu prefiro lembrar dela corada do sol, bombeando sangue, quente e sorrindo com uma coroa de flores amarelas e brancas na cabeça do que simplesmente, morta.

A morte faz isso com as pessoas, toda a história da pessoa vira simplesmente "mais uma" em tantas. Mais um ponto final. Mais uma conclusão.

Meu irmão, Jack, está casado e eu moro com ele. Minha avó, Jamie Lilian Collins, faleceu dormindo dois anos antes do casamento do Jack.

Jackie se casou com sua primeira namorada, Natalie Summers, que está gravida de 3 semanas. Eles se conheceram no ensino médio e eram melhores amigos. Quando foram para a faculdade, eles passaram na mesma Universidade. Coincidência? Acho que não!

Ele é CEO de uma empresa chamada “Water International”. Começou como brincadeira, enquanto ele era engenheiro, mas hoje cuida de todo saneamento básico da América do Norte. Já a Natalie é uma gastrônoma de sucesso, dona da rede “Degustè”. Ela tem restaurantes por todo o país.

E eu... eu estou no meio de uma encruzilhada, não tenho amigos da escola e quando me formei, simplesmente não me apeguei a nada nem ninguém. Não fui a bailes porque nunca me interessei e também porque não me convidaram e acho que a única lembrança boa do ensino médio que tenho é o meu diploma.

Eu e meu irmão éramos muito unidos. Éramos. Desde que seu relacionamento com a Natalie começou, ele se distanciou de mim. Sobre o “irmãos mais chegados que irmãos”, bem, não incluía a mulherzinha dele. Eu estava afundando-me em mim mesma, e agora, sem minha mãe. As lágrimas que eu, com muita luta, segurei, agora faziam seu trabalho. Eu não queria chorar, não podia.

Decidi tomar um banho quente.

Devo ter passado, mais ou menos, 40 minutos na banheira quente. Troquei de roupa, coloquei algo quente pois NYC só vive gelada, ainda mais nessa época do ano, Natal. Não tenho muito a agradecer. Só por respirar.

Ouço passos arrastados na sala e risadas roucas, imagino ser Jatalie. Sim. Eles fizeram um nome para o casal. Patético.

Pirraguiuei e adentrei a sala e coloco as mãos nos olhos.
– MEU DEUS! VOU FICAR TRAUMATIZADA PELO RESTO DA VIDA – Eu não podia acreditar no que havia visto. Como dormirei à noite?
– Di, pode olhar agora, estamos devidamente vestidos – Descobri meus olhos, mas ainda intrigada pelo que eu havia visto.
– Credo viu? – Coloquei as mãos na cintura e ela se sentou no sofá – Um dia vou ter minha própria casa para não precisar ver isso.
– Acredite, você aqui, é questão de tempo – Natalie falou com uma ironia sólida no ar, quase palpável. Jack pirraguiou - Amor, você devia ter falado com ela – Ela sussurrou pegando em sua mão
– Natalie, agora não é um bom momento, não com a morte da minha mãe tão recente, e ... – Eu não sabia do que se tratava, mas eu iria descobrir
– Jackson, o que está havendo? Pode contar... – Eu falei e ele abaixou a cabeça
– Depois do jantar conversamos – Ele falou sem olhar para mim, apenas fitando o chão
– Agora! Não haverá jantar até você me contar. – A essa altura, eu estava com um mau pressentimento
– Natalie, meu amor, nos dê licença. – Ela saiu, passou por mim sorrindo e sussurrou um “boa sorte” em meu ouvido, e ele nada viu ou ouviu.
– Jack... o que está havendo? – Ele sentou-se na sua poltrona favorita. Uma poltrona velha do meu Pai, que havia sido reformada para poder entrar na casa com aprovação total de vadi... da Natalie.
– Sente-se, precisamos conversar sobre algo... – Sentei olhando-o fixamente – Eu sei que sem a mamãe aqui tem sido difícil para você, mas eu acho que você me deve uma resposta. Eu não queria cobrar agora, com a morte da mamãe e tudo mais, só que a Natalie está preocupara com seu futuro e...

Futuro. Eu não aguentava mais ouvir essa palavra. Futuro. Eu não dou conta nem do presente, quem dirá do futuro.

Eu nem deixei ele terminar.

– Olha, eu... eu tento. Mas eu não preciso me explicar certo? Um dia, talvez, eu supere. Talvez. Eu só preciso de tempo e de espaço e a Natalie não me dá esse tempo e esse espaço ... eu perdi minha mãe sabe? Você também! Você deveria me entender. Eu tenho sonhos, mas eu incluía minha, mãe neles e agora... - Ele me cortou
– A Natalie não gosta! – Eu pude ver seu olhar triste
– Não gosta de que?
– De você deprimida Di. Ela está grávida e emotiva, e se importa mais com você do que antes. Se ela está preocupada, está com razão. Estamos no natal e não vi você falar de faculdade ainda, vejo você receber as cartas mas não nos deixa vê-las.
– Que se dane ela! Ela não tem nada a ver comigo! Nada! Eu sou sua irmã Jackson. – Ele parecia não acreditar no que ouvia
– Ela está grávida lembra? Iremos começar uma família! E você é minha irmã, eu sei, minha dependente e eu me preocupo com você, mas o tempo está passando e daqui uns meses teremos um novo membro em casa e você não é mais bebê Diana, precisa tomar um rumo na vida – Ele disse sorrindo e apertando minhas mãos, mas eu as soltei e vi seu rosto se transformar.
– Ela não sabe o que é melhor para mim, ou para você! – Eu já estava em prantos.
– Então me diga, qual é seu sonho! Eu te ajudo a realizar! É ser médica? Juíza? Professora? Cientista... – Ele disse sem se mover ou olhar para mim, que estava em pé atrás dele
– E para a sua informacção, eu fui aceita em três Universidades.
– Di! Isso é incrível! - Ele disse indo me abraçar
– Mas só tem uma que eu quero mesmo. É a Academia Britânica das Artes... Eu quero ser uma Pintora – Eu eu sussurrei
– O que? - Ele parecia indignado interrompendo o abraço - Espero que não tenha mandado cartas para ser uma pintorazinha qualquer Diana! - Ele, que até então estava super compreensivo, agora estava em pé em minha frente e eu realmente não conhecia aquele rosto ou muito menos aquela pessoa.
– Você mesmo disse que eu não sou mais bebê, eu posso escolher o que eu quero para mim no momento. - Eu sussurrei, mas queria gritar, apenas não consegui
– Então ok! - Ele disse e se sentou apoiando a testa nas mãos e os cotovelos nos joelhos
– Espera... então eu posso seguir meu sonho e ser pintora - As lágrimas já começaram a recuar e eu finalmente, depois de anos, me senti completa e feliz. Nada dura para sempre...
– Claro! - Ele disse com sarcasmo - Mas fora daqui. Bem longe daqui. Ou você vai para a Faculdade em Londres de Artes, Música, Dança e todas essas merdas ou você vive comigo e do meu dinheiro.

Eu não podia acreditar. Não podia. Para ser irmã dele, eu tinha que ser quem ele queria. Eu não queria ser essa pessoa engravatada que só é feliz no fim de semana. Eu quero pintar sorrindo ou chorando. Quero ser verdadeira.

Tranquei a porta e chorei. Como nunca chorei antes, nunca me senti abandonada, nunca mesmo.
Depois que me acalmei e pude ouvir ele conversando com a megera no quarto ao lado.
– Amor, você não fez nada de errado! Meu amor, você enfrentou tanta coisa por ela, fez tantos sacrifícios, nós fizemos. Ela agora tem que encarar a vida dela sozinha, é assim que a vida é!
– Naty, eu sei, mas é que, eu nunca a vi tão triste ou desapontada comigo daquele jeito. O olha dela – Pude ouvir ele soluçar – Meus pais, aonde estiverem, estão decepcionados.
– Amor, para de chorar ok?! Sua mãe e seu pai devem estar orgulhosos por você fazer o que é melhor para sua família no momento e também por deixa-la enfrentar o mundo real.
– Será amor? Será mesmo?
– Amor, esquece ela por dois minutos e lembre-e que temos uma viagem daqui 1h. Pegue suas malas. Caribe no ano novo. Quando voltarmos, vocês se resolvem. Ela não aguenta muito sem nós dois...

Eu não queria ouvir mais nada, com isso, coloquei meu fone no último volume e comecei a ouvir minha playlist dos anos 70 e adormeci.

Não dormi muito. Acordei às 3:27 da madrugada, percebi que eles já haviam saído, e resolvi arrumar minhas coisas e ir para a casa da Ellie, minha amiga de infância que morava no outro lado da cidade.

Elie era festeira, não bebia, mas com certeza festeira. Então, provavelmente, estaria acordada a essa hora.

Liguei para ela e acabei chorando no processo.


– El - Eu não conseguia falar direito, as palavras não saíam
– Di, está tudo bem. Te esperei no jantar de natal, você nem veio. Foi ótimo! - Ela esperou eu falar algo, mas apenas respirei fundo - Di, o que aconteceu?
– Eu finalmente contei ao Jack sobre a Academia de Artes em Londres - Ele apenas concordava - E ele me expulsou de casa - Eu já começava a chorar de novo

Ela apenas disse que nós duas íamos ser felizes em UK. Ela é bem bruta, mas comigo não. Ela me disse que se ele não me quer em casa, que se dane, ela quer. Ela disse que era para eu arrumar minhas coisas que eu iria com ela para Londres. Ela ia para UK mais cedo por causa do apartamento dela, precisava ser organizado. Os Pais dela apoiaram ela querer ser dançarina e eles tem tanto dinheiro quanto meu irmão. Ela disse que viria me buscar e resolvi arrumar minhas coisas rapidamente. Empacotei o que pude, e o que não pode, pus em mochilas e sacolas, quando eu chegasse na casa da El, eu terminaria de empacotar. O voo dela era no dia seguinte, e ela me garantiu que eu iria com ela e vai ser bom sabe?! Eu não quero mais ficar aqui.

Enquanto eu descia com as malas, vi um porta-retrato ao lado da TV. Era minha família. Que irônico não? A vida de alguém virar de cabeça para baixo em pocas horas.

Peguei o porta-retrato e pus na bolsa de mão.

Eu fui no escritório do Jack e deixei uma carta para ele dentro da gaveta que ele guardava fotos com meus Pais e comigo.

Eu saí, ergui a cabeça, e decidi nunca mais voltar.

Desci as escadas prendendo o choro em mim, a Diana se foi, essa garota que sairá por essas portas da casa, será outra Di.

Entrei no carro da Elie e fomos. No caminho ela não quis puxar assunto. Apenas dirigiu.

Chegando em sua casa, fomos logo para o quarto dela que ficava fora da casa, como se fosse uma segunda casa só para ela.

Ela disse que o resto das minhas coisas podiam ser empacotadas quando acordássemos.

Ela me abraçou e falou que não importava o passado, o que importava é que seguiríamos nossos sonhos. Ela tem razão. Sem choro.

Troquei de roupa e dormi no colchão no chão enquanto ela tomava banho.

Adeus Jack

XxX


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Notas finais do capítulo

Bem, conhecemos a Diana. Próximo vai ser mais focado os outros meninos.

Quero reviews
Beijos.

Coco Channel se despede
XxX



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