Entre um beijo e outro tive a leve impressão de que era ela naquele momento. –Nossa Jade!-deixei escapar.

–É Savana gato, algum problema?

–Não nenhum. -Desprendeu-se um pouco confuso.

–Vamos dançar?- Ela apenas perguntou e me puxou, nem deu tempo de recusar, dançar não era o meu forte! Depois de algumas musicas a dispensei e voltei ao bar onde estava o Luiz.

–"Aê muleque"?! Vai Pegar geral ou aquela grudou em você?

–Relaxa aquela lá já dispensei. Esse título de pegador já é meu.

–Sei, agora é minha vez, a minha festa só acaba na cama, te vejo amanhã. Se liga pra não ser pego, os caras vão tocar terror daqui apouco.

–Pode deixar! – O Luiz foi embora com uma garota que tava do lado. Que por coincidência era a Savana, a mesma garota que eu tinha ficado há minutos atrás. Então resolvi atacar novamente. Corri os meus olhos pela pista e observo a próxima vítima, ela dançava levemente pela pista de dança, havia vários caras ao seu redor. Decido me aproximar para observar mais de perto.

Pov. On Jade

Eu estava me sentindo invadida por todos aqueles olhos me devorando enquanto dançava, mas na verdade eu estava adorando. O Lírio foi resolver um probleminha no carro e a Jô foi com ele, então eu estava sozinha; quase sempre o Lírio fazia o papel de meu namorado pra me livrar de alguns carinhas inoportunos, mas eu sabia me defender muito bem. A musica estava alta e o swing latino tomara o meu corpo, se tratando de musica de qualidade o ritmo é o cavalheiro pra mim. Até um cara me puxar e tentar me agarrar, ele era alto cabelos claros e por sinal muito forte, o que fez todas as minhas investidas de tentar me desprender serem em vão.

–Me larga seu tarado!- Eu disse ainda com seus lábios colados ao meu. Ele apertava meus braços puxando-me a si dizendo que só me largaria na cama.

–Meu irmão, larga a Jade!!! – Disse um cara puxando-me dos braços daquele tarado e o socando forte o que fez com que ele caísse no chão meio que desacordado devido à bebida. Por um momento eu pensei ser o Lírio... Mas não era!

–Vem comigo! – O cobra disse aquilo puxando-me pelo braço e me levando pro lado de fora.

–Me larga cobra. – disse tentando me desprender. Eu não precisava de você eu sei muito bem me virar sozinha. - Então ele me soltou com total brutalidade e pôs sua cabeça contra a parede socando-a, deixando transparecer toda a sua fúria.

–Eu não preciso de você, eu... Eu tava até gostando... - disse com a voz um tanto falha, pois não queria transparecer gratidão por ele ter me salvo.

–Tava gostando, você tava gostando?! – Ele falou alterado.

– Vem cá Cobra qual é a tua? Primeiro você me trata super bem depois você me expulsa do Q.g daquele jeito rídico e... Falei com os olhos já marejados.

–A minha é você! –Ele disse aquilo puxando-me forte para um beijo intenso, feroz e pleno que tomou vagareza na medida em que o ar nos foi indo em bora.

–A minha é você Jade. – Ele repetiu aquilo novamente após chupar o meu lábio inferior dando fim ao beijo. Passando suas mãos ao meu pescoço e em questão de segundos selando nossos lábios vagarosamente respirando fundo e me olhando nos olhos. Eu apenas sorri!

–Aonde você vai? Ele perguntou ao senti me desprender de seu corpo.

–Eu vou voltar pra festa, você não vem? Eu não vou deixar que um marginal acabe com a minha noite.

–Mas Jade ele pode ainda tá ai dentro.

–Tá com medinho vagabundo? Quer dizer se outro marginal me atacar você vai sair correndo? – Falei aquilo tentando provoca-lo.

–Não, eu te protejo! Mas eu acho melhor te levar pra casa agora.

–Pra casa? Tá me dispensando vagabundo?

–Não Dama! E que... você não disse que a sua mãe ficou super furiosa por não te achar na festa lá na Aquazen?

–Sim, e o que é que tem?

–Tem que, se você chegar cedo hoje vai que ela te perdoe por ontem. Por mais que eu queira acabar essa nossa noite no Q.G- Ele disse aquilo com sorriso malicioso nos lábios me agarrando pela cintura e dando vários beijinhos no meu pescoço.

– Vai com calma Vagabundo, eu já disse que sou muita areia pro seu caminhãozinho não já?

–Já, mas confessa?

–Confessar o que?

–Que você adora a pegada do lutador aqui.

–Ahi seu Convencido!!!

(risos)

***

Pov. On Cobra

Quando percebi ser a Jade que estava nos braços daquele cara, eu não tive duvidas quanto ao que fazer, socar aquele cara seria apenas o aperitivo, se a minha preocupação maior não fosse Ela. Eu apenas queria tira-la daquele lugar, se ficasse mais um minuto ali eu... E também tinha a invasão que aconteceria em alguns minutos. Então a levei para fora na tentativa de protegê-la. Ela estava super provocante com aquele vestido, apesar de demonstrar medo pelo rumo em que a situação vinha tomando. Eu sei, ela estava meio que furiosa pela maneira como a tratei e fazia transparecer isso. Apenas não resistir... A beijei com toda minha vontade, ela retribuía o beijo como se fosse o ultimo ou quem sabe até o primeiro entre mim e ela. A invasão tava pra acontecer então eu insisti pra leva-la para casa. O caminho foi tranquilo e de intensos beijos.

–Tchal Vagabundo!

–Ah não Dama, não sobe agora, fica mais um pouco.

–Não dá. Você não queria que eu chegasse cedo? Então.

–Acho que mudei de ideia! –Disse aquilo e a puxei para um beijo na tentativa de nunca mais sair dali.

Pov’s. OFF

***