Eu, Lua escrita por Gladiadora


Capítulo 3
Fuja ou renda-se


Notas iniciais do capítulo

Olá (:
Mais um capítulo pra vcs, lembrando que no capitulo que vem já vão aparecer os personagens da Terra '-'



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*Narrador*

Acreditar em si mesmo leva a um destino infinito. De que adianta ter vontade e não tentar? Quando se acredita em si mesmo, superar é algo fácil. Dê um voto de confiança para si mesmo, e acredite na sua capacidade...Não tem como os outros acreditarem em você se não fizer isto primeiro...

*POV Tarya*

Já estava suando antes da hora, com a respiração ofegante, o corpo trêmulo. Não sabia como Oyra se sentia neste momento, mas queria me concentrar apenas em mim. Mesmo com minha expressão de desespero, bem no fundo do meu coração existia uma esperança...aquela esperança que nunca morre em mim. Eu tenho desde pequena, aquela insistência minha, de que eu nunca vou desistir, de que nada vai me parar. E foi aí que senti a minha esperança ultrapassar o medo. Por mais que por fora eu estivesse expressando medo, por dentro eu estava com uma energia totalmente positiva.

Quando o míssil já estava próximo a nós, escutei meu pai e minha mãe gritando meu nome desesperados, como se usassem toda a voz que tinham dentro de cada um. Por mais que eu entendia a preocupação deles, eu não podia dizer nada e sim me concentrar no míssil. Ele chegou na minha frente, e assim que coloquei encostei a mão nele senti que me empurrava para trás. Nem sei a quantos por hora esse míssil estava, só sei que era bastante, por que toda a força que eu e Oyra fazíamos era inútil. O pouco que nós conseguíamos empurrar não era suficiente, porque ele nos empurrava muito mais para trás. Senti minhas mãos dormentes, meus braços perdendo a força. Olhei para Oyra, vi o suor escorrendo pela sua testa, e sua expressão de dor.

— Bivai ekess put wux persvek batobot! [ Desculpa por te colocar nisso! ] — gritei tentando falar mais alto que o barulho do míssil, enquanto uma lágrima escorria sobre meu olho esquerdo.

— Thric rigluin ekess apologize! si jihaia letoclo wux, jaka yth gethrisj ekess wer sulta! [ Não precisa se desculpar! Eu aceitei te ajudar, agora nós vamos até o fim! ] — ela respondeu com uma voz gritante.

Tentei empurrar com toda a força que ainda restava em mim. Quando percebi, ele já tinha nos empurrado tanto que estávamos encostando o pé no chão. Eu estava sentindo o medo voltar em mim. Pensei em tudo que aconteceria se o míssil atingisse nosso palácio, meu pai e minha mãe poderiam sofrer um grave acidente. O míssil nos empurrou mais, e eu já estava praticamente ajoelhada na terra. Finquei meus dedos no pé na terra o mais forte possível para pelo menos mudar a rota do míssil.

— Wux agantal yenta batobot charis nurti loreatic persvek wux. wux geou ti origato charis loreat jaka, re wux? [ Você sempre diz que a esperança nunca morre em você. Você não vai deixar ela morrer agora, vai? ] — Oyra fala me encarando.

A fala dela ficava se repetindo em minha mente...eu percebi que desistir agora era a pior coisa que eu faria em toda minha vida. Eu olhei a força que ela fazia com as veias praticamente saltando do seu braço, e tentei fazer a mesma quantidade de força. O míssil começou a subir de novo para o alto e seu motor foi parando aos poucos, provavelmente porque o combustível já estava acabando. Eu já sabia que ele ia cair por conta da gravidade então seguramos o míssil por baixo. Descemos rapidamente e colocamos o míssil no chão. Eu não sentia mais minhas pernas nem meus braços. Eu e Oyra deitamos no chão ao lado do míssil apenas escutando os aplausos do povo e alguns gritos de quem ainda estava batalhando. Fechei os olhos praticamente sem energia, tentando respirar profundamente.

— Tarya! — eu escutei alguém voando em minha direção.

— Svabol coi jahus? [ O que foi? ] — eu perguntei quase sem fôlego para falar.

— Bivai put tarya wanotreyxkaiv batobot jaka. Shar jalyur kiri put stoda nomeno prem. [ Desculpa colocar a princesa Tarya nisso agora. Mas já adiamos demais este problema. ] — uma menina disse se prostrando em minha frente.

— Vur svabol problem ornla batobot qe? [ E qual problema seria esse? ] — indaguei preocupada.

— Wer welun susti tepohaic woari shio bekir, ui zi plythu. Wer tahwak vsist rigluinic ekess qe recharged. Coi ergriff remains ihk wux ekess letoclo udoka sva gekip ihk jaka. [ A substituta da Lua já perdeu todas as energias, está muito fraca. O colar também precisa ser recarregado. Só resta você para nos ajudar pelo menos por enquanto. ] — ela avisou olhando para o míssil.

— Sia Sokkan! [ Meu Sokkan! ] — exclamei querendo logo uma cama e um lugar calmo. (obs.: “Meu Sokkan!” é a mesma coisa que “Meu Deus!” na Terra)

Sokkan era o deus dos sonhos. Como eu sempre fui muito sonhadora e nunca desisti dos meus sonhos, resolvi acreditar em Sokkan.

— Si mi gethrisjir. [ Estou indo. ] — falei com um grande suspiro, enquanto ela voltava para o palácio.

— Dastudr, Tarya. wux shilta. [ Força, Tarya. Você consegue. ] — Oyra murmurou ainda deitada.

— Vinxa. [ Obrigada. ] — falei tentando me levantar, mas meu corpo estava totalmente dolorido.

Quando finalmente fiquei em pé, voei na direção que a menina tinha ido, acenando para Oyra que ainda tentava se levantar.

Avistei a varanda lateral onde se algumas pessoas me esperavam. Uma delas lançou uma pedra na Lua para que ela trocasse de posição comigo.

— Saeuth wux confna, Tarya wanotreyxkaiv. [ Ainda bem que você chegou, princesa Tarya. ] — um homem disse com um olhar preocupado.

— Yth shilta ti qe ios wer welun. Coi jahus sia bisai ekess qe tenpiswo. [ Nós não podemos ficar sem a Lua. Era meu dever estar aqui. ] — falei esperando que ela voltar a forma alienígena — Si geou shartleg sari wer welun, vur zyak wer tahwak ui owidka rechan vi ternesj ihk creolna ekess stand persvek sia goawy. Vur petranas, creolna visp sia odassi. [ Eu vou me transformar em Lua, e assim que o colar estiver carregado joguem uma pedra para que alguém fique no meu lugar. E por favor, alguém avise meus pais. ]

— Si siofme wux geou ti shartleg wer welun antie son! [ Acho que você não vai virar Lua tão cedo! ] — ouvi uma voz que provavelmente seria de Zansul.

Me virei e vi que realmente era ela. Senti uma kunai raspar no meu braço e fazer um leve corte. Todos que estavam a minha volta se indignaram e foram para cima dela. Mas a maioria estava se machucando.

— POK!! [ PAREM!! ] — berrei pretendendo lutar sozinha com ela.

Todos abriram espaço e eu voei em direção a ela. Zansul já estava com sua katana preparada, mas eu consegui desviar de seu golpe e dei um soco forte em sua barriga. Ela voou longe caindo nas escadas laterais de pedra do palácio que se racharam. Olhei para trás ouvindo um barulho e haviam atrás de mim uma nave e algumas tropas armadas com kunais. Tentei voar para longe do palácio desviando das kunais. Apenas uma me acertou fincando na sola da minha bota. Tirei a kunai jogando no chão e agradecendo por ela não ter fincado meu pé junto. Rapidamente na minha frente surgiu outra nave pequena e Zansul do lado.

— Majak ve wer tahwak vur wux geou waph! [ Me dê o colar e você sairá viva! ] — Zansul gritou com uma cara de vitória.

— Si nurti majak svern! [ Nunca te darei! ] — respondi dando socos nas tropas que se aproximavam de mim.

— Kiri tisvelk, Tarya. Si xoal'si ekess gote. Tir wux siofme batobot filki tagoa stod hesi nil'gnos shilta pok udoka? [ Que pena, Tarya. Tentei negociar. Você acha que só porque parou nosso míssil pode nos parar? ] — ela diz sarcástica.

Me irritei com as palavras dela mas tentei voar para mais longe. Talvez eles não me seguissem. Após alguns minutos, olhei para trás e vi que as duas naves ainda me seguiam e Zansul também. Tentei voar para debaixo das naves. Uma delas eu consegui carregar e joguei para o mais longe possível. O pior é que não havia nada em que eu pudesse jogar as naves. Se ao menos tivesse uma chuva de meteoros, seria perfeito. A nave que eu lancei longe se estabilizou e começou a voltar para onde estava. Parece que nada disso estava adiantando. Zansul estava de braços cruzados com uma risada disfarçada. As naves começaram a atirar lasers em mim. Eu voei para mais longe desviando dos lasers, mas fui pega por dois deles na perna direita e senti arder insuportavelmente. Cheguei perto das asas das naves e dei vários chutes fazendo com que elas se amassassem. As naves começaram a perder estabilidade, enquanto isso eu aproveitei e comecei a voar para baixo, Na direção de um planeta gigante que chamavam de Terra. Zansul tentou me alcançar mas sua velocidade não era rápida o bastante. Assim que as naves conseguiram ir em minha direção, Zansul subiu em uma delas e eu comecei a voar o mais rápido que pude.

— Majak coi svern, fanol. Batobot wux ui tirir ui pothoc. [ Desista, garota. Isso que está fazendo é idiotice. ] — Zansul afirma jogando mais algumas kunais em minha direção.

Olhei para cima, assim poderia saber a direção em que as kunais estavam indo, mais foi tarde demais. As três kunais acertaram minha barriga na região do estômago e eu perdi totalmente o controle sobre meu voo. Quando percebi havia uma gravidade agindo sobre o meu corpo, e eu comecei a cair em uma velocidade absurda. As naves me seguiram até certo ponto depois vi elas pararem e irem diminuindo enquanto eu caia. Meu corpo ficou quente como lava e não sabia mais o que fazer, só tirei as kunais do meu estômago para diminuir o peso mas continuei caindo rápido em um planeta desconhecido...provavelmente a Terra.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem... divulguem a fanfic se puderem. Até a proxima! XD



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