Eu, Lua escrita por Gladiadora


Capítulo 2
Talvez viva, talvez morta.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente esse é o meu segundo capítulo espero que vocês gostem.

OBS.: FOTO DO CAP >> A esquerda, Tarya, e a direita, Oyra.

BOA leitura (:



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*Narrador*

Quantas coisas perdemos por medo de perder. A perda faz parte. É impossível ganhar sem saber perder. Precisamos aprender a receber com a mesma naturalidade o ganho e a perda. Se queremos ganhar muito, é porque nos arriscamos a perder.

*POV Tarya*

Estava suando frio. Não tinha noção de que os Nasir se preparariam tanto para esta guerra. Só tem um motivo para eles se prepararem assim...eles querem o colar. Mas como eu havia dito ao meu pai, eu vou fazer o possível e impossível para proteger este colar. Desde que Oyra me entregou ele, eu me sinto no dever de protegê-lo de todos a minha volta.

“ Brincava com os insetos luminosos da floresta, tentando pegá-los com a palma da mão, até ouvir uns passos na grama.

— Ava'yorn. [ Olá. ] — ouvi uma voz nas minhas costas.

Me virei e avistei Oyra, com a mesma aparência de sempre, alegre e sorridente.

— Ava'yorn, Oyra. [ Oi, Orya. ] — cumprimentei ela com um leve abraço.

— Si tepoha ekess visp wux creolnali zi jathila. [ Eu tenho que te dizer algo muito importante. ] — ela me olhou mais séria.

— Svabol? [ O que? ] — eu perguntei curiosa.

— Jinthil batobot sia tahwak batobot si shod wux? Zyak... coi belhalic ekess wux jaka. [ Lembra daquele meu colar que eu te mostrei? Então...ele pertence a você agora. ] — ela diz sentando na grama.

— Pok kid! [ Pare de brincadeira! ] — eu disse com uma risada, sentando ao seu lado na grama.

— Nomeno ui thric jek. Nomenes conratio si tepohada mrith wux zahae nomeno tahwak jahen ti ihk ehis. [ Isso não é brincadeira. Aquelas conversas que tive com você sobre esse colar não foram à toa. ] — ela diz retirando o colar — Si chiilipena thirty-two eorikci di tsaokecko tobor, vur jaka si mi bapriv. Coi ui|ulph dout shartleg ekess klae coi, vur troth coi sva shio costs. [ Completei trinta e dois anos de vida lunar, e agora sou imortal. É sua vez de usar ele, e protegê-lo a qualquer custo. ]

— Si mi ti tangis kepla'nasa! [ Eu nem estou preparada! ] — murmurei assutada.

— Si vsist jahus ti. Shar svern tairais, yth re throdenilt loupon kepla'nasa. [ Eu também não estava. Mas com o tempo, nós ficamos mais que preparadas. ] — ela diz colocando o colar no meu pescoço — Svadrav wer sil welun ui shafaer nomeno symba, wer tahwak tepohaic thric effect. Sjek wux reverse vi sil welun, wer tahwak geou fonteti noral. [ Quando a meia lua estiver deste lado, o colar não terá efeito. Se você inverter a meia lua, o colar vai funcionar normalmente. ]

O silêncio se quebrou assim que vi minha mãe chegar na base em que estava. Ela me abraçou com todas as forças possíveis.

— Tarya, wux inglata... batobot geou ti jaseve wer tahwak persvek wer cha'sidic di Nasir? [ Tarya, você promete...que não vai deixar o colar nas mãos dos Nasir? ] — minha mãe disse me fitando com seus olhos lilases penetrantes — Vur inglata ve wux geou itrewic ekik di nomeno aryte takh? [ E me promete que você vai sair viva dessa guerra? ]

— Ehis geou clax coi de ve, si inglata! Vur lae ihk ve... si geou qe winhal. [ Nada vai tirar ele de mim, eu prometo! E quanto a mim...eu vou ficar bem. ] — falei acariciando seu rosto.

Uma nave menor com os vidros totalmente escuros começou a andar em nossa direção, mas pelo que eu vi ela não parecia ter nenhuma arma externa. Ela se estabilizou do nosso lado e depois de alguns segundo uma plataforma começou a subir no meio da nave. Consegui ver alguém em cima da plataforma. Quando a plataforma subiu por completo consegui identificar quem era.

— Zansul... — eu disse cerrando os dentes de raiva.

— Sio! Svabol wintektora... ini krehl ocuira vi Uskter? [ Eu mesma! Que assustados...por acaso viram um Uskter? ] — ela diz fazendo uma cara de dó. ( obs.: Uskter é um ganso de ferro muito assustador que aparece em uma história contada para as crianças, como se fosse o “boi da cara preta” na Terra. )

— Svabol wux tuor?! [ O que você quer?! ] — meu pai Talion diz furioso.

— Humpf! — ela murmurou um barulho, enquanto apertava seu laço de cabeça — Tir ti lehhav wer hofiba. Wux jalla vucot zi algbo kii yth re tenpiswo, Talion. [ Não se faça de bobo. Você deve saber muito bem porque estamos aqui, Talion. ] — Zansul completou com um olhar certeiro.

— Zyak xoal ekess pick svern creolnali de udoka. Wux geou nurti itrewic! [ Nem tente pegar algo de nós. Você nunca vai conseguir! ] — meu pai gritou e no mesmo instante ela lançou várias kunais em nossa direção.

— Fethos! [ Escudos! ] — berrei para que todos ativassem o escudo de braço que funcionava como um holograma.

Rapidamente as kunais fincaram nos escudos mas não conseguiram ultrapassar. Eu olhei e vi a arma bastante afiada para uma kunai. Mas pelas histórias que eu ouvi, os Nasir são os melhores em armas primárias. A era do metal foi mais forte em seu planeta, fazendo com que todos de lá desenvolvessem alta capacidade de manusear e produzir essas armas.

— Fronah ekess asta pos! [ Todo mundo aos seus postos! ] — meu pai ordenou e uma massa de tropas formou fileiras e apontou suas armas lazer para a nave.

— Coi ui ulph wer throdenilti wux shilta tir? [ É o máximo que consegue fazer? ] — ela pergunta com um certo sarcasmo e um sorriso de canto.

— Rechan! [ Atirem! ] — meu pai ordena perdendo a paciência.

Ela dá um salto da nave para o telhado abaixo de nós e desvia de todos os tiros lazers.

— Mulfogh! — ela chama seu parceiro que também sai da nave em que ela estava.

Quando ele sai da nave pula para o telhado em que Zansul estava e continua descendo junto a ela até chegarem nas tropas. Ele começa a lançar kunais e ela retira sua katana e começa a lutar. Alguns de nossos guerreiros são mortos enquanto os outros continuam atirando. Um tiro lazer acerta o ombro esquerdo de Zansul e ela para sentindo uma forte queimadura na região. Mulfogh faz um sinal desconhecido para as três naves grandes que estavam paradas. Os mísseis da nave começam a ser preparados para lançar, e parece que eu fui a única a perceber isso.

— Sia shartleg ekess gethrisj sari vargach. [ Minha vez de entrar na batalha. ] — murmurei caminhando para a porta da base.

— Coi ui tepohaic kiri risky wux gethrisj jaka! [ É arriscado demais você entrar agora! ] — meu pai berrou aos nervos.

— Opsola, yth geou hawg svern sil di hesi xiekivi sjek si tir ti letoclo! [ Pai, vamos perder mais da metade do nosso povo se eu não ajudar! ] — eu falei abrindo a porta e descendo rapidamente sem nem ouvir a resposta do meu pai.

Olhei ao redor procurando Oyra. Só ela poderia me ajudar agora. Porque só as descendentes de
Eywa'eveng tem a força e a velocidade e dobro. Segundo as lendas, Eywa'eveng possuía uma enorme força, capaz de parar meteoros que ameaçavam cair aqui no planeta, e sua velocidade de voo era maior que a velocidade do som. Já foram feitos exames em mim e na Oyra. Nossa força não é a de Eywa'eveng, mas está muito próximo. Somos capazes de levantar naves com uma só mão, mas parar um meteoro como ela fez ainda não. Nossa velocidade é a mesma velocidade do som. Nas lendas eles dizem que a dela é maior que a velocidade do som. Acreditamos que quantos mais herdeiros de Eywa'eveng nascem, mais próximo da força e velocidade dela ficamos. O problema é que é muito raro nascerem herdeiros dela, e atualmente, dos cinco herdeiros eu já nasceram, só Oyra garantiu a imortalidade, os outros três já morreram e eu estou a caminho de conseguir a imortalidade.

Achei Oyra em uma das escadas do palácio. Voei rapidamente para as escadas.

— Oyra! — chamei quando me aproximei dela.

Ela estava de costas e se virou rapidamente para mim.

— Tarya?! — ela pergunta vendo minha cara de preocupação — Svabol shinalta? [ O que aconteceu? ]

— Coi ti shinalta sjerit. shar coi geou shinalt. Wer laget sip di wer fogah batobot re mobi persvek wer svant ui kepla'nasir vi nil'gnos ekess qe released sva tikil tairais. [ Ainda não aconteceu. Mas vai acontecer. A nave maior das três que estão lá no céu está preparando um míssel para ser solto a qualquer momento. ] — expliquei um pouco ofegante ainda — Vur yth tepoha ekess pok coi. [ E nós temos que pará-lo. ]

— Hesi dastudr ui ti aurthon ekess pok vi nil'gnos! Pas, wux re ti bapriv, wux zhaan risk di tobor. [ Nossa força não é o suficiente para parar um míssel! E mais, você ainda não é imortal, você correrá risco de vida. ]

— Siofme zahae coi, ui ti ergriff ir di udoka svaust geou pok coi, yth re jiil, double wer dastudr ekess pok coi. Vur si mi ti tesantamaso ekess loreat, si tepoha ekess pok nomeno reveetni. Sjek wux tir ti, si xoal ekess pok coi loaw! [ Pensa bem, não é só uma de nós que vai parar aquilo, somos duas, o dobro da força para parar aquilo. E eu não tenho medo de morrer, eu tenho que impedir esse massacre. Se você não quiser, eu tento parar aquilo sozinha! ] — protestei de olho na nave maior, vendo que havia muito movimento dentro da cabine.

— Wux re harkt! Si geou gethrisj mrith wux, vur yth geou pok coi. [ Você tem razão! Eu vou com você, e nós vamos parar isso. ] — ela declarou começando a voar.

Imaginei o local em que provavelmente o míssil cairia. Aquela massa concentrada de tropas com certeza seria o alvo da nave. Me aproximei da base do meu pai e entreguei minha arma a ele.

— Hianag, svabol geou wux tir?! [ Filha, o que você vai fazer?! ] — minha mãe perguntou desesperada, provavelmente depois de ter aqueles maus pressentimentos.

— Filki enel ve! [ Só confie em mim! ] — eu exclamei voando rapidamente para o local onde Oyra estava.

— Coi ui ulph shai tairais!! [ É hora do show!! ] — Zansul grita no meio das nossas tropas.

— Coi ui jaka... [ É agora... ] — eu sussurro tentando concentrar o máximo de força em mim.

Avistei o míssil assim que uma plataforma desceu por debaixo da nave. Ele estava preso por braços mecânicos que foram soltos rapidamente.

— ZHAAN MOJKA!! [ FUJAM!! ] — meu pai grita assim que vê o míssil e as tropas começam a se afastar do local.

Uma luz verde começou a piscar no míssil. Olhei para baixo rapidamente vendo que não havia quase ninguém embaixo de nós, apenas algumas pessoas lutando com o Mulfogh. Mas mesmo que o esse míssil não atingisse as pessoas, pela posição em que ele foi colocado, ele acertaria nosso palácio, construído totalmente a mão centenas de anos atrás...e ele iria virar ruina. Continuei firme e forte independente das pessoas terem fugido ou não. Olhei para cima assim que escutei um barulho de fogo. Uma fumaça gigante se instalou no céu e o míssil vinha em alta velocidade...já não sabia mais se sairia viva.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3
Se quiserem o link da língua Draconic que eu uso está aqui : http://draconic.twilightrealm.com/



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