Enquanto estiver viva escrita por Lily Moon Oficial


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

(Cenas fortes)



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Passamos horas e horas viajando,encontramos um hotel pequeno mas bem simpático na estrada e passamos a noite lá quando foi pela manhã partimos de novo até Nova Orleans para pegar o voo mais rápido para Dublin.

–Nossa a história de vocês é realmente impressionante! -Disse Stefan sentado no banco de trás do carro.

–Nem tanto...-Respondi.

–Você foi muito forte Helena,ver os supostos pais mortos e ficar sem saber de onde é e quem é,realmente é incrível sua força.-Disse Stefan.

–Não vejo várias tentativas suicídios fracassadas como uma forma de ser forte,mas agradeço. -Respondi sarcástica.

–Eu sei que em uma situação dessas tudo parece perdido e pensamos que morte é a melhor forma de aliviar a dor,isso é normal em uma situação dessas,eu não sei se aguentaria ficar vivo com tudo isso. -Disse Stefan.

–E você? Pelo o quê eu sei não conheço seu passado mas você está querendo se intrometer demais no meu! -Rebati.

–Meu passado não é digno de ser contado e acredito que depois de uma história dessas não preciso contar minha vida desinteressante. -Respondeu ele com um sorriso no rosto.

–Mas eu tenho tempo. -Respondi irônica.

–Bem...-Disse ele mexendo no cabelo. -Eu sou sagitariano,ruivo natural,adotado por um casal de idosos que faleceram ano passado em um acidente e conheci o Lucas no orfanato. -Disse Stefan sem a menor vontade de falar.

–Sinto muito pelos seus pais. -Disse sentindo-me culpada.

–Tudo bem,eu não consigo me apegar muito às pessoas mas eles foram bem especiais. -Respondeu ele com um sorriso sem graça.

Lucas observava tudo calado e eu fiquei com uma tremenda culpa na cabeça,afinal,eu não gostava quando falavam da suposta morte dos meus pais e imagino que ele também não gostava. Se fez um silêncio horrível até que paramos no meio da estrada de novo.

–O quê aconteceu Lucas? -Perguntei.

–A gasolina acabou. -Disse ele batendo no volante do carro.

–Não acredito! E agora?! -Perguntei assustada.

–Um de nós vai ter que ir atrás de gasolina,deve ter algum posto por aqui. -Disse Lucas.

–Deixa que eu vou,afinal,eu já andei por essa região.-Disse Stefan.

–Ótimo. -Disse Lucas em um tom sério.

Stefan saiu do carro e seguiu pela estrada e Lucas ainda continuava calado olhando para a janela,o quê já estava me preocupando.

–Lucas o quê aconteceu para você ficar assim?

–Assim como? -Perguntou ele olhando na minha direção.

–Você está muito calado desde que seu amigo Stefan apareceu.-Respondi.

–Eu tenho meus motivos. -Disse ele.

–Que motivos? -Perguntei já com raiva daquela situação.

–Você anda muito interessada nele. -Respondeu ele.

No começo pensei em dar uma grande resposta nele,mas no final percebi que era só ciúmes,o quê me deixou muito feliz e então eu deitei minha cabeça no seu peito o quê deixou ele todo bobo.

–O quê foi Helena?! -Perguntei ele surpreso.

–Eu me sinto protegida por você e quero que saiba isso.-Disse sorrindo.

Ele colocou seu braço ao volta do meu corpo como se fosse eu uma criança que ele precisava proteger,e era assim que eu me sentia.

–Helena eu quero que saiba que eu jamais vou te deixar sozinha,eu tenho medo que você ame o Stefan,ele é simpático,um cara de presença e você parece se sentir bem ao lado dele,acho que ele é melhor do quê eu pra você. -Disse Lucas.

–Sabe qual o seu problema? -Perguntei.

–Qual? -Ele perguntou de volta.

–Você acha demais! Eu não preciso de um cara simpático,bonito e seja lá o quê o Stefan for,você é tudo isso e muito mais e eu quero que você entenda que mesmo tendo milhões de Stefans ou milhões de caras que fazem meu tipo no mundo,eu te escolheria quantos milhões de vezes fosse preciso.

Eu tirei minha cabeça no seu peito para ver sua reação e ele estava sorrindo como uma criança quando ganha um brinquedo novo.

–Desculpe Helena. -Disse ele sorrindo.

–Não tem problema,mas mudando de assunto,acho que o Stefan está demorando muito.-Disse olhando para os lados e a estrada continuava deserta.

–Eu sairia daqui para procurar ele mas tudo depende se você ficaria bem sozinha. -Disse Lucas num tom sério.

–Não se preocupe comigo,sei me cuidar sozinha. -Respondi sorrindo.

–Tudo bem,por favor cuidado,tranque todo o carro e só abra se for muito necessário! -Ordenou Lucas.

Ele saiu do carro e eu fechei tudo,ele olhou ao redor como se estivesse procurando alguma coisa e foi embora na mesma direção do Stefan e eu aproveitei e tentei ligar o rádio mas aquele ponto era muito longe de qualquer sinal de telefone ou rádio.

Fiquei sentada olhando para as estrelas até que me perdi em meus pensamentos e quando dei por mim estava dormindo,acordei e já era de manhã e nenhum sinal deles,senti fome e saí do carro,olhei para os lados e vi um caminhão passando por ali e acenei para que o motorista parasse.

–Bom dia,senhor em quem lugar estamos? -Perguntei para aquele caminhoneiro rechonchudo que tinha um grande sorriso nos lábios.

–Menina estamos bem perto de Nova Orleans. -Disse ele sorrindo.

–Você sabe onde fica o posto de gasolina mais próximo? -Perguntei.

–Sei sim,está precisando ir lá? Se quiser posso lhe dar uma carona.-Disse apontando para o norte.

Eu não sabia se ia,talvez eu encontrasse os meninos lá ou talvez eles já estivessem voltando,decidi pegar um caderno,deixar um bilhete no para-brisa do carro,fechei todas as portas e levei a chave comigo.

–Pra onde você vai moça? -Perguntou o caminhoneiro.

–Poderia me levar até o posto? -Perguntei de volta.

–Claro,entra aí! -Disse ele dando uma risada simpática.

Passamos alguns minutos no carro e eu já estava me arrependendo Lucas e Stefan poderiam voltar e ficar preocupados comigo.

–O posto é muito longe? -Perguntei querendo voltar imediatamente para o carro.

–Não,já estamos chegando. -Disse o caminhoneiro ao som de Beatles.

–Desculpe,qual seu nome? -Perguntei.

–Carlos. E o seu? -Disse ele sorrindo para mim.

–Helena.-Respondi sorrindo de volta.

–Bom Helena chegamos. -Disse ele parando o carro no meio do nada.

–Chegamos a onde? Não estou vendo nenhum posto por aqui! -Respondi estérica.

–Minha casa,lá tenho gasolina e pneus novos para o seu carro,calma não vou fazer nada com você. -Disse ele sorrindo.

Descemos do carro e fomos até uma cabana no meio do mato,parecia ser bem aconchegante mas na verdade eu já estava morrendo de fome.

–Entre,quer comer alguma coisa? -Perguntou Carlos quase lendo meus pensamentos.

–Sim,mas vou levar pra viagem posso? -Perguntei agradecida.

–Pode,claro que pode.-Disse Carlos mudando totalmente de tom.

Ele fechou a porta.

–Senhor...não precisa fazer isso.

–Eu sei disso querida. -Disse ele com um sorriso malicioso.

–Obrigada por tudo mas vou embora! -Afirmei séria.

–Já? Ainda está cedo! Você nem me agradeceu. -Disse ele chegando mais perto.

–Eu vou embora! -Gritei histérica.

–Mas não vai mesmo! -Disse levantando a mão para mim.

Ele me bateu e eu adormeci inconsciente.

Acordei e estava amarrada à cama,pensei no pior e minhas lágrimas,nas quais eu já tinha me acostumado,caíram mais uma vez.

–Calma,eu não fiz nada com você. -Disse Carlos rindo.

–Acredito.-Disse irônica.

–Não fiz porque eu prefiro fazer com você acordada,não acho justo só eu sentir prazer! -Disse ele ainda dando risada e me olhando com seu olhar de malandro.

–Quem pode sentir prazer com um porco do seu lado!? -Gritei.

–Você vai conhecer o quê é homem de verdade sua vagabunda. -Disse ele puxando meu cabelo para trás.

–Socorro! -Gritei o mais alto que consegui.

–Isso sua vagabunda! Grita!-Disse ele ainda encostando seus lábios sujos no meu pescoço.

Ele tirou minhas calças com força beijando meu corpo.

–Por favor! Misericórdia! -Implorei quase sem forças de tanto chorar.

Ele continuava me beijando e colocando suas mãos imundas no meu corpo. Lucas me avisou. Eu não deveria estar ali.

Ele puxou meu cabelo e me chamou de vagabunda várias vezes,batia no meu corpo e tentava me beijar a força,eu tentava me soltar,tentava gritar mas nada acontecia,só continuava aquela tortura.

Era nojento,repulsivo e por mais que eu tentasse sair dali nada acontecia.

–Eu tive uma grande ideia quer saber?

Olhei para ele com cara de nojo,jogada ali naquela cama como um bichinho indefeso.

–Eu pensei em te tirar daqui depois mas você vai ser minha vagabunda,até eu me cansar de você. -Disse ele rindo e voltando a sua seção de dor.

Eu me perguntava quando aquilo iria parar. Aquelas alturas Lucas e Stefan já estavam no carro e eu estava ali passando pelas mãos daquele homem que a cada beijo me dava mais repulsa.

Ele adormeceu do meu lado e eu passei a noite toda chorando.Eu queria morrer.

–Bom dia meu amor. -Disse ele me abraçando ainda sem roupa.

Ele me deu um beijo no pescoço e parecia que a sessão de tortura ia começar de novo.

–Oi? Você quer repetir a rodada? -Disse ele rindo de novo.

Ele voltou a me beijar,até que a porta se abriu com um chute.

–Larga ela seu vagabundo! -Gritou Lucas e Stefan com os rostos cheios de ódio.

Stefan pegou o cobertor para me cobrir e Lucas deu vários socos no caminhoneiro que puxou uma faca.

–Parado garoto! -Disse ele apontando a faca para Lucas.

–Cuidado Lucas! -Gritei.

Ele avançou com a faca na direção de Lucas e acertou Lucas na barriga.

–Lucas! -Gritei me levantando enrolada no cobertor.

O caminhoneiro largou a faca e fugiu.

–Vou atrás desse vagabundo! -Disse Stefan.

–Não! Fica Stefan! -Implorei preocupada com Lucas.

–O quê vamos fazer? -Falou Stefan desesperado voltando-se para Lucas.

–Fica calmo Lucas vou cuidar disso! -Disse chorando.

Lucas,aguente por favor!


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